EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE GESTÃO PÚBLICA EM GOIÁS Luiz Carlos de Freitas Faculdade de Educação UNICAMP.

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Transcrição da apresentação:

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE GESTÃO PÚBLICA EM GOIÁS Luiz Carlos de Freitas Faculdade de Educação UNICAMP

DISPUTA DE AGENDAS - IMPORTAR PARA A ÁREA DA EDUCAÇÃO A LÓGICA DO MERCADO COMO FORMA DE ACELERAR A MELHORIA E A RACIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO, IGNORANDO O PASSIVO HISTÓRICO E ADOTANDO O MONITORAMENTO DE METAS RESTRITAS SOB PRESSÃO. OU - AFIRMAR A LÓGICA DA CONFIANÇA NO MAGISTÉRIO E NA ESCOLA PÚBLICA DE GESTÃO PÚBLICA E CRIAR CADA VEZ MAIS AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA SUA MELHORIA, ELIMINANDO O PASSIVO HISTÓRICO E AVANÇANDO DE FORMA CONSISTENTE NA FORMAÇÃO HUMANA AMPLA DA JUVENTUDE.

AGENDA DA PRIVATIZAÇÃO: formas Privatização por venda (não se aplica à educação básica) Privatização por vales (efeito “escolha”) Privatização por concessão de gestão à iniciativa privada Privatização por incorporação de processos de gestão privada Privatização por implantação de sistemas privados de aprendizagem (apostilamento ou sistemas digitalizados) (As formas destacadas em vermelho se aplicam a Goiás.)

IMPLANTAÇÃO DA PRIVATIZAÇÃO SE DÁ POR ESTÁGIOS SUCESSIVOS PARTE DAS LIMITAÇÕES POLÍTICAS E LEGAIS EXISTENTES E É UMA CONSTRUÇÃO VISANDO ALTERAR AS LEIS E REMOVER RESISTÊNCIAS AO LONGO DO TEMPO, COM VISTAS À INTRODUÇÃO PLENA DA LÓGICA DE MERCADO NA EDUCAÇÃO EM GERAL É APRESENTADA INICIALMENTE COMO UMA “INOVAÇÃO” AS CHARTERS AMERICANAS ERAM, INICIALMENTE, ESCOLAS DESTINADAS A “INOVAR” E NÃO A SUBSTITUIR AS PÚBLICAS

PERGUNTAS QUE TEMOS QUE RESPONDER: Os indicadores da educação em Goiás, comparativamente ao restante do país, nos termos da IDEB, são ruins para que se justifique privatiza-la? Há evidências empíricas que mostrem que a estratégia de privatização, incluindo as charters, foram bem sucedidas onde praticada? Quais são os efeitos da privatização e das charters – efeitos diretos e colaterais - que os estudos mostram existir? Os riscos compensam a mudança? Goiás estará fazendo política pública levando em conta a evidência empírica tendencial disponível?

EVOLUÇÃO DO IDEB EM GOIÁS NO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS O IDEB dos anos iniciais está acima das metas (linha de baixo).

EVOLUÇÃO DO IDEB EM GOIÁS NO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS O IDEB dos anos finais está acima das metas.

EVOLUÇÃO DO IDEB EM GOIÁS NO ENSINO MÉDIO O IDEB do ensino médio está acima da meta e é o maior do Brasil em 2013.

O ensino médio das escolas estaduais goianas avançou da 5ª para a 1ª posição no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico. Vejamos, agora, dados da Prova Brasil em termos de porcentagens de alunos proficientes. ENSINO MÉDIO DE GOIÁS ESTÁ EM PRIMEIRO LUGAR NO IDEB

BRASILDFMTMTSSP PORTUGUÊS PORTUGUÊS MATEMÁTICA MATEMÁTICA PORCENTAGENS DE ALUNOS COM APRENDIZAGEM ADEQUADA (PROFICIENTES + AVANÇADOS) EM ESCOLAS ESTADUAIS As escolas estaduais de Goiás batem a média nacional, todos os estados de sua região e até mesmo o Estado de São Paulo, o mais rico da nação.

BRASIL - 11GOIÁS - 11BRASIL - 13GOIÁS - 13 PORTUGUÊS PORTUGUÊS MATEMÁTICA MATEMÁTICA EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL ESTADUAL EM GOIÁS NA PROVA BRASIL (2011 E 2013) Goiás evolui ano a ano (2011 e 2013) acima dos ganhos da média brasileira.

Nos termos do IDEB, um indicador impreciso mas que é a regra do jogo, não há nenhuma razão para se concluir que os professores de Goiás não estejam fazendo seu trabalho corretamente, em média, e em condições precárias de investimento, com uma enormidade de professores contratados temporariamente. Ao invés de considerar que os professores são um problema, o Estado deveria cumprimentar o Magistério público de Goiás. O ensino público de gestão pública está dando certo. Mais investimentos na educação pública melhorariam estes índices. No entanto, o governo opta por deslocar o dinheiro que melhoraria a educação pública para as Organizações Sociais e fechar escolas.

QUAL A EVIDÊNCIA EMPÍRICA DISPONÍVEL SOBRE ESTAS POLÍTICAS FORAM PRATICADAS?

“Em primeiro lugar, não há evidências claras de que os alunos melhoraram significativamente seu desempenho em testes padronizados, que é a medida preferida utilizada para avaliar as escolas dentro deste cenário de mercado livre. Em segundo lugar, existe agora um consenso entre os pesquisadores de que tanto as lacunas educacionais como as socioeconômicas aumentaram. O Chile é hoje uma sociedade muito mais desigual do que era antes da privatização da educação – e há uma clara correlação entre renda familiar e aproveitamento dos alunos de acordo com testes padronizados e medidas semelhantes. Alfredo Gaete and Stephanie Jones CHILE: 30 ANOS DE PRIVATIZAÇÃO

Em terceiro lugar, estudos têm mostrado que as escolas que atendem os alunos mais carentes têm maiores dificuldades não só para responder de forma competitiva, mas também para inovar e melhorar a atratividade da escola de maneira a obter alunos e, portanto, o financiamento. Em quarto lugar, muitas escolas estão agora investindo mais em estratégias de marketing do que em realmente como melhorar os seus serviços. Em quinto lugar, a cultura de responsabilização exigida pelo mercado produziu um esquema “ensinar-para-o-teste” que está progressivamente negligenciando a variedade e riqueza das práticas educativas mais integrais. Alfredo Gaete and Stephanie Jones CHILE: 30 ANOS DE PRIVATIZAÇÃO

Sexto, alguns pesquisadores acreditam que tudo isso tem afetado negativamente a autonomia profissional dos professores, o que por sua vez provocou sentimentos de desmoralização, ansiedade, e no final práticas de ensino pobres dentro das escolas e uma profissão pouco atraente. Em sétimo lugar, um sentimento geral de frustração e insatisfação surgiu não só entre as comunidades escolares, mas, na verdade, na grande maioria da população. Na verdade, a “Revolução dos Pinguins” – uma revolta de estudantes secundários impulsionada por reclamações sobre a qualidade e equidade da educação chilena – levou ao mais maciço movimento de protesto social no país durante os últimos 20 anos.” Alfredo Gaete and Stephanie Jones CHILE: 30 ANOS DE PRIVATIZAÇÃO

As escolas charter na CIDADE DE NOVA YORK, em comparação com a média das escolas públicas da cidade, matriculam: menor número de alunos pobres menos imigrantes (alunos de origem estrangeira) menor número de alunos com necessidades educativas especiais Fonte:

As escolas charter de NYC são mais racialmente segregadas do que as escolas públicas da vizinhança. As escolas charter podem optar por enviar os alunos de volta às escolas de seu bairro, se eles ou suas famílias não cumprem os standards de desempenho ou de comportamento das escolas. As escolas charter de NYC matriculam os alunos mais favorecidos de um bairro, aumentando o trabalho das escolas públicas do entorno que têm que educar os alunos mais carentes da região. As escolas charter de NYC têm altas taxas de rotatividade dos professores. Fonte:

ESCOLAS CHARTERS COMPARADAS COM AS ESCOLAS PÚBLICAS, EM 15 ESTADOS AMERICANOS (2403 CHARTERS)

DESEMPENHO DE ESCOLAS CHARTERS COMPARADAS COM AS ESCOLAS PÚBLICAS, EM 15 ESTADOS AMERICANOS (2403 CHARTERS)

ESCOLAS CHARTERS COMPARADAS COM AS ESCOLAS PÚBLICAS LEITURA

ESCOLAS CHARTERS COMPARADAS COM AS ESCOLAS PÚBLICAS MATEMÁTICA PIOR

Entre 2008 e 2013 as ESCOLAS CHARTERS DE OHIO foram acompanhadas por um estudo que constatou que: A aprendizagem durante um ano nas escolas charters é menor, os alunos perdem o equivalente a 14 dias em leitura e perdem o equivalente a 43 dias em matemática. FONTE: CREDO 2014 (Ohio) Center for Research on Education Outcomes

RAZÕES PARA PRIVATIZAR A GESTÃO : 1.Reduzir investimentos na área educacional, pois as charters são mais baratas. 2.Controlar os professores para ele ensinar para o teste e melhorar médias. -As charters não têm estabilidade no emprego e o professor que não melhora a média é demitido. -As charters evitam professores sindicalizados. 3.Eliminar servidores públicos e reduzir gastos, atendendo à lei de responsabilidade fiscal (gastos com OS não contam na lei de responsabilidade fiscal). 4.Livrar-se das escolas de maior dificuldade e com pior avaliação. Tendo fracassado com estas escolas, o estado as abandona para a PM e para as OS. OU SEJA: NÃO É UMA REFORMA EDUCACIONAL É UMA REFORMA FISCAL

CONSEQUÊNCIAS DA PRIVATIZAÇÃO : 1. Destruição da escola pública de gestão pública, não é fácil voltar a ter gestão pública depois que se privatiza, pois os gastos com educação se acomodam em um patamar mais baixo 2. Destruição do magistério público e de sua dignidade, precarizando o professor que pode ser demitido a qualquer hora ao sabor da OS de turno 3. Produção de alta rotatividade de professores, pelos salários mais baixos e excessiva pressão 4. Transformação da educação em “treino para o teste”, para aumentar média da escola e permanecer com o contrato de gestão

5. Estreitamento curricular marcado pela atenção somente a disciplinas que caem nos exames: português e matemática, com prejuízo das demais 6. Desnacionalização progressiva da formação da juventude com a entrada de grandes corporações nos processos de disputa por concessão da gestão das escolas, após constituído o mercado inicial 7. As terceirizadas procuram não atender pessoas com necessidades especiais e evitam os mais pobres por serem mais difíceis e caros de ensinar CONSEQUÊNCIAS DA PRIVATIZAÇÃO :

RETOMANDO AS QUESTÕES INICIAIS Os indicadores da educação em Goiás, comparativamente ao restante do país, são ruins para que deva ser privatizada? NÃO, mesmo que fosse pior, isso ainda não seria motivo. Com maior razão ainda, se o estado vai bem. Há evidências empíricas que mostrem que a estratégia de privatização, incluindo as charters, foram bem sucedida onde praticada? NÃO, a maioria tem desempenho igual ou pior. Apenas um em cada quatro charters é melhor que as públicas de gestão pública. Quais são os efeitos da privatização e das charters – efeitos diretos e colaterais que os estudos mostram? Nefastos e de difícil reversão. Os riscos compensam a mudança? Goiás estará fazendo política pública levando em conta a evidência empírica tendencial disponível? NÃO

OS PROFESSORES NÃO SÃO O PROBLEMA, ELES FAZEM PARTE DA SOLUÇÃO. SEM CONFIAR NO MAGISTÉRIO NÃO MELHORAREMOS A EDUCAÇÃO DE FORMA CONSISTENTE. OS GASTOS COM EDUCAÇÃO PRECISAM SER MANTIDOS E AUMENTADOS PROGRESSIVAMENTE, E NÃO DIMINUIDOS COM TERCEIRIZAÇÃO. SÓ A ESCOLA PÚBLICA DE GESTÃO PÚBLICA GARANTE A DEMOCRACIA, ACOLHENDO A TODOS OBRIGATÓRIA E INDISTINTAMENTE, PROVENDO DE FATO OPORTUNIDADES PARA TODOS, SEM PROMOVER A SEGREGAÇÃO ESCOLAR. PODE-SE AUMENTAR A MÉDIA DE UMA ESCOLA SIMPLIFICANDO A EDUCAÇÃO E TREINANDO O ALUNO PARA O TESTE, POR ISSO, AUMENTAR A MÉDIA DAS ESCOLAS NÃO É O MESMO QUE AUMENTAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO.

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