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Semiologia do sistema locomotor

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Apresentação em tema: "Semiologia do sistema locomotor"— Transcrição da apresentação:

1 Semiologia do sistema locomotor
Universidade Federal de Santa Maria Juliana de Moura Severo

2 Anamnese - lembretes Portadores de moléstias reumáticas geralmente são pacientes crônicos; Doenças reumáticas têm, geralmente, caráter multissistêmico; Na maioria dos processos reumáticos há fenômenos inflamatórios articulares ou viscerais acompanhados de dor; Definir se a dor é inflamatória ou não, quando e como iniciou, fator de alívio e agravo, função temporal, sintomas associados.

3 Dor - Localização Padrão de acometimento articular:
Quantas articulações estão envolvidas? Gota é monoarticular; Osteoartrite e espondiloartropatias são oligoarticulares; LES e artrite reumatóide são poliarticulares. Qual o ritmo da dor? A maioria das doenças reumáticas tem ritmo inflamatório (piora pela manhã e à noite); doenças degenerativas têm ritmo mecânico (piora com o uso, geralmente à tarde) Quais as articulações acometidas? Osteoartrite e artrite psoriática, prioritariamente, acometem as articulações interfalangianas.

4 Dor - Modo de início A maioria das doenças reumáticas tem início insidioso, mas algumas podem ter início agudo ou subagudo, como: gota, bursite e febre reumática. OBS: a intensidade da dor é muito variável, pode ir de leve à insuportável.

5 Dor - Ritmo Patologias inflamatórias pioram pela manhã e à noite. Ex: artrite reumatóide e espondilite anquilosante; Patologia degenerativas ou mecânicas pioram com o uso da articulação, normalmente à tarde. Ex: osteoartrose; Dor noturna, que acorda o paciente, pode ser neurogênica, vascular ou infecciosa, resultando de deposição de microcristais ou de dano articular severo; Rigidez pós-repouso prolongado ocorre nas artrites inflamatórias (avaliação da melhora clínica); Dor protocinética ocorre na osteoartrose, quando o paciente piora ao iniciar o movimento, melhora com o decorrer deste e piora novamente se o movimento for prolongado.

6 Dor - Irradiação Quando há compressão nervosa radicular pode haver queixas de choque ou formigamento irradiado para membros, testículos, vagina e os dedos das mãos, isso pode orientar quanto ao local de compressão.

7 Dor - Tipos Superficiais: estímulo em pele e mucosas. Bem localizadas;
Profundas: estímulo de músculos, ossos e vísceras. Difusas; Referidas: segmentares; Síndromes sensitivas: dores superficiais irradiadas no território cutâneo correspondente, ou alteração da sensibilidade cutânea (hiperalgesia, parestesia, anestesia); Síndromes motoras: fasciculações musculares, aumento ou redução dos reflexos profundos, debilidade muscular, paralisia e atrofia; Síndromes radiculares mistas; Psicogênica: imprecisas + relatada com minúcias + transtornos funcionais + persistentes.

8 Dor – Descrição do paciente
Como um raio: nevralgia cervicobraquial ou ciática; Dedos mortos: Doença de Raynaud; Sensação de vermelhidão dolorosa: eritromelalgia; Dor excruciante: Podagra Dor urente: em queimação com edema, na Distrofia simpático-reflexa Latejamento: artrite temporal; Dor óssea, profunda e noturna: Neoplasias ósseas Em queimação: Herpes Zóster; Mialgia + astenia: miopatias inflamatórias; Da madrugada: gota e espondilite anquilosante; Matinal: artrite reumatóide; Vespertina: osteoartrose; Sazonal: Hidrartrose intermitente; Com distúrbios urinários: Síndrome de Reiter e artrite gonocócica; Esparsas, vagas e difusas: Distúrbios mentais; Pontos dolorosos bem localizados em partes moles: Fibromialgia.

9 Eritromelalgia: Doença de Raynaud:
Eritromelalgia é uma afecção rara que se caracteriza por intenso rubor, dor em queimação e aumento da temperatura das extremidades. Formas primárias e secundárias têm sido descritas, em particular com trombocitemia essencial e policitemia vera. (LILACS) Caracterizada por vasodilatação bilateral, paroxística, particularmente das extremidades, com dor ardente, aumento da temperatura cutânea e ardência (PDAMED) Tríade de ERITEMA, DOR ardente, e TEMPERATURA CUTÂNEA aumentada nas extremidades (DeCS) Doença de Raynaud: diminuição do fluxo sangüíneo para alguns tecidos ou órgãos do corpo humano. Acomete preferencialmente as mãos e os pés, mas pode também afetar as orelhas, a língua e o nariz. As áreas afetadas apresentarão alterações de coloração, tornando-se pálidas ou azuladas quando da exposição à temperatura fria, ou avermelhadas quando aquecidas. Diferença entre Fenômeno e doença: doença de Raynaud (Raynaud primário) é diagnosticado quando os ocorrem sozinhos, não associado a outras doenças (garotas de 13 a 19 anos de idade e mulheres jovens adultas, é hereditária).O fenômeno de Raynaud (Raynaud secundário) ocorre subseqüentemente a um grande grupo de doenças, principalmente aquelas ligadas à desordens do tecido humano, como artrite, esclerodermia, etc. Pode progredir para necrose e gangrena dos dedos.A diferenciação faz-se observando por sinais de artrites ou vasculites e exigindo testes de laboratório

10 Distrofia simpático-reflexa:
é uma condição caracterizada por dor em queimação, edema ou inchaço, e alteração da coloração da mão. Também chamada mais recentemente como “dor de manutenção simpática” e inclui outros diagnósticos como causalgia, distrofia de Sudeck, e síndrome ombro-mão. A DSR ocorre devido a um distúrbio no sistema nervoso simpático, um sistema ou rede de nervos de estímulo autônomo e inconsciente que controla o fluxo sangüíneo e também a atividade das glândulas sudoríparas (suor) da mão e do braço. Quando este sistema repentinamente torna-se hiper- ativo, ocorre uma dor em queimação na mão associado a intenso inchaço e suor quente. Se não tratada, a DSR pode causar rigidez e dificuldade extrema do uso da mão. Causas: desconhecida, uma lesão traumática na mão, punho, antebraço, cotovelo ou em qualquer segmento do membro superior, compressão de um nervo da mão, infecção, câncer, problemas cervicais, derrame cerebral... Podem causar dor no membro superior e desencadear os sintomas da Distrofia Simpática Reflexa.

11 Revisão de Sistemas Queixas Articulares
Poliartralgia geralmente surge após esforço além da capacidade ou pós infecções virais, durando menos que 6 semanas. Mais que isso>OBSERVAÇÃO Em pessoas idosas há o risco de ser parte de síndrome paraneoplásica Rigidez pós imobilização prolongada pode ser confundida com dor e sugere doença inflamatória articular – sinovite.

12 Revisão de Sistemas Queixas gerais
Fadiga é o sintoma mais freqüente em doenças reumáticas em atividade, é muito comum no LES e na artrite reumatóide; Febre geralmente significa atividade da doença básica, mas deve se investigar alguma possível infecção; Picos febris altos precedidos de calafrios e seguidos de sudorese profusa podem acontecer em casos de artrite séptica e doença de Still.

13 Revisão de Sistemas Alterações cutâneas e mucosas
Fotossensibilidade+lesão eritematosa facial em vespertílio+púrpura+alopecia> LES Hiperpigmentação+telangiectasia+retração da fenda oral> Esclerose sistêmica Edema palpebral+lesões de cor de heliotrópio nas pálpebras> dermatopolimiosite Púrpuras+eritemas iatrogênicos> Medicamento Nódulos subcutâneos duros, indolores, móveis, fugazes> Febre reumática Nódulos da superfície palmar das mãos> tenossinovites e DuPuytren Tofos nos cotovelos> Gota Gengivite> Granulomatose de Wegener Eritema da cavidade oral+descamação das extremidades> Doença de Kawasaki Alterações ungueais hiperqueratósicas> Artrite Psoriática

14 Revisão de Sistemas Queixas Cardiorrespiratórias
Dores localizadas na base do tórax, de início súbito e ventilatório-dependente sugerem envolvimento pleural> LES Dispnéia e tosse> alteração metabólica, fraqueza muscular, alteração restritiva da caixa torácica, broncoespasmo, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, alveolite fibrosante, infecção e medicamentos (comprometimento pulmonar). Sinusites e úlceras na mucosa nasal> granulomatose de Wegener Rouquidão pela inflamação das cartilagens cricoaritenóides> artrite reumatóide Pacientes com reumatismo podem sofrer IAM sem dor anginosa precedente

15 Revisão de Sistemas Queixas Digestivas
Há associação entre doenças reumáticas inflamatórias e sintomas abdominais como diarréia, dor, melena, hematêmese e disfagia. Podem representar envolvimento visceral como no LES e na esclerose Sistêmica, ou traduz a iatrogenia do tratamento. Pode haver uma enteroartropatia. Importante o reconhecimento do padrão axial de envolvimento articular (coluna vertebral e sacroilíaca).

16 Revisão de Sistemas Queixas renais
O acometimento varia, podendo estar ausente como nas artrose. Mas podem haver vários comprometimentos: doença glomerular e túbulo-intersticial, hematúria, hemoglobinúria, proteinúria, cálculo renal, hipocalemia, hipertensão arterial, acidose metabólica...

17 Revisão de Sistemas Queixas musculares e neurológicas
Freqüentes: fadiga, fraqueza, letargia, perda da coordenação muscular e parestesias. A perda muscular de um grupo específico pode resultar de desenervação total, dano a raízes nervosas ou de atrofia muscular localizada. Astenia+parestesia é comum em radiculopatias e neuropatias compressivas Quando associada a dor e cãibras sugere doença inflamatória muscular ou distúrbio metabólico.

18 Revisão de Sistemas Queixas oculares
Camada externa ou corneoescleral pode ser acometida na arterite reumatóide - Esclerite Camada média ou uveal nas espondiloartropatias e artrite juvenil – Uveíte Camada interna ou retiniana no lúpus – Vasculite retiniana ou retinopatia lúpica

19 Antecedentes mórbidos pessoais e familiares
Faringites de repetição, cardite e coréia – Febre reumática Uretrite, conjuntivite, “olho vermelho e doloroso”, diarréia e psoríase – espondiloartropatias soronegativas Fotossensibilidade, alergia a drogas, abortos de repetição – Lúpus Passado venéreo – artrite sifilítica e gonocócica Meniscectomia prévia ao aparecimento da gonoartrose.

20 EXAME FÍSICO

21 Sempre comparar articulações homólogas!!!
De Pé Inspeção geral Estado nutricional Fáscies Pele Postura Simetria Trofismo Proporções dos membros Fâneros Marcha Mobilidade da coluna torácica e lombar Aumento de volume, rubor, desalinhamentos, deformidades, nódulos, tumores e fístulas Sempre comparar articulações homólogas!!!

22 Sentado no Leito Face Couro cabeludo
Exame de pele e fâneros (principalmente unhas) Mucosa ocular Dentes, cavidade oral e orofaringe Exame da ATM Exame dos Ombros Exame da coluna cervical Exame dos cotovelos Exame dos punhos, Exame das mãos (metacarpofalangianas, interfalangianas proximais e distais) Exame dos pulmões Exame neurológico de membros superiores

23 Decúbito dorsal PA, ausculta cardíaca e pulsos.
Exame das articulações sacroilíacas Exame dos quadris Exame dos joelhos Exame dos tornozelos (tibiotárcicas) Exame dos pés (antepés, metatarsofalangianas, interfalangianas proximais e distais) Testes neurológicos Testes de sensibilidade

24 Decúbito ventral Parte do exame das Articulações sacroilíacas
Parte do exame dos quadris Exame das fossas poplíteas, panturrilhas, tendões de Aquiles, calcanhares Palpação das apófises espinhosas e musculatura paravertebral, dorsal e torácica Inspeção da pele.

25 Exame Articular Inspeção, palpação, exploração da mobilidade articular e da amplitude articular; SINAIS ARTICULARES: Inflamação* Deformidades Ruídos Estalos – indolores, sem expressão clínica – Crepitações - osteoartrose Limitação de movimentos Bloqueios Aumento da mobilidade articular

26 Sinais de Inflamação Sinovite: sinais inflamatórios palpáveis em toda a área localizada, visivelmente relacionada à cápsula articular; Celulite: sinais inflamatórios difusos, ocasionalmente associados à linfangite e à linfadenopatia satélite. Tumefação: aumento do volume da articulação às custas das partes moles. Rubor Calor: sempre comparar com a articulação homóloga contralateral Derrame: aumento do volume do líquido sinovial no interior da articulação Os sinais flogísticos podem ser encontrados em uma única articulação ou em várias. MONOARTRITE: pode ser por causa intrínseca como ruptura de menisco, ou por causa extra articular como a artrite reumatóide. Deve ser considerada infecciosa até que se prove o contrário. POLIARTRITE: pode ter caráter aditivo, migratório e intermitente.

27 Exame das articulações periféricas
ATM; Ombros; Cotovelos; Punho e mãos; Coxofemorais; Joelhos; Tibiotársica; Pés.

28 ATM O envolvimento da ATM na artrite reumatóide apesar de raro pode ser considerado patognomônico. Inspeção: Dentes se cerram de maneira simétrica em relação a linha mediana? Há edema uni ou bilateral anterior ao meato acústico externo? Palpação: Normal: movimento simétrico e uniforme. Procurar crepitação, estalo e desvios. Mobilização: Abre e fecha a boca, protrusão e retrocesso da mandíbula, lateralização.

29 Ombros Articulações: escapuloumeral, acromioclavicular e esternoclavicular. Inspeção Atitude antálgica; desalinhamento; pele e volume Palpação Tumor, tumefação, crepitação, calor, dor a digitopressão. Subacromial, bicipital, acromioclavicular e axilar. Mobilização Movimentos ativos: mãos atrás da cabeça, abre e fecha, mãos para baixo atrás das costas Dor: lesões no manguito rotador, tendão da cabeça longa do bíceps ou da bolsa subacromial Limitação do movimento: capsulite adesiva, bursite Fazer movimentos contra resistência SINAL DE YERGASON: dor no sulco intertubercular por supinação do antebraço contra resistência com o cotovelo em 90º de flexão – indica Tendinite Biciptal.

30 Cotovelos Inspeção Palpação Mobilização
Ângulos, atitude antálgica, tumefação, nódulos e tofos Palpação Palpar proeminências ósseas Nervo ulnar Bolsa olecraniana Crepitações Mobilização Flexão, extensão, supinação e pronação do antebraço Testes musculares e reflexos.

31 Punhos e mãos Inspeção Em repouso e em atividade (abrir e fechar), trofismo, cor, unhas, nódulos, tofos Tipos de mãos: Reumatóide Artrósica Esclerodérmica Gotosa Contratura de DuPuytren Osteoartropatia hipertrófica

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33 Palpação Mobilização Tumefações, pontos dolorosos, crepitação
Sinal de Tinel: digitopressão e percussão na face ventral do punho desperta dor e dormência na mão. Sugere Síndrome do túnel do carpo Sinal de Finkelstein indica tenossinovite estenosante – Doença de De Quervain. Teste de Phalen: Síndrome do túnel do carpo. Dor na flexão máxima do punho por mais de um minuto Dupuytren Dedo em gatilho – nódulos tendíneos Mobilização

34 Coxofemorais Inspeção Palpação Mobilização
Atitudes viciosas ou desalinhamentos Palpação Pontos dolorosos ao nível do grande trocânter, na região glútea e na região isquiática Nervo ciático Mobilização Medidas dos membros inferiores em decúbito dorsal (mede das espinhas ilíacas ântero-superiores até os maléolos mediais dos tornozelos, ou do umbigo até aí) Sinal de Ortolani – Luxação congênita de quadril Teste de Trendelemburg – fraqueza ou paralisia do glúteo médio Teste de Fabere ou Patrick

35 Patrick ou Fabere Ortolani Trendelemburg

36 Joelhos Inspeção Palpação Mobilização Valguismo, varismo, recurvados
Simetria muscular Aumento de volume, tumefações Fossa poplítea Palpação Sinais inflamatórios, pontos dolorosos Fundo de saco quadriciptal Derrames (flutuação e sinal da Bochecha) Mobilização Flexão, extensão e rotação Forçar abdução e adução para ver os ligamentos colaterais Sinal da gaveta – ligamentos cruzados Testar o menisco com rotação da perna com o joelho fletido em 90º

37 Tibiotársicas Inspeção Palpação Mobilização
Alinhamento, calcanhares, tumefações Palpação Dor, flutuação, tumefação e calor local Explorar os sulcos pré e retromaleolares Mobilização Flexão plantar (50º) e dorsal ou extensão (20º) Fazer passiva e ativa

38 Pés Inspeção Alinhamentos dos pés (normais, valgos ou varos), pés cavos Exame da pele, fístulas, unhas, tumefações Hálux valgo – artrite metatarsofalangiana crônica ou congênita ou inflamação da bolsa serosa do 1º metatarsiano Dedo em martelo Dedo com desvio externo – artrite reumatóide Palpação Tumefação, dor, calor Pontos dolorosos importantes: Inframaleolar: entorses Face plantar do calcâneo: fasceíte plantar Inserção do calcâneo no tendão de Aquiles: bursites retrocalcâneas e entesopatia de inserção Borda interna da 1ªmetatarsofalangiana: hálux valgo com bursite ou gota

39 Exame dos tendões Aumento de volume Ruptura Ruídos de fricção tendínea
É sempre localizado e corresponde a nódulos tendíneos Deve se manter a articulação fixa e deslizar o tendão ao longo da sua bainha, se assim se desloca o nódulo, ele está no tendão. Dedo em gatilho. Geralmente prevalece a extensão Idiopáticos, traumáticos, secundários a doenças inflamatórias crônicas. Raramente por tumor (osteocondroma). Ruptura Evolução de doenças inflamatórias crônicas. Ruídos de fricção tendínea Reações inflamatórias ao nível dos tendões e bainhas

40 Inflamação Dor ao movimento, tumefação, derrame, redução da mobilidade e crepitação (geralmente notada nas bainhas dos extensores dos punhos) Tenossinovite estenosante – De Quervain: dor na face lateral da cabeça do rádio, impotência funcional e tumefação. Manobra de pesquisa:

41 EXAME DAS BOLSAS SEROSAS
Tumor Excepcionalmente são sarcomas invasores Os Benignos: ao longo das bainhas tendíneas, duros, deslizam fácil sobre a pele, geralmente no dorso dos punhos, mas podem estar na face palmar, dorso dos pés e superfície anterior dos tornozelos. Cisto sinovial Tumorações arredondadas, únicas, circunscritas, indolores, macias, flutuantes, nos mesmos locais dos tumores. São degenerações císticas do tecido conjuntivo, periarticular ou peritendíneo, que sofre uma liquefação gelatinosa central. Pode ser idiopático ou por poliartrite crônica EXAME DAS BOLSAS SEROSAS Sinais inflamatórios Subacromial e trocanteriana (profundas); pré-rotuliana, olecraniana, retrocalcânea, poplítea e anserina (superficiais).

42 Exame dos músculos Agenesia: ausência de determinada massa muscular
Hipertrofia: doenças endócrinas, distrofia muscular, miosites infecciosas e parasitárias e tumores musculares Atrofia Alteração do SNC ou SNP Doenças próprias do músculo Doenças das articulações: fazer medidas comparativas dos membros. O grau de atrofia é proporcional a severidade e à duração do processo articular. Perda de força muscular: Causas mais freqüentes são neurológicas, mas é necessário atentar para dermatopolimiosite e polimiosite. Contratura:Encurtamento do músculo ou grupo muscular com conseqüente limitação dos movimentos articulares. Pode ser causada pela dor aos movimentos articulares na inflamação Dor:Pesquisar mobilização ativa contra resistência imobilizando a articulação do paciente aí a dor será ou do músculo ou dos tendões. Ossificação

43 Exame dos ossos Dor Tumefação Deformidades Fraturas patológicas
Características muito variáveis, mas geralmente é difusa. Localizada nas neoplasias Tumefação Pode ser acompanhada de alterações cutâneas O aumento de volume nas neoplasias se dá por hiperplasia óssea das partes moles adjacentes Deformidades Raquitismo, nanismo, Paget, osteíte fibrosa disseminada, osteoporose, hiperparatireoidismo, joelhos valgo e varo Fraturas patológicas Causadas por movimentos banais Síndrome de contigüidade Podem comprimir estruturas nervosas que se manifestam através de síndromes neurológicas diversas.

44 Exame da coluna vertebral
Geral Coluna cervical Coluna dorsal Coluna lombar Sacroilíaca

45 Geral Hipercifose Hiperlordose Retificação Escolioses
Cifoses patológicas não são flexíveis Mal de Pott, espondilites infecciosas, senilidade, fraturas por osteoporose, Doença de Scheuermann (cifose juvenil) e malformações congênitas. Hiperlordose Pode ser por compensação de hipercifose Retificação Espondilite anquilosante, lombalgias, tumores, hérnias Escolioses A curvatura lateral pode se acompanhar de rotação do corpo vertebral Observar articulações acromioclaviculares, linha do pescoço, trapézio, altura das escápulas, nível da pélvis. Amplitude dos movimentos: flexão, extensão, inclinação lateral. Prova: flexionar o troco com os braços estendidos e os joelhos em extensão e observar ambos os lados do paciente, olhando de frente para trás, quando houver algum desvio lateral, um lado estará mais elevado que o outro. Escolioses morfológicas: Idiopáticas, congênitas, neuromuscular, neurofibromatose, Marfan, reumatismos, traumas, contraturas extra vertebrais, osteocondrodistrofias, infecções, transtornos metabólicos, espondilolistese, tumores.

46 Coluna Cervical Sinal da Flecha – espondilite anquilosante
Palpa-se occipital, processos mastóides e espinhosos, ligamento posterior da nuca, músculos paravertebrais profundos e trapézio Sinal da campainha – nevralgia de Arnold Mobilização: Queixo-Fúrcula Olhar para o teto (18 cm) Inclinação lateral (30º) Exame neurológico Em casos de hérnia discal (mais aguda), de discartrose, cervicalgias, cervicobraquialgias por compressão radicular, estenose do canal com compressão medular e compressões as artéria vertebral. Encontra-se rigidez cervical, dor ao movimento, pontos em gatilho escapulares, interescapulovertebrais e ombros. Teste de força muscular, sensibilidade e reflexos Manobra de tração Manobra de compressão ou Spürling Valsalva Manobra da compressão anterior Manobra de Roger e Bikilas: equivale ao Laségue Manobra de Adison

47 Coluna Dorsal Digitopressão dos processos espinhosos e musculatura paravertebral + exploração da mobilidade – escolioses e cifoses Rotação do tronco com as mãos na nuca Medida do perímetro torácico na inspiração e na expiração máximas, a diferença deve ser maior ou igual a 4cm

48 Coluna Lombar Inspeção Palpação Mobilização Exame neurológico
Movimentação ativa, pele e ectoscopia Palpação Digitopressão com o paciente em pé e em decúbito ventral Palpar facetas articulares posteriores Palpação do ciático Espondilolistese é o deslizamento para frente de um corpo vertebral sobre o outro; pode ter origem degenerativa e levar a uma estenose do canal lombar, mas o mais comum é lesão no istmo intervertebral do arco posterior e o canal não se estreita mas pode ocorrer espondiloptose, que é todo o deslizamento do corpo Mobilização Flexão, extensão e inclinação lateral Teste de Schober: ponto em L5 e outro 10 cm acima com o paciente em pé, pede-se que faça flexão do tronco com os joelhos estendidos até onde conseguir. Compara-se as medidas em pé e em flexão, uma diferença menor que 4cm indica limitação de flexão Exame neurológico Lesão de L5: dor que irradia na face posterior da nádega, coxa, face anterolateral da perna, dorso do pé e hálux. L4 e L3: curalgia com dor que irradia na face anterior da coxa em direção ao joelho. Em caso de lesão de L4 a dor pode irradiar na face ântero-interna da perna. Alterações sensitivas são notadas no território da dor Avaliação motora Reflexos osteotendinosos (L4 – patelar; S1 – aquileu); Valsalva (acentua dor por aumento da pressão no saco dural); Kernig; Laségue e Laségue cruzado

49 Sacroilíaca Patologias nessas articulações são muito incomuns
O achado de pontos dolorosos à digitopressão deve ser interpretado com cautela devido a inúmeras estruturas, não relacionadas às articulações, que podem desencadear a dor nessa região. Manobra de abertura e fechamento da pelve, dor pode ser devida à inflamação ou infecção.

50 Doenças Reumáticas mais Freqüentes

51 Artralgia e Artrite Artralgia é a dor na articulação
Artrite tem sinais flogísticos + limitação de movimento Na artrite deve se definir a estrutura anatômica dolorida. Comparar sempre com a articulação homóloga. O edema periarticular pode ser por infiltração da membrana sinovial, excesso de líquido no espaço articular ou de inflamação das estruturas de tecido mole (bursas, tendões e suas bainhas).

52 Febre Reumática Complicação tardia, não-supurativa de natureza auto-imune, de uma infecção que atinge indivíduos hipersensíveis aos estreptococos beta hemolíticos do grupo A. Manifestações clínicas costumam aparecer 15 dias após uma amigdalite Quadro clínico: Poliartrite migratória e simétrica Cardite em grande número de casos Síndrome coréica em alguns casos Manifestações cutâneas (eritema marginatum e nódulos subcutâneos- nódulos de Meynet) Cardite: Nódulos de Aschoff no miocárdio e no endocárdio ocorrem lesões vegetantes valvares compostas de trombos plaquetários com fibrina. As lesões valvares podem regredir ou evoluir para estenose e/ou insuficiência valvar com predomínio das valvas mitral e aórtica. Clinicamente: Taquicardia, sopro de insuficiência mitral, aumento do volume cardíaco, bloqueio AV, atrito pericárdico e, em casos mais graves, insuficiência cardíaca. Costuma não deixar seqüelas nas articulações: A febre reumática lambe as articulações e morde o coração. Critérios de Jones para auxílio diagnóstico.

53 Artrite Reumatóide Etiologia desconhecida, maior freqüência entre 20 e 40 anos, 70% em mulheres. Ocorrem fenômenos inflamatórios podendo acometer, além das articulações, os pulmões, o coração e os nervos. Clinicamente: Poliartrite evolutiva, crônica, não migratória e com deformação articular por anquilose e fusão da articulação. Comprometimento simétrico e bilateral Rigidez pós-repouso, atrofia muscular, nódulos subcutâneos, febre, anorexia, astenia e emagrecimento

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55 Espondilite anquilosante
Doença crônica de etiologia desconhecida, afeta principalmente entre 15 e 40 anos e predomina no sexo masculino Há um comprometimento das articulações sacroilíacas que evoluem para anquilose, artrite das articulações sinoviais da coluna vertebral e ossificação dos ligamentos vertebrais. Clínica: Rigidez e dor na coluna com início nas articulações sacroilíacas com evolução para coluna vertebral Posição do esquiador Pode ocorrer lesão extra-articular: insuficiência aórtica, irite, iridociclite e fibrose pulmonar. A dor diminui conforme a coluna se torna rígida. Lembrar do SINAL DA FLECHA!!

56 Osteoartrite Doença articular degenerativa que ocorre em ambos os sexos após 50 anos. É primitiva da cartilagem articular, não tendo fenômenos inflamatórios sistêmicos nem comprometimento do estado geral. Fatores de risco: Idade, obesidade, clima, dieta, traço genético e alterações da mecânica articular Clínica: Dor que piora com os movimentos, rigidez articular que se agrava com repouso, limitação dos movimentos, crepitação, nódulos de Heberden e nódulos de Bouchard

57 Espondiloartrose Comprometimento da coluna vertebral, mais freqüente após 40 anos. Acomete principalmente cervical e sacrolombar. Clínica: Dor, limitação do movimento, crepitação, cervicalgia, braquialgia, dorsalgia, cefaléia, lombalgia e dor nas pernas. Pode haver parestesias e sintomas de compressão de raiz nervosa.

58 Gota Transtorno metabólico caracterizado por hiperuricemia e crises recidivantes de artrite aguda. Com a cronificação ocorrem acúmulos de monourato de sódio nas articulações, nos ossos e nos tecidos subcutâneos, formando os tofos. Pode ser primária (paciente hiperprodutor ou hiperexcretor de ácido úrico) ou secundária (hiperprodução em decorrência de uma enfermidade – leucemia, policitemia, mieloma múltiplo – ou por uso de medicamento ou por insuficiência renal) Mais freqüente em homens após 50 anos. Clínica: Episódios agudos de artrite durante a madrugada Local: podagra, gonagra e quiragra Após a primeira crise de monoartrite aguda, passam a surgir crises poliarticulares

59 Reumatismos extra-articulares
Ocorre comprometimento dos elementos que constituem a unidade anatomofuncional do aparelho locomotor Tendões, bainhas tendinosas, músculos, fáscias e os nervos Há processo inflamatório que pode evoluir para fibrose e calcificação. Principais causas: Traumatismos repetidos, distúrbios metabólicos, doenças infecciosas e auto-imunes. Fibromialgia: síndrome caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada associada a rigidez matinal, distúrbio do sono e fadiga. Síndrome miofascial: dor local ou regional associada à pontos-gatilho e contratura muscular.

60 Colagenoses Artrite reumatóide, LES, esclerose sistêmica progressiva, angeítes necrosantes, polimiosite, dermatomiosite e doença mista do tecido conjuntivo. Há comprometimento de todos os derivados do mesênquima (vasos, serosas, articulações, coração, pulmões, rins, músculos, tubo digestivo) e do tecido cutâneo. Varia apenas a intensidade.

61 LES Doença difusa do tecido conjuntivo de natureza inflamatória. Acomete principalmente mulheres entre 18 e 40 anos. Clínica – Polimosfismo sintomatológico Inicia-se com febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento e astenia, ao que se associam artralgias, manifestações cutâneas, lesões purpúricas, alopécia, úlceras da perna e vasculites. Comprometimento renal é bem freqüente Hepatoesplenomegalia, corpúsculos citóides com alteração visual, convulsões, polineuropatias, derrame pleural e anemia hemolítica.

62 Juliana de Moura Severo
Medicina – UFSM


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