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PublicouKléber Carrilho Bandeira Alterado mais de 8 anos atrás
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Luísa Magalhães Araújo (Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestranda em Meio Ambiente, Águas e Saneamento/UFBA) Patrícia Campos Borja (Dra., Professora Adjunto da UFBA) Luiz Roberto Santos Moraes (PhD, Professor Titular em Saneamento e Participante Especial da UFBA) DENGUE E CONDIÇÕES DE SANEAMENTO BÁSICO NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE RIACHO DE SANTANA-BAHIA Poços de Caldas-MG, 27/05/2015
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Introdução Uma das enfermidades mais preocupantes no panorama da saúde pública brasileiro: Potencial de causar formas graves e letais. Facilidade de dispersão geográfica (*regiões tropicais). Agente etiológico flavivírus Aedes aegypti arbovirose febril e aguda Figura 1- Detalhe do mosquito da dengue. Fonte: Getty Images/VEJA
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Introdução Infecção ré emergente Série de perdas se somam ano após ano variam desde aspectos emocionais/pessoais (óbitos) a econômicos (montante de gastos hospitalares) Necessidade de redirecionar ações de combate etiológico devido ao seu potencial de disseminação e dificuldade de erradicação do vetor da dengue.
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Introdução Processo de transmissão (homem-vetor-vírus): Condições dos serviços públicos de saneamento básico que atendem a população. Condições socioeconômicas e culturais. Reprodução do vetor - dependência direta com água. Estratégias pautadas na destruição de criadouros potenciais. Necessidade de estudos compondo modelos que trabalhem as variáveis envolvidas no processo de transmissão, elucidando a real dinâmica de ocorrência da doença.
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Introdução Necessidade de estudos que investiguem as condições de saneamento básico e a ocorrência de dengue. Área de estudo: zona urbana do município de Riacho de Santana, localizado na região Sudoeste do estado da Bahia. Considerando a realidade das regiões com características socioeconômicas, culturais e ambientais mais prevalecentes no estado da Bahia e, portanto, mais propicia ao desenvolvimento da dengue. Objetivo : Analisar as relações existentes entre a ocorrência de dengue e as condições de saneamento básico na área urbana do município de Riacho de Santana-Bahia, no período 2010-2013.
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Metodologia Estudo ecológico Dados secundários Georreferenciamento das informações Análises estatísticas – R Análise espacial – ArcGIS Aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (CEPEE-UFBA), via Plataforma Brasil (CAAE 34227514.6.0000.5531 e parecer n° 832.937). Condições Sanitárias Abastecimento de água Esgotamento sanitário Resíduos sólidos IBGE – Censo 2010 – informações do período de 2001-2010 Observações in loco Condições Socioeconômicas Taxa de ocupação domiciliar e renda média IBGE – Censo 2010 Notificações de Dengue Sexo Idade Escolaridade Sinan – obtidos junto à SESAB Índice de Infestação Larvária Índice de Infestação Predial (IIP) Vigilância Epidemiológica Municipal
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Resultados e Discussão 42,7% da população é urbana (~12.800 hab.). Serviços públicos de saneamento básico: SAAE – abastecimento de água por rede geral intermitente (manobras de 24h) em todos os setores. Atendimento de 99% dos moradores. Predominância de fossas rudimentares (88% dos moradores), seguida de fossas sépticas (9%) para destinação dos esgotos sanitários. Coleta de resíduos sólidos é realizada porta a porta (91% dos moradores) e com uso de caixas estacionárias (7%) de segunda a sábado. Disposição final: vazadouro a céu aberto distante 5km.
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Resultados e Discussão Fonte: Própria dos autores a partir de DATASUS, 2014. Figura 2 – Gráfico de distribuição de frequência da idade das pessoas que contrairam dengue: a) Distribuição da idade,b) Distribuição da idade em relação ao sexo. média 33,5 anos mediana de 33 anos média 34,7 mediana 34 média 31,8 mediana 30 desv pad. 17,5
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Resultados e Discussão Fonte: Própria dos autores a partir de DATASUS, 2014. Figura 3 – Nível de escolaridade dos indivíduos acometidos por dengue 42% não declarou nem prestou esta informação durante os procedimentos de investigação da doença
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Tabela 1: Notifica ç ões de dengue, zona, n ú mero de interna ç ões e total gasto por ano. Fonte: DATASUS, 2014. Resultados e Discussão Anos Total Média 2010201120122013 N° de casos urbanos 27162285127608150,3 N° de casos rurais 643354613332,5 N° de casos totais 33205320173741182,8 N° de internações 23501299029273,0 Valor total gasto (R$) 6.618,4014.412,0037.441,0426.410,4084.891,9221.220,5 Casos urbanos (%) 82,0%79,0%89,0%73,0%82,0%80,8%
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Resultados e Discussão Figura 4 – Variação do IIP e do número de casos de dengue por ciclo durante os anos de 2010 e 2013 dinâmica sazonal da ocorrência de dengue e do IIP
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Resultados e Discussão Fonte: Própria dos autores, a partir do DATASUS, 2014. Figura 5 – Casos de dengue notificados entre os anos de 2010 e 2013
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Resultados e Discussão Fonte: Própria dos autores, a partir do DATASUS, 2014. Figura 6 – Estimador de densidade kernel aplicado aos casos de dengue notificados entre os anos de 2010 e 2013
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Resultados e Discussão Fonte: Própria dos autores, a partir do DATASUS, 2014. Figura 7 – Notificações de dengue em relação a renda média de pessoas com mais de 10 anos de idade. Maior densidade de casos no bairro Peral Menor renda média 2011 - IIP bairro Peral - 6,14% índice médio da Cidade para o mesmo ano foi de 1,96%.
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Resultados e Discussão Fonte: Própria dos autores, a partir do DATASUS, 2014. Figura 8 – Notificações de dengue em relação à taxa de ocupação domiciliar. Maior densidade de casos no bairro Peral Maior densidade populacional
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Resultados e Discussão Ocorrência de dengue é influenciada por fatores socioculturais (relacionados aos níveis de educação da população; ao manejo da água de consumo e das águas das chuvas no domicílio e no peridomicílio como os cuidados com os vasos de plantas, com objetos estocados em área externas ao domicílio que acumulam água. Somam-se a isso debilidades institucionais do Poder Público municipal para enfrentar a problemática da dengue, com carência de ações mais efetivas de educação sanitária e ambiental e melhorias dos serviços públicos de saneamento básico.
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Resultados e Discussão Necessidade de modelo epidemiológico que considerem a complexidade da dengue: i) identificar a cadeia de fatores que a envolve, validando sua significância estatística e bibliográfica; ii) prever pontos estratégicos de ação, em especial na promoção de salubridade ambiental, buscando garantir segurança à população quanto à ocorrência da enfermidade. Modelo epidemiológico causal - ferramenta de análise para planejamento e gestão de saúde pública.
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Conclusão Comportamento ascendente da ocorrência de dengue na Cidade (perdas: gastos e qualidade de vida da população). Cobertura dos serviços públicos de saneamento básico na zona urbana do Município - indicadores de cobertura satisfatórios, com distribuição de acesso relativamente homogênea entre os setores censitários. Necessidade de indicadores mais sensíveis de avaliação da salubridade ambiental. Maior ocorrência de dengue acompanhada de maiores IIP, menores valores para renda média, maior taxa de ocupação domiciliar. Necessidade de observar a ocorrência de dengue por agregados populacionais (relacionando as variáveis numa mesma unidade da análise). Necessidade de um modelo explicativo da enfermidade que incorpore um conjunto de variáveis que possam se aproximar da complexidade do fenômeno (exemplo: variáveis sociais, culturais, econômicas, ambientais). Perspectiva da promoção da saúde.
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MUITO OBRIGADA! luisamagalhaesaraujo@gmail.com borja@ufba.br moraes@ufba.br luisamagalhaesaraujo@gmail.com borja@ufba.br moraes@ufba.br
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