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Revisão UNICAMP 2016.

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Apresentação em tema: "Revisão UNICAMP 2016."— Transcrição da apresentação:

1 Revisão UNICAMP 2016

2 1. Na última década, os sites de comércio eletrônico têm alterado preços com base em seus hábitos na Web e atributos pessoais. Qual é a sua situação geográfica e seu histórico de compras? Como você chegou ao site de comércio eletrônico? Em que momentos do dia você o visita? Toda uma literatura emergiu sobre ética, legalidade e promessas econômicas de otimização de preços. E o campo está avançando rapidamente: em setembro passado, o Google recebeu a patente de uma tecnologia que permite que uma companhia precifique de forma dinâmica o conteúdo eletrônico. Pode, por exemplo, subir o preço de um livro eletrônico se determinar que você tem mais chances de comprar aquele item em particular do que um usuário médio; ao contrário, pode ajustar o preço para baixo como um incentivo se julgar que é menos provável que você o compre. E você não saberá que está pagando mais do que outros exatamente pelo mesmo produto. (Michael Fertik, Um conto de duas internets. Scientific American Brasil, São Paulo, março 2013, p. 18.) Considerando as informações presentes no trecho, explique o sentido de “precificar”. Precificar significa atribuir preço conforme o perfil do consumidor., ou seja, com base em seus hábitos e atributos pessoais. b) Substitua os dois conectivos “se” sublinhados, fazendo as adaptações gramaticais necessárias e mantendo o nível de formalidade do período. “Pode, por exemplo, subir o preço de um produto caso determine que você tenha mais chances de comprar aquele item (...) ; ao contrário, pode ajustar o preço para baixo como um incentivo caso julgue que é menos provável que você o compre.

3 Se - Caso Se eu for ao cinema, avisarei com antecedência.
Com a conjunção “se”, usa-se o futuro do subjuntivo Caso eu vá ao cinema, avisarei com antecedência. com a conjunção “caso”, usa-se o presente do subjuntivo   

4 2. a) Nessa tira de Laerte a graça é produzida por um deslizamento de sentido. Qual é ele? O deslizamento ocorre com as palavras “afinador”: no primeiro quadrinho significa “aquele que afina instrumentos musicais”; no segundo é usada no sentido de “Aquele que torna algo mais fino.” b) Descreva esse deslizamento quadro a quadro, mostrando a relação das imagens com o que é dito. No primeiro quadrinho,a expressão ‘afinador de piano’ está articulada a um diapasão, objeto para afinação dos instrumentos e das vozes.. No segundo quadrinho, a palavra 'finura' tem relação com o gesto da personagem, cujos dedos mostram uma redução de espaço. No terceiro quadrinho o piano partido ao meio sobre a cabeça da personagem relaciona-se com a palavra grosso, o oposto de fino.

5 3. Leia o poema Nessa letra de música são atribuídos sentidos às classificações gramaticais. Escolha duas delas explique o sentido explorado, justificando sua pertinência ou não. Adjetivo: a impressão que temos de algo relaciona-se à função do adjetivo de caracterizar. Verbo: refere-se a transitividade dos verbos; no poema menciona-se o objeto direto, complemento do verbo transitivo direto. b) Nas duas últimas estrofes, há um deslocamento no uso de 'idiotismo'. Explique-o. Na penúltima estrofe, refere-se a uma característica de determinada língua, que não se encontra na maioria das outras línguas. Na última estrofe, idiotismo faz referência à linguagem de pessoas destituídas de inteligência.

6 4. Nessa propaganda do dicionário Aurélio, a expressão “bom pra burro” é polissêmica, e remete a uma representação de dicionário. A representação é de que o dicionário é bom para os ignorantes, o que não é adequado, pois mesmo uma pessoa com muita formação não conhece todas as palavras e significados presentes nele. b) Explique como o uso da expressão “bom pra burro produz humor nessa propaganda. O humor está presente no fato de que a expressão pode significar “bom para quem é ignorante” ou “que é muito bom”. A possibilidade de leitura do primeiro significado é que produz o humor.

7 5. “Os turistas que visitam as favelas do Rio se dizem transformados, capazes de dar valor ao que realmente importa”, observa a socióloga Bianca Freire-Medeiros, autora da pesquisa “Para ver os pobres: a construção da favela carioca como destino turístico”. “Ao mesmo tempo, as vantagens, os confortos e os benefícios do lar são reforçados por meio da exposição à diferença e à escassez. Em um interessante paradoxo, o contato em primeira mão com aqueles a quem vários bens de consumo ainda são inacessíveis garante aos turistas seu aperfeiçoamento como consumidores.” No geral, o turista é visto como rude, grosseiro, invasivo, pouco interessado na vida da comunidade, preferindo visitar o espaço como se visita um zoológico e decidido a gastar o mínimo e levar o máximo. Conforme relata um guia, “O turismo na favela é um pouco invasivo, sabe? Porque você anda naquelas ruelas apertadas e as pessoas deixam as janelas abertas. E tem turista que não tem ‘desconfiômetro’: mete o carão dentro da casa das pessoas! Isso é realmente desagradável. Já aconteceu com outro guia. A moradora estava cozinhando e o fogão dela era do lado da janelinha; o turista passou, meteu a mão pela janela e abriu a tampa da panela. Ela ficou uma fera. Aí bateu na mão dele.” (Adaptado de Carlos Haag, Laje cheia de turista. Como funcionam os tours pelas favelas cariocas. Pesquisa FAPESP no. 165, 2009, p ) a) Explique o que o autor identifica como “um interessante paradoxo”. O paradoxo consiste no fato de os turistas, ao entrarem em contato com a escassez de bens de consumo, valorizam-nos mais ainda.

8 b) O trecho em itálico, que reproduz em discurso direto a fala do guia, contém marcas típicas da linguagem coloquial oral. Reescreva a passagem em discurso indireto, adequando-a à linguagem escrita formal. “O turismo na favela é um pouco invasivo, sabe? Porque você anda naquelas ruelas apertadas e as pessoas deixam as janelas abertas. E tem turista que não tem ‘desconfiômetro’: mete o carão dentro da casa das pessoas! Isso é realmente desagradável. Já aconteceu com outro guia. A moradora estava cozinhando e o fogão dela era do lado da janelinha; o turista passou, meteu a mão pela janela e abriu a tampa da panela. Ela ficou uma fera. Aí bateu na mão dele.” Um guia comentou que o turismo na favela é um pouco invasivo porque se anda em ruas estreitas, e os moradores deixam as janelas abertas. Disse também que havia turistas inconvenientes: observavam indiscretamente o interior das casas, o que é bastante desagradável. Acrescentou ainda que já tinha acontecido/acontecera algo similar com um colega de profissão: uma moradora estava cozinhando no fogão, que ficava ao lado da janela, e um turista tinha passado/passara, tinha posto/pusera a mão pela janela e tinha aberto/abrira a tampa da panela. Ela, enfurecida, tinha batido/batera na mão dele.

9 o jornal “o Globo”, relacionado-o a algo avançado, moderno.
6. Nessa propaganda, há uma interessante articulação entre palavras e imagens. Explique como as imagens ajudam a estabelecer as relações metafóricas no enunciado “Mesmo que o globo fosse quadrado, O GLOBO seria avançado”. O mapa-múndi está representado em um cubo, o que remete à ideia de um mundo quadrado, atrasado. A esfera representa o globo, o mundo moderno, e nela está impresso o jornal “o Globo”, relacionado-o a algo avançado, moderno. b) Indique uma característica atribuída pela propaganda ao produto anunciado. Justifique. O jornal é moderno, inovador. Essas características são construídas pela associação do nome próprio “O GLOBO” e “avançado”, em contraste com o substantivo comum “globo” associado a “quadrado”

10 a) Qual é o pressuposto da
personagem que defende o acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa? Por que esse pressuposto é inadequado? O pressuposto é o de que a unificação ortográfica garantiria a unidade linguística, o que é inadequado, uma vez que a língua não é constituída somente pela ortografia, mas pelo seu léxico. b) Explique como, na tira, esse pressuposto é quebrado. A quebra se dá na dificuldade de compreensão de palavras usadas no português de Portugal como “bicha”, “bica” (que, no português brasileiro, têm significados diferentes) e “peúgas” (que não é usado no português do Brasil)

11 8. A propaganda abaixo explora a expressão idiomática ‘não leve gato por lebre’ para construir a imagem de seu produto: a) Explique a expressão idiomática por meio de duas paráfrases. Não leve um produto inferior como um produto superior; não leve uma coisa pensando que é outra; não confunda coisas que são parecidas, mas diferentes; não compre um produto que só tem aparência de bom. b) Mostre como a dupla ocorrência de BOM BRIL no slogan ‘SÓ BOM BRIL É BOM BRIL’, aliada à expressão idiomática, constrói a imagem do produto anunciado. Na primeira ocorrência, “Bom Bril” é nome próprio e na segunda, substantivo comum, pois o nome próprio é usado como nome genérico (palha de aço), ou seja, usa-se a marca pelo produto. O uso da metonímia valoriza o produto, indicando-o como único. NÃO LEVE GATO POR LEBRE SÓ BOM BRIL É BOM BRIL

12 9. Quando vitaminas atrapalham
Consumir suplementos de vitaminas depois de praticar exercícios físicos pode reduzir a sensibilidade à insulina, o hormônio que conduz a glicose às células de todo o corpo. Temporariamente, um pouco de estresse oxidativo – processo combatido por algumas vitaminas e que danifica as células – ajuda a evitar o diabetes tipo 2, causado pela resistência à insulina, concluíram pesquisadores das universidades de Jena, na Alemanha, e Harvard, nos Estados Unidos. Desse estudo, publicado em maio na PNAS, participaram 40 pessoas, metade delas com treinamento físico prévio, metade sem. Os dois grupos foram divididos em subgrupos que tomaram ou não uma combinação de vitaminas C e E. Todos os subgrupos praticaram exercícios durante quatro semanas e passaram por exames de avaliação de sensibilidade da glicose à insulina antes e após esse período. Apenas exercícios físicos, sem doses adicionais de vitaminas, promovem a longevidade e reduzem o diabetes tipo 2. Ao contrário do que se pensava, os resultados negam que o estresse oxidativo seja um efeito colateral indesejado da atividade física vigorosa: ele é na verdade parte do mecanismo pelo qual quem se exercita é mais saudável. A conclusão é clara: nada de antioxidantes depois de correr. (Adaptado de “Quando vitaminas atrapalham”. Revista Pesquisa FAPESP 160, p.40, junho de 2009.) Por se tratar de um texto de divulgação científica, apresenta recursos linguísticos próprios a esse gênero. Quais são eles? Transcreva dois trechos em que esses recursos estão presentes. Textos de divulgação científica são construídos com recursos linguísticos tais como conceitos ou termos técnicos, orações explicativas, orações intercaladas com função explicativa (uso do travessão), uso de aposto – todos com a função de explicar algo específico do universo científico –; uso de discurso indireto e da impessoalidade. .

13 b) O experimento em questão concluiu que as vitaminas atrapalham
b) O experimento em questão concluiu que as vitaminas atrapalham. Explique como os pesquisadores chegaram a essa conclusão. Essa conclusão foi possível pela comparação entre pessoas que fizeram exercício e tomaram vitaminas e pessoas que fizeram exercícios e não tomaram. Verificou-se que o consumo de vitaminas C e E combate o processo oxidativo o qual é responsável pela redução do diabetes tipo 2. Essa comparação permite afirmar que a ingestão de vitaminas após exercícios, ao contrário do que se acreditava, não promove a longevidade e a redução do diabetes tipo 2.

14 10. Há notícias que são de interesse público e há notícias que são de interesse do público. Se a celebridade "x" está saindo com o ator "y", isso não tem nenhum interesse público. Mas, dependendo de quem sejam "x" e "y", é de enorme interesse do público, ou de um certo público (numeroso), pelo menos. As decisões do Banco Central para conter a inflação têm óbvio interesse público. Mas quase não despertam interesse, a não ser dos entendidos. O jornalismo transita entre essas duas exigências, desafiado a atender às demandas de uma sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus interesses particulares. (Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha de São Paulo (versão on line), 18/04/2011. Acessado em 20/12/2011.) a) A palavra público é empregada no texto ora como substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do próprio texto e apresente o critério que você utilizou para fazer a distinção. No primeiro período do texto, há duas ocorrências da palavra público: “são de interesse público” e “são de interesse do público”. Na primeira, “público” é empregado como adjetivo, já que está qualificando diretamente o substantivo “interesse”, como ocorre também em “não tem nenhum interesse público” (2a linha). Na segunda ocorrência, a palavra “público” é empregada como substantivo, pois vem determinada diretamente pelo artigo definido “o”, como ocorre também em “enorme interesse do público” (3a linha); igualmente como substantivo é empregado em “de um certo público”, aqui substantivado por meio do determinante indefinido “um certo”.

15 b) Qual é, no texto, a diferença entre o que é chamado de interesse público e o que é chamado de interesse do público? No texto, chama-se de “interesse público” aquilo que se relaciona aos interesses da sociedade, que se destina ao bem-estar social, como, por exemplo, medidas tomadas para conter a inflação. Já a expressão “interesse do público” relaciona-se aos interesses mais associados ao gosto pessoal, à curiosidade.

16 Mundial da Saúde, o que faria com que ela aprovasse o carro.
11. Os enunciados abaixo são parte de uma peça publicitária que anuncia um carro produzido por uma conhecida montadora de automóveis. A menção à Organização Mundial da Saúde na peça publicitária é justificada pela apresentação de uma das características do produto anunciado. Qual é essa característica? Explique por que o modo como a característica é apresentada sustenta a referência à Organização Mundial da Saúde. A característica citada é o fato de o carro andar mais e beber menos, uma vez que tais atitudes são associadas a hábitos de vida saudáveis e incentivados pela Organização Mundial da Saúde, o que faria com que ela aprovasse o carro.

17 b) A peça publicitária apresenta duas orações com o verbo caber
b) A peça publicitária apresenta duas orações com o verbo caber. Contraste essas orações quanto à organização sintática. Que efeito é produzido por meio delas? Na primeira oração com o verbo caber (Ele cabe na sua vida), o sujeito “ele” (que se remete ao carro) pode se inserir facilmente no objeto indireto do verbo (sua vida), significando que é um carro que se adapta bem ao dono. Já na segunda oração (Sua vida cabe nele), o sujeito passa a ser “sua vida”, que pode ser inserida no objeto indireto (nele, remetendo ao carro), podendo significar que ele é um carro que atende a todas as necessidades de seu proprietário.

18 12. . Os verbetes apresentados em (II) a seguir trazem significados possíveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho Gramático, apresentado em (I).

19 Descreva o processo de formação das palavras invendável e imprestável e justifique a afirmação segundo a qual o uso que Vicente Matheus fazia da língua portuguesa “nem sempre era aquele reconhecido pelos livros”. Em ambos os casos, houve inicialmente uma derivação sufixal com verbos (vender e prestar) formando adjetivos (vendável e prestável). Depois disso, ocorreu uma derivação prefixal, dando a eles sentido negativo com o prefixo in- (invendável e imprestável). A afirmação é justificada uma vez que Vicente Matheus quis dizer com “imprestável” que Sócrates era um jogador fundamental e não poderia ser emprestado, mas acabou dizendo que ele é um jogador que não presta, ou seja, inútil, caindo em contradição. Também justifica-se pelo uso do neologismo invendável”. b) Explique por que o texto destaca que Vicente Matheus “criou uma pérola da linguística e da zoologia”. A pérola da Zoologia refere-se à comparação do Jogador de Futebol ao animal “pato”, que pode se locomover tanto na água quanto no solo. Já a pérola linguística se deu pela homonímia da palavra “Gramático”, que além de indicar quem apresenta melhor rendimento nas corridas em pista de grama, representa o profissional que lida com a Gramática.

20 13. O texto abaixo é parte de uma campanha promovida pela ANER (Associação Nacional de Editores de Revistas). O verbo surfar pode ser usado como transitivo ou intransitivo. Exemplifique cada um desses usos com enunciados que aparecem no texto da campanha. Indique, justificando, em qual desses usos o verbo assume um sentido necessariamente figurado. ) Transitivo direto: "Surfamos a internet“; intransitivo: "gostam de surfar". O sentido figurado está no emprego do verbo surfar como transitivo direto na expressão "Surfamos a internet", pois surfar é praticar o surfe e não ler notícias na internet

21 b) Que relação pode ser estabelecida entre o título da campanha e o trecho reproduzido a seguir? Como essa relação é sustentada dentro da campanha? Surfamos a Internet. Nadamos em revistas. A Internet empolga. Revistas envolvem. A Internet agarra. Revistas abraçam. A Internet é passageira. Revistas são permanentes. Há ideia de oposição entre os verbos "surfar" e "nadar", revelando uma relação de superficialidade e aprofundamento: enquanto na internet as notícias são dadas de forma rápida e superficial, nas revistas elas aparecem de forma mais detalhada, aprofundada e permanente. Essa relação de sentido é evidenciada pelo contraste entre os termos "passageira" e "permanentes".

22 14. O parágrafo reproduzido abaixo introduz a crônica intitulada Tragédia concretista, de Luís Martins. O poeta concretista acordou inspirado. Sonhara a noite toda com a namorada. E pensou: lábio, lábia. O lábio em que pensou era o da namorada, a lábia era a própria. Em todo o caso, na pior das hipóteses, já tinha um bom começo de poema. Todavia, cada vez mais obcecado pela lembrança daqueles lábios, achou que podia aproveitar a sua lábia e, provisoriamente desinteressado da poesia pura, resolveu telefonar à criatura amada, na esperança de maiores intimidades e vantagens. Até os poetas concretistas podem ser homens práticos. (Luís Martins, Tragédia concretista, em As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 132.) Compare lábio e lábia quanto à forma e ao significado. Considerando a especificidade do poeta, justifique a ocorrência dessas duas palavras dentro da crônica. Com relação à forma são substantivos invariáveis em gênero; parônimos. Com relação ao significado são diferentes: o primeiro significa parte da boca e o segundo capacidade de convencimento. O poeta utiliza os parônimos para fazer um jogo de palavras, algo característico da poesia concreta. b) Explique por que a palavra todavia (linha 3) é usada para introduzir um dos enunciados da crônica. A palavra todavia é usada para estabelecer uma relação de adversidade. Inicialmente, havia a ideia de escrever um poema concreto com as palavras que estavam na mente do poeta (lábio e lábia). Porém, logo em seguida, a ideia é descartada. Ao invés de escrever o poema, usou a lábia para tentar alcançar sua amada.

23 15. Os textos abaixo foram retirados da coluna “Caras e bocas”, do Caderno Aliás, do jornal O Estado de São Paulo. “A intenção é salvar o Brasil.” Ana Paula Logulho, professora e entusiasta da segunda “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, que pede uma intervenção militar no país e pretendeu reeditar, no sábado, a passeata de 19 de março de 1964, na capital paulista, contra o governo do Presidente João Goulart. “Será um evento esculhambativo em homenagem ao outro de São Paulo.” José Caldas, organizador da “Marcha com Deus e o Diabo na Terra do Sol”, convocada pelo Facebook para o mesmo dia, no Rio de Janeiro. (O Estado de São Paulo, 23/03/2014, Caderno Aliás, E4. Negritos presentes no original.) a) Descreva o processo de formação de palavras envolvido em “esculhambativo”, apontando o tipo de transformação ocorrida no vocábulo. “Esculhambativo” é formado por derivação sufixal do verbo esculhambar, que significa “bagunçar, avacalhar, o sufixo -ivo acentua o tom pejorativo do vocábulo, ou seja, a capacidade de realizar um evento em que se combinam a “esculhambação” e a “ação combativa” ao evento de São Paulo. b) Discorra sobre a diferença entre as expressões “evento esculhambado” e “evento esculhambativo”, considerando as relações de sentido existentes entre os dois textos acima. Na expressão “evento esculhambado”, a ideia principal é a de um evento desorganizado. Já “evento esculhambativo”, que se refere à Marcha com Deus e o Diabo na Terra do Sol, constrói a ideia de uma ação direcionada de ridicularização, de desmoralização, de zombaria do outro evento, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

24 Expressões verbais: “acariciar blocos”, “induzi-los a revelar”.
16. Eles podem ver os objetos de sua afeição – estrelas, galáxias, quasares – apenas remotamente: na forma de imagens e telas de computador ou como ondas luminosas projetadas de espectrógrafos antipáticos. Mas, muitos de nós, que estudam planetas e asteroides, podem acariciar blocos de nossos amados corpos e induzi-los a revelar seus mais íntimos segredos. Quando eu era aluno de graduação em astronomia, passei muitas noites geladas observando por telescópios aglomerados de estrelas e nebulosas e posso garantir que tocar um fragmento de asteroide é mais gratificante emocionalmente: eles oferecem uma conexão tangível com o que, de outra forma, pareceria distante e abstrato. Os fragmentos de asteroides que mais me fascinam são os condritos. Esses meteoritos, que compõem mais de 80% dos que se precipitam do espaço, derivam seu nome dos côndrulos que praticamente todos contêm - minúsculas esferas de material fundido, muitas vezes menores do que um grão de arroz. (...) Quando examinamos finas fatias de condritos sob um microscópio, ficamos sensibilizados da mesma maneira como quando contemplamos pinturas de Wassily Kandinsky e outros artistas abstratos. (Alan E. Rubin*, Segredos dos meteoritos primitivos. Scientific American Brasil. março 2013, p. 49.) * Alan E. Rubin é geofísico e leciona na Universidade da Califórnia. Esse trecho, que introduz um artigo científico sobre meteoritos primitivos, apresenta um estilo pouco usual nessa espécie de texto. Indique duas expressões nominais ou verbais do texto que identificam esse estilo. Expressões nominais: “objetos de sua afeição”, “espectrógrafos antipáticos”, “amados corpos celestes”, “seus mais íntimos segredos”. Expressões verbais: “acariciar blocos”, “induzi-los a revelar”. b) Nesse trecho, ocorre uma alternância entre o uso da primeira pessoa do singular e o da primeira pessoa do plural. Dê uma justificativa para o uso dessa alternância na passagem. Quando o autor se refere às suas experiências pessoais , usa a primeira pessoa do singular; quando se refere a experiências gerais, compartilhadas com outras pessoas, usa o plural.

25 fiscalizador do poder público.
17. A sobrevivência dos meios de comunicação tradicionais demanda foco absoluto na qualidade de seu conteúdo. A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguardam os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos fatos, verdadeiramente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência na prestação de serviços, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma virtual. (Carlos Alberto di Franco, Democracia demanda jornalismo independente. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14/10/2013, p. A2.) “Desintermediação” é um termo técnico do campo da comunicação. Ele se refere ao fato de que os meios de comunicação tradicionais não mais detêm o monopólio da produção e distribuição de mensagens. Considerando esse “mundo desintermediado”, identifique duas críticas ao jornalismo atual formuladas pelo autor. Entende-se que o jornalismo atual não tem excelência na prestação de serviços, pois não revela compromisso suficiente com a fidelidade aos fatos e não é um fiscalizador do poder público. b) Os processos de formação de palavras envolvidos no vocábulo “desintermediação” não ocorrem simultaneamente. Tendo isso em mente, descreva como ocorre a formação da palavra “desintermediação”. Ele é formada a partir do acréscimo do prefixo inter- ao vocábulo mediação e após isso foi acrescido o prefixo des- ao vocábulo já prefixado.

26 18. A experiência que comprovou a existência da partícula conhecida como bóson de Higgs teve ampla repercussão na imprensa de todo o mundo, pelo papel fundamental que tal partícula teria no funcionamento do universo. Leia o comentário abaixo, retirado de um texto jornalístico, e responda às questões propostas. Por alguma razão, em língua portuguesa convencionou-se traduzir o apelido do bóson como “partícula de Deus” e não “partícula Deus”, que seria a forma correta. (Folha de São Paulo, São Paulo, 05/07/2012, Caderno Ciência, p. 10.) a) Explique a diferença sintática que se pode identificar entre as duas expressões mencionadas no trecho reproduzido: “partícula de Deus” e “partícula Deus”. Em “partícula de Deus”, de Deus é adjunto adnominal de partícula, ou seja, é uma expressão que qualifica ou especifica o substantivo partícula. Em “partícula Deus”, Deus é aposto e funciona como uma denominação de partícula. b) Explique a diferença de sentido entre uma e outra expressão em português. No primeiro caso, pode-se entender “partícula que integra (ou que é parte de) Deus”; no segundo caso, entende-se “partícula que é Deus”.

27 19. Reproduzimos abaixo a chamada de capa e a notícia publicadas em um jornal brasileiro que apresenta um estilo mais informal.

28 Retire dos textos duas marcas que caracterizariam a informalidade pretendida pela publicação, explicitando de que tipo elas são (sintáticas, morfológicas, fonológicas ou lexicais, isto é, de vocabulário). Lexicais: como o uso de expressões (“pendurar as chuteiras”) e palavras (“quebre” para se referir aos sérios prejuízos do INSS, “trampar” no lugar de trabalhar). Morfológica, a expressão “vovozada”, que utiliza o sufixo “-ada” para se referir a um “grupo de avós” ; “lá em Brasília” (lá é expletivo) Fonética em: “o brasileiro tá vivendo”, representando a fala do verbo “estar” , “pra” representando para b) Pode-se afirmar que certas expressões empregadas no texto, como “tá” e “botar”, se diferenciam de outras, como “galera” e “grana”, quanto ao modo como funcionam na sociedade brasileira. Explique que diferença é essa. A diferença está na aceitação das expressões em diferentes contextos. “Tá” e “botar”, por mais que representem uma coloquialidade, são mais generalizadas na fala de diferentes camadas da sociedade (principalmente pela primeira ser a redução de “está”, amplamente usada). Já “galera” e “grana” são variações extremamente informais, dificilmente aceitas num discurso formal.

29 20. Millôr Fernandes foi dramaturgo, jornalista, humorista e autor de frases que se tornaram célebres. Em uma delas, lê-se: Por quê? é filosofia. Porque é pretensão. Explique a diferença no funcionamento linguístico da expressão “porque” indicada nas duas formas de grafá-la. Por quê?: expressão formada por preposição e pronome interrogativo. O acento ocorre em razão de o que ser tônico em final de frase. Porque é conjunção com valor explicativo. b) Explique o sentido do segundo enunciado do texto (Porque é pretensão), levando em consideração a forma como ele se contrapõe ao primeiro enunciado. Considere em sua resposta apenas o sentido atribuído à palavra pretensão que se encontra abaixo. Questionar, duvidar, interrogar é próprio da filosofia. Afirmar, responder categoricamente pode ser pretensioso.

30 21. Os textos abaixo integram uma matéria de divulgação científica sobre o tamanho de criaturas marinhas, ilustrada com fotos dos animais mencionados.

31 Pode-se afirmar que a compreensão do texto 2 depende da imagem que o acompanha. Destaque do texto a expressão responsável por essa dependência e explique por que seu funcionamento causa esse efeito. O pronome demonstrativo “este” faz referência explícita à imagem do texto. Tem função dêitica, ou seja, funciona como uma seta apontada para algo próximo, mas exterior ao texto. b) No que diz respeito à organização textual, que diferença se pode apontar entre os dois textos, quanto ao modo como o pronome ‘eles’ se relaciona com os termos a que se refere? As duas ocorrências de “eles” são, respectivamente, catafórica e anafórica. No texto 1, “eles” é indeterminado e remete a “animais do fundo do mar”, mencionados no final do texto (daí catafórico). No texto 2, “eles” retoma “filhotes” de cavalos-marinhos, citados anteriormente (daí anafórico).


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