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A Galáxia da Internet Manuel Castells

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Apresentação em tema: "A Galáxia da Internet Manuel Castells"— Transcrição da apresentação:

1 A Galáxia da Internet Manuel Castells Bruno Osório, Dante Roman, Julia Correa, Laura Schuch, Lennon Pereira

2 Biografia Sociólogo, associado (especialmente) à sociedade da informação e a pesquisas em comunicação. Nascido em Hellín, Espanha (1942). Formado pela Universidade de Paris. Lecionou na universidade até 79, quando se mudou para os Estados Unidos. Professor da Universidade Aberta da Catalunha e da Universidade do Sul da Califórnia.

3 Biografia Seus estudos possuem ligações com: sociologia urbana, comportamento organizacional, estudos de internet, movimentos sociais, sociologia da cultura e economia política. Nos anos 1970, ajudou a desenvolver uma sociologia urbana marxista, tendo em vista o papel dos movimentos sociais na transformação da cidade. Nos anos 1980, se concentrou na importância das novas tecnologias na reestruturação da economia. Cunhou o conceito de Espaço dos Fluxos (Space of Flows).

4 Biografia Reuniu seus estudos e publicou, nos anos 1990, a trilogia A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. Influência de Marshall McLuhan – A rede é a mensagem. Atualmente foca o seu trabalho na cultura cibernética.

5 Biografia

6 Apresentação Manuel Castells, em "A Galáxia da Internet", reflete sobre a política da Web, relacionando redes de computadores, sociedade civil e o Estado. Apresenta interessantes aspectos da atuação de movimentos sociais na rede e de como os governos tentam impedir as atividades destes, utilizando-se de medidas muitas vezes autoritárias, que tendem a diminuir a privacidade dos usuários, em um ambiente criado paradoxalmente com a bandeira da liberdade. 

7 Capítulo V – A Política da Internet I: redes de computadores, sociedade civil e o Estado
Internet e os processos de conflito sociopolítico O movimento zapatista Falun Gong, movimento espiritualista chinês (Li Hongzhi) Protestos hacker-ativistas Movimentos sociais / Movimentos operários Os movimentos sociais se mobilizam em torno de valores culturais

8 Movimentos culturais e sistemas de comunicação
Crise das organizações estruturadas – vazio preenchido pelos movimentos sociais O protesto contra a OMC (Organização Mundial do Comércio) Independent Media Center O movimento antiglobalização: a falta de liderança é a sua eficácia

9 A luta pelo alcance global dos movimentos sociais
“Os movimentos sociais mais influentes são, ao mesmo tempo, enraizados em seu contexto local e voltados para um impacto global” A produção de uma nova sociedade

10 Redes de cidadãos Entre os anos 80 e 90, muitas comunidades locais passaram a operar on-line. Fatores: Movimentos locais pré-Internet em busca de novas oportunidades de auto-organização e elevação da consciência Movimento hacker em suas expressões mais politicamente orientadas Governos municipais empenhados em fortalecer sua legitimidade pela criação de novos canais de participação do cidadão

11 Redes de cidadãos Características:
Forneciam informações provenientes de autoridades locais, bem como de uma variedade de ações cívicas Organizavam a troca horizontal de informação e a conversa eletrônica entre os participantes da rede Permitiam o acesso a interconexão on-line a pessoas e organizações que não tinham interesse pela Internet emergente e que, de outro modo, não se teria conectado por muito tempo

12 Redes de cidadãos Quando a Internet se tornou mais acessível, essas redes se diferenciaram segundo as linhas de seus componentes originais: Os ativistas sociais se concentraram em promover a participação dos cidadãos numa tentativa de redefinir a democracia local

13 Redes de cidadãos As agências de serviços sociais forneceram acesso, treinamento e ajuda, com educação e empregos, para pessoas necessitadas, numa nova expansão do setor não-lucrativo, ou terceiro setor, da economia. Isso produziu o que veio a ser conhecido como centros de tecnologia comunitária. Pessoas que estavam interessadas em acesso à Internet para uso pessoal, e não em questões mais amplas de mudança social, migraram para os websites comerciais, que haviam descoberto, em muitos casos, através das redes comunitárias.

14 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
A Cidade Digital de Amsterdã (De Digitale Stad - DDS) “Cultura digital pública de Amsterdã", nova forma de esfera pública que combina instituições locais, organizações populares e redes de computadores no desenvolvimento da expressão cultural e da participação cívica. Lançada em 1994, originalmente como um experimento de dez semanas para estabelecer um diálogo eletrônico entre o conselho municipal e os cidadãos de Amsterdã, e como um experimento social de comunicação interativa.

15 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
Devido ao seu sucesso, expandida em uma "comunidade em rede" completa, que fornecia recursos comunicacionais e capacidade de comunicação livre entre seus usuários. Usuários residentes e visitantes Cidade de Amsterdã foi a primeira administração local a conectar suas redes internas à Internet, num esforço de transparência controlada. Caráter peculiarmente holandês devido à barreira da língua.

16 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
DDS foi resultado da convergência de duas redes diferentes: Artistas e pessoas da mídia interessadas em experimentar com novos meios Comunidade hacker, interessada em difundir o acesso à Internet Marleen Stikker Organizava eventos culturais, experimentando novas mídias como instrumento de para novas formas de comunicação e expressão populares Centro cultural De Balie, patrocinado pela prefeitura  Caroline Nevejan Centro cultural Paradiso

17 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
Longa tradição holandesa de interesse pela cibernética e desenvolvimento computacional alternativo, enraizado na forte comunidade acadêmica dos pesquisadores físicos. Movimento squatter HackTic Cultura hacker + apoio institucional Rede original fragmentou-se em cenários culturais locais alternativos, incluindo rádio e televisão

18 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
No geral, a DDS estava aquém de novos sites comerciais da Internet tanto em tecnologia quanto em design. O maior problema que ela enfrentou foi a competição resultante da difusão do uso da Internet, para a qual ela tanto contribuíra na Holanda. Problemas financeiros Esperava-se que a DDS se tornaria auto-suficiente com o tempo, prestando serviços a indivíduos gratuitamente mas tendo mas tendo instituições e ONGs para pagar por eles. Contradição entre a imagem de comunidade democrática e a realidade de função administrada de cima para baixo.

19 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
DDS como provedor comercial de conteúdo da Internet x objetivos originais da rede comunitária Fim da DDS Netizens até hoje tentam assumir o controle, o que aumenta seu valor financeiro, que dificulta a transferência do que restou para os cidadãos originais. Disputa segue até hoje.

20 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
2000 e 2001: encontros de representantes de redes de cidadãos do mundo todo, a fim de formar uma rede global de cidadãos. Pareceram prenunciar uma nova sociedade civil global, construída pela interconexão de redes de computadores baseadas em comunidades e de associações cívicas. Se isso puder se desenvolver, acrescentaria uma nova uma nova e significativa camada de organização social. Não se seriam necessariamente movimentos sociais, já que estariam ligados de uma maneira ou de outra ao Estado local.

21 Lições da história em andamento: a constituição da cultura digital pública de Amsterdã
Não seriam indiferentes aos interesses comerciais, já que os negócios da Internet se realizam onde quer que haja pessoas on-line. Ao se conectar globalmente, poderiam fortalecer sua autonomia e representatividade em seus cenários locais, por se beneficiarem de informação, apoio e recursos oriundos de fontes fontes globais, em vez de dependerem apenas de seus laços locais. Instituições locais poderiam se conectar com o mundo através de suas redes comunitárias. "Ainda não está claro se uma sociedade civil global está surgindo [...] Mas se o fizer, redes de computadores locais/globais de cidades serão sem sombra de dúvida um de seus compunentes essenciais."

22 A internet, a democracia e a política informacional
Com boa vontade do governo, todos os registros públicos poderiam ser disponibilizados on-line Em vez de o governo vigiar as pessoas, as pessoas poderiam vigiar seu governo, já que teoricamente o povo é soberano Até utilizam a Internet, mas para divulgar sua informação, sem empenho para interação Os veículos tradicionais continuam sendo a mídia preferida dos políticos

23 A internet, a democracia e a política informacional
A internet não pode oferecer um conserto tecnológico para a crise da democracia A internet fornece, em princípio, um canal de comunicação horizontal, não controlado e relativamente barato, tanto de um-para-um quanto de um-para-muitos Uso crescente da Internet por jornalistas, ativistas políticos e outros como um canal para difundir informação e rumores políticos

24 A internet, a democracia e a política informacional
No entanto, muitos desses rumores não encontram credibilidade Algumas informações importantes não teriam espaço na mídia convencional A mídia tem de ficar de sobreaviso, e reagir a informações advindas do imediatismo da internet, não pode mais descartá-las Fronteira entre mexerico, fantasia e informação política valiosa

25 Segurança e estratégia na era da internet: ciberguerra, noopolitik, enxameamento
A política informacional conduz naturalmente à possibilidade da guerra informacional e, de maneira mais geral, ao surgimento de uma nova doutrina de segurança apropriada à Era da Internet Quanto mais um governo e uma sociedade dependem de sua rede avançada de comunicações, mais ficam expostos a ataques desse tipo EUA: temores de vulnerabilidade são exagerados

26 Segurança e estratégia na era da internet: ciberguerra, noopolitik, enxameamento
Se toda a rede fosse capaz de proteger no ponto de seus componentes individuais, seria mais difícil invadi-la. No entanto, os governos estão impedindo a difusão da tecnologia da criptografia, alegando que isso facilitaria atividades criminosas. (Ironia histórica) Rede eletrônica de governo compartilhado > cooperação desconfiada Quanto mais o Estado se recusa a limitar sua soberania, mais vulnerável se torna a um ciberataque

27 Segurança e estratégia na era da internet: ciberguerra, noopolitik, enxameamento
"Noopolitik" (termo proposto por Arquilla e Ronfeldt) x "Realpolitik" Enxameamento: guerra "não-linear" que elimina a noção de uma linha de frente e representa uma versão high-tech da antiga tradição das guerras de guerrilha. Guerra centrada na rede, depende inteiramente de comunicações seguras, robustas, capazes de manter conexão constante entre os nós de uma rede. Adotando esses novos meios, os Estados não desaparecem, mas são profundamente transformados em sua estrutura e em sua prática.

28 A política da internet Co-evolução da Internet e da sociedade
O poder é exercido em torno da produção e difusão de nós culturais e conteúdos de informação A Internet não é um instrumento de liberdade, nem tampouco de uma dominação unilateral Exemplo: Cingapura

29 A política da internet A liberdade é uma luta constante; é a capacidade de redefinir autonomia e pôr a democracia em prática em cada contexto social e tecnológico A Internet não substitui a mudança social ou a reforma política, apenas contribui. Ágora pública

30 Capítulo VI: A política da Internet II: privacidade e liberdade no ciberespaço
Meio para a liberdade Bases tecnológicas e institucionais Arquitetura do sistema Imposição dos tribunais

31 Capítulo VI: A política da Internet II: privacidade e liberdade no ciberespaço
Tentativa do governo dos EUA de controle Desafios a liberdade Comercialização da internet Bill Clinton

32 Tecnologias de controle
Identificação, vigilância e investigação Senhas, cookies e autenticação Intercepção, rastreamento e monitoramento Bancos de dados Criptografia Conhecimento do código da rede e exercício do controle em determinado espaço

33 O fim da privacidade O local de trabalho
Coleta de dados e economia eltrônica Double Click Vigilância de companhia de entretenimento

34 O fim da privacidade Privacidade no email Aristotle
Vigilância governamental Sistema eletrônico de vigilância

35 Soberania, liberdade e propriedade quando a privacidade desaparece
“Cibercrime” Vulnerabilidade da infraestrutura das comunicações O controle sobre as redes é princípio da manutenção de uma posição de controle Compartilhar a soberania é o preço a pagar para conservar coletivamente algum grau de controle político

36 Soberania, liberdade e propriedade quando a privacidade desaparece
Intenção e metodologia da intervenção Transformação da Internet de um espaço de liberdade em uma casa de vidro Primeira vítima: soberania Segunda vítima: liberdade

37 Soberania, liberdade e propriedade quando a privacidade desaparece
Contextos específicos x policiamento global Atividades econômicas, sociais e políticas são um híbrido de interação on-line e física metade de nossas vidas exposta a monitoramento A maior parte da vigilância não terá consequência diretamente danosa ao indivíduo Ironia histórica: livre empresa é um dos ingredientes essenciais na construção do sistema de vigilância O comércio e os governos ameaçam conjuntamente a liberdade ao violar a privacidade em nome da segurança

38 As barricadas da liberdade na Internet
Tecnologias de controle podem ser neutralizadas por tecnologias de liberdade Pseudônimos e “anonimizadores” Os governos tentam proibir o uso privado de tecnologias de criptografia Redes globais não podem ser controladas, mas pessoas usando-as podem, são e serão

39 Internet e liberdade: para onde vão os governos?
Por que não confiar aos governos, pelo menos aos democráticos, a regulação dos usos corretos da internet? Estratégia de desarmamento mutuamente assegurado; restauração da confiança recíproca Como os governos continuam no controle das instituições da sociedade, caberia a eles iniciar o processos Em vez de ser usada pelo governo para vigiar seus cidadãos, a Internet poderia ser usada pelos cidadãos para vigiar seu governo

40 Glossário BACKBONE: Servidores centrais que formam a rede de transporte das informações na internet. Netizen - Cidadão da internet CIBERGUERRA: a guerra é continuação da política por outros meios. Portanto, a política informacional conduz naturalmente à possibilidade da guerra informacional e, de maneira mais geral, ao surgimento de uma nova doutrina de segurança apropriada à Era da Internet. NOOPOLITIK: diz respeito às questões políticas que surgem da formação de uma "noosfera", ou ambiente de informação global, que inclui o ciberespaço e todos os outros sistemas de informação. REALPOLITIK: abordagem tradicional em termos de promoção do Estado na arena internacional, mediante negociação, força ou uso potencial de força. Não desaparece na Noopolitik. ENXAMEAMENTO: a nova fronteira do pensamento estratégico e da prática militar CIBERCRIME: invasão, interferência e/ou destruição no ciberespaço. ANONIMIZADORES: servidores extras que protegem o navegador do cliente de sua destinação final. CRIPTOGRAFIA: tecnologia de proteção de privacidade; "kryptós": oculto e "gráphein": "escrever"

41 Resumo Movimentos sociais em rede: ações coletivas deliberadas que visam a transformação de valores e instituições da sociedade. Movimentos "emocionais" parecem ser fontes mais importantes de mudança social do que a rotina de ONGs. De ferramenta organizacional para empresas, a Internet converte-se em alavanca de transformação social. Redes de cidadãos: movimentos locais pré-Internet em busca de novas oportunidades de auto-organização e elevação da consciência. Governos municipais empenhados em fortalecer sua legitimidade pela criação de novos canais de participação do cidadão. Forneciam informações provenientes de autoridades locais, bem como de uma variedade de ações cívicas; organizavam a troca horizontal de informação e a conversa eletrônica entre os participantes da rede.  Cultura digital pública em Amsterdã: nova forma de esfera pública que combina instituições locais, organizações populares e redes de computadores no desenvolvimento da expressão cultural e da participação cívica.

42 Resumo Em vez de o governo vigiar as pessoas, as pessoas poderiam estar vigiando seu governo.  Os veículos tradicionais continuam sendo preferência dos políticos, que respondem burocraticamente às mínimas interações. A internet não pode oferecer um conserto tecnológico para a crise da democracia. Não pode substituir a mudança social ou a reforma política. Quanto mais um governo e uma sociedade dependem de sua rede avançada de comunicações, mais ficam expostos a ataques. Quanto mais o Estado se recusa a limitar sua soberania, mais vulnerável se torna a um ciberataque.

43 Resumo Foram as firmas da Internet, de ideologia libertária, que forneceram tecnologia para a quebra do anonimato e a redução da privacidade, e foram as primeiras a usá-la. Deixaram a segurança do governo voltar a rugir no espaço de "liberdade". Violação da liberdade em nome da segurança. Controle das redes é princípio da manutenção de posição de controle. Sendo as atividades econômicas, sociais e políticas um híbrido de interação on-line e física, metade de nossas vidas exposta a monitoramento. Como os governos continuam no controle, caberia a eles o início do processo de confiança recíproca

44 Problematização É puramente instrumental o papel da Internet na expressão dos movimentos sociais? Não. A Internet, como cenário organizacional, molda a estrutura dos movimentos sociais, não só permitindo a globalização das causas locais como fazendo desta a característica principal desses movimentos. Seguindo a influência de Marshall McLuhan, a Internet (meio), enquanto meio de comunicação e infra-estrutura material da rede, tem influência imprescindível sobre os movimentos sociais (mensagem).

45 Questões para debate A internet deve ser livre, seja qual for seu conteúdo, ou deve ser controlada pelos governos? Tendo em vista essa nova geração de cidadãos que se informam e se politizam através da internet. Quais são os pontos positivos e os negativos de uma corrida eleitoral influenciada pelas informações que circulam na rede? 

46 Créditos Biografia: Lennon Pereira Apresentação: Bruno Osório, Dante Roman, Julia Correa, Laura Schuch e Lennon Pereira Glossário: Julia Correa Questões: Bruno Osório, Dante Roman, Lennon Pereira Produção da apresentação: Bruno Osório


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