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Metabolismo ácido-básico
José Olímpio Maia Bases da Técnica Cirúrgica e da Anestesia
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Conceitos Gerais Ácido e Base pH Solução Tampão (“Buffer”)
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Regulação do pH no Organismo
Fontes de ácidos no organismo Sistemas Tampões Regulação Respiratória O CO2 A hemoglobina Regulação Renal Reabsorção de bicarbonato Acidificação da urina Excreção de amônia
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Parâmetros no Metabolismo Ácido-básico
pH, PCO2, HCO3-, PO2 CO2 total, teor de CO2 ou conteúdo de CO2 Capacidade de CO2 e reserva alcalina ou poder de combinação do CO2 Bicarbonato real e bicarbonato “standard” ou padrão Base tampão ou base total ou “buffer base” Diferença de bases ou excesso de bases ou “base excess”
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Conceitos Gerais (Químicos)
Ácido – substância capaz de doar prótons a outra (básica) Base – substância capaz de receber prótons de outra (ácida) (Bronsted-Lowry)
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Conceitos Gerais (Químicos)
Ácido forte – com grande poder de dissociação em íons H+ e ânions A- HA H+ e A- [H+] [A-] K= [HA]
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Conceitos Gerais (Químicos)
Ácido volátil – que se decompõe em gás (≠ ácido fixo) H2CO CO2 + H2O
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Conceitos Gerais (Químicos)
pH – potencial de íons H+ Exprime o logaritmo do inverso da concentração de íons H+ pH = log decimal 1 [H+]
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Conceitos Gerais (Químicos)
Conc. de H+ da água neutra = 0, ou 1/107 ou 1x10-7
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Conceitos Gerais (Químicos)
pH da água = 7 pH = log decimal 1/[H+] pH [H+]
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Solução Tampão (“Buffer”)
Solução de um ácido fraco c/ seu sal de base forte ou de uma base fraca c/ seu sal de ácido forte. Tem efeito amortizador, atenuando as modificações de pH pela entrada de um ácido ou uma base na solução.
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Solução Tampão HCO3Na + HCl NaCl + H2CO3 H2CO3 ác. forte ác. fraco
H2CO3 + NaOH HCO3Na + H2O base forte base fraca
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Curvas de titulação de uma solução tampão p/ base forte
[NaOH] B pK A pH
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Equação de Henderson-Hasselbach
pH = pK + log base ácido pH = pK + log [HCO3-] [H2CO3]
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Regulação do pH no organismo
Fontes de ácidos: Metabolização completa dos HC e lipídeos CO2 e H2O Produção e eliminação diária de CO2 = 20 moles ( = 300 l CO2 = 2 l de HCl concentrado = mEq de ácido)
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Fontes de ácidos Aminoácidos sulfatados H2SO4 Nucleoproteínas
e Fosfolipídeos H2PO4Na Gorduras Ác. Orgânicos aceto- acético, butírico e ß-hidroxi-butírico (corpos cetônicos Total mEq/dia Fontes de bases: alimentos vegetais ricos em sais de diversos ácidos orgânicos
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Sistemas tampões do organismo
Bicarbonato HCO3- = 24mEq/l (s. arterial) Ác. Carbônico H2CO mEq/l (s. venoso) Hemoglobinato- Hb- Hemoglobina ác. HbH 8,9mEq/l (s. normal) Fosfato básico HPO4= 88% dos tampões sang. Fosfato ácido H2PO4- Proteinato (Na ou K) Pr- Proteina ácida PrH
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Regulação respiratória
CO2 + H2O H2CO H+ + HCO3- anidrase livre ( c/ PCO2) 3 formas do CO H2CO3 HCO3- A hemoglobina
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Regulação respiratória
pH = pK + log [HCO3-] - componente metabólico [H2CO3] - componente respiratório pH = 6,1+ log 20 = 6,1+1,3 = 7,4 1 pH = 6,1 + log 10 = 6,1+ 1 = 7,1 Após intervenção do ap. respiratório: pH = 6, = 6,1 + 1,3 = 7,4 0,5
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Regulação respiratória
Em caso de aumento do bicarbonato: pH = 6,1+ log 40 = 6,1+1,6 = 7,7 1 Após intervenção do ap. respiratório: pH=6,1 + log 40 = 6,1 + 1,3 = 7,4 2
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Regulação renal De início mais tardio, mais demorado, mas mais definitivo
Acidificação da urina pH da urina = 4,4 a 7,8 Depende basicamente da proporção relativa de H2PO4Na HPO4Na2 Com pH do sangue = 7,4: 80% do fosfato urinário é alcalino (HPO4Na2) e os 20% restante sob a forma ácida (H2PO4Na) Em caso de máxima eliminação de H+ pode estar até 800 vezes mais ácida que o plasma Limiar renal de bicarbonato = 26 –28 mEq/l
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Acidificação da urina filtrado tubular cél. tubular sangue H2O CO2
Anidrase carbônica H2O CO2 Na2HPO4 H2CO3 Na+ NaHPO4- HCO H+ NaHCO3 NaHCO3 Na+ NaH2PO4
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Regulação renal Excreção de amônia Atua mais lentamente que a acidificação, mas é a forma mais eficaz de excreção de H+ Normal = 30/50 mEq/dia Acidez titulável + amônia = total de bases poupadas Representa ainda uma forma do organismo se livrar dos ânions dos ácidos que nele ingressam Excesso de ácido no corpo urina ácida e rica em amoníaco urina alcalina, Excesso de bases rica em bicarbonato e fosfato dibásico
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Excreção de amônia filtrado tubular cél. tubular sangue H2O CO2 NaCl
Anidrase carbônica H2O CO2 NaCl H2CO3 Na Cl- HCO H+ NaHCO3 NaHCO3 Na+ Aminoácidos glutamina NH3 NH4Cl
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Parâmetros no metabolismo ácido-básico
pH – potencial de H+ (7,35 – 7,45) PCO2 – pressão parcial de CO2 (35-45 mmHg) HCO3- = CO2 combinado (24 mEq/l) PO2 – pressão parcial de O2 ( mmHg) CO2 total, teor de CO2 ou conteúdo de CO2 =HCO3- + H2CO3 + CO2 livre
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Parâmetros no metabolismo ácido-básico
Capacidade de CO2 – medida de todo o CO2 liberado de uma amostra de plasma após o equilíbrio com uma mistura gasosa de PCO2 = 40 mmHg Reserva alcalina ou poder de combinação do CO2 é esta medida realizada em sangue venoso e o equilíbrio feito com o ar alveolar do laboratorista
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Parâmetros no metabolismo ácido-básico
Bicarbonato real – é o encontrado no sangue do paciente Bicarbonato “standard” ou padrão – equilíbrio c/ mistura gasosa de PCO2 = 40 mmHg Base total ou base tampão ou “buffer base” – é a soma das bases do plasma Diferença de bases ou excesso de bases ou “base excess” – é a resultante da comparação entre a base tampão normal e a base tampão de um paciente em quem se acrescentou ácido ou base
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Metabolismo ácido-básico Parte II
José Olímpio Maia Bases da Técnica Cirúrgica e da Anestesia
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Classificação dos distúrbios ácido-básicos
Acidose Metabólica Alcalose Metabólica Acidose Respiratória Alcalose Respiratória Fisiopatologia Diagnóstico Tratamento
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Metabolismo ácido-básico
Acidose Metabólica – Causas (p/ acúmulo de ácidos) Acidose diabética Insuficiência renal Acidose lática Cetose de jejum Cirurgia prolongada Choque Exercício físico exagerado
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Metabolismo ácido-básico
Acidose Metabólica - Causas (por perda de bicarbonato) Diarréia Fístulas pancreáticas e duodenais
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Acidose Metabólica Quadro Clínico: Adinamia Náuseas e vômitos
Dores abdominais Cefaléia Hiperpnéia Quadro Laboratorial: pH abaixo de 7,35 Diminuição do bicarbonato real e “standard” Diminuição do teor de CO2 e capacida-de de CO2 “Base excess” < -3
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Acidose Metabólica (Com compensação respiratória)
Quadro Laboratorial: PCO2 baixa HCO3- real e padrão baixos Teor de CO2 e Capacidade de CO2 baixos “Base excess” < - 3 (mais negativa
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Acidose Metabólica Tratamento: Da causa básica
Bicarbonato = Peso x 0,3 x BE ou Déficit de HCO3- = Peso x 0,4 x ([HCO3-] desejado – [HCO3-] encontrado) Parâmetros: pH = ou < 7,2 [HCO3-] = ou < 7 mEq/l
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Alcalose Metabólica Causas: Ingestão de alcalinos
Vômitos na estenose pilórica Uso de diuréticos Uso de corticosteróides Todas as condições que levam à hipocalemia
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Alcalose Metabólica Quadro Clínico: Náuseas e vômitos Anorexia
Mal estar Confusão mental Tetania e coma Hipoventilação Quadro Laboratorial: pH alto HCO3- real e “standard” altos CO2 total alto BE > + 3 (mais positiva)
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Alcalose Metabólica Tratamento: Correção da hipocalemia
Em casos de vômitos ácidos: inibidores do H2 da histamina Em caso de função renal normal: acetazolamida (Diamox) Diante de IRA, acentuada excitabilidade neuro-muscular, cardiotoxicidade e pH > 7,5, deve ser administrada terapia ácida, diálise ou ambas.
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Alcalose Metabólica Terapêutica ácida:
O cloridrato de amônia, de arginina e de lisina, são acidificantes pela conversão metabóllica p/ HCl e uréia HCl necessário = Excesso de HCO3- = Peso x 0,4 x ([HCO3-] encontrado – [HCO3-] desejado)
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Acidose Respiratória Causas (agudas e crônicas):
A – por hipoventilação pulmonar: 1. Doenças neuromusculares: - Depressão central por drogas ou doenças do centro respiratório - Desordens neuromusculares (miastenia, etc)
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Acidose Respiratória A – por hipoventilação pulmonar:
2 – Doenças do aparelho respiratório - DPOC - Pneumo-, hemotórax - Anormalidades da cx torácica - Doença parenquimatosa ou obstrutiva de via aérea
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Acidose Respiratória B – Por aumento na produção de CO2:
- Estados hipermetabólicos (febre, calafrios, sepse, tireotoxicose)
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Acidose Respiratória Quadro clínico: Quadro Laboratorial:
No pos-op imediato: hiper-tensão, taquicardia e até fibrilação ven-tricular. Alteração no estado de consciência Quadro Laboratorial: - PCO2 alta, pH baixo, teor de CO2 aument°. - P/ compensar baixo pH há aumento do BR. - Hipoxemia associada a hipercapnia. - Na ac. Resp.crônica: Base total e BE
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Acidose Respiratória Tratamento:
Na ac. aguda: remoção da causa, entubação traqueal, ventilação controlada Na ac. crônica (p/ pneumopatias obstrutivas crônicas): medidas conservadoras (broncodilatadores, fisioterapia respiratória, antibióticos), O2 controlado. Evitar respiradores mecânicos. Em geral não se usa HCO3Na
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Alcalose Respiratória
Causas (hiperventilação inadequada): A. Ação no SNC: Encefalopatia metabólica (doença hepática crônica) Infecções no SNC e AVC Hipoxemia Sepse por gram-negativos Endotoxemia Intoxicação por salicilato Ansiedade (+comum) (hiperventilação histérica)
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Alcalose Respiratória
Causas: B – P/ ação no ap respiratório: Pneumonia, embolia pulmonar, doença pulmonar intersticial Insuficiência cardíaca congestiva (mesmo na ausência de hipoxemia)
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Alcalose Respiratória
Quadro Clínico: (Ex. alcalose aguda: mal de montanhas agudo) Paresrtesias digitais e espasmos carpo-podálico simulando tetania. Sensação de cabeça leve, náuseas e vômitos. Hiperventilação Quadro Laboratorial: pH alto, PCO2 baixa, teor de CO2 baixo e HCO3- baixo. É a única perturbação ác-básica, na qual o pH é restaurado a nível normal.
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Alcalose Respiratória
Tratamento: em geral é de duração curta e não necessita tratamento. A – Pte assintomático c/ pH < 7,55 – trat° da causa básica B – Pte sintomático: 1ª abordagem-dispositivo de re-respiração. Nas condi-ções + graves: acetazolamida, HCl ou NH4Cl. Como medida mais extrema: respiração controlada mecanicamente, c/ pH e PCO2 monitorizados. Perigos da alcalose: hipocalemia e desvio p/ a esq da curva de dissociação da hemoglobina
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Desordens mistas Com exceção de acidose e alcalose respiratórias, pode ocorrer qualquer combinação das desordens primárias Limites de compensação PCO e 55 mmHg HCO e 30 mEq/l (agudos) 12 e 45 mEq/l (crônicos)
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