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Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades

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Apresentação em tema: "Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades"— Transcrição da apresentação:

1 Fé e Religiosidade Popular na vida das comunidades

2 NÃO É A MESMA COISA QUE RELIGIÃO
RELIGIOSIDADE NÃO É A MESMA COISA QUE RELIGIÃO - Religiosidade é um sentido, uma noção do divino, quase que intuitiva, portanto algo difusa e não muito verbalizável. - É uma predisposição para a experiência religiosa.

3 Por religião entendemos um sistema dogmático e institucional que se erige em torno de uma determinada concepção de fé.

4 Teríamos, assim, uma certa gradação
- Primeiro a religiosidade, como uma predisposição (coletivo); - Segundo, a experiência religiosa, como fundamento do homem (individual, pessoal); - Terceiro, a religião, como organização e racionalização da experiência religiosa, de forma institucionalizada, histórica e culturalmente apreensível (coletivo). Um degrau não leva necessariamente ao outro, nem decorre inevitavelmente do anterior. Há quem fique indefinidamente, toda uma vida, apenas ao nível da religiosidade, sem se optar por uma genuína experiência religiosa.

5 PORQUE NÃO PODEMOS FICAR INDIFERENTE A RELIGIOSIDADE POPULAR?
- Ela acha-se freqüentemente aberta à penetração de muitas deformações da religião, por exemplo, as superstições. - Ela permanece com freqüência apenas a um nível de manifestações cultuais, sem expressar ou determinar uma verdadeira adesão de fé. - Ela pode, ainda, levar à formação de seitas e pôr em perigo a verdadeira comunidade eclesial.

6 SE A RELIGIOSIDADE POPULAR FOR BEM ORIENTADA
- Por ser rica de valores ela traduz em si uma certa sede de Deus, que somente os pobres e os simples podem experimentar; Ela torna as pessoas capazes e generosas no ato da prática da fé;

7 - Ela comporta um apurado sentido dos atributos profundos de Deus: a paternidade, a providência, a presença amorosa e constante, etc. - Ela, desperta atitudes interiores: paciência, sentido da cruz na vida cotidiana, desapego, aceitação dos outros, dedicação, devoção, etc.

8 “Bem orientada, a religiosidade popular, pode vir a ser cada vez mais, para as nossas massas populares, um verdadeiro encontro com Deus em Jesus Cristo.” (Bento XVI na Seção Inaugural dos Trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe no Santuário de Aparecida, 13 de maio de 2007)

9 RELIGIOSIDADE NO BRASIL
EXEMPLOS DE RELIGIOSIDADE NO BRASIL A Segunda-feira é dedicada às almas. A Terça é dedicada aos santos anjos. A Quarta é dedicada a S. José. A Quinta é dedicada à Eucaristia e ao Sacerdócio. A Sexta é dedicada à paixão do Senhor. O Sábado é dedicado a Nossa Senhora. O Domingo é dedicado à Santíssima Trindade.

10 Igreja N. Sra. da Conceição da Praia, em Salvador, onde foram construídas 365 igrejas, uma para cada dia do ano.

11 “Padim Ciço”: Padre Cícero Romão
- A crença popular no Padre Cícero é uma das maiores provas da religiosidade popular nordestina. - Para o povo ele é santo e sua estátua em Juazeiro do Norte, é uma das maiores do Brasil.

12 CANINDÉ, BERÇO DA RELIGIOSIDADE CEARENSE
- Canindé aglomera todo ano milhares de romeiros, que vão de encontro da fé e suas penitências. - Principalmente no dia 04 de outubro,dia de São Francisco de Assis, é grande esta aglomeração religiosa.

13 Círio de Nazaré - Em outubro, cerca de 2 milhões de pessoas percorrem as ruas de Belém na procissão Círio de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do país que tem duração de 15 dias.

14 Procissão do Fogaréu na quarta-feira santa em Vila Boa de Goiás
Procissão do Fogaréu na quarta-feira santa em Vila Boa de Goiás. Tal procissão recorda a perseguição a Jesus para prendê-lo.

15 A ORAÇÃO DO ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA
A origem do Rosário de 150 Ave-Marias não tem data precisa; Remonta os primeiros séculos da Igreja primitiva; - Foi tomando forma nos mosteiros católicos até o século X;

16 A ORAÇÃO DO ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA
- A partir de 2002, o ROSÁRIO que era de três TERÇOS passou a ter quatro TERÇOS (200 Ave-Marias). Foi quando o Papa João Paulo II inseriu aos mistérios existentes ( gozosos, dolorosos e gloriosos), os mistérios "luminosos" que retratam a vida pública de Jesus. 1 - GOZOSOS - Anunciação do Anjo à Nossa Senhora até Jesus, entre os doutores da lei; 2 - LUMINOSOS - Batismo de Jesus no Jordão até a Instituição da Eucaristia; 3 - DOLOROSOS - Agonia de Jesus no Horto até a sua crucificação e Morte; 4 - GLORIOSOS - Ressurreição de Jesus até a Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céus e da Terra.

17 OFÍCIO DE NOSSA SENHORA
- Escrito em meados do século XV, segue a divisão da oração do breviário antigo nas horas de Matinas, Prima, Terça, Sexta, Nôa, Vésperas e Completas. É rezado de uma só vez, normalmente sábado à tarde. - O ofício tem o texto cheio de alusões bíblicas e sempre foi muito popular. - Beatos e missionários ensinavam ao povo a rezar o ofício todos os dias, como consta nos benditos da tradição oral do povo simples na área rural.

18 FRAGMENTOS DE RELIGIOSIDADE POPULAR SOBRE O OFÍCIO DE NOSSA SENHORA
Frei Ibiapino deixou / Dois pés de árvore plantado: / O terço na boca da noite, /  O ofício de madrugada. // (Petrolândia/PE/1972) Santa Beata deixou / Um pé de árvore plantado. / Reze o terço na boca da noite /  O ofício de madrugada. // (Itinga/MG/1975)   O frei Altino deixou / Nos pés da Virgem Maria / O terço à boca da noite / Salve Rainha meio-dia. // Há ofícios tradicionais cantados pelo nosso povo. o Ofício das AImas, o Ofício da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e o Ofício de São Francisco. Mas, o Ofício da Imaculada Conceição de Nossa Senhora é o mais popular.

19 SEMANA-SANTA - Principais procissões: procissão de Ramos; procissão do Encontro; procissão do Senhor Morto; procissão da Soledade; procissão da Ressurreição ou do Triunfo. A antiga procissão dos fogaréus sobrevive em poucos lugares. - Nas procissões há cumprimento de promessas: andar de pé descalço, carregar pedra, andar um trecho de joelhos. - Em muitos momentos, o popular e o oficial quase não se separam. (promessas: andar descalços, parte das procissões de joelhos, carregar pedras...)

20 VIA-SACRA - A devoção da Via-Sacra nasceu na Baixa Idade Média, pelo desejo de reproduzir a antiga prática dos peregrinos que, em Jerusalém, percorria piedosamente a via dolorosa, que vai da casa de Pilatos ao calvário e ao Santo Sepulcro. - Esta devoção estendeu-se a toda Igreja latina, sobretudo no Sec. XV. No Sec. XVII fixou-se em quatorze o número de estações: a maior parte delas aludem a episódios que constam dos Evangelhos, mas algumas são baseadas em relatos lendários.

21 VIA-SACRA - Os franciscanos foram os grandes propagadores desta devoção. - Os Papas Clemente XII e Bento XIV estabeleceram normas sobre a melhor maneira de as praticar. - Trata-se de um dos exercícios piedosos de raiz popular que mais facilmente se pode harmonizar com o verdadeiro espírito da liturgia, sobretudo se é praticado durante a Quaresma e o tempo da Paixão, porquanto está fundado num aspecto tão central da fé cristã como é a morte redentora de Cristo.

22 Cantos (religiosos) populares
BENDITOS Cantos (religiosos) populares Eu vou cantar um bendito/ agora que me lembrou:/ A mãe de padinho Cícero/ ela se chama Quinô!// Ela se chama Quinô,/ Maria da Conceição!/ O filho dela chama/ Padinho Ciço Romão!// O canto é repetido sete vezes, ajustando-se cada vez a numeração na primeira linha: Eu vou cantar dois bendito, até sete.

23 MOSTRAS DE SINCRETISMO DA RELIGIOSIDADE POPULAR

24 FESTA DE REIS - O Chefe deve saber organizar as andanças e cantorias, saber responder a todas as perguntas sobre a folia e o presépio (quando não sabe improvisa). - Os foliões cantam e tocam caixa, pandeiro, viola, violão, cavaquinho e eventualmente uma sanfona. - Junto com a folia vai uma bandeira com a estampa dos Santos Reis no presépio. - Se tiver presépio os foliões tem por obrigação cantar a adoração.   

25 O BEATO ANTÔNIO CONSELHEIRO 13/3/1830, Quixeramobim (CE) - 22/9/1897, Canudos (BA)
- Abandonado pela mulher, Antônio Conselheiro faz voto de castidade, deixa crescer a barba e cabelos. - Adota como veste um camisolão e sai a pregar que Deus estaria para voltar e levaria as pessoas de bem. - No nordeste surgiram muitas figuras como Antônio, denominadas beatos.

26 O penitente Outra figura típica agreste. Sozinho ou em grupos, o penitente vai aos cruzeiros e às portas das igrejas para fazer penitências que incluem autoflagelação e jejuns.

27 Conhecido como afilhado de Nossa Senhora, é
Negrinho do pastoreio Conhecido como afilhado de Nossa Senhora, é invocado quando se perde alguma coisa. Morava na fazenda e cuidava de rebanhos e diversos animais.

28 OS CURADORES, AS REZADEIRAS, OS RAIZEIROS...
- Partindo deste ponto de vista, o sofrimento humano pode ter muitas causas: quebranto, a lua nova, a espinhela caída, um osso rendido, os vermes, micróbios, o ar brabo, o alimento quente, uma praga rogada.. - Aqui há um sincretismo muito grande. Cultura misturada com religião...

29 O “ANJO” INOCENTE - O “anjinho” – na crença popular - é a criança falecida com menos de sete anos. Dizem: O anjinho voou para o céu. Os cantos para o velório e o enterro de anjinho são chamados "louvor de anjo". Outros dizem "lângue". Alguns falam em "incelência de anjo". (Costume que está desaparecendo). - Trata-se de um fragmento da vida e da religião dos pobres, que mantém nestas rezas um rito de passagem com relação à morte de grande riqueza cultural e devocional. No louvor de “anjo” fica evidente a FÉ POPULAR NA RESSURIREIÇÃO.

30 FRAGMENTOS DE BENDITOS PARA OS “ANJINHOS” Bendito para consolar a mãe:
- Mamãe não chores por mim.Por mim não deves chorar. - Quem bota um anjo pro céu, não tem mais que desejar. (Cabo.PE. 1972) - Cadê a mãe deste anjinho? Saia fora na varanda, venha ver como está. - Como está tão bonitinho, ô retratado lá no céu. - Cadê o pai deste anjinho, etc. (irmão, tio, tia,  outros familiares) (Araçuaí.MG. 1970)

31 O QUE DIZ O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA??
“Além da liturgia sacramental e dos sacramentais, a catequese tem de levar em conta as formas da piedade dos fiéis e da religiosidade popular. O senso religioso do povo cristão encontrou, em todas as épocas, sua expressão em formas diversas de piedade que circundam a vida sacramental da Igreja, como a veneração de relíquias, visitas a santuários, peregrinações, procissões, via-sacra, danças religiosas, o rosário, as medalhas etc.” (Nº 1674)

32 “Estas expressões prolongam a vida litúrgica da Igreja, mas não a substituem: ‘Considerando os tempos litúrgicos, estes exercícios devem ser organizados de tal maneira que condigam com a sagrada liturgia, dela de alguma forma derivem, para ela encaminhem o povo, pois que ela, por sua natureza, em muito os supera’(SC Nº 13)” (Nº 1675).

33 BIBLIOGRAFIA - http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/folia.htm
- - - - - com_content&task=view&id=562&Itemid=92 - - - PALEARI, Giorgio – RELIGIÕES DO POVO – Um estudo sobre a inculturação – AM edições, 3ª ed. São Paulo – 1991. - VV.VV – Compêndio Vaticano II – Vozes, Petrópolis, 1987. - VV.AA – Catecismo da Igreja Católica – Vozes, Paulinas, Loyola, Ave Maria – Petrópolis, 2ª ed. 1993


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