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MACM Multiliteracias, Aprendizagem e Comunicação Multimodal 2012/2013 A noção de “Multiliteracias”: Ler, escrever, contar e…

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1 MACM Multiliteracias, Aprendizagem e Comunicação Multimodal 2012/2013 A noção de “Multiliteracias”: Ler, escrever, contar e…

2 1. Da alfabetização à literacia “O desenvolvimento da educação de adultos, na segunda metade deste século, deve a sua «visibilidade» social e política, numa larga medida, às ofertas educativas destinadas a adultos pobres e pouco (ou nada) escolarizados. Não é pois, de admirar que, durante muito tempo, educação de adultos e alfabetização fossem entendidos como sinónimos” alfabetização A alfabetização e o ensino recorrente correspondem à organização de ofertas educativas de segunda oportunidade, as quais adquiriram formas distintas consoante as épocas e os contextos nacionais - é um fenómeno seletivo: a geografia do analfabetismo coincide com a geografia da pobreza e da ausência de desenvolvimento, quer no plano global, quer no plano nacional, em que a um acréscimo de desigualdades tem vindo a corresponder um agravamento dos fenómenos de exclusão social - é um fenómeno mutante, isto é, à semelhança de um vírus, renasce sob novas formas, nos países industrializados que pensavam tê-lo erradicado há muito, demonstrando que essa erradicação não decorre da mera generalização e incumprimento da escolaridade obrigatória

3 1. Da alfabetização à literacia As políticas desenvolvimentistas sempre encararam a erradicação do analfabetismo segundo uma oposição entre ignorantes, de um lado, e «iluminados» pela ciência e a técnica, do outro. Para estes últimos, a natureza é encarada como «um conjunto de recursos a explorar em função da produtividade e do lucro», enquanto que, para os primeiros, «a natureza é a própria base da actividade económica» POSIÇÃO CRÍTICA os analfabetos são detentores (ou não) de saberes o saber dos grupos em situação de subalternidade se caracterizapor ser um saber «situado» e de âmbito local A questão de saber se os analfabetos são detentores (ou não) de saberes põe em causa o «saber desenvolvimentista» no seu conteúdo como na sua essência, ou seja, na ideia de que um saber, para ser legítimo deve pretender à universalidade, quando o saber dos grupos em situação de subalternidade se caracteriza, precisamente, por ser um saber «situado» e de âmbito local

4 1. Da alfabetização à literacia Literacia: acaba por vir discutir aquilo que era a génese do analfabetismo? As «novas» formas de analfabetismo atingem justamente populações escolarizadas, mas que, apesar dessa escolarização, revelam sérias dificuldades para processar informação escrita, na vida quotidiana e profissional Analogamente, admite-se que, “«um programa de alfabetização só pode ser útil se elaborar um sistema de saber distintivo capaz de dar conta da experiência dos analfabetos, recorrendo a modos alternativos de produção e de validação do saber. (...) A tarefa do movimento de alfabetização é dupla: (...) A tarefa do movimento de alfabetização é dupla: - em primeiro lugar, regenerar o saber popular presente no senso comum (...); - em segundo lugar, reconstruir a linguagem da alfabetização de maneira a que ela possa acolher e valorizar os saberes de que se reclamam os grupos ‘inferiores’»”

5 1. Da alfabetização à literacia aumento taxas /anos de escolarização incapacidades de domínio da leitura, da escrita e do cálculo sociedade da informação capacidade de participação na vida social reduzida analfabetismo funcional aprendizagens insuficientes, mal sedimentadas e pouco utilizadas na vida

6 2. Da literacia à multiliteracia Literacia a capacidade de cada indivíduo compreender e usar a informação escrita contida em vários materiais impressos, de modo a atingir os seus objectivos, a desenvolver os seus próprios conhecimentos e potencialidades e a participar activamente na sociedade Multiliteracia “A capacidade do indivíduo ser flexível e estratégico na sua literacia: capaz de entender e utilizar a literacia e práticas de literacia com uma diversidade de textos e tecnologias, de modos socialmente responsáveis, dentro de um mundo social, cultural e linguisticamente diverso; alguém capaz de participar integralmente na vida como cidadão activo e informado” Anstey, M 2002, Literate Futures: Reading, State of Queensland Department of Education, Coorparoo, Australia.

7 2. Da literacia à multiliteracia Literacia Multiliteracia Da associação fundamentalmente ao material impresso, mas sobretudo, à capacidade de usar a informação para uma participação ativa na sociedade… … à diversidade social, cultural e linguística de suportes de informação, que requerem flexibilidade e estratégia na sua mobilização como garantes de uma participação integral, ativa e informada

8 3. O conceito de pedagogia das multiliteracias - As escolas jogam um papel crítico na determinação das oportunidades de vida dos estudantes - As escolas regulam o acesso a ordens discursivas, ou seja, a relação dos discursos num espaço social particular e o capital simbólico; significados simbólicos que têm valor de troca no acesso ao trabalho, ao poder político e ao reconhecimento cultural - O papel da pedagogia é desenvolver uma epistemologia do pluralismo que garanta o acesso sem as pessoas terem de apagar ou deixar para trás diferentes subjectividades - Significando o currículo uma projecção para futuros sociais, importa introduzir a noção de pedagogia enquanto Projecto (Design) Como assegurar que diferenças culturais, linguísticas e de género não sejam barreiras ao sucesso educativo? E quais as implicações destas diferenças na pedagogia da literacia? O “como” da pedagogia das multiliteracias O “o quê” da pedagogia das multiliteracias

9 4. O “o quê” da pedagogia das multiliteracias MULTIMODAL MODO DE SIGNIFICAR ALGUNS ELEMENTOS DO DESIGN Design da Linguagem Design Visual Design Gestual Design Espacial Design Áudio Elementos de significação linguística incluem: - Distribuição - Vocabulário e metáfora - Modalidade - Transitividade - Normalização de processos - Estrutura de informação - Relações locais coerentes - Relações globais coerentes Elementos que o constituem: - Música - Efeitos sonoros - Etc. Elementos que o constituem: - Ecossistema e significados geográficos - Significados arquitectónicos - Etc. Elementos que o constituem: - Comportamento - Expressão corporal - Gesto - Sensualidade - Sentimentos e afectos - Cinestesia - Proxémica - Etc. Elementos de significado visual tais como:: - Cores - Perspectiva - Vecotres - Primeiro plano e plano de fundo - Etc. Sistemas integrados de produção de sentido nos textos multimédia MODO DE SIGNIFICAR A complexidade crescente e o inter- relacionamento de diferentes modos de significar colocam o professor no papel de projectista (designer) de processos e contextos de aprendizagem: como é que diferentes desenhos curriculares, pedagógicos e de organização dos ambientes de aprendizagem podem motivar e alcançar diferentes tipos de aprendizagem?

10 LEARNING BY DESIGN: Processos de Conhecimento APLICAR Pedagogias Progressistas Pedagogias Conservadoras EXPERIENCIAR CONCEPTUALIZAR ANALISAR O novo O conhecido Criativamente Apropriadamente Funcionalmente Criticamente Por nomeação Com a teoria ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal (Vigotski)) Prática Situada Prática Transformada Instrução Manifesta Construção Crítica LEARNING BY DESIGN: Processos de Conhecimento APLICAR Pedagogias Progressistas Pedagogias Conservadoras EXPERIENCIAR CONCEPTUALIZAR ANALISAR O novo O conhecido Criativamente Apropriadamente Funcionalmente Criticamente Por nomeação Com a teoria ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal (Vigotski)) Prática Situada Prática Transformada Instrução Manifesta Construção Crítica LEARNING BY DESIGN: Processos de Conhecimento APLICAR Pedagogias Progressistas Pedagogias Conservadoras EXPERIENCIAR CONCEPTUALIZAR ANALISAR O novo O conhecido Criativamente Apropriadamente Funcionalmente Criticamente Por nomeação Com a teoria ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal (Vigotski)) Prática Situada Prática Transformada Instrução Manifesta Construção Crítica LEARNING BY DESIGN: Processos de Conhecimento APLICAR Pedagogias Progressistas Pedagogias Conservadoras EXPERIENCIAR CONCEPTUALIZAR ANALISAR O novo O conhecido Criativamente Apropriadamente Funcionalmente Criticamente Por nomeação Com a teoria ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal (Vigotski)) Prática Situada Prática Transformada Instrução Manifesta Construção Crítica LEARNING BY DESIGN: Processos de Conhecimento EXPERIENCIAR Prática Situada Instrução Manifesta Instrução Manifesta CONCEPTUALIZAR APLICAR ANALISAR Prática Transformada Construção Crítica O novo O conhecido Por nomeação Com a teoria Criativamente Apropriadamente Funcionalmente Criticamente ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal (Vigotski)) Pedagogias Conservadoras Pedagogias Progressistas APRENDIZAGEM COLABORATIVA (L-BY-D) In KALENTZIS & COPE (2005: 73) 5. O “como” da pedagogia das multiliteracias

11 Prática Situada Imersão na experiência e utilização de projectos (Designs) de significação sustentáveis, incluindo os provenientes do mundo da vida dos estudantes e simulando relações encontradas nos lugares de trabalho e nos espaços públicos Experienciar o novo Experienciar o conhecido Colocando-se no mundo do estudante Reportar-se aos conhecimentos e experiências do estudante, ao seu enquadramento comunitário, aos seus interesses pessoais, às suas experiências concretas, à sua motivação individual, à sua própria vida, ao familiar e quotidiano. Colocando-se face a mundos novos Introduzir os estudantes em novas experiências — reais (excursões, convidados) ou virtuais (textos, imagens, informação). O novo é na perspectiva do estudante — para fazer sentido poderá conter elementos familiares.

12 5. O “como” da pedagogia das multiliteracias Instrução Manifesta Conceptualizar com a teoria Conceptualizar por nomeação Compreensão sistemática, analítica e consciente de projectos de significação e do processo dos projectos. No caso das Multiliteracias, isto requer a introdução de metalinguagens explícitas que descrevam e interpretem os elementos de diferentes modos de significação no Projecto Associando o mesmo tipo de coisa Identificar novos conceitos/ideias/ temas, incluindo termos, convenções, características, estruturas, definições e regras abstractas e generalistas. Nomear é o primeiro passo no sentido da compreensão. Associando diferentes tipos de coisas Generalizar e sintetizar conceitos, estabelecendo conexões entre eles, produzindo sentido a partir da sua contribuição para o todo, generalizando relações de causa e efeito. E se…?

13 5. O “como” da pedagogia das multiliteracias Construção Crítica Analisarcriticamente Analisarfuncionalmente Interpretar o contexto social e cultural de Projectos particulares de significação. Isto envolve um posicionamento dos estudantes recuado face àquilo que estudam, olhando-o criticamente em relação ao seu contexto Reflectindo sobre o que determinada coisa produz Examinar a função ou racionalidade do conhecimento, da acção, de um objecto ou significado representado. Para que é? O que é que faz? Como é que funciona? Qual a sua estrutura, função ou conexões? Quais as suas causas/efeitos? Reflectindo sobre quem beneficia Interrogar as finalidades, intenções e interesses humanos de um conhecimento, de uma acção, de um objecto ou significado representado. Quais as suas consequências no plano individual, social e ambiental? Quem ganha? Quem perde?

14 5. O “como” da pedagogia das multiliteracias Prática Transformada Aplicar criativamente Aplicar apropriadamente apropriadamente Transferir para uma prática de produção de significados, o que remete o trabalho do significado transformado (re- projectado) para outros contextos e espaços culturais Fazendo coisas de um modo adequado Agir sobre o conhecimento de um modo esperado, preditivo ou típico, baseado no aprendido. Envolve transformação do estudante e requer que ele disponha de oportunidades para demonstrar a sua compreensão e aprendizagem. Fazendo coisas de um modo interessante Fazer coisa de modos interessantes, mobilizando os conhecimentos e as capacidades adquiridas num contexto dado e adaptando-as a diferentes contextos — tomar algo do seu contexto de familiaridade e fazê-lo funcionar em outro contexto.

15 Bibliografia ÁVILA, Patrícia (2005) A Literacia dos Adultos. Competências-chave na Sociedade do Conhecimento. Tese de Doutoramento. Lisboa: ISCTE. BENAVENTE, Ana (Coord.) (1996) A literacia em Portugal : resultados de uma pesquisa extensiva e monográfica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. CANÁRIO, Rui; CABRITO, Belmiro (Org.) (1995) Educação e formação de adultos : mutações e convergências. Lisboa: Educa. COPE, Bill; KALANTZIS, Mary (2000) Multiliteracies. Literacy Learning and the Design of Social Futures. London: Routledge.


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