AFETIVIDADE.

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Transcrição da apresentação:

AFETIVIDADE

AFETIVIDADE Tipos de vivências afetivas: -Humor ou estado de ânimo: tônus afetivo do indivíduo, estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento -Emoções: reações afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos. Estado afetivo intenso, de curta duração... Envolvem o somático

-Sentimentos: estados afetivos estáveis, menos reativos e mais atenuados que as emoções. Não envolve o somático -Afetos: qualidade e tônus emocional que acompanha uma idéia ou representação e -Paixão: estado afetivo extremamente intenso que domina a atividade psíquica como um todo

Catatimia Denominação dada por Bleuler para a importante influência que a vida afetiva, o estado de humor, as emoções, os sentimento e as paixões exercem sobre as demais funções psíquicas Várias funções psíquicas podem ser alteradas por este fator.

Reação afetiva A afetividade é, em grande parcela, reativa. Nesse sentido, há duas dimensões importantes a se considerar: - Sintonização afetiva: capacidade de o indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos externos; - Irradiação afetiva: capacidade que o indivíduo tem de transmitir, irradiar ou contaminar o ambiente e os outros com seu estado afetivo. Chama-se rigidez afetiva a situação em que o indivíduo não deseja, tem dificuldade ou impossibilidade de sintonização e de irradiação afetiva.

Alterações patológicas da afetividade ALTERAÇõES DO HUMOR -Distimia: aqui é alteração básica do humor, tanto para inibição quanto para exaltação (é um sintoma). A distimia hipotímica ou melancólica refere-se à tristeza patológica, atualmente chamada genericamente de depressão. Nestes quadros pode comparecer a ideação suicida. A distimia hipertímica, expansiva ou eufórica refere-se à exaltação patológica do humor, base afetiva dos quadros maníacos. Os polos básicos das alterações do humor – timopatias – são a hipotimia e a hipertimia.

No espectro maníaco, o termo euforia ou alegria patológica descreve quadro de humor morbidamente exagerado, predominando estado de alegria intensa e desproporcional à circunstância. No estado de elação, além do humor exaltado, há expansão do Eu, com sensação subjetiva de grandeza e poder, o Eu vai além dos limites, ganhando o mundo.

-Disforia: distimia de tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada (componentes de irritação, amargura, desgosto ou agressividade), -Puerilidade: aspecto infantil, simplório ou regredido do humor; pessoa chora ou ri por razões banais, é meio ‘boba’, imatura afetivamente. A moria é um quadro semelhante que ocorre em casos de lesões cerebrais. - Estado de êxtase: beatitude - Irritabilidade patológica

ANSIEDADE, ANGÚSTIA E MEDO Ansiedade – estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro, inquietação interna desagradável. Inclui manifestações somáticas e fisiológicas (dispnéia, taquicardia, tensão muscular, tremores, sudorese, tontura) e manifestações psíquicas (inquietação interna, apreensão, desconforto mental...);

Dimensões mentais e somáticas da ansiedade Sintomas mentais Inquietação interna Medo difuso e impreciso Apreensão desagradável Sensação de opressão e desconforto Preocupações exageradas Insegurança Irritabilidade Dificuldade para se concentrar Insônia Termos populares: nervosismo, agonia, ‘coisa ruim na cabeça’ Sintomas somáticos - Taquicardia, palpitações, opressão torácica Desconforto respiratório Sudorese, geralmente fria Parestesias como formigamento, agulhadas, etc. (que não obedecem à distribuição anatômica de uma neuropatia) Tensão muscular, dificuldades para relaxar Dores musculares, cefaléa, precordialgia Tontura, tremedeira, secura na boca, palidez, acessos de calor Epigastralgias, diarréia, náuseas Termos populares: gastura, repuxamento nos nervos

Angústia – sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, sufocamento. Assemelha-se á ansiedade, mas tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado, Medo – refere-se a um objeto mais ou menos preciso; o medo é medo de algo (diferente da ansiedade e angústia).

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva; pessoa não sente nem alegria, nem tristeza, nem raiva, nem nada... Hipomodulação do afeto: incapacidade de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, rigidez nas reações; Paratimia ou inadequação do afeto: reação incongruente com a situação existencial ou a determinados conteúdos,

Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo: empobrecimento da possibilidade de vivenciar variações sutis na vida afetiva. Ocorre nas síndromes psicorgânicas, demências e esquizofrenia, Embotamento afetivo e devastação afetiva: perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. Ao contrário da apatia, que é subjetiva, o embotamento é observável, constatável pela mímica, postura e atitude da pessoa. Ocorre tipicamente nas formas negativas da esquizofrenias, Sentimento de falta de sentimento: incapacidade de sentir que é percebida de forma penosa pela pessoa; gera sensação de vazio e de estar interiormente como morto. Ao contrário da apatia, aqui a pessoa sofre por saber/sentir estar assim.

Anedonia: incapacidade de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida. A pessoa relata que, diferente de antes da doença, não sente mais prazer nas coisas, Labilidade afetiva: estado nos quais ocorrem mudanças súbitas e imotivadas do humor, sentimentos e emoções; Incontinência afetiva: pessoa tem reação adequada ao contexto, porém é desproporcional e não consegue conter esta reação. Ambas são formas de hiperestesia emocional, indicam exagero ou inadequação da reatividade afetiva. Podem ocorrer em quadros de depressão, mania, ansiedade grave e esquizofrenia, além de quadros psicorgânicos (riso patológico, choro patológico).

Ambivalência afetiva: sentimentos opostos em relação a um mesmo estímulo ou objeto, que ocorrem de modo simultâneo. Aparece na esquizofrenia, expressando uma desarmonia profunda das vivências psíquicas (também chamada de ataxia psíquica); Neotimia: sentimentos e experiências afetivas inteiramente novas vivenciadas pelos esquizofrênicos, sentimento de afetos estranhos e bizarros para a própria pessoa que os sente (sentimento de estranhamento, ameaça, etc, p. ex. antes do desencadeamento)

MEDO Em geral não é emoção patológica, mas característica universal do homem e de animais superiores. Estado progressivo de insegurança e angústia, invalidez crescente ante impressão de que algo acontecerá e que se é incapaz, impotente para deter. Segundo Mira y Lopes, tem seis fases: - prudência, cautela, alarme, ansiedade, pânico e terror.

Fobias: medos determinados patologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidos com os chamados objetos fobígenos (fobia simples, fobia social, agorafobia e claustrofobia); Pânico: reação de medo intenso relacionado, geralmente, com perigo imaginário de morte iminente ou desintegração. Alguns sentimentos normais podem, às vezes, ganhar caráter patológico como, p. exp, ciúme e inveja.