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AULA 03 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA.

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1 AULA 03 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA

2 A DESCOBERTA DA ESSÊNCIA DO HOMEM
Depois de um período de tempo em que ouviu a palavra dos últimos naturalistas, mas sem se considerar de modo algum satisfeito, Sócrates concentrou

3 definitivamente o seu interesse na problemática do homem.
Procurando resolver os problemas do “princípio” e da physis, os naturalistas se contradisseram a ponto de sustentar tudo e o contrário

4 de tudo (o ser é uno, o ser é múltiplo; nada se move, tudo se move; nada se gera nem se destrói, tudo se gera e se destrói), o que significa que propuseram problemas insolúveis para o homem.

5 Consequentemente, ele se concentrou no homem, como os sofistas, mas, ao contrário deles, soube chegar ao fundo da questão.

6 Os naturalistas procuraram responder à seguinte questão: “O que é a natureza ou a realidade última das coisas?” Sócrates, porém, procura responder à questão:

7 “O que é a natureza ou realidade última do homem
“O que é a natureza ou realidade última do homem?”, ou seja, “o que é a essência do homem?”. Finalmente, a resposta é precisa e inequívoca: o homem é a sua alma, enquanto é a sua alma que o distingue

8 especificamente de qualquer outra coisa
especificamente de qualquer outra coisa. E por “alma” Sócrates entende a nossa razão e a sede de nossa atividade pensante e eticamente operante.

9 Em breve: para Sócrates, a alma é o eu consciente, ou seja, a consciência e a personalidade intelectual e moral. Consequentemente, com essa sua descoberta,

10 “Sócrates criou a tradição moral e intelectual da qual a Europa sempre viveu desde então.”
(A.E. Taylor). E um dos maiores historiadores do pensamento grego explicou ainda mais:

11 “Para nós, a palavra alma, graças às correntes espirituais pelas quais passou a história, soa sempre com uma acentuação ética e religiosa. Assim como as palavras serviço de Deus e cuidar da alma,

12 ela tem uma conotação cristã”.
É evidente que, se a essência do homem é a alma, cuidar de si mesmo significa cuidar da própria alma mais do que do corpo. E ensinar os homens a cuidarem da própria alma é

13 tarefa suprema do educador, precisamente a tarefa que Sócrates considera ter recebido de Deus, como se lê na Apologia:

14

15 O NOVO SIGNIFICADO DE VIRTUDE
Em grego, aquilo que nós hoje chamamos de “virtude” se diz “areté”, significando aquilo que torna uma coisa boa e perfeita naquilo que é, ou,

16 melhor ainda, significa aquela atividade ou modo de ser que aperfeiçoa cada coisa, fazendo-a ser aquilo que deve ser. Por exemplo: a “virtude” do cão é a de ser um bom guardião,a do cavalo é a de correr velozmente.

17 Consequentemente, a “virtude” do homem outra não pode ser senão aquilo que faz com que a alma seja tal como a sua natureza determina que seja, ou seja, boa e perfeita.

18 E, segundo Sócrates, esse elemento é a “ciência” ou o “conhecimento”, ao passo que o “vício” seria a privação de ciência ou conhecimento, vale dizer, a ignorância.

19 Desse modo Sócrates opera uma revolução no tradicional quadro de valores. Os verdadeiros valores não são aqueles ligados às coisas exteriores, como a riqueza, o poder, a fama e tampouco

20 os ligados ao corpo, como a vida, o vigor, a saúde física e a beleza, mas somente os valores da alma, que se resumem, todos, no “conhecimento”.

21 Naturalmente isso não significa que todos os valores tradicionais tornaram-se desse modo “desvalores”; significa, simplesmente, que “em si mesmos, não têm valor”.

22 Eles só se tornam ou não valores se forem usados como o “conhecimento” exige, ou seja, em função da alma e de sua “areté”.

23 PLATÃO Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas,

24 a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental
a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.

25 A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele,

26 embora os estudiosos modernos tenham colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras. Estas obras também foram publicadas em diversas épocas.

27 Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia, a função pedagógica de seus diálogos não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino.

28 O PENSAMENTO PLATÔNICO
Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível.

29 A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma
A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens da realidade inteligível.

30 Tal concepção também é conhecida por Teoria das Ideias
Tal concepção também é conhecida por Teoria das Ideias. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.

31 Para Platão, uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra.

32 Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a idéia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta.

33 A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da idéia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.

34 O problema que Platão propõe-se a resolver é a tensão entre Heráclito e Parmênides: para o primeiro, o ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade,

35 ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento é que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é, não pode passar a ser; assim, não há mudança.

36 Por exemplo, o que faz com que determinada árvore seja ela mesma desde o estágio de semente até morrer, e o que faz com que ela seja tão árvore quanto outra de outra espécie, com características tão diferentes?

37 Há aqui uma mudança, tanto da árvore em relação a si mesma (com o passar do tempo ela cresce) quanto da árvore em relação a outra.

38 Para Heráclito, a árvore está sempre mudando e nunca é a mesma, e para Parmênides, ela nunca muda, é sempre a mesma e sua mudança é uma ilusão .

39 Platão resolve esse problema com sua Teoria das Idéias
Platão resolve esse problema com sua Teoria das Idéias. O que há de permanente em um objeto é a idéia; mais precisamente, a participação desse objeto na sua idéia correspondente.

40 E a mudança ocorre porque esse objeto não é uma Idéia, mas uma incompleta representação da Idéia desse objeto.

41 O que faz com que ela seja ela mesma e seja uma árvore (e não outra coisa), a despeito de sua diferença daquilo que era quando mais jovem e de outras árvores de outras espécies

42 (e mesmo das árvores da mesma espécie) é a sua participação na idéia de Árvore; e sua mudança deve-se ao fato de ser uma pálida representação da idéia de Árvore.

43 Platão também elaborou uma teoria gnosiológica, ou seja, uma teoria que explica como se pode conhecer as coisas, ou ainda, uma teoria do conhecimento.

44 Segundo ele, ao ver um objeto repetidas vezes, uma pessoa se lembra, aos poucos, da idéia daquele objeto que viu no mundo das idéias.

45 Para explicar como se dá isso, Platão recorre a um mito (ou uma metáfora) segundo a qual, antes de nascer, a alma de cada pessoa vivia em uma estrela, onde se localizam as idéias.

46 Quando uma pessoa nasce, sua alma é "jogada" para a Terra, e o impacto que ocorre faz com que esqueça o que viu na estrela.

47 Mas, ao ver um objeto aparecer de diferentes formas (como as diferentes árvores que se pode ver), a alma se recorda da idéia daquele objeto que foi visto na estrela. Tal recordação, em Platão, chama-se anamnesis.

48 A REMINISCÊNCIA Uma das condições para a indagação ou investigação acerca das Idéias é que não estamos em estado de completa ignorância sobre elas.

49 Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las
Do contrário, não teríamos nem o desejo nem o poder de procurá-las. Em vista disso, é uma condição necessária, para tal investigação, que tenhamos em nossa alma

50 alguma espécie de conhecimento ou lembrança de nosso contato com as idéias (contato esse ocorrido antes do nosso próprio nascimento) e nos recordemos das idéias ao vê-las reproduzidas palidamente nas coisas.

51 Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência
Deste modo, toda a ciência platônica é uma reminiscência. A investigação das idéias supõe que as almas preexistiram em uma região divina onde contemplavam as idéias.


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