Dos anos 1990 a 2014 – uma análise da história da política exterior brasileira Aline Tereza Borghi Leite HPEB II
Mundo pós-Guerra Fria No contexto internacional, emerge, a partir de 1989, um sistema internacional caracterizado pelo novo papel das potências econômicas e pelo fim do sistema bipolar, que marcou o período da Guerra Fria. Com o triunfo do capitalismo sobre o socialismo soviético, o processo de globalização foi impulsionado O reordenamento das relações internacionais se expressa por três fatores: a ideologia neoliberal, a supremacia do mercado e a superioridade militar dos Estados Unidos.
O Brasil na nova ordem global No Brasil, a partir do final da década de 1980, ocorrem transformações de cunho político e econômico: 1) Transição do regime militar para o regime democrático 2) Crise do projeto nacional desenvolvimentista
Paradigmas: modelos de inserção internacional Paradigma do Estado desenvolvimentista Paradigma do Estado normal Paradigma do Estado logístico
Paradigma do Estado desenvolvimentista ( ) Características do modelo de inserção internacional desenvolvimentista: Defesa dos interesses nacionais; Busca introduzir a diplomacia econômica nas negociações externas; Promoção da indústria com vistas a atender as demandas da sociedade; Busca sair da subserviência e alcançar uma autonomia decisória, afim de obter ganhos recíprocos nas relações internacionais; Propósito de implementar um projeto de desenvolvimento assertivo para superar as desigualdades entre as nações.
Paradigma do Estado normal ( ) Ideologia da mudança; Baseado em três parâmetros de conduta: como Estado subserviente, como Estado destrutivo e como Estado regressivo; Discurso neoliberal: o Brasil aplicou as reformas sugeridas pelo “Consenso de Washington”, retirando o Estado dos investimentos produtivos, privatizando empresas públicas, transferindo, assim, ativos nacionais a empresas estrangeiras; Aumento da dependência estrutural da nação; O governo perde meios de poder no cenário internacional; Presente nas políticas de Fernando Collor ( ) e no governo de Fernando Henrique Cardoso, especialmente no primeiro mandato ( )
Paradigma do Estado logístico Teve como desafio absorver as forças nacionais geradas pelo Estado desenvolvimentista e produzir uma inserção madura no mundo; Controle do processo de privatização; Reforço da capacidade empresarial do país; A abertura de mercado deveria ser dosada pela capacidade de adaptação do empresariado local; A abertura dos mercados do Norte em contrapartida ao nacional; Política de defesa nacional; Distribuição do poder nas relações internacionais; Presente nos governos de FHC (2º mandato) de Lula ( ) e de Dilma Rousseff ( )
FIM