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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/20 Ambiente Econômico Global Aula 17 Mundialização, regulação e depressão longa CHESNAIS, François. A mundialização do.

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1 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/20 Ambiente Econômico Global Aula 17 Mundialização, regulação e depressão longa CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 Cap. 12

2 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 2/20 Ambiente Econômico Global

3 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 3/20 Ambiente Econômico Global Internacionalização, regulação e crises A fase de bom funcionamento, afinal muito breve, da regulação fordista situa-se, grosso modo, desde o fim da reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, até a morte do sistema de Bretton Woods. Corresponde à fase, igualmente muito curta, em que predomina a internacionalização multidoméstica. Esse período caracteriza-se por um regime internacional relativamente estável, tendo como pivôs o sistema de paridades fixas entre as moedas e a difusão do modelo fordista de produção e consumo de massas, a partir dos EUA. (...) No que diz respeito ao movimento de internacionalização, os fluxos de IED já são significativos. (...) O IED assume a forma de “filiais intermediárias”, cuja oferta destina-se prioritariamente ao mercado interno dos países de acolhida, com alguma exportação complementar para a área tradicional de comércio exterior desses mesmos países.

4 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 4/20 Ambiente Econômico Global Durante esta fase, as relações políticas entre as classes sociais e o grau de efetiva soberania que os governos possuem asseguram o respeito das multinacionais a certas convenções e formas de relacionamento correspondentes à relação salarial “fordista”, bem como sua colaboração visando a certos objetivos de política econômica nacional — o equilíbrio da balança comercial, por exemplo. E vários fatores irão contribuir para uma reversão do quadro: rigidez das estruturas industriais oligopolistas no plano nacional; crise de todas as determinações da relação salarial fordista; crise fiscal do Estado e questionamento da amplitude assumida pelos gastos públicos; deterioração das relações constitutivas da estabilidade do regime internacional.

5 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 5/20 Ambiente Econômico Global Uma das características marcantes do período imediatamente posterior à recessão de 1974-1975 foi uma taxa de crescimento do IED muito superior à do investimento doméstico, pois as grandes companhias buscavam uma saída para a queda de rentabilidade do capital, para a saturação da demanda de bens de consumo duráveis e para a contestação dos trabalhadores, na deslocalização acelerada de suas operações. Ao começarem a dissociar seu próprio destino daquele de sua economia de origem, os grupos contribuem para enfraquecer o quadro da economia do Estado nacional, e não para restaurar o círculo virtuoso da acumulação segundo as modalidades da regulação fordista. IED versus investimento doméstico

6 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 6/20 Ambiente Econômico Global Depois que foi forjada, juntamente com o mercado de eurodólares, uma liberdade de ação quase total em relação ao enquadramento do crédito pelos bancos centrais, é que o sistema bancário internacional pôde incentivar os países em desenvolvimento a contraírem junto a esse mesmo sistema, a partir de 1975, uma enorme dívida privada. O endividamento agravou, de forma qualitativa, a incapacidade desses países de se contraporem aos fatores que, de resto, iam no sentido de uma “desconexão” do sistema internacional de intercâmbio comercial. A dívida privada do Terceiro Mundo

7 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 7/20 Ambiente Econômico Global A destruição das relações que garantiam estabilidade e crescimento Três formas institucionais asseguraram a estabilidade e expansão da acumulação capitalista por 25 anos (de 1950 a 1975): 1.O trabalho assalariado como forma predominante de inserção social e de acesso à renda; 2.Criação, a nível monetário e financeiro, de um ambiente monetário internacional estável; 3.A existência de Estados dotados de instituições suficientemente fortes para impor ao capital privado disposições de todo tipo e disciplinar o seu funcionamento. Estas três séries de relações e formas institucionais foram todas, senão destruídas, pelo menos seriamente danificadas, por que...

8 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 8/20 Ambiente Econômico Global A destruição das relações que garantiam estabilidade e crescimento (continuação) a)O modo de produção dominante mostra à luz do dia, de forma cotidiana, sua incapacidade de gerir a existência do trabalho assalariado como forma predominante de inserção social e de acesso à renda; b)O sistema, pela primeira vez em toda a sua história, confiou completamente aos mercados o destino da moeda e das finanças, nas condições e com as conseqüências já vistas ao longo destes estudos; c)Os Estados viram sua capacidade de intervenção reduzida a bem pouco, pela crise fiscal, e os fundamentos de suas instituições solapados a ponto de torná-los quase incapazes de impor qualquer coisa ao capital privado.

9 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 9/20 Ambiente Econômico Global

10 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 10/20 Ambiente Econômico Global Osindicadoresde umasituaçãoperigosa... 1.Índices muito fracos de crescimento do PIB; 2.Desinflação acelerada, próxima da deflação, especialmente para os produtos primários, dos quais depende a renda dos países em desenvolvimento; 3.Elevado desemprego estrutural; 4.Agravamento das desigualdades na distribuição de renda, com o reaparecimento de rendimentos rentistas obtidos com aplicações financeiras; 5.Marginalização de regiões inteiras do globo em relação ao sistema de comércio internacional; 6.Concorrência internacional cada vez mais intensa, com disputas entre EUA e Japão.

11 Taxas de juros reais positivas. Crises de câmbio auto- realizáveis Lucros financeiros elevados, atratividade das aplicações financeiras puras. Capitais potencialmente disponíveis, mas situação desfavorável da demanda. Investimento alocado às aquisições/fusões, à compra de empresas públicas e às aplicações financeiras Restabelecimento das taxas de lucro na indústria e nos serviços Grande mudança tecnológica Liberação do câmbio + Forte mobilidade do capital Aquisições/fusões Reestruturações Racionalizações Homogeneização do consumo final Maior destruição de empregos do que criação de novos empregos + Seleção espacial dos investimentos (locais) Redução do poder aquisitivo. Aumento da pequena poupança. Redução do consumo Forte pressão para o rebaixamento de salários nas tarefas padronizadas, informatizáveis e para trabalho não- qualificado nos serviços Redução de pessoal no setor público + Privatizações aceleradas + Reestruturação/ racionalizações Queda nas receitas fiscais + maior peso dos encargos da dívida = crise fiscal dos Estados Ação política das forças sociais neoliberais Mais recurso aos mercados financeiros Intensificação dos encargos da dívida Fortalecimento das forças neoliberais Enfraquecimento da capacidade dos Estados de conduzirem políticas macroeconômicas Fugas de capital para o setor financeiro Forte atividade de mudança de propriedade do capital, mas com pouco efeito líquido sobre o investimento (-) Emprego Aquisição de empresas públicas (-) Emprego (-) Salários (-) Taxação sobre o capital + lucros Efeito negativo sobre o investimento Aquisições/fusões (-) Gastos públicos Diminuição da incidência fiscal Desmantelamento do setor público Os encadeamentos cumulativos “viciosos” da mundialização (-) Consumo

12 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 12/20 Ambiente Econômico Global Conseqüências da mobilidade do capital produtivo A destruição de postos de trabalho, muito superior à criação de novos empregos, não é só uma espécie de fatalidade atribuída “à tecnologia” em si mesma. Ela resulta, pelo menos em igual medida, na mobilidade de ação quase total que o capital industrial recuperou, para investir e desinvestir à vontade, “em casa” ou no estrangeiro, bem como da liberalização do comércio internacional. O efeito desses fatores, por sua vez, é acentuado, de forma crescente, pela mudança de propriedade do capital industrial. Mesmo em grupos onde foi restabelecida a rentabilidade do capital, constata-se, por parte dos novos proprietários do capital (fundos de investimento, fundos de pensão, companhias de seguros) uma fortíssima pressão para reduzir ainda mais os custos, “eliminando gorduras de pessoal” e automatizando em velocidade máxima. É aí que se situa o ponto de partida de um encadeamento cumulativo e realimentados, cujos efeitos são depois agravados ainda mais pelas operações do capital monetário.

13 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 13/20 Ambiente Econômico Global Conseqüências da mobilidade do capital produtivo (continuação) O IED não é sinônimo de criação de novas capacidades. É à força de aquisições/fusões transfronteiras que os grandes grupos procuram ganhar parcelas de mercado. A integração seletiva de locais de produção e de relações de terceirização, situadas em vários países, aumenta sua capacidade de proporcionarem economias de escala e de envergadura. A liberalização do comércio dá uma primazia importante às companhias que jogam a carta da homogeneização da oferta e da “variedade padronizada”. Para muitas pequenas companhias, o único caminho de sobrevivência (se lhes for oferecido) é a “adesão” a uma “empresa-rede” tipo Benetton, ou seja, sua transformação em “terceiras”.

14 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 14/20 Ambiente Econômico Global A demanda efetiva... A influência da mundialização do capital sobre o consumo doméstico efetua-se por dois canais principais. O primeiro canal é a queda dos rendimentos do trabalho assalariado. O montante da destruição de empregos, nitidamente superior à criação de novos, conjugado com fortes pressões no sentido de rebaixamento salarial, que pesam sobre os empregos que sobraram ou sobre os novos exerce marcante influência depressiva sobre a conjuntura. O segundo canal é o da redistribuição da renda nacional em favor dos rendimentos rentistas, que se desenvolveu, segundo os países, a partir do começo ou de meados da década de 80. Essa redistribuição resulta da ascensão dos mercados e aplicações financeiras. Ela leva a uma polarização da oferta para os altos rendimentos, que vão moldando progressivamente os seus traços e orientando parte das despesas de P&D.

15 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 15/20 Ambiente Econômico Global A mundialização do capital contribuiu consideravelmente para restabelecer a rentabilidade dos investimentos, exercendo forte pressão para o rebaixamento, tanto dos salários, como dos preços de muitas matérias-primas. Ela influi no comportamento do investimento, ou acentua suas características, da seguinte forma: forte propensão às aquisições/fusões; prioridade dos investimentos de reestruturação e racionalização; e, sobretudo, fortíssima seletividade na localização e escolha dos locais de produção. Aqui, a propensão própria às companhias, no quadro da mundialização, é acentuada pela concorrência entre regiões e locais, bem como pela corrida entre estes, oferecendo todo tipo de vantagens (subsídios, isenções fiscais, revogação de direitos trabalhistas)....e o investi- mento

16 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 16/20 Ambiente Econômico Global A dimensão maisfundamental da“crise do mododedesenvolvimento” As companhias da Tríade precisam de mercados e, sobretudo, não precisam de concorrentes industriais de primeira linha: já lhes bastam a Coréia e Taiwan! Foi assim que houve estancamento do IED para muitíssimos países, e que o tema da administração da pobreza foi assumindo espaço cada vez maior nos relatórios do Banco Mundial, enquanto o tema do desenvolvimento foi colocado em surdina. (...) Sabe-se, há pelo menos uns dez anos, que, sob os ângulos decisivos do consumo de energia, das emissões na atmosfera, da poluição das águas, dos ritmos de exploração de muitos recursos naturais não renováveis – ou só renováveis muito lentamente – etc., o modo de desenvolvimento sobre o s qual os paises da OCDE construíram seu alto nível de vida não pode ser generalizado à escala planetária.

17 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 17/20 Ambiente Econômico Global (...) A superação do modo de produção capitalista [também] não poderá se dar prolongando e melhorando o modo de desenvolvimento fordista. Já [foram relacionadas no livro-texto] (...) as razões para tanto, mas o “socialismo real”, destruidor de homens, destruidor de esperanças e razões de lutar e destruidor da natureza, forneceu também a mais cruel caricatura dos resultados a que se chega por essa via. No entanto, sob formas que será necessário inventar, integrando todas as lições da historia deste século, é difícil ver como a humanidade poderia prescindir de medidas de expropriação do capital. (...) Duvidamos que os Estados do G7 restabeleçam, em breve, seu controle sobre os mercados financeiros e os submetam a uma regulação estrita, ou que proclamem o cancelamento da dívida do Terceiro e do Quarto Mundo, ou que as empresas da ampla maioria dos países da OCDE aceitem, por simples efeito de persuasão intelectual, adotar a semana de 35 ou de 30 horas, ou ainda que sejam levantados os fundos necessários para reverter radicalmente o movimento de “guetização” das cidades operárias construídas na década de 60. É então para a discussão “dos de baixo” e de todos aqueles que com eles se identificam, que este livro [e também esta disciplina “Ambiente Econômico Global”] espera ter contribuído.

18 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 18/20 Ambiente Econômico Global E la nave... Va?

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