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ELABORAÇÃO DE QUESTÕES OBJETIVAS

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Apresentação em tema: "ELABORAÇÃO DE QUESTÕES OBJETIVAS"— Transcrição da apresentação:

1 ELABORAÇÃO DE QUESTÕES OBJETIVAS
Profas. Maria José Motta Viana e Olga Julieta da Fonseca

2 Princípio orientador da avaliação acadêmica
Consideração do perfil do egresso em consonância com a missão institucional. “O professor que avalia sem ter conhecimento do perfil do egresso caminha sem rumo.”

3 Por que estudar itens de prova?
Por necessidade de: aprimorar as técnicas de elaboração de questões fechadas para que se tornem de fato avaliadoras de aprendizagem. considerar a existência desse tipo de questões em situações reais da vida: concursos, seleções, cursos de treinamento empresariais, provas do ENADE, etc.

4 Condições para elaboração de itens eficientes
Criar o referente ou matriz de referência (tópicos estruturantes da formação do aluno elencados em forma de descritores). Seguir uma orientação didático-pedagógica (valores, normas, critérios para se chegar aos objetivos da disciplina).

5 Objetivos Desenvolver as habilidades de elaboração e análise de itens de múltipla escolha, considerando a importância das técnicas de elaboração deles para a eficácia da avaliação.

6 O que cobrar nas questões fechadas?
Competências cognitivas (modalidade estrutural da inteligência - ações e operações - que o sujeito executa para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos, pessoas, para resolver problemas.) Habilidades (associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida.)

7 Categorias das competências
Elas se classificam nos seguintes níveis: 1. básico 2. operacional 3. global

8 Categorias das competências (cont.)
1.Nível básico: ações que possibilitam a apreensão das características e propriedades de objetos comparáveis e consequente construção de conceitos. Nesse nível estão as competências de: identificar, reconhecer, indicar, entre diversos objetos, aquele que corresponde a um conceito ou a uma descrição; localizar informações, dados, fatos num texto; descrever objetos, situações, fenômenos; constatar relações entre objetos, situações (semelhanças e diferenças); representar objetos, dados, etc., através de gráficos, desenhos, tabelas.

9 Categorias das competências (cont.)
Exemplo de questão de nível básico Weber estudou as organizações surgidas após a Revolução Industrial e a formação do Estado e identificou características e tipos de autoridade que eram comuns a ambos. O modelo de poder que chamou-lhe a atenção foi o burocrático, que tem como características a) o mecanicismo e a racionalidade legal. b) a competência técnica e a dominação carismática. c) a impessoalidade e o profissionalismo. d) o excesso de regras e a valorização da hierarquia.

10 Contra-exemplo de questão de nível básico
“`Que é a filosofia?´ perguntava-se Jules Lachelier no decorrer de sua aula inaugural. E, para estupefação de seus jovens alunos, respondia:`- Não sei´! E toda a cidade de Toulouse zombava do jovem e brilhante filósofo vindo de Paris, que nem sequer sabia o que era a disciplina que estava incumbido de ensinar a seus alunos!” (Huisman e Vergez)

11 Na verdade, não existe a filosofia como matéria de conhecimento, e, por isso, os filósofos preferem falar em filosofar. Filosofar é questionar as verdades já estabelecidas, é colocar em xeque tudo aquilo que seja tido como muito óbvio, muito evidente. Filosofar é pensar sem preconceitos, crenças ou superstições. Filosofar é pensar por intermédio de conceitos puros, sem estereótipos. “Filosofar é reaprender a ver o mundo” (Merleau Ponty). É necessário que seja um pensamento lógico, isto é, pautado pela razão.

12 Com base na leitura do texto acima e em seus conhecimentos, MARQUE a afirmativa que NÃO represente o momento filosófico: “Filosofar significa reproduzir, retornar ao conhecido.”! “A essência da filosofia é a procura do saber e não a sua posse.” “Não há filosofia que se possa aprender; só se pode aprender a filosofar.” “Filosofia não é um saber, mas uma reflexão crítica sobre o saber.”

13 Categorias das competências (cont.)
2. Nível operacional: ações que pressupõem o estabelecimento de relações entre objetos e supõem tomada de consciência dos instrumentos e procedimentos utilizados. Atingem o nível de compreensão e da explicação. Nesse nível estão as competências de: classificar, seriar, ordenar, compor e decompor, fazer antecipações (sobre o resultado de experiências, continuidade de acontecimentos, etc.), calcular (por estimativa), medir, interpretar (textos, mapas, tabelas, gráficos), justificar, relacionar (informações de um texto com outras de outros textos).

14 Exemplo de questão de nível operacional
Leia os quadrinhos a seguir. QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

15 Com base na leitura da tira, marque a alternativa que apresenta uma interpretação inadequada dela.
a) o humor é provocado pela falta de sintonia na interlocução entre o que é dito pela professora e o que é deduzido por Mafalda. b) a tira faz referência aos sistemas capitalista e socialista representados pelo Pentágono e o Kremlin respectivamente. c) o elemento responsável pela ativação do humor na tira é a palavra “Pentágono” associada a Kremlim. d) a compreensão da tira é independente do acionamento de conhecimentos prévios por parte do leitor.

16 Contra-exemplo de questão de competência operacional
Contra-exemplo de questão de competência operacional. Observe o quadro de Rafael “Escola de Atenas” e faça o que se pede:

17 O quadro de Rafael demonstra o pensamento filosófico na Academia,
abordando a diversidade do pensamento reflexivo da época clássica grega. b) aborda a discussão entre o impasse da impossibilidade do conhecimento, afirmando a improbabilidade da discussão filosófica. c) ressalta o contexto filosófico do início do século XVIII. d) coloca em cheque o poder do conhecimento grego, abordando complexidades reflexivas e divagações.

18 3. Nível global Analisar (com base em princípios, padrões e valores), aplicar (relações já estabelecidas), avaliar, criticar e julgar, explicar causa e efeito, apresentar conclusões, fazer prognósticos, generalizações, suposições, aplicar conhecimentos a situações diferentes.

19 Exemplo de questão de nível global

20 Contra-exemplo Analise as afirmativas seguintes.
Adotar um comportamento empreendedor implica uma mudança de hábitos e de cultura na empresa PORQUE, para sermos empreendedores, precisamos mudar nossos hábitos e adotar novos comportamentos e atitudes. Em relação a essas afirmativas, é correto afirmar que as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. as duas são falsas. a primeira é falsa, a segunda é verdadeira, mas não justifica a primeira. a primeira é verdadeira, a segunda é falsa e não justifica a primeira.

21 As habilidades Querem dizer destreza, aptidão para desenvolver algo. São de 3 níveis: Procedimentais - conjunto de ações ordenadas para se fazer algo. Intencionais - aquelas dirigidas para a consecução de algo. Atitudinais – dizem respeito a propriedades da personalidade individual e sofrem influências sociais.

22 Itens de provas Devem ser elaborados com base nos descritores.
Os descritores devem ser previamente elaborados para compor a matriz de referência de cada disciplina.

23 Formatos de itens de provas
Há dois formatos básicos: Questões abertas - o aluno elabora uma resposta. Questões fechadas/de múltipla escolha - o aluno seleciona uma resposta dentre várias oferecidas.

24 Estrutura dos itens avaliativos
1. Instrução (ou enunciado): indica o caminho para o aluno responder, contextualiza-o para buscar a resposta correta. 2. Estímulo ou comando: é a questão que se coloca (afirmação, ordem ou pergunta). 3. Resposta: a ser construída ou a ser reconhecida.

25 Exemplo de questão bem estruturada
Para responder à questão 1, leia o texto seguinte, publicado na Revista Carta Capital. “Há tempos, fico imaginando como ruirá o império norte-americano, mas só nos resta fazer especulações. Os Estados Unidos estão com suas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas em situação de vigilância máxima, mas há uma fronteira impossível de vigiar: a das mentes cada vez mais doentias que esse tipo de sociedade produz. A bomba não vem de forma. Vem de dentro.” (Ester Lino, Goiana, GO)

26 Exemplo de questão bem estruturada (cont.)
Para que um texto atinja seu objetivo comunicacional, um dos principais fatores é a adequação da linguagem a todas as condições de sua produção. Sobre a linguagem desse texto, é correto afirmar que a) apresenta impropriedades e inadequações, considerando-se o objetivo proposto. b) mostra um alto grau de formalidade, impróprio para o assunto de que trata. c) constrói–se num jargão técnico devido ao contexto em que ocorre a comunicação. d) está de acordo com o enunciatário, levando-se em conta o seu nível de escolaridade.

27 A estruturação Pode ser de dois tipos:
A formulação exige que, primeiro, o aluno resolva a situação problema, depois identifique a resposta correta. A formulação exige que se analise cada opção para depois identificar a correta.

28 Recomendações gerais para a elaboração de itens
Numa média de quatro, as alternativas devem conter uma resposta correta e três incorretas (distratores), mas plausíveis em relação ao que se pede. Palavras como “nunca, sempre, todo, todos, totalmente, completamente, absolutamente, somente, etc. devem ser evitadas. Cada questão deve incluir apenas um problema. Itens complexos, com vários temas ou passos podem resultar em problemas de dimensionalidade, o que dificulta a sua interpretação. As “pegadinhas”, isto é, itens que possam ser considerados maliciosos ou enganosos, capazes de induzir o aluno ao erro, devem ser evitadas.

29 Recomendações gerais (cont.)
Alternativas como “Todas as anteriores”, “Nenhuma das anteriores” jamais devem ser usadas. Os conteúdos a serem testados devem ser os relevantes, que contemplem a matriz de referência, e não detalhes de menor importância. As alternativas devem ser organizadas com lógica. A extensão das alternativas deve ser relativamente a mesma para não servir de pista. Os enunciados devem ser completos e independentes, apresentando com clareza o problema a ser resolvido. O texto enunciativo deve servir de contexto, não de pretexto, para se fazer um questionamento.

30 Recomendações gerais (cont.)
Não se confundirão enunciado/instrução com base/comando. O enunciado contextualiza o problema a ser resolvido; o comando define o que e o como o aluno deve fazer para responder ao que se pede. A questão deve permitir ao aluno deduzir a natureza das alternativas pela leitura do enunciado. As alternativas devem ser uniformes com relação a conteúdo, forma, extensão, clareza e estrutura gramatical. Não se transformará um item de múltipla escolha em vários itens de verdadeiro-falso.

31 Recomendações gerais (cont.)
Os itens devem ser formulados de maneira positiva, salvo se houver exigência em contrário no descritor. Neste caso, as palavras negativas (exceto, não, incorreto) devem vir destacadas. Expressões duplamente negativas devem ser evitadas. A norma padrão da língua portuguesa é exigida em qualquer item de prova. As questões devem ser variadas e contemplar os três níveis de competência (básico, operacional e global); não apenas transcritórias (de nível básico).

32 Recomendações gerais (cont.)
Muito cuidado para que uma questão não forneça “dicas” para outras anteriores ou posteriores. Não se usarão distratores estapafúrdios, absurdos. As palavras comuns a todas as alternativas devem estar na pergunta. Questões do tipo “numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª” devem ser substituídas por: Estabeleça a correspondência correta entre ..., numerando a 2ª coluna de acordo com a 1ª.

33 Recomendações gerais (cont.)
Alternativas que se contradizem não são admissíveis, definitivamente. Devem-se evitar expressões desnecessárias, a exemplo de “Leia com atenção”. O objetivo avaliativo deve nortear a elaboração das questões. As alternativas precisam apresentar paralelismo.

34 Um olhar sobre questões abertas
Quanto à estruturação, devem permitir que o aluno, ao respondê-las, seja capaz de: propor explicações e soluções para o problema; aplicar o que aprendeu a situações novas; - fazer comparações, classificações de dados e de informações;

35 Um olhar sobre questões abertas (cont.)
estabelecer relações entre fatos e princípios; de causa e efeito... analisar a propriedade das afirmações; analisar o valor de procedimentos; posicionar-se frente a algo; argumentar devidamente sobre sua posição;

36 Um olhar sobre questões abertas (cont.)
organizar e sintetizar ideias, ter originalidade e fazer julgamento de valor; - formular conclusões, a partir de dados; - expressar-se coerentemente na língua escrita.

37 Cuidados na elaboração de questões abertas
Evitar questões que peçam apenas: o que, quais , quem, quando, onde, quantos, cite, enumere, etc. Não pedir dados sem delimitação: cite alguns, dê exemplos.

38 Cuidados na elaboração de questões abertas (cont.)
Não fazer questões cuja resposta seja apenas um sim ou um não. Peça sempre um explique ou um justifique. Delimite em quantas linhas. Não elaborar questões com: o que você acha, é possível, deve-se, dê sua opinião.

39 Cuidados na elaboração de questões abertas (cont.)
Evite expressões vagas como: comente brevemente, em poucas linhas, sinteticamente, resumidamente, discorra, disserte, fale sobre, descreva, o que você entende por, o que você sabe sobre. Isso obriga a que se aceite qualquer resposta.

40 ITEM IMPORTANTE Faça, de antemão, a chave de correção das questões abertas, identificando as partes essenciais da resposta, para ser usada no processo de correção.

41 Obrigada pela atenção Maria José Motta Viana
Doutora em Literatura Comparada / FALE / UFMG Professora da UNATEC – disciplinas: Comunicação e Oratória , Leitura e Produção de Texto , Comunicação e Expressão, Projeto Aplicado Revisora de trabalhos acadêmicos


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