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A História da Experimentação Animal

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Apresentação em tema: "A História da Experimentação Animal"— Transcrição da apresentação:

1 A História da Experimentação Animal
Os meninos apedrejam uma rã por diversão, mas a rã morre de verdade. Bion (c200 aC) Prof. Carlos R Zanetti – MIP/CCB UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

2 INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS, RELIGIOSAS E POLÍTICAS
Um pouco de História... INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS, RELIGIOSAS E POLÍTICAS

3 Um pouco de História... O pensamento Grego Construiu um modelo de classificação que serviu ao desenvolvimento posterior da zoologia e botânica; Tudo o que há sobre a face da terra tem uma finalidade e que esta é que confere uma justificativa para seu aparecimento; Aristóteles ( a.C.)

4 Um pouco de História... O pensamento Grego Como em uma cadeia verticalizada, todos os seres servem a uma determinada finalidade, que favorece a finalidade de outros seres, colocados um degrau acima dos anteriores, até alcançar um ser ao qual todas as demais espécies acabam por servir, o ser dotado de RAZÃO Aristóteles ( a.C.)

5 Antigo Testamento pós-diluviano
Um pouco de História... Antigo Testamento pós-diluviano “...e Deus abençoou Noé e seus filhos e lhes disse: - Sejam férteis e multiplicai-vos, e povoai a terra. O medo de vós e o terror de vós deve dominar a todos os animais da terra, e a todos os pássaros do ar, a tudo que se arrasta sobre o solo e os peixes do oceano; em vossas mãos eu os entrego. Todo ser vivo que se move pode ser alimento para vós; e assim como vos dei as plantas verdes, eu vos dou todas as coisas.” Gênese 9:1-3

6 Antigo Testamento pré-diluviano
Um pouco de História... Antigo Testamento pré-diluviano “...Veja, Eu dei a vós todas as plantas que produzem sementes que se encontram sobre a face da terra, e todas as árvores que produzem sementes em seus frutos, a vós, as dei por alimento. (...) E a todos os animais da terra, e a todas as aves do ar, e a todas as coisas que se arrastam sobre o solo, a todas as coisas que possuem o sopro da vida, Eu dei todas as plantas como alimento” Gênese 1:20-32

7 Império Romano (27 a.C. –476 d.C)
Um pouco de História... Império Romano (27 a.C. –476 d.C) “Foi construído com guerras de conquista e necessitou dedicar muito de sua energia e orçamento às forças militares que defenderam e expandiram seus vastos territórios. Essas condições não fomentaram sentimentos de simpatia pelos fracos (...) o caráter dos cidadãos romanos era moldado supostamente pelos assim chamados jogos. (...) Homens e mulheres consideravam o abate tanto de seres humanos quanto de outros animais como fonte normal de diversão: e isso continuou por séculos com raros protestos” (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

8 Império Romano – senso de justiça excludente
Um pouco de História... Império Romano – senso de justiça excludente Quatrocentos ursos foram mortos em um único dia por Calígula; Com Nero, quatrocentos tigres lutaram com touros e elefantes; Na consagração do Coliseu por Tito, cinco mil animais pereceram; Dez mil homens lutaram nos jogos de Trajano; Nero iluminava seus jardins à noite com cristãos ardendo em suas túnicas embebidas em piche. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

9 Um pouco de História... Cristianismo Nasce na mesma cultura de poder militar hierárquico do império romano, de domínio do mais forte sobre o mais fraco, de indiferença ao sofrimento, de flagelo e abate do “outro”. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

10 Um pouco de História... Cristianismo Introduz a idéia de unidade de todos os seres da espécie humana e da “sacralidade” desta forma de vida. Mina o conceito romano da superioridade do valor da vida dos vencedores. Perde a oportunidade de mudar a percepção humana do status dos animais nessa mesma cultura. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

11 Um pouco de História... Cristianismo O humanismo cristão e a influência do cristianismo sobre os romanos levaram pelo menos três séculos para se fazer sentir, mas foram eficazes. No século IV não eram mais permitidos jogos com abates humanos. Combates com animais selvagens continuaram e ainda podem ser vistos nas formas modernas de touradas na Espanha e América Latina. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

12 Um pouco de História... Igreja Católica Preserva a tradição religiosa judaica, da filosofia aristotélica e do domínio romano, preservando a mesma tendência de considerar que os animais não têm status moral algum, nem quaisquer direitos. A crueldade contra animais é condenada não porque viole “direitos animais”, que não existem, mas, porque a crueldade em um ser humano é uma disposição indigna e pecaminosa, sendo um abuso e perversão do desígnio divino. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

13 Igreja Católica Um pouco de História...
Tomás de Aquino segue a linha aristotélica, na qual todos os seres devem não só ser classificados mas, de acordo com sua ética, hierarquizados em função da forma de vida que apresentam. Afirma que o homem que mata um animal não comete erro algum, pois este foi criado mesmo para ser morto por aquele. ...“Desse modo se refuta o erro daqueles que dizem que é pecado um homem matar um animal sem inteligência e linguagem: pela providência divina eles existem para uso humano na ordem natural. Assim, não é errado para o homem fazer uso deles, seja matando-os seja de qualquer outro modo”. (Sônia T Felipe -Por uma questão de Princípios –2003)

14 Teoria Mecanicista René Descartes (1596-1650)
Um pouco de História... Teoria Mecanicista Homens se diferenciam de animais a partir da capacidade para fazer uso de linguagem e de conhecimento. Humanos agem Animais são Autômatas René Descartes ( )

15 Teoria Mecanicista René Descartes (1596-1650)
Um pouco de História... Teoria Mecanicista “...animais são meras máquinas e assim não sentem dor nem prazer. Quando queimados com um ferro em brasa ou cortados com uma faca seus gemidos e gritos são mais como o atrito sobre uma corda, nada mais...” René Descartes ( )

16 Vozes dissidentes Plutarco (46 d.C - 120 d.C) Francisco de Assis
( ) Pítagoras (572 a.C a.C.) Ovídio (43 a.C.-17 d.C.) Sêneca (5 a.C.-65 d.C.)

17 Vozes dissidentes Montaigne (1533-1592) Giordano Bruno (1548-1600 )
Leonardo da Vinci ( ) Montaigne ( )

18 Vozes dissidentes O filósofo inglês Jeremy Benthan, em 1789, no cap. XVII de seu livro Introduction to the principles of morals and legislation, lançou a base para a posição atualmente utilizada para a proteção dos animais. Benthan escreveu: A questão não é, podem eles raciocinar ? ou podem eles falar ? Mas, podem eles sofrer ?

19 Em 1959, o zoologista William M. S. Russell e o microbiologista Rex L
Em 1959, o zoologista William M.S. Russell e o microbiologista Rex L. Burch publicaram um livro , onde estabeleceram os três “Rs” da pesquisa em animais: Replace, Reduce e Refine. Esta proposta não impede a utilização de modelos animais em experimentação, mas faz uma adequação no sentido de humanizá-la.

20 Tendências da Ética Contemporânea Consequencialismo X Deôntica Regan &
Singer Carl Cohen & Edwin Direito de todos animais à Hettinger defendem o uso vida e o dever humano de de animais em experimentos garantir a vida e a integridade científicos física e psicológica de todos os animais.

21 INFLUÊNCIAS CIENTÍFICAS
Um pouco de História... INFLUÊNCIAS CIENTÍFICAS

22 Biologia Laboratorial (de Hospital) Biologia de Campo (de Museu)
Um pouco de História... A História da Biologia Biologia Laboratorial (de Hospital) Biologia de Campo (de Museu) (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

23 Biologia Evolutiva Biologia Funcional Essencialmente Experimental
Um pouco de História... Biologia Funcional Essencialmente Experimental Explicativa e Generalizante Quantitativa Biologia Evolutiva Essencialmente Observacional Comparativa, Narrativa e Histórica Qualitativa (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

24 Biologia Evolutiva Biologia Funcional Centrada no: - “COMO?” Organismo
Um pouco de História... Biologia Funcional Centrada no: - “COMO?” Organismo na Função Biologia Evolutiva Centrada no “POR QUÊ?” População Adaptação (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

25 - Tradição Médica VIVISSECÇÃO - Tradição Naturalista
Um pouco de História... Biologia Funcional - Tradição Médica VIVISSECÇÃO Biologia Evolutiva - Tradição Naturalista (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

26 Biologia Funcional Anatomia Fisiologia Embriologia Genética
Um pouco de História... Biologia Funcional Anatomia Fisiologia Embriologia Genética Microbiologia (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

27 Biologia Evolutiva Biogeografia Paleontologia Sistemática Etologia
Um pouco de História... Biologia Evolutiva Biogeografia Paleontologia Sistemática Etologia (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

28 Biologia Funcional Um pouco de História... - Hipócrates Galeno Vesálio
Harvey Virchow Claude Bernard Mendel Pasteur Koch Watson & Crick (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

29 Biologia Evolutiva Um pouco de História... Aristóteles Linneo Lamarck
Cuvier Darwin Weissmann Haldane (E. Mayr – O desenvolvimento do Pensamento Biológico –1998)

30 Hipócrates de Cós Observações clínicas (460-370 a.C.)
Um pouco de História... Hipócrates de Cós ( a.C.) Observações clínicas

31 Um pouco de História... Cláudio Galeno ( ) “Pai da vivissecção”

32 De Humani Corporis Fabrica
Um pouco de História... Andreas Vesalius ( ) De Humani Corporis Fabrica

33 Introduction à l’étude de la Médicine Experimentale
Claude Bernard ( ) Um pouco de História... Introduction à l’étude de la Médicine Experimentale

34 Vacinação contra a Raiva
Um pouco de História... Louis Pasteur ( ) Vacinação contra a Raiva

35 Os postulados de Koch Um pouco de História... Robert Koch (1843-1910)
O patógeno deve ser identificado em todos os casos da doença. O patógeno deve ser isolado do hospedeiro e deve crescer em cultura pura. O patógeno deve reproduzir a doença original quando inoculado em um hospedeiro suscetível. O patógeno deve ser identificado no hopedeiro experimental infectado. Robert Koch ( ) Os postulados de Koch

36 ERRADICAÇÃO DA VARÍOLA
Declaração OMS 1979 Edward Jenner ( )

37 Food, Drug, and Cosmetics Act Testes de efeitos adversos
Um pouco de História... Food, Drug, and Cosmetics Act (EUA- 1938) Testes de efeitos adversos

38 O Código de Nuremberg (1947)
Um pouco de História... O Código de Nuremberg (1947) Experimentação com Animais Riscos X Benefícios Competência do Pesquisador Consentimento do Participante Metodologia Adequada Duração do Experimento

39 Food, Drug, and Cosmetics Act
Um pouco de História... Food, Drug, and Cosmetics Act (EUA- 1961) Testes de eficácia

40 Cão Gato Primata Roedores Aves Animais Domésticos Cavalos Animais Marinhos
Câncer X X X HIV/AIDS X X X Cardiopatias X X X X Neurofisiologia X X X X X Fins militares X X X X X Drogas de abuso X X X Farmacologia X X X X X Diabetes X X X Fonte: National Anti-Vivesection Society

41 Prós & Contras Semelhanças - anatômicas - fisiológicas - bioquímicas

42 Prós & Contras 1665 -1o Revista científica 1880 - 100 revistas

43 NIH Meeting on Rat Model Priorities
The purpose of the NIH Rat Model Priority Meeting, held May 3, 1999, on the campus of NIH, was to discuss the opportunities that rat models offer and the investments that are needed to capitalize on these opportunities. The major issues addressed at the meeting were: where does rat model fit in the broader scientific picture, what unique value does the rat model provide, what are the key areas of opportunity for investment, and what will be the impact of these proposed investments? Participants were charged by Dr. Harold Varmus, Director of NIH, to prepare a report that contains a summary of the major themes and recommendations, a sense of priorities, and a practical look at costs. The report from this meeting is presented here.

44 Prós & Contras Talidomida: 1o caso de teratogênese em humano - 1956
Testada em 10 raças de ratos 15 raças de camundongos 11 linhagens de coelhos 2 raças de cães 3 raças de hamsters 8 espécies de primatas cobaias, porcos, gatos...

45 Prós & Contras Talidomida: 1962 - recall
> crianças defeituosas

46 Prós & Contras Diethylstilbestrol - estrógeno sintético - abortos e câncer Ticlopidina - anti-coagulante - trombocitopenia Rexar - antibiótico - infartos do miocárdio Celebrex - inibidor da COX-2 - hemorragias Zimeldine - ativador da serotonina - Síndrome de Guillain-Barre Enbrel - tratamento de artrite - infecções graves Accolate - tratamento da asma - síndrome de Dhurg-Strauss Cloramphenicol - antibiótico - anemia aplástica ... Dezenas de outros medicamentos

47 Prós & Contras Depo-Provera - contraceptivo
Digitalis - problemas cardíacos Estreptomicina - antibiótico Corticosteróides - antiinflamatórios Penicilina - antibiótico Furosemide (Lasix) - diurético ... Dezenas de outros medicamentos

48 CÂNCER U$ 25 bilhões de dólares investidos em pesquisa com animais desde 1971 Desde então a incidência aumentou em 6,3% É a segunda maior causa de morte nos EUA

49 Quais foram os maiores progressos?
1a.Guerra Mundial: Gás mostarda reduzia violentamente os glóbulos brancos dos soldados tratamento para leucemias Observação clínica: palpação das mamas reduz mastectomias Estudos epidemiológicos: sedentarismo, consumo de alimentos gordurosos, poluição ambiental e cigarro OMS: 90% dos tipos de câncer são previníveis !

50 Por quê? Animais humanos e não humanos são diferentes anatômica, fisiológica e metabolicamente Não há modelo animal “perfeito” para o homem CÂNCER é na verdade um termo guarda-chuva para aproximadamente 200 doenças humanas diferentes. Algumas delas podem acometer outros animais, mas com características específicas.

51 HIV/AIDS Somente estudos in vitro, clínicos e epidemiológicos realmente ajudaram no combate à AIDS: Transmissão A replicação do HIV é muito rápida em seres humanos A eficácia do AZT foi demonstrada in vitro A terapia HAART (coquetel) foi concebida com modelos matemáticos e a eficácia, comprovada em pacientes

52 Aciclovir, ganciclovir e penciclovir induzem apoptose e danos em DNA
Muitos anti-virais análogos de nucleosídeos induzem aberrações cromossomais (in vitro), são carcinogênicos para camundongos e ratos (AZT e ddC). Aciclovir, ganciclovir e penciclovir induzem apoptose e danos em DNA Não há evidências conclusivas que esses fármacos tenham causado tumores em humanos O uso de análogos de nucleosídeos na terapia anti-viral permanece uma alternativa eficaz e segura, justificada pela avaliação risco/benefício WUTZLER & THUST (Antiviral Research, v.49,p.55-74, 2001)

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54 LEI no (Vivissecção) Estabelece normas para as experimentações científicas envolvendo animais vivos como cobaias. A vivissecção não será permitida: I) sem emprego de anestesia; II) Em centros de pesquisa e estudos não-registrados em órgão competente: III) sem a supervisão de técnico especializado; IV) com animais que não tenham permanecido mais de quinze dias em biotérios; V) em estabelecimentos de 1o. e 2o. Graus e em quaisquer locais freqüentados por menores de idade.

55 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Lei (1998) ART.32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, QUANDO EXISTIREM RECURSOS ALTERNATIVOS. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

56 RISCOS

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58 MUITO OBRIGADO !


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