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REFLEXÕES SOBRE DISCURSO E LEITURA DA OBRA DE ARTE VISUAL.

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Apresentação em tema: "REFLEXÕES SOBRE DISCURSO E LEITURA DA OBRA DE ARTE VISUAL."— Transcrição da apresentação:

1 REFLEXÕES SOBRE DISCURSO E LEITURA DA OBRA DE ARTE VISUAL

2 Um dado discurso ou manifestação poética, pressupõe sua apreensão sensível e conseqüente assimilação cognitiva, sem isso não se tem sentido ou significação

3 Uma obra de arte, como qualquer manifestação discursiva, seja ela visual, verbal, gestual, sonora, cênica ou de que tipo for,depende de:

4 uma apropriação de ordem perceptual e cognitiva, ou seja, de um processo mental capaz de recuperar a informação e articular o sentido

5 Neste caso, qualquer manifestação verbal, visual, gestual, etc. é passível de ser lida, ou seja, apreendida no seu todo e interpretada

6 Neste aspecto, a leitura nada mais é do que a apropriação sensível e cognitiva de dados em busca da significação

7 Produzir ou fazer sentido significa gerar informação, conhecimento, domínio, saberes ou consciência que seja capaz de alterar o status quo (estado anterior) do indivíduo ampliando seu universo de comreensão

8 Sempre que adquirimos novos conhecimentos, promovemos mudanças e transformações nos domínios anteriores em desenvolvemos novas habilidades e vislumbramos novas possibilidades

9 São as mudanças que nos tornam aptos a entender novos assuntos, desenvolver novas relações, executar novas tarefas ou encontrar novos caminhos

10 O saber, ou seja, o conhecimento, é cumulativo. Aprender é um processo aditivo que soma informações de toda ordem a todo momento

11 Diferentes campos e saberes são acionados continuamente, no nosso dia a dia, produzindo novas informações, novas compreensões e atitudes

12 Fazendo uma relação entre o saber com o contexto da visualidade, vamos verificar que nela, este processo de transformação contínua também ocorre

13 Quando falamos em Discurso Visual estamos nos referindo às informações que são construídas, obtidas ou processadas a partir de referências visuais desenvolvidas por meio de diferentes poéticas

14 É este o campo do domínio imagético

15 As imagens são modos de presença, ou seja, maneiras pelas quais certos dados visíveis, qualidades sensíveis são organizados para acionar nossos sentidos e promover a visualidade

16 Podemos dizer que uma imagem é uma manifestação discursiva que provoca uma reação cognitiva gerando informação

17 Neste caso, uma imagem não é diferente de qualquer outro produto de informação com o qual somos capazes de lidar e de acessar

18 O que faz diferença entre os diferentes sistemas de informação é o campo onde o conhecimento se encontra e o modo de acessar este conhecimento e não o conhecimento em si

19 Portanto, podemos dizer que uma imagem é um dos modos geradores de conhecimento, cuja especificidade requer ser acessada pelo seu aspecto visível

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25 Um bisão é um bisão, não importa o modo como ele foi dito, mostrado, constituído, construído, o sentido é o mesmo!

26 Um cavalo é um cavalo!

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31 Um cavalo mítico

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35 Um cavalo Romântico

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37 Um cavalo moderno

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44 Um cavalo lúdico

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47 Um cavalo útil

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49 Um cavalo mesmo, embora em foto, imagem, mas ainda cavalo

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51 Outras imagens em fotografias que podem descrever, narrar, propor uma análise ou versão de um fato, uma ocorrência, um evento, por mais corriqueiro que seja

52 Doisneau

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55 Vessalius

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58 Mas são todas imagens e todas significam

59 É bom não nos retermos apenas à definição tradicional das imagens que as coloca como imitações ou cópias que nos remetem a coisas preexistentes no mundo

60 É bom ampliarmos nossa compreensão de imagem tomando como referência o que estamos expondo aqui:

61 Imagem é uma manifestação sensível que acessamos por meio visual e interpretamos cognitivamente

62 Entendendo assim, estaremos mais preparados para produzir e processar imagens em diferentes situações ou circunstâncias.

63 Uma manifestação é um todo de sentido.

64 Manifestação é tudo aquilo que somos capazes de apreender e, em segunda instância, compreender

65 Não basta apenas vermos algo, precisamos também entender o que aquilo que vemos significa

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67 Só acessamos o significado se formos capazes de produzir associações cognitivas acionando dados de diferentes ordens e origens (perceptivas, cognitivas ou culturais)

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69 Por mais que saibamos que uma imagem é essencialmente visível, não é apenas o aparato visual que acionamos para compreende- las

70 Uma imagem é também resultante de outros tipos de informação como a memória (conjunto de conhecimentos) que acionamos, para recuperar e entender as coisas

71 A compreensão, o entendimento ou a leitura resultam de um encadeamento cognitivo complexo e dinâmico que depende de aprendizagem e experiência

72 Acionamos, simultaneamente, muitos níveis cognitivos: memória, raciocínio e abstração

73 É justamente esta capacidade de operar com muitas e diferentes informações ao mesmo tempo que nos tornaram aptos a enfrentar desafios e propor soluções

74 Portanto, uma imagem não vem sozinha, resulta de um conjunto de informações, não só visuais, como também de outras ordens sensíveis

75 Estas outras ordens sensíveis podem ser constituídas de diferentes substâncias e qualidades

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87 Não só os mitos, mas dados como luminosidade, cor, textura, espacialidade, dimensão, ação, e outros, podem ser lidos ou interpretados segundo nossa experiência

88 No contexto das obras de arte, vamos descobrir relações entre aquilo que vemos no mundo natural e aquilo que vemos nas imagens criadas pelos artistas

89 Em certos momentos a arte se aproxima e se apropria do mundo visível, em outros se distancia dele e o destitui

90 Este ir e vir da “realidade” (mundo natural), é comum no contexto da história da arte

91 Diferentes poéticas e proposições instauram modos de ver e pensar o mundo, como também modos de mostrar e esconder o mundo em que vivemos

92 Uma estratégia de analisar, ler ou entender imagens é procurar acessá-las por meio de suas qualidades sensíveis

93 Portanto: luminosidade, espacialidade e temporalidade são os elementos de significação mais diretos e óbvios para sua compreensão

94 Esta possibilidade de compreensão é da ordem do sensório, do perceptivo, portanto, podemos chamá- la de Perceptual

95 Neste caso a abordagem perceptual procurará dar conta dos valores e qualidades sensíveis, acessadas por meio do visual

96 Valores luminosos como intensidade (sombra e luz), freqüência (cor), textura (brilho, mate, aspereza, transparência, opacidade, reflexividade, etc.)

97 Valores espaciais como: dimensão (tamanho, profundidade), direção (orientação, percurso),

98 Valores temporais como ação (gestualidade, freqüência, repetição)

99 Vão ser lidos como informações visuais claras e significativas de uma de obra plástica, ou visual, sem que isso nos obrigue a encontrar outros elementos temáticos

100 Figurar ou não o mundo, parecer-se ou não com ele é uma opção do autor, definido ou determinado por sua época, cultura, civilização, mas não uma condição sine qua non da obra de arte

101 Uma segunda abordagem é buscar relações entre o que vemos e as possibilidades de interpretação daí advindas. Esta abordagem, por ser de ordem Interpretativa

102 Pode ser chamada de “Relacional”, esta é nossa segunda instância de leitura

103 Neste caso podemos relacionar as qualidades sensíveis às qualidades temáticas ou aos assuntos

104 Podemos tentar identificar como uma cor valoriza, intensifica, explicita um tema ou faz o contrário, ameniza, suaviza e se opõe a ele

105 Assim podemos procurar ler todas as demais relações de ordem sensíveis e temáticas.

106 Podemos saber quando os temas ou assuntos são importantes para a leitura, ou quando são apenas motivos ou pretextos para que se crie a obra de arte

107 Podemos saber quando elementos plásticos se constituem em elementos de significação simbólica numa dada obra de arte ou quando são apenas plásticos

108 Quando uma cor reforça uma aproximação com o mundo natural ou se refere à qualidades morais, míticas, simbólicas ou é apenas cor

109 Quando uma relação de tamanho é exclusivamente dimensional ou a manifestação de uma hierarquia mítico/religiosa (hierática) ou áulica (da realeza, principesca, nobre)

110 Podemos saber quando duas ordens de significação se associam para produzir sentido e de que modo estas associações se constituem em valores

111 A última instância de abordagem é a da ordem dos valores em si, que chamamos Axiológica

112 Nesta instância, devemos tentar descobrir de que maneira, além dos valores plásticos e temáticos, além da configuração estética, a obra pode se constituir em sentido

113 De que maneira a obra dialoga com o seu tempo, com as proposições contemporâneas, com as problemáticas instauradas no contexto da arte e da sociedade

114 De que modo a obra de arte atualiza o discurso, a poética e os argumentos que manipula para criar diálogos com o seu tempo, sua gente

115 Como a obra de arte constitui sua “vigência”, sua atualidade e sua existência material e/ou conceitual

116 Como ela interage com o mundo, sua época, as pessoas, as instituições, com a história, com sua essência

117 Como se realiza enquanto manifestação no contexto humano, como se humaniza


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