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Paulo Henrique Martins

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Apresentação em tema: "Paulo Henrique Martins"— Transcrição da apresentação:

1 Paulo Henrique Martins
O Paradigma Energético e as Ciências Sociais: Novas Perspectivas Dialógicas Paulo Henrique Martins Prof. Titular de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

2 Medicina, Vida e Morte O contexto atual deste século XXI vem revelando importantes embates epistêmicos vinculados com a organização dos discursos sobre a Vida e a Morte, que se ancoram, por sua vez, sobre as metafísicas do Bem e do Mal; O contexto atual revela as resistências da Biomedicina Cartesiana (ou da Clínica Médica moderna) contra a emergências de Outras Medicinas: um conjunto diversificado de saberes, práticas e tecnologias produzidas em vários contextos históricos e geográficos e centralizados na pessoa e que estão ameaçando o monopólio pretendido pelo discurso médico hegemônico moderno e eurocêntrico.

3 Medicina, Vida e Morte

4 Medicina, Vida e Morte

5 Medicina, Vida e Morte

6 Epistemologias do bem e do mal
O primeiro discurso científico do indivíduo moderno passou pela separação da doença com relação à metafísica do mal, que tinha uma elaboração simbólica forjada pela religião cristã, na Europa, abrindo espaço para a Biomedicina Moderna. Esta se organizou sobre um mundo técnico e positivo que conjurou o tempo infinito da morte e a simbólica do morrer para valorizar a biotecnologia como fundamento de uma existência de consumo alongada por medicamentos; Os demais discursos científicos mantiveram as relações pessoa a pessoa como método central para a organização da saúde e do cuidado, valorizando igualmente a importância do sujeito de si na organização de uma epistemologia do bem que articula o simbólico com a realidade;

7 Epistemologias do Bem e do Mal

8 Epistemologias do Bem e do Mal

9 Epistemologias do Bem e do Mal

10 Dualismo cartesiano e realidade
A filosofia predominante na modernidade não foi nem a hermenêutica nem a fenomenologia, mas o cartesianismo que se funda num pensamento da simplificação e da separação; No dualismo metodológico cartesiano o sujeito aparece como um evento abstraído da realidade empírica, como uma idealização reduzida da prática. Este reducionismo também foi reproduzido pelo pensamento positivista que por estar prisioneiro à crença das pretensas leis objetivas das instituições humanas era incapaz de perceber o nexo anterior que vincula os sujeitos e os objetos e que é a base de rotinas e ordens coletivas;

11 Dualismo cartesiano e realidade
Para o pensamento cartesiano a percepção pelo olhar sugeria a impressão ilusória de que o mundo existiria fora do observador e, por conseguinte, este mundo poderia ser controlado e regulado por regras de classificação e de separação. Enfim, sem ferir a hegemonia do Deus cristão preocupado com a ordem do mundo, a Ciência cartesiana nascente se via como um instrumento deste Deus ajudando-o a por ordem no mundo do homem, a começar pelo corpo físico-orgânico deste mesmo homem (Descartes, 1999). Mas a separação dos elementos constitutivos da percepção sensorial é apenas um recurso explicativo que não tem fundamento no modo de funcionar da percepção humana. Separar o olhar, do tocar, do cheirar, do escutar constitui um método explicativo de base algébrica mas que não esgota a complexidade sistêmica do modo de aparecer do sujeito humano na vida.

12 Dualismo cartesiano e realidade

13 Dualismo Cartesiano e Realidade

14 Representação cartesiana do corpo

15 Medicina fundada na classificação objetiva de sintomas

16 Fenomenologia e percepção humana
A fenomenologia e a hermenêutica ajudam a revalorizar o indivíduo não como um evento físico passivo, mas como sujeito ativo de uma experiência projetiva e identificatória que se realiza no mundo da vida antes mesmo que esta experiência seja projetada para os sistemas organizacionais complexos. No campo da saúde, a revalorização da experiência se mostra como o recurso epistêmico mais importante para recentrar a dimensão simbólica do viver e do morrer e para o enfrentamento de um mundo marcado pela desvalorização da experiência direta.

17 Fenomenologia e percepção humana
"Tudo o que sei do mundo, mesmo pela ciência, eu o sei a partir de um olhar próprio ou de uma experiência de mundo sem a qual os símbolos da ciência nada significariam. Todo o universo da ciência é construído sobre o mundo vivido e se nós quisermos pensar a própria ciência com rigor, e apreciar exatamente seu sentido e alcance, precisamos primeiramente despertar esta experiência do mundo com relação à qual a ciência constitui uma expressão secundária“ (Merleau-Ponty, 1945: II, III).

18 Fenomenologia e percepção humana

19 Fenomenologia e percepção humana

20 O Paradigma Energético
Energia é uma palavra-chave na cura terapêutica por se referir a um fenômeno integrativo do ponto de vista social e cultural. Ela é o vórtice que reunifica a unidade sistêmica perdida pelo excesso de formalização e de especialização disciplinar da Medicina Cartesiana e, também, com o efeito depredador do capital médico sobre os usos do corpo. A construção imaginária deste conceito estruturante das Outras Medicinas como sistemas de cuidados plurais é um empreendimento difícil já que no seio deste bloco a expressão conhece diferentes polissemias.

21 O Paradigma Energético: abordagem Taoista
Na abordagem taoísta, a energia é definida como uma polaridade em movimento (as energias yin e yang) que funcionaria em três planos: o do céu, o da terra e o do homem. Esta concepção está na base tanto da tradição chinesa (da acupuntura, da alimentação natural e de práticas de harmonização corporal como o t’ai chi chuan) como da tradição sincrética japonesa do zen budismo; Nestas perspectivas taoísta e zen-budista, a ideia de energia tem a ver tanto com certa força elétrica que atravessa o corpo humano através de meridianos, como igualmente com a ideia de uma força cósmica inteligente que liga o homem e a vida e, por essa via, com as forças organizadoras do universo;

22 Corpo Energético

23 O Paradigma Energético: abordagem Bioenergética
Nesta abordagem sistematizada classicamente por autores como Reich e Lowen se usa a respiração articulada com movimentos para a liberação de tensões físicas, emocionais e psíquicas; Explica Lowen que o organismo vivo não pode ser reduzido a uma máquina e que todas as atividades humanas requerem energias: da batida do coração, aos movimentos peristálticos do intestino, do caminhar, falar e fazer sexo;

24 Energia Humana Ativada

25 O Paradigma Energético: abordagem da física moderna
Esta abordagem se funda nas conclusões teóricas que os estudos sobre os átomos e materiais invisíveis vêm produzindo a respeito da emergência de uma medicina quântica. Provavelmente, a física das partículas atômicas foi a grande responsável pela popularização do termo e pelo seu reconhecimento, já que a expressão ganhou foro reconhecidamente científico. O primeiro cientista a destacar esta ideia da vida como energia foi Albert Einstein, nos inícios do século XX, sendo seguido nas décadas seguintes por físicos importantes como Heisenberg, Planck, Bohr, Pauli entre outros;

26 Física Humana

27 O Paradigma Energético: abordagem Humanizante
Na visão racionalista antropocêntrica, o mundo era estático e o progresso histórico seria resultado da maestria racional do homem sobre o mundo; Na visão energética cosmocêntrica, tudo é vida e tudo está em movimento, sendo a ordem das coisas obtida por um principio vital que os liga, a energia; As instituições de destaque são, por conseguinte, os movimentos visando a mudança social e cultural (feminista, ecológico, pacifista etc.) e o movimento simbólico interior (a meditação, a subjetividade etc.);

28 Energia Humana

29 O Paradigma Energético e o Dom Humano
Nas Outras Medicinas, energia constitui um significante que circula tanto no registro das práticas objetivas envolvendo curador e paciente, como naquele das práticas subjetivas, envolvendo o doente como sujeito privilegiado de sua cura ou de sua doença; A metáfora energética facilita se compreender que curador e enfermo são complementos de um mesmo Homem Total em busca de harmonização com o cosmo de que faz parte; A energia também atua como operador simbólico na restauração da relação entre técnica e magia;

30 O Paradigma Energético e o Dom Humano

31 O Paradigma Energético e o Dom Humano
Energia como dom aparece, sobretudo, como uma metáfora que permite traduzir a circulação dos bens da cura nos sentidos simbólicos e práticos, respondendo ao mesmo tempo a demandas de curas espirituais e a diversos distúrbios energéticos (desequilíbrios internos nos planos físico, emocional ou psíquico); Na saúde, o dom da vida aparece como a prática de reciprocidades mútuas que compromete curador e indivíduo num mesmo processo interativo. Esta dinâmica relacional em que a circulação do bem da vida se revela nos dois sentidos - do cuidador para o demandante e vice-versa -, constitui uma questão sutil, porém da maior importância para se entender o sentido simbólico liberador da “cura”.

32 O Paradigma Energético e o Dom Humano

33 O Paradigma Energético e o Dom Humano

34 Grato!


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