A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E GESTÃO DO SUS PNH – SAS/MS.

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E GESTÃO DO SUS PNH – SAS/MS."— Transcrição da apresentação:

1 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E GESTÃO DO SUS PNH – SAS/MS

2 VISITA ABERTA E DIREITO A ACOMPANHANTE

3

4 HISTÓRICO Criação dos hospitais –«lugar para morrer» - local de assistência e de exclusão dos que eram considerados ameaça à saúde –função curativa no século XVIII - passou a manter vivos os soldados, bem como controlar epidemias surgidas em seu interior.

5 A assistência se dá sob a ótica biologicista: –Separação corpo e mente –O corpo como máquina

6 O Hospital representa um local de confinamento e exclusão daqueles que, nas epidemias, representavam uma ameaça à saúde da população. A família, antes berço do cuidado, passa progressivamente a ser excluída deste processo.

7 HISTÓRICO Pediatria: A separação dos pais já era vista, nesta época, como um obstáculo à internação. A partir de 1920, diversos autores passaram a descrever as conseqüências nefastas da separação mãe-filho, sendo clássica a descrição, desde 1945, por Spitz, do quadro de «hospitalismo» no lactente.

8 HISTÓRICO Hospitalismo no lactente: Frente à privação afetiva parcial ou total, tem início uma série de alterações regressivas, com atraso no desenvolvimento, perda de peso, baixa resistência a infecções, perda de contato com o meio e deterioração progressiva, podendo resultar na morte.

9

10 “ As culturas antigas constatavam humildemente que sem o calor de uma comunidade bem atenta o doente não podia se curar. Então eles o cercavam de atenção, criavam um ninho, uma qualidade de cuidados, para suscitar de novo o vivo dentro dele”.

11 Situação atual Visita como elemento que obstrui o trabalho do hospital, um “peso” a mais, uma demanda que deve ser contida, pois atrapalha as rotinas hospitalares que não foram planejadas considerando este elemento. Falta de estrutura física e elementos humanos destinados ao acolhimento dos visitantes/acompanhantes, sendo motivo de tensão entre trabalhadores e familiares. Dificuldade de compreensão da função do visitante/acompanhante na reabilitação do paciente.

12 A atmosfera hospitalar, o linguajar técnico, o sentimento de culpa e o medo, entre outros fatores, fazem com que os familiares percam a autoconfiança no cuidado da pessoa enferma. Através da negação do conhecimento e da competência dos familiares é que se dá o exercício do poder propiciado pelo saber técnico-acadêmico a que os profissionais de saúde tiveram acesso.

13 Reproduzem-se assim as relações de dominação presentes na nossa sociedade, onde é mais ou menos aceita, pelo senso comum, a relação entre o conhecimento e o poder, onde «o saber acadêmico dos pesquisadores da universidade bem como o 'saber fazer' da equipe técnica é uma das formas em que este poder é exercido».

14 Pressuposto : Ver o outro como sujeito Permitir à pessoa internada receber uma confirmação da própria existência Sem este olhar a pessoa fica enfraquecida e “a vida se perde”

15 “a alma de uma pessoa é a sua imagem no olho do outro” narrador do povo indígena Nambikwara-MT

16

17 Pressuposto : Visita aberta e direito a acompanhante são dispositivos essenciais para a consolidação das diretrizes da PNH: Co-gestão Clínica ampliada

18 Por quê redimensionar o espaço da visita em um Hospital ? Captar melhor os dados do contexto de vida da pessoa internada e do momento existencial dela. Ajudar na identificação das necessidades da pessoa internada, através da fala dos familiares, compondo o quadro dos seus principais problemas.

19 Manter a inserção social da pessoa internada durante toda a internação Permitir desde o início a integração das mudanças provocadas pelos motivos da internação. O fato do hospital se colocar como um espaço de difusão do cuidado redimensiona e ajusta as manifestações extremas dos familiares.

20 Quando uma pessoa entra em um hospital ela não tem mais os ecos que tinha no seu cotidiano para ser confirmada. Tudo o que, vindo do contexto exterior, pode permitir uma confirmação do íntimo, uma restituição e estabilização do espaço de vida individual, vai contribuir no seu tratamento.

21

22 Hospital como espaço de construção da autonomia do auto-cuidado Hospital como espaço de construção da autonomia do auto-cuidado : É um espaço percebido pela pessoa como sendo um lugar onde a integridade da própria vida fica assegurada e promovida. Os profissionais da saúde: promotores e guardiões deste espaço. Os familiares, percebendo os cuidados dos profissionais da saúde para manter a qualidade deste espaço, poderão naturalmente prolonga-lo até a casa, fazendo também do espaço da casa um lugar reabilitativo, um verdadeiro ambiente de vida ajustado à situação atual.

23

24 a A visita traz o cheiro do exterior para dentro do hospital, fazendo ” uma instituição onde a continuidade da vida fica respeitada” Assim a instituição mantém ativo o grau de responsabilização dos familiares em relação ao paciente, neste momento particular da sua existência. A volta para casa acontecerá naturalmente.

25 Os tecidos recebem os ecos da presença do familiar, falando no silêncio... estou aqui com você.

26 Visita e acompanhante : diretriz de co-gestão Inclusão do outro que é o legítimo outro Espaço constante de negociação, de compartilhamento dos diversos olhares, interesses, desejos Espaço de construção do comum

27 Orientações para implementação: Constituir grupo estratégico para impulsionar a construção da Proposta de implementação por unidade; Visitas incluídas como parte do plano de cuidados do paciente. Equipe multidisciplinar para acolhimento da visita, dando instrumentos para potencializa-la na sua qualidade. Adequação de locais para que os pacientes em condições possam receber os visitantes fora do leito.

28 Orientações para implementação : Equipe de referência para considerar demandas específicas – visitas fora do horário determinado, número de visitantes fora do estabelecido, etc. Presença de um integrante da equipe de cuidados no momento da visita.

29 A visita passa a ser parte do tratamento do doente, contribuíndo para fazer deste espaço e deste momento de vida um ambiente plenamente reabilitativo.

30

31 A superação das relações de dominação reproduzidas na instituição hospitalar é um processo difícil. Há muito que avançar no que tange à consciência e educação dos profissionais e da população, para que este e outros processos participativos levem à democratização dos serviços e do saber, que não é atribuição exclusiva de ninguém; antes, deve ser reconhecido em suas diversas formas e compartilhado em benefício de todos.

32 Algumas experiências em 3 hospitais de Minas Gerais

33 Estratégia comuns aos três hospitais  A estratégia foi propor formas de resolução das questões apresentadas, buscando sempre uma maior proximidade e envolvimento com os profissionais mais resistentes, objetivando construção de parcerias.  É através delas que se constrói, fortalece, sustenta e capilariza os princípios da PNH. Se esta é uma proposta que se fundamenta na relação entre as pessoas, os apoios configurados enquanto elos de uma grande rede de relações são essenciais para o sucesso da implantação do dispositivo.

34 MODO DE FAZER NO HOB  decisão do colegiado gestor de implementar a visita aberta no hospital tendo como máxima a construção coletiva da proposta a partir de rodas para sensibilização combinadas com as propostas de diretrizes e ações para a elaboração de um plano de ação;  Oficinas por Unidade de Produção ( com todas as unidades afins) para construção da proposta de Visita Aberta ;  Pesquisa para sensibilização dos trabalhadores de todo hospital chamando para a relação de alteridade, ou seja, colocando a situação da visita restrita para o trabalhador e buscando sugestões para mudanças;

35 Você tem das 15 às 16 horas para visitar um parente que está internado em um hospital. você trabalha neste horário. O que você faria? - faltaria do trabalho para visitar o parente; - mandaria um cartão explicando que não posso ir. - gostaria que o horário de visitas fosse maior, para que eu pudesse ir. - não iria nem mandaria cartão, afinal eu não gosto mesmo daquele parente.

36 Alguém que você gosta muito está internado em um hospital cujo horário de visitas é de 15 às 16 horas. você está preso no trânsito e não vai conseguir chegar dentro do horário.O que você faria? - brigaria na recepção do hospital para entrar depois do horário. - procuraria a direção do hospital para explicar os motivos do meu atraso e pedir para entrar. - gostaria que o horário de visitas fosse maior, para que eu pudesse chegar a tempo. - desistiria e voltaria para trás, já que não tem jeito mesmo.

37 Modo de fazer do HOB/BH pacto entre as “unidades fechadas” (CTI) para unificação das propostas com a implantação da Visita Aberta em todas as unidades de produção, incluindo CTI; validação e aprovação ocorreu em instâncias de decisão do hospital possibilitou o momento de início desse novo modo de inclusão de familiares e rede social no espaço hospitalar; Folhetos e comunicação no serviço de som do Hospital com orientações aos visitantes;

38  a logística pensada para a portaria não funcionou adequadamente o que significou desdobramentos incluindo reformas de área física revisão de fluxos;  oficinas bimensais de avaliação com metodologias interativas de levantamento de questões/problemas e propostas que são imediatamente transformadas em ações concretas;  acompanhamento do processo com as rodas de avaliação relâmpago para ajustes da logística, o apoio na organização de ações específicas;  Pesquisa avaliativa sinalizando para o aumento do grau de da satisfação dos usuários e familiares/rede social com o hospital.

39 Funcionamento no HOB/BH  Implementação desde setembro de 2005: visita de 11 às 20 horas em todas as unidades, incluindo os CTIs;  Fixado número de visitantes/dia,ficando a estabelecido 06 visitantes por usuário, afora o acompanhantes para casos previstos;  Nos CTIs, foram fixados 04 visitantes/dia;  Os acompanhantes não têm horário fixo de trocas exceto no Pronto socorro( 3x ao dia);  Reuniões nas unidades com acompanhantes, a cargo da equipe multidisciplinar e coordenada pelo gerente da unidade;  Estabelecido horário fixo de informações aos familiares.

40 Modo de fazer no HC –Realização de oficinas (cinco ao todo) com as Unidades Funcionais assistenciais e de infra-estrutura para apresentação de material teórico sobre o tema e construção de proposta; – Ampla divulgação das propostas à comunidade hospitalar (cartazes em locais estratégicos, reportagem no Boletim do HC, e-mails e intranet) com a convocação para a participação no processo de construção das propostas. –Apresentação e votação no colegiado gestor das propostas apontadas nas oficinas, com a definição e aprovação da proposta final, sobre funcionamento e aprovação das ações necessárias à implantação. Define-se, na oportunidade, a ampliação do horário de 15 a 16:30 horas para o horário de 10 as 20 horas, permitindo a entrada de até 04 visitantes por dia, um de cada vez; – Constituição da comissão de implantação da “visita ampliada” que se responsabilizaria pela execução e acompanhamento destas ações.

41 Modo de fazer no HC  Incorporação dos membros da comissão de implantação da visita ao GTH para acompanhar a implantação. Oportunidade preciosa de reunir em torno de um objetivo institucional vários profissionais estratégicos;  Iniciadas ações de adequação do HC sobre o acolhimento dos acompanhantes. Realização de reuniões para levantamento dos problemas e elaboração de um plano de ação;  Implantação da visita aberta;  Elaboração de Plano de ação para implementação das ações necessárias ao acolhimento dos acompanhantes;

42 Funcionamento no HC  em 02 de junho de 2006 inicia-se a visita aberta, depois de longo processo de negociação e acertos, com o horário estabelecido de 10 às 20 horas;

43 Modo de fazer no Hospital Risoleta Neves  1º momento: cada setor clínico terá um determinado funcionamento para a visita e acompanhamento do paciente, respeitando as especificidades das diferentes clínicas de atendimento;  2º realização de oficinas: encontro com os profissionais do setor em implantação, visando sua inserção na proposta com o objetivo de: -Conscientizar sobre a necessidade de abrir a visita e elaborar as normas da visita do setor;  3º Aprovação do Colegiado Gestor do Hosp;  4ºAprovação do Conselho de Usuários do Hosp;  5ºAvaliação do funcionamento da visita após implantação através de reunião mensal com os profissionais do setor implantado;  Escuta direta e caixa de sugestão dos usuários.

44 Modo de fazer no Hospital Risoleta Neves  em 18/09/2006 iniciou-se a visita aberta e a implementação dos direitos dos usuários nas enfermarias, no horário de 11:00 às 20:00 horas;  em 30/09/2006 foi implantada a visita aberta na sala de Poli 10 do Pronto Socorro (08 pacientes em estado crítico que estão aguardando vaga na Unidade de Terapia Intensiva). Dois horários, manhã e ampliando para o final da tarde, com 04 visitantes/paciente;  no CTI, inicou-se em 30/09/2006 e foi ampliada para 03 horários de visitas distribuídos nos turnos manhã, tarde e noite, possibilitando até 06 visitantes por paciente.

45 Resultados  O contato realizado, até então, com os usuários, reafirma que estes, como a própria instituição, vivem um processo de aprendizado. Exercer os direitos adquiridos exige o respeito ao direito do outro e isto demanda além de acesso à informação clara e objetiva, o entendimento de seus deveres no coletivo. Este é o maior desafio. Prestar assistência e exercer a cidadania. assessora da diretoria do HC e do Hosp RN

46 Resultados “ Nossa imediata reação à Visita Aberta foi: inviável. Entretanto, trabalhados os medos, fomos surpreendidos pelos inegáveis benefícios desta medida, sem interferência significativa da rotina do CTI, ou seja, o bicho papão era amigo.”  Roberto Sidney  Médico Coordenador do CTI3º andar HOB

47 Acompanhante no parto O parto e o nascimento são atos essencialmente fisiológicos e eventos sociais, culturais e afetivos da vida das mulheres, de seus parceiros e das comunidades.

48 Evidências cientificas comprovaram que o apoio à mulher nesse momento melhora as condições de nascimento, diminuindo os índices de cesarianas, de partos complicados, a duração do trabalho de parto, a ocorrência de depressão pós-parto e o uso de medicações para alívio da dor. O apoio contribui também para que a mulher tenha o parto como uma experiência positiva na sua vida, com fortalecimento dos vínculos entre o companheiro, a mãe e o bebê, e com efeitos que geralmente se espelham no aumento da duração do aleitamento materno.

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62


Carregar ppt "POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E GESTÃO DO SUS PNH – SAS/MS."

Apresentações semelhantes


Anúncios Google