A poética da linha “Desenhar é um hábito prematuro. Por ser tão simples é que surge tão cedo e é, com toda a certeza, a maneira mais direta de se registrar.

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Transcrição da apresentação:

A poética da linha “Desenhar é um hábito prematuro. Por ser tão simples é que surge tão cedo e é, com toda a certeza, a maneira mais direta de se registrar o que quer que seja” (Alex Cerveny)

Justificativa Sendo a linha um elemento essencial da linguagem gráfica ,o estudo da Poética da linha, tem a intenção de instrumentalizar o arte educador ,para atuar sem que incorra em erros na avaliação dos desenhos infantis, que resulta normalmente na expressão ¨eu não sei desenhar ¨ quando a criança cresce. Além de perceber este elemento: a linha, como importante meio de expressão, representação e articulação das imagens na história da arte, do cotidiano e por isso mesmo, da cultura visual

Objetivo Geral: Ampliar o conceito de ¨ linha ¨ a partir de artistas contemporâneos, oferecendo ao arte educador/ aos estudantes uma bagagem de conhecimentos teóricos e de imagens de obras de arte, que lhe possibilitem visualizar o uso da linha como elemento essencial dos objetos artísticos.

A Linha: ... é geralmente entendida como contorno, elemento configurador subordinado à forma.

Edith Derdyk escreveu que: Geralmente entendemos o desenho “como coisa de lápis e papel”, como esboço ou croqui subordinado à explicação de alguma ideia, à representação de algum objeto. Para ampliar nossa concepção de desenho é necessário reavivar a memória individual e coletiva.

Assim: estaremos revitalizando conceitos a partir de artistas contemporâneos, a partir de um dos elementos do desenho: a linha.

Paul Klee (1879-1994) “Desenhar é como levar uma linha para passear”

Nos desenhos de Paul Klee, a linha assume total autonomia quanto ao seu poder de decisão. Personagens estas que representam a natureza essencial da linha, a linha em estado puro.

Dicionário tipológico da linha, classificação, sistematização e decodificação: Intensidade Espessura Direção Duração Ritmo Densidade Energia

Nunca, antes de Klee, havia-se deixado uma linha sonhar” (Bergson)

O desenho de Steinberg (1914 – 1999) Romênia O verbal e o lúdico Steinberg utiliza um universo sígnico que causa ambiguidade entre o familiar e o inusitado.

Steinberg é o virtuoso da linha, cuja habilidade vagueia e transporta ideias, os conceitos, os pensamentos, transformando-se em enigmas visuais. Não é o artesão da matéria, é o artesão do pensamento. A linha é o porta-voz.

Para Edyth Derdyk , a linha ,elemento essencial da linguagem gráfica,não , se subordina a uma forma que neutraliza suas possibilidades expressivas.A linha pode ser uniforme,precisa e instrumentalizada, mas também pode ser ágil, densa, trepidante,redonda,firme , reta,espessa,fina,permitindo infindáveis possibilidades expressivas. A linha revela nossa expressão gráfica.

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Angela Bullock

Pablo Picasso: Algumas vezes, o próprio corpo do artista passa a atuar na construção da imagem. O corpo é o agente, sendo o próprio instrumento e suporte. Não é mais a mão que desenha, mas é o corpo assumido por inteiro que se projeta sobre o suporte

Picasso aos 68 anos, desenhava no ar, com uma lanterna.

A linha sonhadora (Tacus) “Uma imagem que sempre me vem a cabeça, quando desenho, ou vejo outras pessoas desenharem, é a de que a linha é um ser vivo e sonhador. Quando um lápis, ou uma pena, ou uma caneta, movidos por uma vontade, começam a percorrer a superfície branca do papel e nesse serpentear mágico, principia a criar riscos, garatujas, construções, seres, mundos, é como se a linha estivesse sonhando tudo aquilo”.

Bibliografias DERDYK, Edith. FORMAS DE PENSAR O DESENHO. São Paulo: Editora Scipione, 1994. DERDYK, Edith. O DESENHO DA FIGURA HUMANA. São Paulo: Editora Scipione, 1990.