A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

________________________________________________________________________________________ Estratégias para o Desenvolvimento da Economia Solidária e seu.

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "________________________________________________________________________________________ Estratégias para o Desenvolvimento da Economia Solidária e seu."— Transcrição da apresentação:

1 ________________________________________________________________________________________ Estratégias para o Desenvolvimento da Economia Solidária e seu Impacto na Inclusão Social ________________________________________________________________________________________ São Miguel, Açores – 2010

2 Roteiro da Exposição ____________________________________________________________________________________ 1. Economia Solidária 2. Redes Colaborativas e Fluxos Econômicos 3. Diagnóstico de Necessidades e Demandas 4. Projetar a Produção sob Demanda 5. Circuitos Econômicos Solidários 6. T.I. para Redes de Economia Solidárias

3 Economia Solidária _____________________________________________________________________________

4 Nas últimas décadas práticas econômicas centradas na solidariedade se multiplicaram por todo o mundo. [1] deterioração das condições econômicas de vida de grande parte da população mundial [2] esvaziamento do sentido humano das relações sociais, sempre mais subordinadas aos ciclos do capital e às suas semióticas de produção de subjetividades, que reduzem pessoas e sociedades, respectivamente, a capital humano e a capital social a serem explorados com fins de lucro; [3] profunda degradação ambiental, provocada pelo capitalismo em sua fase de globalização neoliberal → experimentações econômicas alternativas e solidárias deram origem a alternativas de enfrentamento a essa situação

5 I Conferência Nacional de Economia Solidária - Brasil, 2006 “A Economia Solidária se caracteriza por concepções e práticas fundadas em relações de colaboração solidária, inspiradas por valores culturais que colocam o ser humano [...] como sujeito e finalidade da atividade econômica, ambientalmente sustentável e socialmente justa, ao invés da acumulação privada do capital […] Esta prática de produção, comercialização, finanças e consumo privilegia a autogestão, a cooperação, o desenvolvimento comunitário e humano, a satisfação das necessidades humanas, a justiça social, a igualdade de gênero, raça, etnia, acesso igualitário à informação, ao conhecimento e à segurança alimentar, preservação dos recursos naturais pelo manejo sustentável e responsabilidade com as gerações, presente e futura, construindo uma nova forma de inclusão social com a participação de todos”.

6 I Conferência Nacional de Economia Solidaria - Brasil, 2006 “Os meios de produção de cada empreendimento e os bens e/ou serviços neles produzidos são de controle, gestão e propriedade coletiva dos participantes do empreendimento. As iniciativas de Economia Solidária têm em comum a igualdade de direitos, de responsabilidades e oportunidades de todos os participantes dos empreendimentos econômicos solidários, o que implica em autogestão, ou seja, a participação democrática com exercício de poder igual para todos, nas decisões, apontando para a superação da contradição entre capital e trabalho.”

7 E nfoques diversos a respeito da Economia Solidária. [1] práticas solidárias de geração de trabalho e renda que reconstroem tecidos socioeconômicos; [2] concepção estratégica de desenvolvimento sustentável capaz de atender às dimensões econômicas, ecológicas e culturais desse desenvolvimento; [3] instrumento de políticas públicas para a inclusão social das populações marginalizadas; [4] setor econômico que, ao lado dos setores da economia com fins de lucro, da economia estatal e da economia mista, contrabalançaria as debilidades dos demais setores para assegurar o desenvolvimento socioeconômico ou que avançaria na superação do próprio sistema econômico atual

8 E nfoques diversos a respeito da Economia Solidária. [5] economia solidária pode dar origem a um modo de produção ou sistema econômico pós-capitalista, estando já a implantar em pequena escala, em circuitos articulados em redes colaborativas, os elementos fundantes desse novo sistema. [6] economia solidária como um eixo de lutas a) mobilização de amplos setores sociais b) resposta às demandas imediatas; c) negação das estruturas capitalistas de produção, distribuição, consumo, financiamento e acumulação e de degradação ambiental, combatendo igualmente o individualismo, a exploração dos trabalhadores, a expropriação dos consumidores e diversas formas de dominação cultural; d) afirmação de novas estruturas de produção, comercialização, consumo, financiamento e desenvolvimento tecnológico, justas e sustentáveis.

9 Redes Colaborativas e Fluxos Econômicos ___________________________________________________________________________________

10 Fluxos Econômicos ● Meio Econômico ● Valor Econômico ● Representação de Valor Econômico ► Intercâmbios no mercado se regulam pela escassez (oferta menor que a demanda) para acúmulo de valor econômico visando a geração lucros. ► Intercâmbios colaborativos se regulam pela abundância (atender sustentavelmente as necessidades de todos) para assegurar o bem-viver de todas as pessoas e o equilibrio dinâmico dos ecossistemas

11 => Sob essa estratégia, os excedentes de valor econômico, gerados nas cadeias produtivas organizadas solidariamente em redes colaborativas potencializam as finanças solidárias, fomentando: surgimento de novas iniciativas econômicas solidárias, remontagem colaborativa e ecológica das cadeias produtivas, expansão do setor da economia solidária na oferta de produtos, serviços, insumos, crédito, tecnologias livres e bens de investimento. => não se trata de reincluir as pessoas num sistema econômico que as explora e exclui, mas de construir um novo sistema econômico, assentado na democracia como valor universal; no qual as decisões são tomadas em igualdade de condições por trabalhadores e comunidades, e não com base na quantidade de capital que os atores econômicos possuam.

12 As melhores estratégias de desenvolvimento da economia solidária são aquelas que buscam reorganizar os fluxos econômicos para assegurar a expansão do bem-viver de todas as pessoas. O melhor modo de cumprir esse objetivo é organizar redes de economia solidária como mediação do desenvolvimento sustentável. [1] diagnosticar os fluxos econômicos que permeiam os territórios e redes, [2] projetar o atendimento das necessidades e demandas existentes, [3] desenhar circuitos econômicos solidários e [4] adotar as melhores tecnologias sociais para fortalecer os intercâmbios econômicos solidários entre os participantes..

13 A análise dos fluxos econômicos é necessária para: reorganizar as cadeias produtivas constituir arranjos socioeconômicos solidários, promovendo-se o desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, ecológica e solidária.

14 3. Diagnóstico de Necessidades e Demandas ________________________________________________________________________________

15 Para o diagnóstico é necessário mapear consumo final de produtos e serviços consumo produtivo de matérias-primas e materiais secundários utilizados no processo produtivo recursos aproveitáveis da região resíduos recicláveis gerados destino da produção operada no território. empreendimentos produtivos (formalizados, informais, familiares, individuais etc.)

16 Instrumento de Pesquisa e Diagnóstico de Gastos e Consumo Mensal Familiar

17 Possibilita 1. diagnosticar os Fluxos de Valores e Produtos, sabendo para onde vão os recursos gastos no consumo, se ativam a produção local ou se se deslocam para outros territórios; 2. diagnosticar e quantificar a produção para o auto-consumo; 3. mapear as atividades realizadas pelas próprias famílias na produção de itens essenciais, o que possibilita a posterior integração desses produtores em uma rede sócio-produtiva local, incrementando-se a sua produção e o intercâmbio entre eles; 4. diagnosticar com precisão os volumes, valores e formas de geração ou obtenção dos produtos e serviços consumidos mensalmente pelas famílias; 5. diagnosticar as curvas de incremento da sustentabilidade do desenvolvimento local em relação à segurança alimentar e consumo básico.

18 Instrumento de Pesquisa e Diagnóstico - Produção e Serviço  Mapeamento de empreendimentos - formalizados, informais, familiares, individuales etc.

19 Possibilita 1. diagnosticar a diversidade, volume e destino da produção realizada no território; 2. diagnosticar a totalidade de demandas por insumos e em que medida a sua aquisição realimenta os fluxos econômicos locais, fortalecendo ou não as cadeias produtivas do território; 3. diagnosticar o descarte de resíduos, em volume e diversidade; 4. contribuir para o estabelecimento de parcerias na aquisição conjunta de insumos, na substituição de insumos externos por outros mais abundantes na região, no aproveitamento de resíduos, na reorganização das cadeias produtivas regionais, no desenvolvimento de produtos ou na adoção de novas tecnologias, ecologicamente adequadas, fortalecendo o arranjo sócio-produtivo local; 5. diagnosticar o número de postos de trabalho e o volume de recursos distribuídos em sua remuneração; 6. gerar um catálogo da produção regional que pode ser publicado (em formato impresso e na Internet) visando a comercialização dos produtos e serviços mapeados.

20 4. Projetar a Produção sob Demanda ____________________________________________________________________________________

21 Projetar o atendimento de necessidades e demandas existentes produzir sob demanda incentivar o consumo solidário integrar consumidores, comerciantes e produtores em redes de economia solidária constituir estratégias de investimentos coletivos para reorganizar as cadeias produtivas.  fomentar atividades produtivas a partir de demandas estáveis, permite impactos significativos no desenvolvimento socioeconômico em geral e na geração de trabalho e renda, em particular.

22 Destino da Produção na Economia Solidária no Brasil => 83% da produção está voltada ao atendimento de necessidades e demandas do próprio território. Justamente por isso essas atividades tornam-se sustentáveis, com menores custos de logística e menores impactos ambientais.

23

24 Empreendimentos integrados em redes colaborativas, atendendo demandas sustentadas de alimentação, higiene e limpeza, vestuário, etc., geram excedentes monetários que podem ser revertidos para um Fundo de Desenvolvimento Sustentável. Contribuições ao Fundo podem ser convertidos em bônus para o pagamento de produtos e serviços que consumam da própria rede. => Com essa poupança interna permanentemente crescente, pode-se financiar a criação de muitos outros empreendimentos de economia solidária, para atender ao consumo final e ao consumo produtivo na rede ou território.

25 Fontes de recursos para a criação dos empreendimentos Principais fontes referem-se à solidariedade entre os participantes do empreendimento e/ou doações recebidas de outras organizações solidárias ou comunidades locais. Formas de micro- finanças solidárias inscrevem-se na terceira principal fonte de recursos. 71% 34% 21%

26 5. Circuitos Econômicos Solidários ____________________________________________________________________________________

27

28

29 6. T.I. para Redes de Economia Solidárias ____________________________________________________________________________________ _

30 As Ferramentas de Tecnologia da Informação servidas por Solidarius.net contribuem para: a organização de redes colaborativas de economia solidária; a remontagem de cadeias produtivas; o incremento dos fluxos econômicos no interior dessas redes; Elas possibilitam: realizar mapeamentos de fluxos econômicos em níveis diversos realizar conexões entre atores em níveis diversos: desde transações diretas de compra e venda, entre consumidor e produtor até relações de intercâmbio econômico não-monetário

31 Mapeamento de Consumo Final nos Territórios ou Redes. Valendo-se de dados disponibilizados por institutos governamentais ou da sociedade civil ou coletados, pode-se: realizar a projeção de cenários de consumo em âmbitos territoriais diversos, seja em nível nacional, estadual, de um município ou de um bairro. obter-se uma aproximação estatística do volume principal de consumo final realizado em um território pelo conjunto de sua população. visualizar o quadro geral do consumo final realizado no território, visando tomadas de decisão estratégica a respeito de iniciativas comuns da rede voltadas ao desenvolvimento sustentável desse território

32 Mapeamento Geral de Cadeias Produtivas de Economia Solidária Entrada de dados básicos dos atores de economia solidária de um território (iniciativas de produção, comercialização, serviço e consumo): localização e contato oferece e consome (insumos ou produtos e serviços finais ) resíduos descartados. => análise simplificada de possíveis conexões de rede entre eles visando reorganizar-se as cadeias produtivas. => busca simplificada: tem-se para cada produto, serviço ou matéria-prima pesquisados, quem o produz, quem o utiliza como insumo produtivo, quem o comercializa, quem o consome como produto ou serviço final ou quem o descarta.

33 => pode-se estabelecer alianças entre empreendimentos que atuam em uma mesma cadeia produtiva ou região, visando realizar ações colaborativas que possibilitem reorganizar seus fluxos de valores econômicos e seus fluxos materiais realimentar a expansão das redes colaborativas solidárias que eles próprios venham a organizar pela dinamização dos fluxos econômicos entre todos. => ampla divulgação dos empreendimentos e de suas ofertas à população em geral, facilitando aos consumidores a localização de produtos e serviços e o contato direto com quem os oferece.

34 Mapeamento Detalhado de Fluxos Econômicos cruzar todos os fluxos econômicos mapeados que atravessam uma rede em um determinado âmbito territorial, facilitando o planejamento estratégico da expansão auto-sustentável dessa rede colaborativa ou o desenvolvimento sustentável desse território. Condição elaboração de um plano de viabilidade para cada empreendimento integrado na rede, detalhando sua sustentabilidade econômica, ecológica e solidária.

35 Se os empreendimentos autorizam sua rede colaborativa a ter acesso aos dados de seus planos de viabilidade, essa rede pode realizar o mapeamento de todos os fluxos econômicos que a atravessam, detalhando: [1] tudo o que é nela consumido: produtos, serviços, insumos produtivos; [2] o grau ecológico e solidário dos fluxos econômicos que perpassam a rede; [3] os fluxos de valores econômicos que circulam no interior da rede; [4] a magnitude do valor econômico produzido por essa rede e que dela escapa, fluindo em direção ao mercado, mas que poderia realimentá-la, com a simples substituição de fornecedores não-solidários por fornecedores de economia solidária.

36 => desenhar cenários logísticos otimizados, visando: reorganizar os fluxos materiais, encurtar as distâncias entre pontos de fornecimento e consumo, reduzir o impacto ambiental na distribuição => ampliar o volume de excedentes da rede: pelas economias feitas no compartilhamento de fretes, pela aquisição colaborativa de matérias-primas em rede pela comercialização direta ao consumidor em cadeias curtas. => desenhar cenários de expansão da rede, com investimentos feitos em conjunto visando: produzir em seu interior aqueles produtos e serviços que a rede ainda demanda de fornecedores externos não-solidários; compartilhar a demanda existente e já atendida pelos empreendimentos integrados na rede com novos empreendimentos a serem criados e nela integrados, possibilitando a redução da jornada de trabalho em todos eles, preservando-se ao mesmo tempo a justa remuneração de todos trabalhadores.

37 => O mapeamento dos fluxos internos de valor realizados entre os seus membros permite organizar um sistema interno de compensação com créditos solidarius, ou apenas com registros contábeis de compras e vendas, uma vez que para operações no interior da rede colaborativa não é necessária a utilização de moedas como forma de pagamento

38 Mapeamento Detalhado de Fluxos de Valores Não-Monetários no Interior de uma Rede Sistema de Intercâmbios Solidarius => mapear todos os fluxos econômicos não-monetários realizados no interior de uma rede colaborativa, facilitando o registro de todas as transações não-monetárias realizadas pelos seus membros com créditos solidarius. => Os créditos, registrados ao participante pela sua aportação de meios econômicos e de valores econômicos à comunidade, podem igualmente ser compensados em meios econômicos, através dos fluxos internos à rede, ou em valores econômicos para fluxos externos à rede, conforme deliberação coletiva.

39 Mapeamento de Estoques e Ofertas em Rede de Economia Solidária Inclusão de produtos e serviços nas lojas de comercio eletrônico: gera base de dados sobre o volume e o valor de produtos e serviços disponíveis para o consumo nas diversas redes e regiões. dados selecionados podem ser disponibilizados ao público em geral e aos membros de uma ou mais redes das quais o empreendimento faça parte. => Quando os membros de uma rede liberam reciprocamente o acesso à base de dados de seu estoque ou de suas ofertas: todos podem pesquisar o estoque e a diversidade de produtos e serviços no interior da própria rede em tempo real, facilita-se a elaboração coletiva de estratégias para diversificação e manutenção de ofertas em relação às demandas facilita-se a comercialização do conjunto de produtos e serviços dos membros da rede, possibilitando a cada qual comercializar igualmente produtos dos demais.

40 Considerações Finais ____________________________________________________________________________________

41 Economia Solidária no Brasil Mapeados 22 mil empreendimentos em 2007 1,7 milhões de trabalhadores criados 10.653 empreendimentos entre 2001 e 2007 800 mil novos postos de trabalho no período 126 novos empreendimentos a cada mês Motivos de criação dos empreendimentos busca por uma alternativa ao desemprego fonte complementar de renda para os associados obtenção de maiores ganhos em um empreendimento associativo desenvolvimento de uma atividade onde todos são donos. Resultados faturamento anual em torno a € 3 mil milhões € 473 milhões anuais em remuneração aos trabalhadores remuneração de 60% dos trabalhadores não ultrapassa salário mínimo

42 Investimentos: Nos últimos 12 meses anteriores à realização da pesquisa 39% dos empreendimentos haviam feito investimentos que totalizaram US$ 164 milhões : aquisição e renovação de equipamentos (37%), infra-estrutura física (prédios, construções, etc.) (28%), ampliação de estoque de matérias-primas (18%), capacitação de mão-de-obra (13%), abertura de lojas/espaços de comercialização (2%), abertura de filiais (1%) outros (3%). Pagamento ou devolução do crédito recebido, 46% estão no prazo de carência; 34% estão com o pagamento em dia; 10% com o pagamento concluído, 6% com o pagamento em atraso e 5% em outra situação.

43 Trajetória da Economia Solidária de 1990 a 2005

44 Economia solidária setor em processo de crescimento e organização nos diversos continentes. 46% dos empreendimentos no Brasil participam de alguma rede de economia solidária ou fórum de articulação. => isso é um fator importante para a sua sustentabilidade. Na medida em que os fluxos econômicos sejam reorganizados em rede colaborativa para potencializar a expansão auto-sustentável da economia solidária em todo o mundo, ela tenderá a expandir-se de modo a dar origem a um novo sistema econômico global que suprima a subalternidade do trabalho em relação ao capital e reafirme a democracia como valor universal.

45 Euclides André Mance (41) 3328-3987 (41) 9619-4393 www.solidarius.com.br/mance euclides.mance@solidarius.com.br euclidesmance@yahoo.com


Carregar ppt "________________________________________________________________________________________ Estratégias para o Desenvolvimento da Economia Solidária e seu."

Apresentações semelhantes


Anúncios Google