INDICADORES DE SAÚDE Medidas do “estado da saúde” é uma antiga tradição da saúde pública Mortalidade e Sobrevivência. Controle de doenças infecciosas e a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus determinantes morbidade, acesso ao serviço, qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais. Os indicadores de saúde baseia-se em medidas negativas, medidas de doença. Indicadores são medidas-síntese. Contêm informações sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, e o desempenho do sistema de saúde. Refletem a situação sanitária de uma população e servem para a vigilância das condições de saúde.

A construção de um indicador é complexo: a simples contagem direta de casos de determinada doença, proporções, taxas ou índices mais sofisticados como a esperança de vida ao nascer. A qualidade de um indicador depende dos componentes utilizados em sua fórmula ( freqüência de casos, tamanho da população em risco, etc) e da precisão dos sistemas de informação empregados ( registro, coleta, transmissão dos dados, etc.). O grau de excelência de um indicador deve ser definido pela VALIDADE (capacidade de medir o que se pretende); CONFIABILIDADE (conferir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares). É determinada pelas características de SENSIBILIDADE (medir as alterações desse fenômeno); ESPECIFICIDADE ( medir somente o fenômeno analisado); MENSURABILIDADE (baseado em dados disponíveis e fáceis de conseguir), RELEVANCIA (responder a prioridades de saúde) e, CUSTO-EFETIVIDADE (os resultados justificam o investimento de tempo e recursos).

Indicadores de saúde Compreensão e interpretação, acesso de análise a qualquer pessoa que direta ou indiretamente lida com o sistema de saúde – “controle social”. Os indicadores de saúde são ferramentas para fundamentar a gestão e avaliação da situação de saúde. Um conjunto de indicadores tem como propósito produzir evidencias sobre a situação sanitária e suas tendências, inclusive documentando as desigualdades em saúde. - A Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA (grupo de trabalho, representados pelo MS, Opas e instituições-chave da política de informações em saúde no país); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO; Faculdade de Saúde Pública de São Paulo – USP; Instituto de Pesquisa Econômica aplicada - Ipea

Seis subconjuntos temáticos de indicadores de saúde Esses dados são gerados pelas secretarias municiais de saúde e informados a Secretaria Estadual da Saúde e ou ao Ministério da Saúde. Demográficos Mortalidade Socioeconômico Morbidade Fatores de risco Acesso Recursos

MEDIDAS DA OCORRÊNCIA DOS AGRAVOS À SAÚDE, NÚMEROS E TAXAS 1- INCIDÊNCIA: Número de casos novos de um agravo à saúde que ocorreram em um determinado período de tempo, geralmente um ano. Taxa n De = nº de casos novos no período X 10 Incidência população no meio do período 2- PREVALÊNCIA INSTANTÂNEA: número de casos de um agravo existente em um determinado momento do tempo. Inclui, portanto, casos novos e antigos. Taxa de n Prevalência= nºde casos existentes em 1 momentoX 10 Instantânea população existente no momento

3- PREVALÊNCIA DE PERÍODO: número de casos de um agravo à saúde que existiram em um determinado período de tempo, em geral um ano. Taxa de n Prevalência= nº de casos existentes no período X 10 No Período população no meio do período 4- MORTALIDADE GERAL: número de óbitos ocorridos em um determinado período de tempo, em geral um ano. Taxa n De = nº de óbitos no período X 10 Mortalidade população no meio do período 5- MORTALIDADE INFANTIL: a mortalidade infantil diz respeito a óbitos entre menores de um ano. Taxa de n Mortalidade= nºde óbitosdecrianças<de1ano no período X 10 1.000 Infantil nº de crianças nascidas vivas no período

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER 6- MORTALDIADE MATERNA: a mortalidade materna diz respeito a óbitos por causas obstétricas diretas ou indiretas (complicações da gravidez, do parto e do puerpério) ocorridas até 1 ano após último parto ou cesárias. Taxa de n Mortalidade = nº de óbitos por causas obstétricas X 10 100.000 Materna nº de nascidos vivos no período ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER Este indicador é de difícil cálculo, sendo calculado pelo IBGE para os anos censitários. Este número demonstra a esperança de tempo de vida de uma pessoa. No Brasil varia bastante conforme a região. EVENTO SENTINELA O conceito de ENENTO SENTINELA foi traduzido por RUTSTEIN er al. (1976) como a ocorrência de doença, invalidez ou morte desnecessária. Como desnecessária ou previnível o autor considerou as condições que contam com tecnologia médica suficiente para evita-las. Exemplo: ocorrência de tétano neonatal- Investigando este caso ocorreram ao menos duas falhas: mãe não imunizada contra tétano e contaminação do coto umbilical. Paciente não fez pré-natal? Paciente faltosa? Não foi observado vacinas da gestante? Não foi orientado sobre higiene e cuidados com o coto umbilical?

FONTES DE INFORMAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA TENDÊNCIA NO TEMPO A realidade sanitária de um Município não é estática, esta realidade pode mudar com o tempo, pela intervenção específica do setor saúde, ou por fatores biológicos. Exemplo: a AIDS não é problema no Município, pois existe apenas um pequeno número de casos, mas a tendência é ascendente. Chegará a ser um problema? Quando ativar as medidas de intervenção? FONTES DE INFORMAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA SIM = Sistema de informação em mortalidade SINASC = Sistema de informação sobre nascidos vivos SINAN = Sistema de Vigilância Epidemiológica OUTRAS FONTES DE DADOS SIH/SUS = Sistema de Informações Hospitalares (DATASUS) da Fundação Nacional de Saúde Este sistema armazena os seguintes dados: -dados cadastrais e leitos de hospitais; - lançamentos (valores pagos) dos hospitais; -dados cadastrais dos prestadores de serviço (terceiros); -lançamento (valores pagos ) dos prestdores de serviços (terceiros); -situação das AIH (autorização de internamento hospitalar) normais e de longa permanência.

SIAB= Sistema de informação ambulatorial Este sistema armazena dados sobre os serviços desenvolvidos na Atenção Básica de Saúde Indicadores de cobertura Indicadores demográficos Indicadores socioeconômicos Indicadores de morbidade e fatores de risco Indicadores de mortalidade Indicadores de recursos http://www.datasus.gov.br/idb OUTROS INDICADORES ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH - Criado para acompanhar, nos países membros do Sistema das Nações Unidas. Permite aferir a longevidade de uma população, medida pela esperança de vida ao nascer; a educação, expressa pelas taxas de alfabetização e matrículas no ensino primário, médio e superior; renda ou PIB per capita, ajustada pela paridade de compra entre os países; as condições de moradia, o destino adequado do lixo e dejetos, o nível educacional, a condição sócio-econômica, os hábitos alimentares, o sedentarismo e o lazer também nos mostram as condições de saúde de uma pessoa, família e comunidade.