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Teoria das Organizações e Cultura Brasileira

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Apresentação em tema: "Teoria das Organizações e Cultura Brasileira"— Transcrição da apresentação:

1 Teoria das Organizações e Cultura Brasileira
PIONEIROS E EMPREENDEDORES Docente: JOÃO LUIZ PASSADOR Alunos: AFONSO BAZILIO GUSTAVO CAPELLINI RICARDO SOBRAL 2016 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

2 O autor: Jacques Marcovitch (1947)
Principais linhas de pesquisa: pioneirismo empresarial, estratégia e inovação com foco no crescimento econômico, na distribuição de renda e na sustentabilidade ambiental. Atuação: professor titular de Administração da FEA-USP e do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo. Membro do Conselho Superior do Graduate Institute of International and Development Studies (IHEID), em Genebra. Contribui para a reflexão sobre a atuação de organismos internacionais e o resgate da memória e do pensamento do servidor da ONU, Sérgio Vieira de Mello, morto em serviço na cidade de Bagdá no Iraque em 2003. Desde 2002, tem pesquisado as políticas de implantação da Convenção do Clima com concentração nos estudos sobre redução dos gases de efeito estufa na atmosfera.

3 O autor: Jacques Marcovitch (1947)
Ingressou na USP em 1965 e formou-se em 1968 em Administração de Empresas, ano em que foi presidente do Centro Acadêmico Visconde de Cairu. Realizou seu mestrado na Owen Graduate School of Management, Vanderbilt University entre 1970 e 1972 e obteve o grau de Doutor pela USP em 1973. Livre-docência pela USP (1977) e Pós-Doutorado na Université de Genève, UNIGE, Suiça (1978). Presidiu entre 1986 e 1987 as Empresas de Energia do Estado de São Paulo (CESP, Comgás, CPFL e Eletropaulo) e foi Secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo entre 2002 e 2003. Foi Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo entre 1983 e Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP entre 1989 e Foi Pró-Reitor de Cultura e Extensão Universitária entre 1993 e 1997, e Reitor da USP entre 1997 e 2001.

4 O autor: Jacques Marcovitch (1947)
Prêmios e Condecorações: 1998, 2008 e 2012, Prêmio Jabuti 2008, Medalha Armando de Salles de Oliveira (Brasil) 2007, Chevalier de l’national de la Légion d'honneur (França) 2001, Grã-Cruz, Ordem de Rio Branco,(Brasil) 2000, Grã Cruz, Ordem Nacional do Mérito Científico (Brasil) 2000, Grande Oficial, Ordem Nacional "Estrela da Romênia", (Romênia) 1999, Officier de l'des Palmes académiques, (França) 1999, Officier de l'Ordre national du Mérite, (França) 1996, Prêmio Hopes for the future for a Sustainable World, International Academy of Science 1992, Prêmio de Mérito Tecnológico (ANPEI) 1989, Doutor Honoris Causa, Lyon 2, (França) 1989, Prêmio Moinho Santista, Fundação Santista (Brasil)

5 O autor: Jacques Marcovitch (1947)
Principais obras: A Gestão da Amazônia - Ações Empresariais, Políticas Públicas, Estudos e Propostas. 1ª. ed. São Paulo-SP: EDUSP-2011 (Premio Jabuti 2012) Marcovitch, J ; Margulis, S. ; Dubeux, C. (Org.). Economia da Mudança do Clima no Brasil, Rio de Janeiro: Synergia Editora, 2011 (Org.) ; Economic Growth and Income Distribution in Brazil: Priorities for Change. São Paulo: EDUSP, 2007. Pioneiros e Empreendedores - A saga do desenvolvimento no Brasil - São Paulo: EDUSP & Editora Saraiva, Vol. 3, 2007; Vol. 2, 2005; Vol. 1, 2003. Para Mudar o FUTURO - Mudanças climáticas, políticas públicas e estratégias empresariais. São Paulo: EDUSP e Editora Saraiva, 2006. (Org.) . Sérgio Vieira de Mello - Pensamento e Memória. São Paulo: EDUSP e Editora Saraiva, 2004. La Universidad (Im)posible. 1ª. ed. Madrid: Cambridge University Press, 2002. Universidade Viva - Diário de um Reitor. São Paulo - SP: Editora Mandarim (Siciliano), p. A Universidade (Im)Possível. São Paulo - SP: Futura Siciliano, p. (Org.) Tecnologia da Informação e Estratégia Empresarial. São Paulo - SP: Editora Futura (Siciliano), (Premio Jabuti 1998) (Org.) Cooperação Internacional, Estratégia e Gestão. São Paulo-SP: Editora da USP - EDUSP, 1994. (Org.) Administração Em Ciência e Tecnologia. São Paulo-SP: Edgard Blucher, 1983. Sugestões de vídeos: Entrevista com Jacques Marcovitch - Programa Diálogo Nacional 6º Ciclo de Conferências: "O futuro internacional do Brasil“

6 O projeto: Pioneiros & Empreendedores A Saga do Desenvolvimento no Brasil
Reflete as preocupações que embasaram mais de dez anos de pesquisas referentes aos empreendedores que foram pioneiros em diferentes campos profissionais e influenciaram de forma decisiva a história do Brasil. A trilogia aborda a trajetória de 24 empresários, descortina um cenário que desvela rotas e percursos labirínticos e entrelaça os mais distintos empreendimentos, cujo legado é perceptível nos dias de hoje, apontando para uma pedagogia empreendedora, que articula trabalho, percepção de contexto, busca de inovação e aventura. A construção histórica privilegiou em seu primeiro volume a expressão paulista nas questões de desenvolvimento do país. Já no segundo e no terceiro volume, esse recorte se amplia também para outras regiões brasileiras, confirmando que o pioneirismo empresarial no Brasil não se restringiu a limites regionais.

7 O projeto: Pioneiros & Empreendedores A Saga do Desenvolvimento no Brasil
Pesquisa de fundamentação: • Depoimentos de especialistas, colegas e descendentes dos 24 biografados enriquecem as histórias contadas, apontando perspectivas para o entendimento das trajetórias dessas pessoas que construíram as bases da indústria e economia brasileiras. • Pesquisa iconográfica que contou com o envolvimento e colaboração dos centros de memória empresariais, de acervos privados e da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. • Recorte regional das atividades empresariais no Brasil dos Pioneiros que atuaram em vários estados. Este recorte tem como base o lugar onde o Pioneiro é reconhecido pela sua ação, bem como outros locais onde também teve influência significativa.

8 O projeto: Pioneiros & Empreendedores A Saga do Desenvolvimento no Brasil
Programa Educativo: A valorização da memória desses pioneiros e de sua saga empreendedora é um dos princípios orientadores. As ações educativas estão pautadas no pioneirismo como um valor e na memória como patrimônio. As mediações tem como base a aproximação das estratégias criadas pelos pioneiros para superar situações adversas e garantir a continuidade de seus empreendimentos. Portanto, cabe destacar nas ações educativas a capacidade antecipatória presente nas diversas trajetórias dos empreendedores; a leitura de contexto que orientou ações pioneiras; a percepção de tendências; os mecanismos produzidos para superação de situações de crise; a inovação; o impacto social proporcionado pelo pioneirismo empreendedor ao longo da história brasileira.

9 O projeto: Pioneiros & Empreendedores A Saga do Desenvolvimento no Brasil
Maria Cristina Bruno Museóloga, Professora-Associada e Vice-Diretora (gestão 2005 a 2009) do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo - MAE/USP, onde atua desde De 1999 a 2006 coordenou o Curso de Especialização em Museologia. Desenvolve pesquisas aplicadas sobre os processos de comunicação museológica (exposição e ação educativo-cultural) e programas museológicos (diagnóstico, implantação e avaliação de museus).

10 O projeto: Pioneiros & Empreendedores A Saga do Desenvolvimento no Brasil
Objetivos: - Enfatizar o pioneirismo como valor para a sociedade contemporânea. - Ressaltar a importância da preservação da memória dos pioneiros.  - Atualizar o sentido de pioneirismo empreendedor nos dias atuais. - Promover a percepção da relação recíproca entre trabalho e visão pioneira. - Aproximar a pedagogia empreendedora de um público amplo, em especial o segmento juvenil-universitário. - Mediar o conteúdo expositivo junto ao público visitante de modo adequado a cada faixa de idade. - Ampliar a reflexão acerca dos conceitos organizadores da exposição e de seus conteúdos, por meio de oficinas, seminários e publicações.

11 O projeto: Pioneiros & Empreendedores A Saga do Desenvolvimento no Brasil
Principais Considerações: - O Brasil tem particularidades desafiadores para o gestores (contingências extremas). - A realidade histórica institucional é de resistência à gestão modernizada. Traços culturais dos gestores: - Patriarcalismo, paternalismo e messianismo. - Transito pelas Instituições Estatais (relações com o Poder). - Relação com o estrangeiro (refina o olhar para entender o país). - Respeito pela competência profissional (formação técnica, por exemplo).

12 Antonio Prado, Barão de Iguape (1788-1875)
• Nasceu em São Paulo. • Iniciou a fortuna da família como tropeiro e cobrador de impostos. • Em 1810, Antonio Prado, após conduzir uma tropa de mulas de São Paulo a Goiás, perdeu o dinheiro e foi se estabelecer em Caiteté, na Bahia. Abriu um armarinho, onde vendia tecido, lã, linha, açúcar, tabaco, papel e farinha. Em 1816, voltou a São Paulo com capital suficiente para se lançar em grandes negócios. • Foi diretor da primeira agência do Banco do Brasil em São Paulo, no ano de 1850. • A filha Veridiana e seu marido Martinho deram continuidade à fortuna acumulada pelo pai. • Antonio Prado, neto do Barão de Iguape, inaugurou em 1895 a Vidraria Santa Marina. Ele foi prefeito de São Paulo e mandou construir o Teatro Municipal. • Os Prados ocuparam cargos públicos em ministérios e na prefeitura. • Os negócios da família Prado: comércio, fazendas de açúcar e café, bancos e indústrias.

13 Nami Jafet ( ) • Nasceu no Líbano. Certa noite, na aldeia de Chouir, uma personagem misteriosa apareceu nos sonhos para lhe aconselhar que embarcasse para o Brasil (1887) em busca de fortuna. • Trabalhou como mascate, viajando pelo interior do Rio de Janeiro e Minas Gerais, três anos depois já tinha dinheiro suficiente para abrir uma pequena loja na rua 25 de Março, em São Paulo. • Os irmãos Basílio, João e Miguel logo imigraram para o Brasil e abriram uma loja maior na mesma rua. Sob o comando de Nami, o mais velho, fundaram a firma Nami Jafet & Irmãos. • A família Jafet tornou-se um grupo empresarial dos mais importantes de São Paulo. Além dos empreendimentos em comércio, indústria, setor financeiro e saúde, houve uma multiplicidade de doações públicas, ainda pouco conhecidas, entre elas o Pavilhão de Física Experimental da Universidade de São Paulo, em memória de Basílio Jafet. • Principais empreendimentos: lojas de atacado de tecidos e artigos de armarinho; Cia. Fabril de Tecelagem e Estamparia Ipiranga; Esporte Clube Sírio; Clube Atlético Monte Líbano; Hospital Sírio-Libanês; Fiação, Tecelagem e Estamparia Ipiranga Jafet S.A.; Mineração Geral do Brasil Ltda., Usina Siderúrgica São José S.A.; Metalúrgica São Francisco S.A.; Usina Santa Olímpia Indústria de Ferro e Aço S.A.; De Martino S.A. Usinas Brasileiras de Ferro e Aço; Codiq S.A. Construtora de Equipamentos Industriais; Têxtil Porto Ferreira S.A.; Minas da Jangada S.A.; Banco Cruzeiro do Sul de São Paulo S.A.; Codime S.A. Construtora de Equipamentos Mecânicos; Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia; Empresa Internacional de Transportes Ltda.; Empresa Continental de Mineração S.A.; Imobiliária Bom Pastor S.A.

14 Francisco Matarazzo (1854-1937)
• Nasceu na Itália. • Em 1881, casado e com dois filhos, Francesco Matarazzo migrou para o Brasil. Teve treze filhos. • Instalou-se em Sorocaba, naquela época o maior centro brasileiro de comércio de gado, onde abriu uma venda. Teria começado a fazer fortuna por meio de uma economia feroz: dizem que comia apenas pão seco e bananas. • É considerado o pioneiro da grande indústria no Brasil.  • Atuou no comércio, na indústria, na navegação e no setor financeiro.  • Principais empreendimentos: fábrica de banha, montada em Sorocaba em Logo abriu uma segunda unidade em Capão Bonito do Paranapanema, na mesma região; comércio, instalado em um modestíssimo box do velho Mercado de São Paulo, ou Mercado Caipira, em Tempos depois, mudou-se para um escritório num prédio da rua Direita; Moinho Matarazzo (1900), o primeiro moinho de farinha de São Paulo; Fábrica de tecidos Mariângela (1904); Banca Italiana del Brasile (1905); Banco de Nápoles; Fábrica de tecidos Belenzinho (1911); Sociedade Paulista de Navegação Matarazzo Ltda. (1919); Fábrica de Rayon Viscoseda (1926), depois Fábrica de Rayon Matarazzo; Núcleo industrial da Água Branca; Fundação do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (1928); Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Os herdeiros de Matarazzo não conseguiram dar continuidade às Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, que, em seu tempo, formaram o maior império industrial da América Latina.

15 Ramos de Azevedo ( ) • Nasceu em São Paulo, porém sempre se considerou campineiro, pois sua família era de Campinas e foi onde passou a infância.  • Em 1869 mudou-se para o Rio de Janeiro com o objetivo de cursar a Escola Militar. Após abandonar a Escola, retornou a São Paulo e, por três anos, trabalhou na construção das estradas de ferro Paulista e Mogiana. • Bélgica em 1875, para estudar Engenharia Civil na Universidade de Gand. A conselho do diretor, transferiu-se para o curso de engenheiro arquiteto.  • Em 1878, recebeu seu diploma de engenheiro-arquiteto com a menção “grande distinção”. Em 1879 retornou a Campinas, fez uma exposição de projetos e abriu um escritório. Mudou-se para São Paulo em 1886. • É considerado pioneiro da construção civil em São Paulo, um arquiteto e construtor de obras e edifícios que marcaram o desenvolvimento da capital paulista e se transformaram em pontos de referência.  • Mostrou-se inovador em todas as áreas nas quais atuou, seja como engenheiro e arquiteto, professor da Politécnica, impulsionador do Liceu de Artes e Ofícios ou, sobretudo, como grande construtor e empresário.  • Principais obras: Prédio da Tesouraria da Fazenda, hoje Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo; Palácio da Justiça; Liceu de Artes e Ofícios, hoje Pinacoteca do Estado; Escola Normal, hoje Secretaria da Educação do Estado de São Paulo; Hospital Militar; Asilo dos Alienados do Juqueri; Teatro Municipal; Faculdade de Medicina da USP; Prédio dos Correios e Telégrafos; Palácio das Indústrias; Casa das Rosas.

16 Jorge Street ( ) • Nasceu no Rio de Janeiro. Seu pai, Ernesto Street, era austríaco e veio ao Brasil a convite do imperador D. Pedro II para construir estradas de ferro.  • Teve sete filhos: três homens e quatro mulheres. • Formou-se em Medicina e clinicou durante alguns anos, mas sem sucesso. Segundo seus familiares, não cobrava dos pobres porque eram pobres e dos clientes ricos porque eram amigos. • Em 1896 herdou do pai as ações da fábrica de tecelagem de juta São João, no Rio de Janeiro, entrando para a vida industrial. A sua primeira operação de vulto foi a aquisição da Fábrica Santana, em São Paulo.  • Apoiou diversos movimentos dos trabalhadores, como a importante greve de Defendia o diálogo entre empresários e trabalhadores, nada comum naquela época. Era uma liderança do mundo patronal. • Entre 1911 e 1916 construiu, nas vizinhanças de sua tecelagem Maria Zélia, uma vila para a moradia de seus empregados. O traçado e as edificações da vila seguiam o melhor padrão das cidades construídas na Europa no início do século XX. Era uma pequena cidade: seis ruas principais e duas transversais; 198 casas de um, dois, três ou quatro quartos; farmácia e consultórios médicos e odontológicos; creche, jardim da infância, Escola dos Meninos e Escola das Meninas; armazém, açougue e restaurante; igreja, teatro, salão de baile, quadras esportivas e campo de futebol.  • Em 1929 abandonou os negócios; então com 66 anos, iniciou carreira na área pública, como alto funcionário do Estado.

17 Roberto Simonsen ( ) • Nasceu em Santos, São Paulo. Seu pai, Sidney Simonsen, nascido em Londres, veio ao Brasil quando tinha 25 anos, para ser gerente do Banco Inglês. • Em 1904 entrou na Escola Politécnica. Em 1909 começou a trabalhar como engenheiro da Southern Brazil Railway. Assumiu a Diretoria Geral de Obras de Santos e engenheiro-chefe da Comissão de Melhoramentos do Município. • Em 1912, aos 24 anos, lançou com um grupo de investidores a Companhia Construtora de Santos, que prosperou rapidamente. Em 1921, sua empresa assinou o primeiro contrato com o governo federal, referente à construção dos quartéis de Pirassununga (SP), Campo Grande (MS) e Joinville (SC). Nos meses seguintes, foram assinados contratos referentes a outros quartéis. • Em 1923, comprou a Cerâmica São Caetano, fabricante de telhas, ladrilhos e tijolos refratários. Transformou-se na maior empresa de cerâmica de sua época e na mais respeitada, pela qualidade de seus produtos.  • Em 1933, em São Paulo, fundou a Escola Livre de Sociologia e Política. Essa escola superior nasceu com o propósito de ser um centro de estudos voltados à compreensão do Brasil. Nos anos 1940, período em que presidia a FIESP, foi um dos idealizadores do SENAI. • Empreendimentos importantes: Vila Belmiro; Frigorífico de Santos; Jazida de argila taguá Buracão da Cerâmica; Quartéis: Quitaúna (SP), Caxias (RJ), Três Corações (MG), Santo Ângelo (RS), Santa Maria (RS), São Borja (RS) e Aquidauana (MS); Divisão de Refratários da Cerâmica São Caetano; obras urbanas como bondes, água, luz, esgoto, pavimentação e recalçamento.

18 Julio Mesquita ( ) • Nasceu em Campinas, São Paulo. Casou-se com Lucila de Cerqueira César. Tiveram seis filhos.  • Em 1873, na Convenção de Itu, um grupo de importantes homens da sociedade paulista resolveu fundar um jornal para defender três ideais: a abolição da escravatura, a descentralização do poder e a proclamação da República. O jornal chamou-se A Província de S. Paulo. O primeiro número apresentava apenas quatro páginas.  • Em 1878, Julio Mesquita formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. • Em 1885, começou a trabalhar no A Província de S. Paulo. Em 1890, após a Proclamação da República, o jornal virou O Estado de S. Paulo. • Redator-gerente do jornal em Em 1890, o jornal saiu pela primeira vez com oito páginas e a tiragem alcançou sete mil exemplares. Em 1891, assumiu a direção. O jornal alcançou a tiragem de dez mil exemplares em janeiro de Em 1902, tornou-se o único proprietário do jornal. A família Mesquita comanda o jornal até os dias atuais. • Principais empreendimentos da família Mesquita: Jornal O Estado de S. Paulo; Jornal da Tarde; Rádio Eldorado; Agência Estado; OESP Mídia.

19 Leon Feffer ( ) • Nasceu na Ucrânia. Em 1910, seu pai imigrou sozinho para o Brasil, pois não havia dinheiro para a passagem de todos. • Por volta de 1918, no final da Primeira Guerra, Leon empreendeu longa peregrinação pela Europa, algumas vezes com a família, à procura do dinheiro e dos documentos que autorizavam a imigração, enviados do Brasil pelo pai. A busca teve sucesso no consulado brasileiro em Paris. • Em 1920, Leon e a família chegaram ao Brasil. Ele iniciou um pequeno negócio, vendendo papel e artigos de papelaria para varejistas. Resolveu se especializar em papel. • Casou-se com Antonietta Teperman, com quem teve dois filhos: Max e Fanny. • Na década de 1930, ampliou a fábrica de envelopes, a tipografia e o estoque de papel para uso próprio e revenda. • Em 1941, inaugurou a Indústria de Papel Leon Feffer e Cia. no bairro do Ipiranga, com produção inicial de vinte toneladas por dia. Em 1942, a empresa adquiriu a segunda máquina, com capacidade de quinze toneladas por dia. E, em 1945, Feffer comprou a terceira máquina, uma novidade tecnológica no País. • Em 1956, comprou a Companhia Suzano de Papel e Celulose, visando à produção de papel e celulose a partir do eucalipto. Em 1974, a Suzano entrou na área petroquímica. Na década de 1990, a Suzano se associou à Vale do Rio Doce na construção da Bahia-Sul, uma grande fábrica de celulose e papel para exportação. Na área petroquímica, a Suzano adquiriu participação na estatal Petroflex. • Leon Feffer foi o responsável por uma das raras inovações industriais capazes de alterar a fundo, a favor do Brasil, um grande setor da economia mundial: juntamente com seu filho Max, foi o pioneiro na fabricação de papel a partir do eucalipto.

20 Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá (1813-1889)
• Nasceu no Rio Grande do Sul e faleceu no Rio de Janeiro. • Aos seis anos perdeu o pai e, com oito, sua mãe o mandou para o Rio de Janeiro. Na viagem, Irineu foi acompanhado por um tio. • Aos nove anos, começou a trabalhar para um comerciante português. Fez de tudo: serviços gerais, arrumação de estantes, caixeiro da loja e registros dos cálculos nos livros dos juros. Iniciou seu estudo de diversas línguas e aprendeu caligrafia, noções de direito comercial, cálculo de juros e contabilidade. Com catorze anos já comandava a tesouraria da empresa, autorizava compras e guardava a chave do cofre. • Em 1840, decidiu se transformar em industrial e partiu do Rio, em um veleiro, rumo à Grã-Bretanha, onde a primeira estrada de ferro comercial do mundo havia sido construída em 1830, ligando as cidades de Liverpool e Manchester. Entre as suas realizações estão: Fábrica de fundição de ferro de Ponta de Areia, em Niterói; Companhia de Navegação da Amazônia; Banco do Brasil de Mauá; Companhia de Iluminação a Gás; Estrada de Ferro de Petrópolis; Abertura da Mauá, Mac Gregor & Cia. na rua Greesham, junto à bolsa de Londres; Banco Mauá em Montevidéu (Uruguai) e em Rosário (Argentina); Empresa San Paulo Railway (a futura Estrada de Ferro Santos-Jundiaí); Companhia Agrícola e Pastoril, no Uruguai; Fábrica de cozimento e condicionamento de carne, no Uruguai.

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22 Luiz de Queiroz (1849-1898) • Nasceu em São Paulo.
• Em 1857, com oito anos, foi mandado à Europa, na companhia do irmão, para realizar seus estudos. • Aos 24 anos retornou ao Brasil, em decorrência da morte de seu pai, o Barão de Limeira. Tomou posse de sua herança, que incluía, entre as principais propriedades, a Fazenda Engenho D’Água, em Piracicaba. • A sua primeira iniciativa empresarial foi a Fábrica Santa Francisca, uma tecelagem de algodão movida pela força hidráulica do rio Piracicaba, construída em 1874. • Foi responsável pela primeira linha telefônica de Piracicaba: em 1882, instalou postes e fios telefônicos que ligavam a tecelagem à fazenda Santa Genebra, de sua propriedade. • Abolicionista militante, Queiroz alforriou todos os escravos de suas fazendas, além de receber e proteger escravos fugidos de outras propriedades. • Enfrentou muitos desafios para realizar o seu grande sonho, a construção da Escola Superior de Agricultura – Esalq.

23 Attilio Fontana ( ) • Nasceu no Rio Grande do Sul. Filho de camponeses, tinha onze irmãos. Teve oito filhos. • Em 1908, com oito anos, vendeu biscoitos em uma quermesse: foi sua a primeira experiência comercial. • Em 1911, a família mudou-se para um sítio maior, onde iniciou seu primeiro negócio. Com uma carroça, fazia entrega de alfafa e de outras encomendas em fazendas vizinhas, pois a região sofria com problemas de transporte. Trabalhou no comércio e continuou com o negócio de alfafa. Começou a se interessar pela criação e venda de porcos. Em 1927, procurou Carlos Menck para propor um negócio — fornecimento regular de porcos aos frigoríficos paulistas — e fecham sociedade. • Em 1942, foi chamado pelo prefeito de Concórdia, Dogello Goss, para uma conversa sobre um moinho e um engenho que não conseguiam decolar. Destacou o filho mais velho, Walter, para assumir a direção do moinho. • Em 7 de junho de 1944, foi constituída a empresa S.A. Indústria e Comércio Concórdia. Mais tarde o nome foi alterado, conservando do original as primeiras letras “S” e “A” e as últimas da palavra “Concórdia”: nasceu, assim, a Sadia, empresa conhecida em todo o País.

24 Valentim Diniz ( ) • Nasceu em Portugal. Seus pais possuíam um armazém na aldeia onde moravam. Valentim tinha sete anos quando sua mãe faleceu. • Chegou ao Brasil em 1929, aos dezesseis anos. A imagem que avistou, ainda no navio — a Baía de Guanabara com o Pão de Açúcar ao fundo —, ficou gravada na sua lembrança. • Em São Paulo, arranjou seu primeiro e único emprego: caixeiro e entregador do Real Barateiro, um empório de atacado e varejo localizado na avenida Brigadeiro Luiz Antonio. • No ano de 1936, casou-se com Floripes, filha do comerciante português João Pires. Ela jogou na loteria e foi premiada: esse dinheiro, somado às economias acumuladas por Valentim, permitiu ao casal abrir seu próprio negócio, uma pequena mercearia na rua Vergueiro. • Valentim e Floripes tiveram quatro filhos.

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26 Guilherme Guinle ( ) • Nascido no Rio de Janeiro, seu pai, Eduardo Palassim Guinle, foi um empresário de sucesso: criou a empresa Companhia Docas de Santos, em companhia do amigo e sócio Cândido Gaffrée. Em 1888, eles obtiveram a concessão para modernizar e administrar o porto de Santos, principal porto de São Paulo. • Em 1889, a Guinle & Cia. adquiriu a Paquequer, uma das maiores quedas d’água do Rio de Janeiro, e passou a investir de forma pesada no setor de energia elétrica. Seus mais importantes empreendimentos estiveram ligados a usinas hidroelétricas, transporte urbano, porto e siderurgia. Criou o Banco Boa Vista, que presidiu de 1930 até a sua morte. • O empresário Guilherme Guinle é lembrado como o dono da Companhia Docas de Santos, gigantesca empresa à qual dedicou 46 anos de sua vida. Mas esta foi apenas uma das vertentes de sua atividade. Suas usinas hidrelétricas levaram energia para grandes cidades brasileiras, tais como Salvador, Niterói, Petrópolis e Santos. • Financiou as pesquisas que possibilitaram a abertura do primeiro poço de petróleo do Brasil, em Lobato, na Bahia. Negociou pessoalmente os empréstimos internacionais e reuniu capitais privados para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional. Por meio da Fundação Gaffrée & Guinle, inclusive com doações pessoais, foi um dos maiores incentivadores de pesquisas científicas no Brasil, principalmente aquelas ligadas à saúde pública.

27 Wolf Klabin e Horácio Lafer
• Wolff Klabin ( ): nasceu na Lituânia. • Horácio Lafer ( ): nasceu em São Paulo. • Em 1889, chegou ao Brasil Maurício Klabin, tio de Wolff Klabin; em 1894 chegaram os pais de Horácio Lafer. A mãe de Horácio era irmã de Maurício Klabin. • Em 1899 foi criada a sociedade Klabin Irmãos & Cia. (KIC). Essa sociedade incluía irmãos e primos da mesma família Lafer-Klabin. Os seus fundadores chegaram ao Brasil para tentar uma vida nova, já que passavam por muitas dificuldades na Lituânia. • Wolff Klabin e Horácio Lafer foram os responsáveis diretos pela criação, nos anos 1940, da primeira grande indústria de celulose no Brasil. • Os principais empreendimentos da sociedade Klabin Irmãos & Cia. estavam ligados à indústria de papel e celulose, à produção de raiom (seda sintética) e à fabricação de porcelana;

28 Ermínio de Moraes (1900-1973) • Nasceu em Pernambuco.
• Em 1917, viajou para os Estados Unidos para cursar Engenharia de Minas. • Em 1923, José Ermírio assumiu a direção da Usina Aliança, propriedade de seu cunhado Belarmino. Durante uma viagem ao exterior para comprar novos equipamentos para a usina, conheceu Helena Pereira Ignácio, filha do dono do maior complexo industrial de tecelagem do Brasil na época, a Sociedade Anônima Fábrica Votorantim, sediada nos arredores de Sorocaba (SP). • No ano seguinte, em São Paulo, casou-se com Helena e foi cuidar da administração dos negócios do sogro na Votorantim.. • Sua atuação como empresário garantiu o desenvolvimento do Grupo Votorantim. • Em 1941, foram iniciadas as atividades da Companhia Brasileira de Alumínio – CBA. Hoje, a atuação do Grupo vai da indústria têxtil à siderurgia, passando pela metalurgia, química, petroquímica, metais não ferrosos, cimento, papel e celulose. • Em 1975, dois anos após sua morte, verificou-se que José Ermírio de Moraes deixara o Grupo Votorantim congregando 46 empresas e empregando 33 mil funcionários.

29 Johannes Gerdau ( ) • Nasceu em Altona-Elke, província de Holstein, no então reino da Prússia. • Teve quatro filhos. • Aos dezenove anos, em 1869, anos decidiu migrar para o Brasil. Ao chegar em Porto Alegre, a empresa em que iria trabalhar não existia mais. Foi então para Santo Ângelo, na margem esquerda do rio Jacuí. • João Gerdau adquiriu uma posse particular, na atual avenida Concórdia, em Agudo, e nela sediou sua residência e uma casa comercial, seu primeiro negócio. • Em 1883, abriu uma filial da casa comercial em Cachoeira. Começou a cuidar de loteamentos imobiliários. Fundou a João Gerdau & Cia. para lotear terras da gleba Várzea Agudo, propícia ao cultivo do arroz. Seus sócios eram o capitão Polycarpo Pereira de Carvalho e Silva e Antonio Peixoto de Oliveira.

30 Herman Lundgren (1832-1907) Nasceu na Suécia.
Veio para o Brasil sem dinheiro, nem mesmo para pagar a passagem de navio: para tanto, trabalhou durante a viagem como ajudante de cozinheiro, garçom e arrumador. Na baía da Guanabara, uma tempestade atirou a embarcação contra os rochedos; ferido, Lundgren passou os primeiros vinte dias no Brasil dentro de um hospital. Depois de um mês e meio, seguiu viagem para Salvador. Lá ficou pouco tempo e logo se estabeleceu em Recife. Viveu em Recife até seu falecimento. Principais empreendimentos: Pernambuco Powder Factory, fábrica de pólvora inaugurada em 1866; Frota de embarcações para transporte de pólvora: barcaças, iates e as escunas Elisabeth e Eclipse; Companhia de Tecido Paulista (1904); Inauguração, em 1908, da primeira loja das Casas Pernambucanas, rede dirigida por seus filhos

31 Luiz Tarquínio (1844-1903) Nasceu em Salvador, na Bahia.
Filho de Maria Luíza dos Santos, ex-escrava, com quem aprendeu a ler e a escrever. Mais tarde, Luiz frequentou a escola pública por três anos. Durante a infância, vendeu bilhetes de loteria, doces, bolos, artesanato. Foi também moleque de recados e carregador, subindo e descendo as ladeiras de Salvador. Aos dez anos, começou a trabalhar na loja de tecidos de Lino Porphyrio da Silva. Era encarregado da limpeza e dos serviços gerais, mas, como conhecia as quatro operações de cálculo e era desembaraçado, logo foi promovido ao atendimento dos clientes no balcão. Em 1859, foi trabalhar para João Gaspar Bruderer, sócio inglês da Bruderer Cia., importadora e atacadista de tecidos. Aprendeu inglês ouvindo os funcionários da empresa. Encontrou quem lhe ensinasse contabilidade empresarial, leu e estudou inúmeras obras. Em 1864 realizou sua primeira viagem à Europa. Em 1890, era sócio de Bruderer e grande importador de tecidos. Em 1891, Tarquínio criou a Companhia Empório Industrial do Norte, localizada no bairro da Boa Viagem: quatro anos depois, a empresa já fabricava metade da produção de tecidos de algodão cru do Estado, empregando um terço de todos os operários e dois terços de todos os teares. Construiu a primeira vila operária do País. Foi dos primeiros, se não o primeiro, a introduzir benefícios trabalhistas como a licença-maternidade. Autodidata, participou intensamente dos debates sociais e econômicos de sua época, a começar pela abolição da escravatura. Na vida pública, foi prefeito de Salvador e conselheiro municipal na década de 1890 e escreveu o livro: "Preceitos morais e cívicos" em 1901

32 Bernardo Mascarenhas (1847-1899)
Nasceu em Minas Gerais. Teve onze irmãos e doze filhos (nove homens e três mulheres). Em 1811, os avós de Bernardo Mascarenhas atravessavam a Serra da Mantiqueira com seus três filhos quando foram acometidos de varíola. Lá mesmo os adultos morreram; as três crianças foram encontradas na beira de uma estrada e recolhidas por tropeiros que passavam no local. Ele era um inovador. Em 1865, teve a ideia de fazer uma fábrica de tecidos movida a energia hidráulica. Na época, não existia energia elétrica em Minas Gerais, mesmo sendo o Estado mineiro repleto de quedas d’água, o que favorecia a construções das usinas hidrelétricas. Montou hidrelétricas que iluminaram Juiz de Fora e Belo Horizonte e forneceram energia para as indústrias que ele próprio e muitos outros fundariam em Minas Gerais. Em 27 de agosto de 1898, inaugurou publicamente o motor elétrico de sua tecelagem. • Bernardo Mascarenhas foi um dos primeiros industriais brasileiros a instituir um sistema de previdência social para os seus empregados, baseado em descontos na folha de pagamento. Não havia ainda lei no Brasil que o obrigasse a isso. Primeira sociedade anônima brasileira – 1883 Banco de Crédito Real de Minas Gerais

33 Delmiro Gouveia (186?-1917) Nasceu no Ceará, mas não se sabe ao certo em qual cidade. A data de nascimento de Delmiro Gouveia é uma dúvida. Alguns afirmam que foi em 5 de junho de 1863; outros, em 6 de junho de Aos quatro anos perdeu o pai e, aos quinze anos, sua mãe. Teve uma irmã, Maria Augusta. Foi pai de três filhos. Aprendeu a ler e a escrever em casa, com a mãe e o padrasto. Trabalhou desde os 15 anos. Foi bilheteiro, chefe de estação de trem no Recife, caixeiro viajante, ajudante de despachante. Estudou inglês por conta própria. Em 1883, teve a primeira experiência no comércio de couros. Vendeu uma partida de peles de cabra e de carneiro na praça da cidade do Recife. O couro tinha, naquela época, uma utilidade maior do que hoje em dia: seu comércio era, então, uma atividade bastante lucrativa. Depois de diversas atividades de sucesso — e alguns problemas — no mundo dos negócios, realizou uma importante experiência empresarial que lhe exigiu muita coragem e capacidade, pois contava com a desconfiança geral: criou, em pleno sertão alagoano, uma fábrica de linhas, a Linhas Estrela. • Para isso, modificou o curso de rios, construiu açudes e hidrelétrica. Importou maquinário, fez estradas e trabalhou com a mão de obra da região — as mãos grossas dos sertanejos se mostraram competentes no manejo da produção fabril.

34 Delmiro Gouveia (186?-1917) Delmiro Gouveia (186?-1917)
Os seus principais empreendimentos: • Refinaria e destilaria de açúcar; • Derby, empreendimento imobiliário; • Compra e venda de peles de cabras e carneiros; • Introdução do gado zebu e vacas holandesas; • Disseminação da palma; • Comércio de mamona e algodão; • Construção de açudes; • Construção de estradas; • Instalação da primeira hidrelétrica do rio São Francisco; • Iluminação elétrica; Assinado aos 54 anos – forte vínculo político

35 Azevedo Antunes (1906-1996) Nasceu em São Paulo.
Em 1930, formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica de São Paulo. Logo depois, começou a trabalhar na Secretaria de Obras de Santos. Aos 32 anos de idade, resolveu mudar radicalmente de vida: trocou o conforto urbano pelo Fecho do Funil — a 200 km de Belo Horizonte —, ao ser contratado como gerente da jazida Pico do Marinheiro. Em 1942, arrendou uma jazida de manganês em Lagoa Grande e uma de ferro em Pico de Itabirito, Minas Gerais. Com dois sócios, fundou a Indústria e Comércio de Minérios Ltda. – Icomi. Iniciou os trabalhos na jazida de manganês. A empresa de Azevedo Antunes se tornou a maior fornecedora de minério para a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN. No início da década de 1950, iniciou a exploração de jazidas de manganês no Amapá. 4 de dezembro de 1947: A Icomi, empresa de Antunes, é declarada vencedora da concorrência. Junho de 1949: A Icomi assina acordo com a Bethlehem Steel Company, na época a segunda produtora de aço do mundo. 1950: Para explorar as jazidas de manganês da Serra do Navio, no Amapá, cria a holding Caemi – Companhia Auxiliar de Empresas de Mineração. A Caemi se transforma na maior empresa privada do ramo de mineração.

36 Samuel Benchimol (1923-2002) Nasceu em Manaus.
O avô de Samuel, de origem judaica, veio do Marrocos e estabeleceu-se, por volta de 1850, na região do rio Tapajós. Ganhava a vida com o comércio ambulante, navegando pelos rios. Escrevia artigos para um jornal de Londres. Na década de 1920, a malária castigava a Amazônia; tudo era muito difícil. Em 1926, porém, Isaac, pai de Samuel, partiu de Manaus, com a mulher e os quatro filhos, com destino aos seringais da região do rio Abunã, para administrar pessoalmente, e tentar salvar, seu negócio de extração de látex. A família perdeu tudo e, no início dos anos 1930, retornou para Manaus. Lá, Isaac conseguiu ser contratado por várias empresas para prestar serviços de contabilidade. Samuel estudava e trabalhava. Começava às três horas da madrugada como despachante. Às sete horas, entrava na Faculdade, à tarde cuidava de negócios na empresa de seu irmão Israel e dormia algumas horas, pois, à noite, lecionava Economia Política na Escola de Comércio Solon de Lucena. Fundou em 1942 a Benchimol & Irmão, empresa de representações depois conhecida como Bemol. A sociedade era entre Samuel e Israel, seu irmão mais velho. Na década de 1960, a Bemol começou a multiplicar os pontos de venda em Manaus e, em 1969, expandiu-se para outros estados. Desde novembro de 1964, firmara seu domínio sobre o mercado de distribuição de gás em Manaus, com a compra da Gazônia, sua principal concorrente. .

37 Samuel Benchimol (1923-2002) Samuel Benchimol (1923-2002)
O grupo Bemol/Fogás inclui desde empresas voltadas ao comércio exterior e à distribuição de gás de cozinha até lojas de departamento. Samuel Benchimol era professor emérito da Universidade do Amazonas, onde lecionou por mais de 50 anos e criou a cadeira de “Iniciação à Amazônia”. Autor respeitado, escreveu uma centena de ensaios, teses, livros e artigos. 1942: Funda a Benchimol & Irmão, empresa de representação. Década de 1960: Inaugura as Lojas Bemol. Importa as máquinas de costura New Yorker, fabricadas no Japão, de desempenho excelente e, comparadas àquelas da concorrente Singer, mais baratas e com design mais atraente. Entra no comércio de cimento, em razão do ritmo crescente da construção em Manaus e no interior do Amazonas. Novembro de 1964: Consolida seu domínio sobre o mercado de distribuição de gás em Manaus, com a compra da Gazônia. 28 de fevereiro de 1967: Por meio do Decreto-Lei nº 288, é criada a Zona Franca de Manaus, área de livre comércio com isenção alfandegária e incentivos fiscais a produtos industrializados. Samuel participa da estruturação da Zona Franca, onde é presença obrigatória, não apenas como diretor de empresas, mas como intelectual interessado na economia da Amazônia.

38 Edson Queiroz (1925-1982) Nasceu no Ceará, na cidade de Cascavel.
A família mudou-se para Fortaleza em Seu pai abriu uma mercearia no centro da cidade, que se transformaria em armazém. • Com dez anos de idade, Edson ajudava no armazém, realizando pequenos serviços de limpeza ou de entrega. • No decorrer da sua vida, Edson de Queiroz se dedicou, com sucesso, a diferentes áreas do comércio, da indústria, das comunicações e da educação. Os seus empreendimentos mais importantes foram: • Loteria Estadual do Ceará; • Loteria Estadual de Pernambuco; • Abrigo Central, centro comercial em Fortaleza; • Norte Gás Butano, em Fortaleza; • Lojas de botijões de gás; Gás Propano, em Fortaleza; • Edson Queiroz Navegações; • Tecnomecânica Norte Ltda. – Tecnorte; • Estamparia e Esmaltação Nordeste S.A. – Esmaltec (fábrica de fogões, geladeiras e a freezers); • Pará Gás Butano – Paragás, em Belém do Pará;

39 Edson Queiroz (1925-1982) Edson Queiroz (1925-1982)
• Maranhão Gás Butano, em São Luis; • Piauí Gás Butano, em Teresina; • Alagoas Gás, em Maceió; • Cascaju, em Cascavel (CE); • Rádio Verdes Mares AM e FM, em Fortaleza; • TV Verdes Mares; • Diário do Nordeste; • Fundação Edson Queiroz, em Fortaleza; • Universidade de Fortaleza – Unifor; • Indaiá Brasil Águas Minerais Ltda.; • Minalba Alimentos e Bebidas S.A.; • Midol – Mineração Dolomita Ltda Em 2007, a Indaiá Brasil tornou-se a líder absoluta no mercado nacional de águas minerais e a Minalba assumiu o primeiro lugar em vendas nos dois maiores mercados do País – São Paulo e Rio de Janeiro. O Grupo possui ainda a maior reserva de calcário dolomítico do Nordeste: por meio da Midol – Mineração Dolomita Ltda., produz tintas hidrossolúveis direcionadas aos mercados do Norte e Nordeste.

40 Roberto Marinho (1904-2003) Nasceu no Rio de Janeiro.
Filho do jornalista Irineu Marinho Coelho de Barros. Teve quatro filhos. Irineu, pai de Roberto Marinho, trabalhou como revisor-substituto até conseguir ser promovido à redação da Gazeta de Notícias. Em 1911, deixou a Gazeta para fundar seu próprio jornal, A Noite. Em 1924, Irineu Marinho viajou com sua família para tratar de sua saúde; de volta, encontrou o jornal A Noite cheio de problemas. Reuniu, então, todas as economias da família e criou um novo jornal: O Globo começou a circular no dia 29 de julho de 1925, com tiragem de exemplares. Após a morte de Irineu, Roberto Marinho recebeu de sua mãe a incumbência de dirigir o recém-lançado jornal O Globo. Ele recusou; só assumiu o comando do jornal quando adquiriu a experiência necessária. Em 1965, tendo o jornal e a rádio inteiramente consolidados, Roberto Marinho, aos 61 anos, criou a TV Globo do Rio de Janeiro. Quatro décadas mais tarde, a Rede Globo cobriria 99,84% dos municípios brasileiros. No início de 2005, suas 113 emissoras, entre geradoras e afiliadas, dominavam 74% da audiência no horário nobre.

41 Roberto Marinho (1904-2003) Roberto Marinho (1904-2003)
Dono de uma fortuna pessoal que, no momento de sua morte, em 6 de agosto de 2003, foi calculada em um bilhão de dólares, Roberto Marinho foi o empresário mais influente do país. Seus empreendimentos mais importantes foram: • Jornal O Globo; • Rio Gráfica Editora; • Rádio Globo, Rádio Eldorado, Rádio Mundial, Rádio Nacional de São Paulo e Rádio Excelsior; • TV Globo e Rede Globo; • Fundação Roberto Marinho; • Projac – Projeto Jacarepaguá.


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