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A ECONOMIA ENQUANTO CIÊNCIA ciência económica ciência ou discurso ideológico A ciência económica é uma ciência ou um discurso ideológico? -A ciência é.

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1 A ECONOMIA ENQUANTO CIÊNCIA ciência económica ciência ou discurso ideológico A ciência económica é uma ciência ou um discurso ideológico? -A ciência é uma representação mental que obedece a certas regras: ela é de natureza ideológica -A ciência económica é uma ciência do complexo, isto é, não simplifica o recorte do real -O reconhecimento do estatuto científico a uma teoria não é uma simples escolha ideológica, ainda que a multiplicidade dos recortes possíveis do seu campo impliquem uma parte ideológica mais importante do que nas ciências da natureza ou da vida combinação da lógica, da teoria e da prática A combinação da lógica, da teoria e da prática é mais difícil nas ciências sociais do que nas ciências da natureza. Não existe verdadeiro vaivém bem ordenado entre a teoria e a prática

2 A ECONOMIA ENQUANTO CIÊNCIA A racionalidade económica OBJECTO ? -Para uns, trata-se de determinar como escolher a melhor maneira de utilizar recursos raros em função de um objectivo, ou seja, como minimizar as despesas em vista de uma satisfação máxima ciência económica teoria das escolhas racionais [1] -A ciência económica torna-se então a elaboração da teoria das escolhas racionais [1] -Para outros, a racionalidade económica é o que permite compreender o que faz a coerência de um conjunto de estruturas económicas e comanda o seu funcionamento ou, sobretudo, a sua evolução ciência económica estudo dos mecanismos de produção, troca e consumo numa estrutura social dada [2] -Neste caso, a ciência económica não tem mais por objecto a teoria das escolhas racionais, mas o estudo dos mecanismos de produção, troca e consumo numa estrutura social dada e as interdependências entre estes mecanismos e esta estrutura [2]

3 A ECONOMIA ENQUANTO CIÊNCIA A racionalidade económica [1] teoria da economia pura de tipo dedutivo [1] A primeira abordagem refere-se à racionalidade óptima de um agente económico (fosse ele o Estado) e tende para uma teoria da economia pura de tipo dedutivo, a partir dos princípios da racionalidade máxima não ignora o real, mas julga-o a partir de um modelo ideal Se a vontade de rigor lógico é dominante, este tipo de abordagem não ignora o real, mas julga-o a partir de um modelo ideal [2] recusa-se a definir o domínio da economia sem a consideração de dados precisos [2] A segunda abordagem refere-se à racionalidade do sistema e recusa-se a definir o domínio da economia sem a consideração de dados precisos (produção, consumo, repartição, estrutura social) leis do desenvolvimento das sociedades Privilegiam as leis do desenvolvimento das sociedades (as esferas da produção, da repartição, das trocas e do consumo) Correntes smithianas (Adam Smith) Restantes correntes: -Keynesiana: funcionamento do sistema -Keynesiana: focada no funcionamento do sistema -Marxista: leis do desenvolvimento das sociedades -Marxista: focada nas leis do desenvolvimento das sociedades -Shumpeteriana: racionalidade social -Shumpeteriana: passa da racionalidade definida abstractamente à racionalidade social

4 A ECONOMIA ENQUANTO CIÊNCIA microeconomia Uma das principais questões da microeconomia é a busca da validade da intuição de Adam Smith: saber se os indivíduos na busca dos seus interesses próprios contribuem para promover os interesses da sociedade no seu conjunto macroeconomia A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconómicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior.

5 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS Aescola clássica A escola clássica Adam Smith (1723-1790) conduta humana -A conduta humana é condicionada por seis determinantes: amor-próprio, simpatia, ânsia de liberdade, propriedade, hábito de trabalho, propensão para a troca cada homem é o melhor juiz dos seus próprios interesses -Condicionado por estas determinantes, cada homem é o melhor juiz dos seus próprios interesses e deve ter a liberdade de os realizar segundo a sua própria vontade natural -A sociedade e as instituições frustram as inclinações naturais dos homens e prejudicam o seu equilíbrio natural, espontâneo implicitamente justo fonte de riqueza é o trabalho Por oposição aos mercantilistas (comércio) ou aos fisiocratas (agricultura), para A. Smith a verdadeira fonte de riqueza é o trabalho “(…) sem a assistência e cooperação de vários milhares de homens, o mais humilde habitante de um país civilizado não poderia ser abastecido, mesmo daquela maneira como, de ordinário, o é e que, sem razão, julgamos simples e fácil” divisão do trabalho Este trabalho comum é o facto económico e social fundamental e funda a divisão do trabalho

6 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS -É o trabalho que realmente cria a riqueza; é a sua diferente produtividade que justifica que umas nações sejam mais ricas do que outras natural espontaneidade das instituições económicas oferta procura -A ideia da natural espontaneidade das instituições económicas tem como corolário a de que, a oferta se adapta naturalmente à procura interesse individual -Base psicológica da doutrina smithiana: o interesse individual divisão do trabalho consideravelmente automaticamente -As necessidades humanas podem ser satisfeitas pela divisão do trabalho, que aumenta consideravelmente a produção individual, e pelo mecanismo dos preços, que adapta automaticamente a oferta à procura laissez faire, laisser passer -Doutrina liberal: laissez faire, laisser passer valor A origem do valor é a quantidade de trabalho incorporada em qualquer mercadoria. Distingue: Valor de uso: Valor de uso: a utilidade que um qualquer objecto possui Valor de troca: Valor de troca: a qualidade que tem qualquer objecto de oferecer vantagem para ser trocado por outros bens valor de troca depende das variações da oferta e da procura no mercado O valor de troca é função do trabalho: depende das variações da oferta e da procura no mercado, aumentando na medida em que a procura é maior do que a oferta, descendo quando a oferta é superior à procura Aescola clássica A escola clássica Adam Smith (1723-1790)

7 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS -Na produção social da sua existência, os homens entram em relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais estrutura jurídica e política formas de consciência social determinadas -O conjunto destas relações de produção constitui a estrutura jurídica e política, à qual correspondem formas de consciência social determinadas éo seu ser social que determina a sua consciência -Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é, inversamente, o seu ser social que determina a sua consciência economia política burguesaver na ordem capitalista a forma absoluta e definitiva da produção social O que caracteriza a economia política burguesa é o facto de ver na ordem capitalista não uma fase transitória do progresso histórico, mas a forma absoluta e definitiva da produção social A periodicidade das crises permite contrariar, no entanto, e conforme afirmavam os clássicos, uma tendência natural para a harmonia e para o equilíbrio económico; haverá sim, uma tendência permanente para o desequilíbrio O socialismo científico Karl Marx(1818-1883) teoria do valor Aprofundamento da teoria do valor

8 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS valor de uma mercadoria quantidade de trabalho social médio -Marx atribui ao trabalho a origem do valor: o valor de uma mercadoria é objectivamente determinado pela quantidade de trabalho social médio que essa mercadoria representa tempo socialmente necessário à produção das mercadorias -“O tempo socialmente necessário à produção das mercadorias é o que exige qualquer trabalho, executado com o grau médio de habilidade e de intensidade e em condições que, em relação a um dado meio social, são normais” troca -A troca estabelece a passagem de umas mãos para outras de trabalho humano incorporado nos produtos da actividade humana, e isso segundo certas relações históricas e sociais que constituem a estrutura de cada sociedade diferenciada Visão dialéctica Visão dialéctica e compreensão filosófica da natureza e do homem A simples troca de mercadorias constitui uma operação complexa, iguala o que é desigual, realiza um movimento dialéctico O socialismo científico Karl Marx(1818-1883) apetrechamento industrial aumenta época do capitalismo industrial Troca de produtos equivalentes (p. ex., quando artesãos produzem e vendem os seus produtos) prossegue sem dificuldades num regime de simples produção de mercadorias. Tudo se passa de um modo inteiramente diferente quando o apetrechamento industrial aumenta e entra numa parte importante no valor do produto, o que se passa ao iniciar-se a época do capitalismo industrial

9 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS lucro -É durante o processo de circulação das mercadorias que o lucro se torna evidente, o que só é possível se no processo de circulação das mercadorias o possuidor de moeda encontrar à venda alguma mercadoria «cujo valor de uso tenha a qualidade particular de ser fonte de valor de troca» força humana de trabalho -Para Marx, só uma mercadoria tem essa qualidade – a de criar valor de troca na medida em que é consumida -, é a força humana de trabalho tempo de trabalho -O assalariado não vende ao capitalista o seu trabalho, mas sim a sua força de trabalho, o seu tempo de trabalho -Alienando o seu tempo de trabalho, o assalariado participa no processo criador do valor de troca e o seu próprio tempo de trabalho adquire um valor de troca determinado tempo de trabalho social médio O tempo de trabalho individual avalia-se em tempo de trabalho social médio produtivo Este tempo de trabalho social médio preciso para manter o indivíduo é inferior ao tempo de trabalho social médio que representa o seu tempo de trabalho individual, caso contrário, o trabalho de cada indivíduo não seria produtivo, mas apenas suficiente para assegurar a sua manutenção O socialismo científico Karl Marx(1818-1883) a troca da força de trabalho, paga pelo seu valor, pelo valor criado pela força de trabalho O salário, pago em dinheiro, revela e dissimula também uma operação complexa: a troca da força de trabalho, paga pelo seu valor, pelo valor criado pela força de trabalho

10 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS -Considera-se que o salário paga o trabalho; na realidade, o capitalista guarda a diferença entre o salário e o valor do produto, entre o valor do tempo de trabalho e o valor criado por esse tempo de trabalho -«A exploração do trabalho é um fenómeno social, não resulta de qualquer situação particular, é independente da vontade individual do capitalista ou empresário, insere-se na lógica profunda do sistema capitalista troca de não equivalentes. -O capitalismo surge como uma troca de não equivalentes. E por isso, em vez de harmonia e equilíbrio, no seu seio manifestam-se sucessivamente forças de desequilíbrio e de rotura contradição fundamental carácter socialmente produtivo apropriação privada A contradição fundamental não é a que existe entre a produção e o consumo, mas a que se verifica entre o carácter socialmente produtivo do trabalho e a apropriação privada dos produtos do trabalho Génese de conflitos ou crises entre as forças de equilíbrio e as forças de rotura O socialismo científico Karl Marx(1818-1883) É a crise que restabelece o equilíbrio anormal dialéctica interna do sistema capitalista, O equilíbrio interno do capitalismo obtém- se por intermédio das crises. É a crise que restabelece o equilíbrio. Aquilo que aparentemente é anormal é necessário para assegurar o funcionamento «normal» do sistema. Tal é a dialéctica interna do sistema capitalista, segundo Marx

11 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS -«Os dois vícios mais evidentes do mundo económico em que vivemos são: pleno emprego não estar nele assegurado; -1 - o facto do pleno emprego não estar nele assegurado; a repartição da fortuna e do rendimento ser arbitrária e falha de equidade -2 – o facto de a repartição da fortuna e do rendimento ser arbitrária e falha de equidade» -Objecto fundamental da obra de Keynes: explicar as causas que determinam as variações da produção e do emprego deficiência crónica da procura efectiva O capitalismo é caracterizado por uma deficiência crónica da procura efectiva, sendo os gastos de consumo que os cidadãos podem realizar insuficientes para absorver a produção possível; consequentemente, os empresários ocupam um volume de emprego fraco, o que resulta num permanente desemprego involuntário PROCURA EFECTIVAPRODUÇÃO POSTA EM PRÁTICAEMPREGO O estado de bem-estar John Keynes (1883-1946) desenvolvimento do investimento público Dada a estabilidade da propensão para consumir, é o crescimento do investimento o meio que se impõe, e principalmente o desenvolvimento do investimento público. O Estado apoia o capital criador e protege e fomenta os investimentos de capital, que, por sua vez, garantirão o nível de emprego

12 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS O «Circuito Keynesiano» POLÍTICA ECONÓMICA DOS PODERES PÚBLICOS DETERMINAÇÃO DOS CONSUMOS DOMÉSTICOS DETERMINAÇÃO DO INVESTIMENTO RENDIMENTOS DAS FAMÍLIAS VOLUME DA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO UTILIZADA PROCURA AUTÓNOMA PROCURA EFECTIVA PRODUÇÃO POSTA EM PRÁTICA EMPREGO INVESTIMENTO CONSUMO NÍVEL DOS SALÁRIOS NÍVEL DOS PREÇOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

13 PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS O «Circuito Keynesiano» Legenda Quando os empreendedores querem determinar a procura que terão efetivamente que satisfazer – a procura efetiva 1 – por intermédio da produção 2, eles tentam prever: - A procura dos consumos domésticos em bens de consumo 3, ou ainda, o consumo das famílias; -A procura das empresas em bens de produção 4, ou ainda, o investimento das empresas; -A procura de bens de consumo e de bens de produção das administrações e do estrangeiro (as exportações). Essa procura é dita autónoma (exógena) 5, pois o seu nível não é influenciado pelo da produção, ou seja, pelo das outras procuras. Existem laços estreitos: -Por um lado, entre a produção e o consumo das famílias: o consumo depende dos rendimentos distribuídos por intermédio da produção 6; -Por outro lado, entre a produção e o investimento das empresas: o investimento é em parte função da utilização da capacidade de produção 7, da relação entre a produção desejada e a capacidade de produção existente. No esquema, o nível dos preços está ligado à vontade dos empreendedores de produzir garantindo um proveito suficiente. Simplificando, pode-se dizer que eles têm em conta a taxa de utilização da capacidade de produção 8; quanto mais fiável esta taxa, mais os empreendedores procurarão elevar os seus preços, afim de poder amortizar e renovar os seus equipamentos. Em segundo lugar, as empresas farão variar os seus preços em função dos salários 9 que deverão pagar (este nível de salários é fixado pelas convenções coletivas acordadas entre patrões e sindicatos). Em todo o caso, as relações de forças jogam um papel decisivo na fixação dos preços e dos salários. Mesmo a este nível de análise, é relativamente fácil compreender que o único fator que pode rapidamente e de maneira autónoma influenciar a procura efetiva é, em definitivo, a política dos poderes públicos 10. Os poderes públicos podem agir diretamente sobre a procura efetiva, fazendo variar as suas despesas próprias. Podem, por outro lado, mediante a sua política fiscal, monetária e orçamental, influenciar as previsões relativas ao consumo das famílias e o investimento das empresas.

14 Bibliografia: Albertini, Jean-Marie & Silem, Ahmed (2001). Comprendre les théories économiques. Paris: Seuil Skidelsky, Robert (2010). Keynes, o regresso do mestre. Alfragide: Texto Editores Ltda. Taylor, Arthur (1965). As grandes doutrinas económicas. Lisboa: Publicações Europa- América


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