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LITERATURA NO BRASIL CONTEXTO HISTÓRICO

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Apresentação em tema: "LITERATURA NO BRASIL CONTEXTO HISTÓRICO"— Transcrição da apresentação:

1 LITERATURA NO BRASIL CONTEXTO HISTÓRICO
IDADE MÉDIA: ALTA IDADE MÉDIA: Sec V / Sec XI-XII BAIXA IDADE MÉDIA: Sec XI-XII / XV - QUEDA DE ROMA (476) (Fim do Império Romano /Ocidente) - EXPANSÃO DO CRISTIANISMO - Entre o MOSTEIRO (Papa) e a CORTE (Rei)  “Os príncipes têm o poder na Terra, os sarcerdotes, sobre a Alma. E assim como a alma é muito mais valiosa que o corpo, assim mais valioso é o clero do que a monarquia […] Nenhum rei pode reinar com acerto a menos que sirva devotamente ao vigário de Cristo.” - RELIGIÃO E CULTURA: Textos sagrados, tradução dos filósofos que não contradiziam a Igreja, Latim como língua literária …

2 A ERA MEDIEVAL  ERA CLÁSSICA
1a. ÉPOCA (Séc XII a XIV) 2a. ÉPOCA (Séc XV e Início do XVI) SÉCULO XVI TROVADORISMO HUMANISMO CLASSICISMO P O E S I A LÍRICA - Cantigas de Amor - Cantigas de Amigo SATÍRICA - Cantigas de escárnio - Cantigas de maldizer POESIA PALACIANA - Cancioneiro Geral de Garcia de Resende LÍRICA: Luís de Camões ÉPICA: Os Lusíadas, de Luís de Camões R S Novelas de Cavalaria Hagiografias Cronicões Nobiliários Crônicas de Fernão Lopes Novelas sentimentais Novelas de cavalaria Crônicas históricas Crônicas de viagens T E Mistérios Milagres Moralidades Autos Sortties O Teatro leigo de Gil Vicente A CASTRO, de Antônio Ferreira – 1a. peça de influência clássica do Teatro português

3 TROVADORISMO IDADE MÉDIA: Nova Organização Social
FEUDALISMO: Rei, Senhores feudais, Nobreza, Cavaleiros, Camponeses livres e Servos  Suserano, Vassalos, Exército do Senhor Feudal. TROVADORISMO: Poesia e Cortesia Projeto Literário: Literatura Oral (entreterimento) Cavaleiros (novo papel), Vassalagem (amorosa), Teocentrismo e Amor Cortês*.  Agentes do Discurso: TROVADORES: Autores JOGRAIS: Recitadores, Cantores e Músicos ambulantes.

4 LITERATURA PORTUGUESA
PORTUGAL 1140 – Estado Independente 1o. Rei: D. Afonso Henriques Língua: Galego-português A Literatura Portuguesa nasce com o próprio país. Os trovadores galego-portugueses são, inicialmente,influenciados pela literatura provençal. Primeiro texto: Cantiga da Ribeirinha, 1189.

5 Cantiga da Ribeirinha No mundo non sei parella,
Mentre me for’ como me vay, Mia senhor branca e vermelha, Queredes que vos retraia Quando vus eu vi em saia! !Mao dia me levantei, Que vus enton non vi fea! E, mia senhor, des aquel di’!ay! Me foi a mi muyn mal, E vós, filha de don Paay Moniz, e ben vus semelha D‘aver eu por vós guarvaya, Pois eu, mia senhor, d’alfaia Nunca de vos ouve nem ei Valia d’~ua correa. Paay Soares de Taveiroos Não há no mundo ninguém que se compare a mim em infelicidade, enquanto a minha vida continuar assim, porque morro por vós e, ai, minha senhora branca e de faces rosadas, quereis que vos retrate quando vos vi sem manto. Mau dia foi esse em que me levantei, porque vos vi tão bela , melhor seria se vos tivesse visto feia. E, minha senhora, desde aquele dia, ai, tudo para mim foi muito mal, mas vós, filha de D. Paio Moniz, parece-vos muito bem que eu tenha de vós uma garvaia (manto de luxo) quando nunca recebi de vós o simples valor de uma correia. (Tradução livre)

6 O TROVADORISMO* PRIMEIRAS MANISFESTAÇÕES LITERÁRIAS - PROSA - TEATRO
- POESIA – memorizada e difundida oralmente  CANTIGAS ( Trovas, rimas, canções populares nos gêneros lírico e satírico) CANCIONEIROS (coletâneas de poemas): - Cancioneiros da Ajuda (Sec XIII) - Cancioneiro da Vaticana (Sec XV) - Cancioneiro da Biblioteca Nacional (Sec XIV)

7 CANTIGAS CARACTERÍSTICAS: Eu lírico, Assunto, Estrutura, LINGUAGEM (funções, figuras)  4 Tipos: GÊNERO LÍRICO: Cantigas de Amigo* - tema central: Saudade Cantigas de Amor* - Coita de amor GÊNERO SATÍRICO: Cantigas de Escárnio* - Crítica (duplo sentido) Cantigas de Maldizer* - Crítica direta (baixo calão)

8 2a. Época Medieval – HUMANISMO
RENASCIMENTO (Séc XVI) Transição medieval para o Mundo Moderno Consolidação da Prosa Historigráfica e do Teatro Poesia afasta-se da música e ganha formalidade POESIA PALACIANA Melhor elaboração em relação às Cantigas Sensualidade e Intimidade # Visão idealializada e platônica da mulher amada Figuras de Linguagem (metonímia)

9 PROSA HISTORIOGRÁFICA
Crônicas  Acontecimentos históricos de Portugal FERNÃO LOPES – principal cronista Importância do Povo no processo histórico TEATRO Ligado à Igreja / Datas religiosas Passagens da Bíblia / Histórias de santos GIL VICENTE – início do Teatro leigo português, livre da influência da Igreja – “pai do Teatro Português” – Teatro, crítica e humor.

10 GIL VICENTE Séc XVI – laicização da cultura portuguesa
Diversidade de classes e grupos sociais GIL: Missão moralizante e reformadora Não atingia as Instituições, mas os inescrupulosos. Objetivo: - Demonstrar como o ser humano, independentemente de classe social, sexo ou religião; é egoísta, falso, mentiroso, orgulhoso e frágil diante dos apelos da carne e do dinheiro. Produção rica e variada.

11 CLASSICISMO # QUINHENTISMO (Portugal) (Brasil)
RENASCIMENTO Movimento artístico, cultural e científico / Séc XVI, Inspirado na cultura greco-latina; DANTE ALIGHIERE: Divina comédia, Medida nova; PETRARCA: Cancioneiro com 350 poemas (sonetos) – amor platônico espiritualizado por Laura; BOCCACCIO: Decameron – crítica realidade / época;  TRANSFORMAÇÕES DE TODA ORDEM: Fé medieval => Razão; Cristianismo => Cultura greco-latina; Antropocentrismo; Domínio e transformação do mundo

12 CONTEXTO HISTÓRICO RENASCIMENTO: Idade Média  Era Moderna:
Grandes Navegações e Descobrimentos; Formação dos Estados Modernos; Reforma da Igreja Católica Romana (1517); Revolução Comercial (início Séc XV); Fortalecimento da Burguesia comercial; Teoria Heliocêntrica de Copérnico; Inflências estenderam-se ao Sec XVII;  Era Clássica: Classicismo, Barroco, Arcadismo.

13 PROJETO LITERÁRIO DO CLASSICISMO
RETOMAR MODELOS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA (GRECO-LATINA); - Nega a antiguidade medieval (teocentrismo) ADOTAR A RAZÃO PARÂMETRO DE OBSERVAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE; - Império da razão AFIRMAÇÃO DA SUPERIORIDADE HUMANA (ANTROPOCENTRISMO); - A beleza da perfeição humana VALORIZAÇÃO DO ESFORÇO INDIVIDUAL. - Participação social # Busca da felicidade

14 IMPÉRIO PORTUGUÊS - Culminância
PORTUGAL Um dos países mais importantes do Mundo, Séc XV e XVI, lidera a expansão marítima e comercial; Amadurecido como Povo, Nação, Estado, Língua, e Cultura; falta-lhe uma Epopeia. LUÍS DE CAMÕES ( ) Estudioso da cultura clássica, cortesão, militar, literato, filósofo – integra sua vivência a conhecimentos de História, Geografia e Política – produz, além da sua primorosa obra lírica, a maior epopeia do Renascimento: OS LUSÍADAS.

15 LÍRICA AMOROSA DE CAMÕES
POESIA PALACIANA: Poemas na medida velha (redondilhas) e na medida nova (decassílabos), Sonetos, Odes, Éclogas, Oitavas, Elegias; TEMAS: neoplatonismo amoroso, reflexão filosófica (sobre os desconcertos do mundo) e a natureza (confidente amoroso do amante que sofre); LÍRICA AMOROSA: o Amor como abstração pura e perfeita X realização física do Amor; (p. 86) LÍRICA FILOSÓFICA: queixas dos rumos de seu tempo e insatisfação com a transição para o mundo burguês. (p. 87)

16 POESIA ÉPICA LUÍS VAZ DE CAMÕES: OS LUSÍADAS
EXALTAÇÃO AOS FEITOS HEROICOS; IMORTALIZAÇÃO DAS GLÓRIAS DE SEU POVO, A EXEMPLO DA ILÍADA E DA ODISSEIA DE HOMERO. LUÍS VAZ DE CAMÕES: OS LUSÍADAS REINVENÇÃO ÉPICA DA HISTÓRIA DE PORTUGAL; EPOPEIA DE IMITAÇÃO, CUMPRIU O PAPEL DE RELEMBRAR A GRANDIOSIDADE DE PORTUGAL, JÁ EM DECADÊNCIA (1572); CRÍTICA À COBIÇA, À TIRANIA, À CORRUPÇÃO E À SEDE DE PODER DESMEDIDO.

17 OS LUSÍADAS ESTRUTURA: 10 CANTOS, NUM TOTAL DE ESTROFES (OITAVAS REAIS = RIMA: ABABABCC), PERFAZENDO VERSOS DECASSÍLABOS. TEMA: CANTAR A GLÓRIA DO “POVO NAVEGADOR PORTUGUÊS” E A MEMÓRIA DOS REIS QUE “FORAM DILATANDO A FÉ, O IMPÉRIO”. DIVISÃO DOS CANTOS: - Proposição: apresentação do poema - Invocação: Tágides (musas, ninfas do Rio Tejo) - Dedicatória: D. Sebastião - Narração: episódios da viagem de Vasco da Gama - Epílogo: encerramento – desilusão com a decadência do Império.

18 AS GRANDES NAVEGAÇÕES e DESCOBRIMENTOS (Infante Dom HENRIQUE)

19 “O PORTUGUÊS QUE NOS PARIU”
Eis aqui quase cume da cabeça De Europa toda o sonho lusitano Onde a terra se acaba e o mar começa. Luiz de Camões Um povo que venceu o Adamastor, Águas do mar encheu de sangue forte, Águas do As Sabe sofrer como vencer a dor, Sabe lutar como vencer a morte. Fernando Pessoa

20 BANDEIRA NACIONAL PORTUGUESA

21 SENHOR, FALTA CUMPRIR-SE PORTUGAL!
5o. IMPÉRIO – Daniel SONHO DE NABUCODONOSOR Dimensão material e geopolítica: BABILÔNIA MEDO-PERSA GRÉCIA ROMA INGLATERRA (E U A: Nova Inglaterra) 5o. IMPÉRIO – F. Pessoa DIFUSÃO DA LÍNGUA E CULTURA PORTUGUESAS Dimensão Espiritual Poder da Poesia e do Sonho: GRÉCIA ROMA CRISTANDADE EUROPA (pós-renascença) PORTUGAL …  Ressurgimento de PORTUGAL: * “MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA”.

22 COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP)

23 C P L P – Membros Efetivos

24 C P L P – Membros Observadores e Candidatos
GUINÉ EQUATORIAL MAURÍCIA SENEGAL ANDORRA MARROCOS FILIPINAS GALIZA MACAU MALACA GOA CROÁCIA ROMÊNIA UCRÂNIA INDONÉSIA VENEZUELA

25 CPLP – Minha Pátria é a Língua Portuguesa

26 BANDEIRA DA C P L P

27 O QUINHENTISMO NO BRASIL

28 A PRODUÇÃO LITERÁRIA NO BRASIL-COLÔNIA
ERA COLONIAL QUINHENTISMO BARROCO ARCADISMO 1500 1601 1768 Carta de Pero Vaz de Caminha PROSOPOPEIA - Bento de Teixeira Obras de Cláudio Manuel da Costa Pero Vaz de Caminha Pero M. Gandavo Gabriel Soares de Sousa José de Anchieta Gregório de Matos Pe. Antonio Vieira Cláudio Manuel da Costa Tomaz Antonio Gonzaga Silva Alvarenga Santa Rita Durão Basílio da Gama

29 LITERATURA NO BRASIL COLONIAL
AINDA NÃO HAVIA OS PRÉ-REQUISITOS: PRODUÇÃO CULTURAL INDEPENDENTE (?) FLORESCIMENTO DA LITERATURA (condições): - PÚBLICO LEITOR ATIVO E INFLUENTE; - GRUPOS DE ESCRITORES ATUANTES; - VIDA CULTURAL RICA E ABUNDANTE; - SENTIMENTO DE NACIONALIDADE; - LIBERDADE DE EXPRESSÃO; - MEIOS DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA E IMPRESSÃO.  MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS

30 “ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
BRASIL-COLÔNIA: 1500 a 1808 REINO UNIDO BRASIL, PORTUGAL e ALGARVES: I808 a 1821 Século XVI: Garantia do domínio sobre a terra descoberta; Organização em Capitanias Hereditárias; Escravos negros da África; Padres jesuítas para a catequização os índios.

31 “ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
 A PRODUÇÃO LITERÁRIA CONTRIBUIU PARA: - AMADURECIMENTO DO ESPÍRITO NACIONALIDADE; VALORIZAÇÃO DO HOMEM, DO ESPAÇO E DA LÍNGUA; FUNDAÇÃO DE CIDADES; ESTABELECIMENTOS DE CENTROS COMERCIAIS; AFLORAMENTO DE MANIFESTAÇÕES IMPORTANTES: JOSÉ DE ANCHIETA GREGÓRIO DE MATOS “ÁRCADES” IDEALISTAS E REVOLUCIONÁRIOS

32 “ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
Século XVII: Salvador-BA  centro de decisões político-comerciais (virtual capital); Aventureiros, náufragos e degredados; Brancos, Índios, Negros  Mestiços; Ciclo do pau-brasil Ciclo da cana-de-açucar

33 “ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
Século XVIII: Ciclo do Ouro  Minas Gerais: Exploração do ouro e Revoltas políticas contra a colonização; Inconfidência Mineira (1789). PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS LITERATURA DE INFORMAÇÃO LITERATURA DE CATEQUESE BARROCO ARCADISMO

34 A LITERATURA DE INFORMAÇÃO
CARTAS DE VIAGEM, DIÁRIOS DE NAVEGAÇÃO e TRATADOS DESCRITIVOS (PROSA); NARRAR E DESCREVER OS PRIMEIROS CONTATOS COM A TERRA E SEUS NATIVOS; DIRIGIDAS ÀS AUTORIDADES PORTUGUESAS; PEQUENO VALOR LITERÁRIO; GRANDE VALOR HISTÓRICO; REGISTRO DO CHOQUE/INTERAÇÃO CULTURAL; TEMAS: Índios, belezas naturais, origens históricas, diferentes linguagens.

35 A LITERATURA DE INFORMAÇÃO
PRINCIPAIS PRODUÇÕES NO BRASIL-COLÔNIA: Carta, de Pero Vaz de Caminha; Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa; Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz (Brasil), de Pero de Magalhães Gândavo; Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares; Diário das grandesas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão; Cartas dos missionários jesuítas.

36 PERO GANDAVO. Tratado da Terra do Brasil
Não se pode numerar nem compreender a multidão de barbaro gentio que semeou a natureza por toda esta terra do Brasil; porque ninguém pode pelo sertão dentro caminhar seguro, nem passar por terra onde não haja povoações de indios armados contra todas as nações humanas, e assi como são muitos permitiu Deos que fossem contrarios huns aos outros, e que houvesse entrelles grandes odios e discordias, porque se assi não fosse os portuguezes não poderião viver na terra nem seria possivel conquistar tamanho poder de gente. Havia muitos destes indios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim estava cheio deles quando começarão os portuguezes a povoar a terra; mas porque os mesmos indios se alevantarão contra eles contra elles e fazião muitas treições, os governadores e capitães da terra destruião-nos pouco a pouco e matarão muitos deles, outros figirão pera o Sertão, e assi ficou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Unto dellas ficarão alguns indios destes que são de paz , e amigo dos portuguezes. A língua deste gentio... carece de tres letras: F,LeR... porque assi não tem Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem sem Justiça e desordenadamente.

37 FERNÃO CARDIM. Tratado da terra e gente do Brasil
“Todos andam nus assim homens como mulheres, e não têm gênero nenhum de vestido e por nenhum caso verecundant*, antes parecem que estão no estado de inocência nesta parte, pela grande honestidade e modéstia que entre si guardam, e quando algum homem fala com mulher vira-lhes as costas. Porém, para saírem galantes, usam de várias invenções, tingindo seus corpos com certo sumo de árvore com que ficam pretos, dando muitos riscos pelo corpo, braços, etc, a modo de imperiais.” (* - latim: “envergonham-se”)

38 A LITERATURA DE CATEQUESE
INTENÇÃO CATEQUÉTICA DOS JESUÍTAS; CARTAS, TRATADOS, CRÔNICAS E POEMAS; MANUEL DA NÓBREGA, FERNÃO CARDIM, … JOSÉ DE ANCHIETA (qualidades literárias): * Ilhas Canárias, Reritiba (ES), 1597 - Poesia religiosa, Poesia épica, Crônica, Gramática da língua mais usada na costa do Brasil Teatro: Autos, Peças teatrais polilíngues, Festas/ Dogmas católicos  Indígenas, Soldados, Colonos, Marujos, Comerciantes

39 O Brasil que sem justiça, que de vivo o torna morto.
PADRE JOSÉ DE ANCHIETA ANTES DE TUDO, UM MISSIONÁRIO; TRABALHO DE CUNHO CATEQUÉTICO E PEDAGÓGICO; CARACTERÍSTICAS DA SUA OBRA: - Concepção teocêntrica do mundo; - Utilização de versos redondilhos; - Temática religiosa e moral; - Teatro alegórico. Brasil e governo O Brasil que sem justiça, andava mui cego e torto, vós o metereis no porto se lançar de si a cobiça que de vivo o torna morto. Pe. José de Anchieta. Poemas.

40 Paganismo # Sensualismo Religiosidade (teocentrismo medieval)
O BARROCO COMO ESTILO ACEPÇÕES Relativo ao Estilo Barroco Ornamentado, Sobrecarregado, Exuberante, … Irregular, Extravagante, Estrambótico, … Conflito entre o Espiritual e o Material Modo de ser, fazer, comportar-se contraditoriamente A ARTE DA INDISCIPLINA Predominou no século XVII: momento de crise espiritual na civilização ocidental; Duas formas de ver o mundo: Paganismo # Sensualismo X Religiosidade (teocentrismo medieval)

41 Valores Renascentistas
A LINGUAGEM DO BARROCO CONTEXTO HISTÓRICO Sec XVI: Renascimento  Ser Humano: Senhor da terra, dos mares, da ciência e da arte. (?) Sec XVII: Dualismo e Contradição  BARROCO: Ressugimento de questões Religiosas, Políticas, Sociais, Espirituais, … X Valores Renascentistas BARROCO: vínculos com a cultura clássica, mas buscando caminhos próprios, condizentes com as necessidades do momento.

42 CONTEÚDO e FORMA CLASSICISMO BARROCO
ANTROPOCENTRISMO # CULTURA CLÁSSICA CONFLITO: ANTROPO X TEOCENTRISMO EQUILÍBRIO OPOSIÇÃO: ESPIRITUAL X MATERIAL RACIONALISMO CONFLITO: FÉ X RAZÃO PAGANISMO CRISTIANISMO INFLUÊNCIA GRECO-LATINA MORBIDEZ IDEALIZAÇÃO AMOROSA: NEOPLATONISMO IDEALIZAÇÃO AMOROSA: CULPA UNIVERSALISMO EFEMERIDADE DO TEMPO BUSCA DE CLAREZA RACIOCÍNIOS COMPLEXOS: PARÁBOLAS … ` CARPE DIEM GOSTO PELO SONETO EMPREGO DA MEDIDA NOVA (POESIA) BUSCA PELO EQUILÍBRIO FORMAL INVERSÕES, CONSTRUÇÕES COMPLEXAS E RARAS: FIGURAS DE LINGUAGEM: ANTÍTESES, PARADOXOS, METÁFORAS, METONÍMIAS, …

43 Desenganos da vida humana metaforicamente
É vaidade, Fábio, nesta vida, rosa, que da manhã lisonjeada, púrpuras mil, com ambição dourada, airosa rompe, arrasta presumida. É planta, que de abril favorecida, por mares de soberba desatada, florida galeota empavesada, sulca ufana, navega destemida. É nau enfim, que em breve ligeireza, com presunção de Fênix generosa, galhardias apresta, alentos preza: Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa de que importa, se aguarda sem defesa penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa? Gregório de Matos

44 TEXTO II Que és terra, Homem, e em terra hás de tornar-te, te lembra hoje Deus por sua Igreja, de pó te faz espelho, em que se veja a vil matéria, de que quis formar-te. Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te, e como o teu baixel sempre fraqueja nos mares da vaidade, onde peleja, te põe à vista a terra, onde salvar-te. Alerta, alerta pois, que o vento berra, e se assopra a vaidade, e incha o pano, na proa a terra tens, amaina e ferra. Todo o lenho mortal, baixel humano se busca a salvação, tome hoje terra, que a terra de hoje é porto soberano. Gregório de Matos

45 Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da dama quem queria bem
Ardor em firme coração nascido; Pranto por belos olhos derramado; Incêndio em mares de água disfarçado; Rio de neve em fogo derretido. Tu, que em um peito abrasa escondido; Tu, que em um rosto corres desatado; Quando fogo em cristais aprisionado; Quando cristal, chamas derretido. Se és fogo, como passas brandamente, Se és neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou amor em ti prudente! Pois para temperar a tirania, Como quis que aqui fosse a neve ardente, Permitiu parecesse a chama fria. Gregório de Matos

46 O MUNDO EM CRISE TENSÃO NO MUNDO DA FÉ (CONTEXTO)
- Dualismo (Humanide dividida) X Contraste (Conflito radicalizado) a. REFORMA PROTESTANTE - Cisão na hierquia da Igreja - Martim Lutero  95 postulados contrários (indulgências)  Lucro ($$$...) não é mais pecado  Adesão da burguesia b. A CONTRA-REFORMA - Tribunal da Santa Inquisição (reativação) - Teocentrismo medival (retorno ) - Deus (Céu) X Diabo (Inferno) - Salvação X Condenação BARROCO: - “pérola de forma irregular” - expressão do dualismo conflituoso - a harmonia da dissonância

47 PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
“A POESIA TEM O DESEJO DE PRODUZIR ESPANTO” OBJETIVO: Desencadear uma reação específica num determinado público AGENTES DO DISCURSO - O Barroco e o público 2. O FUSIONISMO 3. O CULTO DO CONTRASTE 4. O PESSIMISMO

48 PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
5. O FEÍSMO 6. O REBUSCAMENTO 7. DINAMISMO E TEATRALIDADE 8. REFLEXÃO SOBRE A FRAGILIDADE HUMANA

49 PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
9. LINGUAGEM: Agudeza e Engenho - A RETÓRICA DA SEDUÇÃO AMOROSA - A FÁBRICA DE METÁFORAS - OUTROS RECURSOS DA LINGUAGEM

50 PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
A ESTRUTURA DOS POEMAS AS CORRENTES DO BARROCO - CULTISMO - CONCEPTISMO

51 BARROCO: Competências e Habilidades
O que você deverá saber ao final do 3o. Bimestre: Por que a Reforma e a Contrarreforma influenciaram o surgimento da arte barroca? O que foi (é) o Barroco? - Projeto literário do barroco - Conceitos: agudeza, rebuscamento e contraste - Cultismo e Conceptismo - Metáforas x Estética Marcas da produção barroca no Brasil - Sermões do Padre Antonio Vieira - Poesia de Gregório de Matos

52 O BARROCO NO BRASIL LITERATURA NACIONAL – Pré-condições atendidas:
Presença de escritores ativos (colonos  letrados) Meios de publicação e circulação (academias lit.) Público leitor ( incipiente  crescimento lento) 1601: Bento TeixeiraPROSOPOPEIA – poema épico Marco inicial do Barroco brasileiro Pe. ANTÔNIO VIEIRA ( ) * Homem de ação * Visionário * Orador GREGÓRIO DE MATOS E GUERRA (1633 – 1696) * Irreverência e Esquecimento * Lírica * Sátira

53 NEOCLACISSISMO ou ARCADISMO
O MUNDO EM EXPANSÃO (Sec XVII e XVIII) Apesar do rigor imposto pela CONTRARREFORMA: o comércio se expandiu; o desenvolvimento tecnológico avançou; a nobreza arruinou-se; a burguesia se firmou; os monarcas absolutos  déspotas esclarecidos; novas propostas filosóficas e artísticas surgiram; a razão arrefeceu o medo de Deus e pediu licença para dar sua versão aos fatos; o século das luzes caracterizou-se.

54 A luz da razão volta a brilhar forte sobre a Europa do século XVIII:
ARCADISMO * A luz da razão volta a brilhar forte sobre a Europa do século XVIII: o cientista olha para o céu e se pergunta sobre configuração das estrelas; o filósofo questiona o direito da nobreza a uma vida privilegiada; o desequilíbrio do Barroco foi sendo temperado por uma busca de ordem e clareza patrocinada pela razão; a razão e a ciência iluminam a trajetória humana, explicando fenômenos e propondo novas formas de organizar a sociedade; o Iluminismo foi o movimento mais importante do período.

55 OBJETOS DO CONHECIMENTO (Objetivos)
Linha do tempo A história social do Arcadismo a. O Iluminismo b. Natureza: medida de equilíbrio e harmonia c. Projeto Literário do Arcadismo 3. Arcadismo Brasileiro a. Ecos da liberdade: entre o local e o universal b. Inconfidência Mineira: ilustração e revolta c. A poesia de Cláudio Manuel da Costa d. O gênero epistolar de Thomás A. Gonzaga e. A epopeia do Frei Santa Rita Durão

56 POESIA ÁRCADE Recreios campestres na companhia de Marília
Olha Marília, as flautas dos pastores Que bom que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre as flores? Vê como ali beijando-se os Amores Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores! Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha pára, Ora nos ares sussurrando gira: Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira, Mais tristeza que a morte me causara. BOCAGE, Manuel M. Barbosa du

57 LINHA DO TEMPO 1670 Término da construção do Palácio de Versalhes 1687
Newton publica a Lei da Gravidade Universal 1698 Thomas Savery inventa a máquina a vapor 1750 A música sinfônica começa a se difundir pela Europa; É firmado o Tratado de Madri; Em Portugal, o Marquês de Pombal torna-se Secretário de Estado. 1751 Diderot publica o primeiro volume da Enciclopédia 1756 Fundação da Arcádia Lusitana 1759 Os Jesuítas são expulsos do Brasil; Voltaire publica Cândido. 1762 Rousseau lança o Contrato Social 1764 Mozart escreve a sua primeira sinfonia, aos 8 anos de idade 1774 Luiz XVI chega ao poder na França 1776 Declaração de Independência dos EUA é assinada 1779 Revolução Francesa; No Brasil, acontece a INCONFIDÊNCIA MINEIRA.

58 A HISTÓRIA SOCIAL DO ARCADISMO
a. O ILUMINISMO – denominação dada ao conjunto de tendências ideológicas, filosóficas e científicas desenvolvidas no século XVIII, como consequência da recuperação de um espírito experimental, racional, que buscava o saber enciclopédico (todos os conhecimentos). Grandes filósofos como Descartes, Voltaire, Diderot, Rousseau e Montesquieu adotam a razão (luz interior) e a ciência como parâmetros para analisar as crenças tradicionais, as opiniões políticas e a organização social. Essa postura, que valoriza o conhecimento científico e racional, foi definida como ILUMINISTA.

59 PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
Fazer da Literatura um instrumento de mudança social. É importante considerar: A artificialidade própria da poesia árcade; Repetição insistente de um cenário acolhedor e natural Implantar uma sociedade mais justa e igualitária; Simplicidade dos pastores; Proposta de vida sem pompa e sofisticação; Cada poema é uma propaganda da proposta; Objetivo: Combater a futilidade = Cortar o excesso. Resultado final: Modificar a mentalidade das elites.

60 PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
AGENTES DO DISCURSO - Poetas: ARCÁDIAS (=/= academias barrocas) - Opõem-se aos princípios barrocos (surpresa, espanto) - Acolhem membros da nobreza e da burguesia - Influência do contexto político (Brasil) - Intenção de divulgar ideias; ampla circulação - Formação de um público leitor BUCOLISMO - BUCÓLICO: relativo a pastores e seus rebanhos, à vida e aos costumes do campo. - Representação idealizada da natureza como espaço acolhedor, primaveril, alegre, inspirador, tranquilo.

61 PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
RESGATE DOS TEMAS CLÁSSICOS - Fugere urbem: fuga da cidade, da urbanização, afirmação das qualidades da vida no campo; - Aurea mediocritas: mediocridade dourada, valorização das coisas cotidianas, simples, razão e bom senso; - Locus amoenus: lugar ameno, tranquilo, agradável, onde os amantes se encontram para desfrutar de prazeres; - Inutilia truncat: cortar o inútil, eliminar exageros de linguagem, separar o bom do defeituoso; - Carpe diem: cantar o dia (curtir, fruir), aproveitar o momento presente, pois a passagem do tempo traz a velhice, a fragilidade e a morte.

62 PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
PASTORALISMO - Poetas e Musas identificados como Pastores e Pastoras; - Pseudônimos = nomes de pastores, nobre simplicidade; - Valorização do saber e da cultura = encontrar meios de neutralizar diferenças sociais evidentes. LINGUAGEM: simplicidade acima de tudo - Missão de combater a artificialidade verbal (barroca); Escrever de modo direto, simples e claro, mínimo de inversões sintáticas – destaque para as ideias; - Reafirmar a necessidade de tomar a natureza como medida de tudo que é bom, belo e verdadeiro.

63 HISTÓRIA SOCIAL DO ARCADISMO
1. FRASES PARA LEITURA E REFLEXÃO ( J. ROUSSEAU): - O homem não foi feito para meditar, mas para agir. - O homem nasceu livre e por toda parte vive acorrentado. - As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm. CONSTATAÇÕES (HISTÓRICAS): - O homem parece estar sempre insatisfeito com o rumo dos acontecimentos do seu tempo e, por isso, rompe com o presente, propondo algo novo. - Ao analisarmos o “novo”, verifica-se: É o velho que, misturado a certas tendências, volta à tona como novidade.

64 A LINGUAGEM DO ARCADISMO
Sec XVII: Reforma X Contrarreforma  BARROCO Sec XVIII: Combate à Contrarreforma  NEOCLASSICISMO ou ARCADISMO: - resposta artística que a burguesia pode dar à necessidade de expressão humana daquele momento, contrapondo-se ao Barroco; - procura resgatar o racionalismo e o equilíbrio do Classicismo do Sec XVI, ou seja, inspirando-se no Renascimento. VÍDEO ESTUDO DE TEXTOS

65 O ARCADISMO NO BRASIL O INTELECTUAL BRASILEIRO DO Sec XVIII
- Influências da Literatura europeia / Iluminismo - Sentimento nativista e sonhos de Liberdade ORIGEM e FUNDAMENTOS - Vila Rica  Ouro Preto – MG - Crescimento urbano X extração do ouro - Marquês de Pombal: iluminismo / inovações - COIMBRA: cursos / vida político-cultural - Independência dos EUA (1776)

66 ARCADISMO: Origens e Fundamentos
COLÔNIA: LOCAL X UNIVERSAL - Princípios estabelecidos pelas Academias - Inspiração nos autores clássicos - Eliminar vestígios locais e pessoais  Aspectos diferentes dos prescritos - mito do “homem natural” (indianismo) - expressões espontâneas e não convencionais - influências barrocas - prenúncios do Romantismo (Idt. Nacional)

67 CLÁUDIO MANOEL DA COSTA, CLÁUDIO MANOEL DA COSTA
ARCADISMO BRASILEIRO POESIA AUTORES (DESTAQUES) LÍRICA CLÁUDIO MANOEL DA COSTA, TOMÁS A. GONZAGA SILVA ALVARENGA ÉPICA BASÍLIO DA GAMA SANTA RITA DURÃO CLÁUDIO MANOEL DA COSTA SATÍRICA TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA ECONOMIÁSTICA ALVARENGA PEIXOTO

68 OS ÁRCADES E A INCONFIDÊNCIA MINEIRA
INFLUÊNCIAS - Ideias iluministas / enciclopedistas - Revolução Francesa - Movimento de independência dos EUA CAUSAS - exploração do povo pelo erário régio (tributos) - confisco da maior parte do ouro extraído - sonhos e anseios de Liberdade política GRUPO DE INCONFIDENTES (participaçação direta) - Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, Cláudio Manoel da Costa e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes:dentita prático, militar, masson)

69 CLÁUDIO M. DA COSTA: a consciência árcade
Iniciou estudos com os Jesuítas Curso de Direito na Universidade de Coimbra Influências: Arcádia lusitana, Pombal e Verney Vila Rica: advogado e administrador OBRAS POÉTICAS: afinidade c/ a lírica de Camões, influências barrocas (inversões e figuração), cultivou a poesia Épica (saga dos bandeirantes) e Lírica (neoplatonismo : desilusão amorosa) Introdutor do Arcadismo no Brasil GLAUCESTE (eu lírico) X NISE (musa inspiradora)

70 TOMÁS A. GONZAGA: a renovação árcade
O mais popular (inovador) dos poetas árcades; Nascido no Porto-PT, criado na Bahia; Formado em Coimbra (Direito) / ideias iluministas; Escreveu: Tratado de Direito Natural , em homenagem ao Marquês de Pombal; Vila Rica: função de ouvidor / romance com Maria Doroteia de Seixas (cantada em versos como Marília); Acusado de ser Inconfidente, foi preso, encarcerado e expatriado para Moçambique, onde casou, enriqueceu e fez política local; Transição para o Romantismo: subjetividade, espontaneidade e emotividade. Poesia lírica (Marília de Dirceu) e satírica (reunidas em Cartas chilenas)

71 BASÍLIO DA GAMA: nativismo indianista
mineiro de Tiradentes (1741 – 1795) estudou com os jesuítas intenção de seguir carreira eclesiástica completou so estudos em Portugal e Itália ingressou na Arcádia Romana: Termindo Sipílio amizade e proteção do Marquês de Pombal Obra de referência: O URAGUAI - (portugueses + espanhóis) X (índios + jesuítas) - modelo clássico ( 5 cantos) - vitória dos europeus (tratado de Madri) - valorização dos índios (7 povos das Missões)

72 SANTA RITA DURÃO: apego ao modelo clássico
nasceu em Mariana-MG ( ) colégio dos jesuítas  vida e estudos em Portugal vida religiosa: professor de Teologia Obra de referência: CARAMURU - valoriza ação catequética sobre os índios - modelo camoniano (10 cantos, oitava rima, … ) - qualidades da terra # costumes indígenas - tema universal: Morte por Amor  LINDÓIA - triângulo amoroso: Paraguaçu # Diogo # Moema

73 ENQUANTO ISSO, EM PORTUGAL …
O MARQUÊS DE POMBAL REEDUCA O PAÍS - O primeiro-ministro de D. José I – chefe e líder - Reposicionar Portugal no concerto das Nações - Reconstrução de Lisboa (Iluminismo + ouro MG) - Laicização ensino # Retorno dos “estrangeirados” - VERNEY: Verdadeiro método de estudar (1746) - Arcádia Lusitana  Arcádias : Nova Arcádia - Retória: perspectiva da razão (-) - Poesia: ramo da Retórica - Poeta de maior destaque: M. M. B. du Bocage: além dos limites do modelo árcade: transição …

74 Convite à Marília - poesia árcade
Já se afastou de nós o Inverno agreste Envolto nos seus úmidos vapores; A fértil Primavera, a mãe das flores O prado ameno de boninas veste: Varrendo os ares o sutil nordeste Os torna azuis; as aves de mil cores Adejam entre Zéfiros, e Amores, E torna o fresco Tejo a cor celeste: Vem, ó Marília, vem lograr comigo Destes alegres campos a beleza Destas copadas árvores o abrigo: Deixa louvar da corte a vã grandeza: Quanto me agrada mais estar contigo Notando as perfeições da Natureza!

75 Esperança amorosa – transição …
Grato silêncio, trêmulo arvoredo Sombra propícia aos crimes, e aos amores, Hoje serei feliz! – Longe temores, Longe, fantasmas, ilusões de medo. Sabei, amigos Zéfiros, que cedo, Entre os braços de Nise, entre as flores, Furtivas glórias, tácitos favores, Hei de enfim possuir: porém, segredo! Nas asas frouxos ais, brandos queixumes Não leveis, não façais isto patente, Quem nem quero que o saiba o pai dos numes. Cale-se o caso a Jove omnipotente; Porque, se ele o souber, terá ciúmes, Vibrará contra mim seu raio ardente.

76 CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
Quando cheios de gosto, e de alegria Estes campos diviso florescentes, Então me vêm as lágrimas ardentes Com mais ânsia, mais dor, mais agonia. Aquele mesmo objeto, que desvia Do humano peito as mágoas inclementes, Esse mesmo em imagens diferentes Toda a minha tristeza desafia. Se das flores a bela contextura Esmalta o campo da melhor fragrância, Para dar uma ideia de ventura; Como, ó Céus, para os ver terei constância, Se cada flor me lembra a formosura Da bela causadora de minha ânsia?

77 TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA Na sua face mimosa, Marília, estão misturadas Purpúreas folhas de rosa, Brancas folhas de jasmim. Dos rubins mais preciosos Os seus beiços são formados; Os seus dentes delicados São pedaços de marfim. Estou no inferno, estou, Marília bela; E numa coisa só é mais humana A minha dura estrela; Uns não podem mover do inferno os passos; Eu pretendo voar e voar cedo À glória dos teus braços.

78 LIRA 77 – Tomás Antônio Gonzaga
Eu , Marília, não fui nenhum vaqueiro Fui honrado pastor da minha aldeia; Vestia finas e tinha sempre A minha choça do preciso cheia. Tiraram-me o casal e o manso gado, Nem tenho a que me encoste um só cajado. Para ter que te dar, é que eu queria De mor rebanho ainda ser dono; Prezava o teu semblante, os teus cabelos Ainda muito mais que um grande trono. Agora que te oferte já não vejo, Além de um puro amor, de um só desejo. Se o rio levantado me causava, Levando a sementeira, prejuízo, Eu alegre ficava, apenas via Na tua breve boca um ar de riso. Tudo agora perdi; nem tenho o gosto De ver-te ao menos compassivo o rosto. Ah! Minha bela, se a fortuna volta, Se o bem, que já perdi, alcanço e provo Por essas brancas mãos, por essas faces Te juro renascer um homem novo, Romper a nuvem que a Jove e a ti na terra! Se não tivermos lãs e peles finas, Podem mui bem cobrir as carnes nossas as peles dos cordeiros mal curtidas, E os panos feitos com as lãs mais grossas. Mas ao menos será o teu vestido Por mãos de amor, por minhas mãos cosido. Nas noites de serão nos sentaremos Cos filhos, se os tivermos, à fogueira; entre as falsas histórias, que contares, Lhes contarás a minha, verdadeira. Pasmados te ouvirão; eu, entretanto, Ainda o rosto banharei de pranto. Quando passarmos juntos pela rua, Nos mostrarão co o dedo os mais pastores, Dizendo uns para os outros:- Olha os nossos Exemplos de desgraça e são amores. Contentes viveremos desta sorte, Até que chegue a um dos dois a morte.

79 ROMANTISMO Idealização e Arrebatamento
LINHA DO TEMPO (Sec XVIII  XIX) UMA ERA REVOLUCIONÁRIA: Herança do Iluminismo Ideologia liberal: governos  benefício do povo Locke, Voltaire, Rousseau: mentalidade libertária  Fim do absolutismo monárquico e do sistema colonial Colônias americanas tornam-se independentes: EUA Haiti Paraguai Argentina Chile Grande Colômbia: V-C-E Peru e México Brasil PUAC Uruguai

80 ROMANTISMO Por uma estética da emoção
FALÊNCIA DO RACIONALISMO + AUSÊNCIA DE PARÂMETROS: BUSCA NOS SENTIMENTOS + CULTO DO “EU”  Caráter ególatra; Subjetividade; Natureza como cúmplice dos sentimentos do artista; Gosto pelo sobrenatural; Panteísmo (tudo é manifestação de Deus); Nacionalismo; Liberdade de criação. IDEALIZAÇÃO DO HERÓI, DO AMOR E DA MULHER  Herói romântico: marginal, desregrado, entregue ao ópio e ao álcool Amor romântico: regenerador de caracteres (desprezo pela carne e valorização da espiritualidade; sexo é perdição) Mulher romântica: não existe, paira; não respira, pulsa; não anda, flutua; é dotada de virtudes maravilhosas; semideusa; inatingível FUGA DA REALIDADE OPRESSORA  Fuga na morte; fuga no sonho e na imaginação; fuga na loucura; fuga no espaço; fuga no tempo;

81 PROJETO LITERÁRIO DO ROMANTISMO
VALORIZAÇÃO DO INDIVÍDUO DIVULGAÇÃO DOS VALORES BURGUESES: *Trabalho *Sacrifício *Esforço EXALTAÇÃO DO AMOR À PÁTRIA E AOS SÍMBOLOS NACIONAIS A LINGUAGEM DO ROMANTISMO ARCADISMO (Arte conservadora)  Eliminar os exageros do Barroco  Retomar os modelos do Classicismo ROMANTISMO (Arte revolucionária)  Criar uma linguagem verdadeiramente nova identificada com padrões mais simples de vida.

82 POESIA DO ROMANTISMO - Estudo
CANÇÃO DO EXÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso Céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flore, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro lá; Onde canta o Sabiá. Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Gonçalves Dias

83 ROMANTISMO LEITURA DIALOGADA – Os sofrimentos do jovem Werther (Goethe) Carta do dia 10 de maio ... envolvimento amoroso com Carlota ... 2. Carta do dia 30 de agosto Compare o início das duas cartas. a. Como Werther se sente na 1ª carta? E na segunda? b. A que se deve a mudança de espírito da personagem? 2. A natureza assume um papel de destaque nos textos românticos. Mais do que mero cenário, ela geralmente interage com as personagens, podendo espelhar o estado de espírito delas. Observe o modo como a personagem se refere à natureza nas duas cartas. O que muda na descrição que a personagem faz da natureza nas duas situações? 3. Durante a Era Clássica, os textos literários faziam referências aos deuses da mitologia greco-latina. No Romantismo, que busca uma aproximação com seu público – a burguesia -, surgem manifestações de religiosidade cristã. Identifique essas manifestações. 4. Nas obras de ficção do Romantismo, o amor é um tema muito caro. ... a. Que tipo de obstáculo impede Werther de conquistar o amor de Carlota? b. Que significado tem a morte para Werther nesse contexto? 5. O ESCAPISMO ou desejo de evasão é uma constante nos textos românticos. ... Identifique, na 2ª carta, manifestações de escapismo. 6. Observe o quadro das características românticas (p.191). a. Identifique nas cartas as características românticas apresentadas no quadro. b. Que outras características se encontram na prosa romântica de Goethe?

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85 Do texto ao contexto do ROMANTISMO - ROMANTISMO: entre duas revoluções
- ROMANTISMO: a estética do contra - A Revolução Francesa e o sentimento romântico de desagregação - O Romantismo no Brasil 1. Explique a frase do 2º texto: “a visão de mundo romântica surge mais como uma reação ao novo que como a proposição de algo novo”. 2. Aponte o que o Romantismo propôs de novo em relação ás seguintes marcas do Arcadismo: razão mente ciência materialismo filosofia ilustrada corpo e matéria precisão equilíbrio permanência e estabilidade 3. Por que a arte romântica faz críticas à própria burguesia? 4. Compare as características do romantismo brasileiro com o europeu.

86 ROMANTISMO NO BRASIL 1ª GERAÇÃO : INDIANISTAS (1822...)
 DEFINIR UM PERFIL DA CULTURA BRASILEIRA, NO QUAL O NACIONALISMO ERA O TRAÇO ESSENCIAL. CONFUNDE-SE A PRÓPRIA HISTÓRIA POLÍTICA (1ª M /Sec XIX): 1808: D JOÃO IV – de Colônia a Reino Unido - Escolas Sup, Museus, Bibliotecas, Tipografias, Imprensa - Vida cultural, Público leitor, Produção literária - Projeto Cultura Brasileira = raízes históricas, linguísticas e culturais Movimento anticolonialista e antilusitano Construção da identidade nacional: Indianismo, Regionalismo, Pesquisa histórica, folclórica, Crítica aos problemas nacionais. 1836 – SUPIROS POÉTICOS E SAUDADE – Gonçalves de Magalhães (anúncio da revolução literária romântica)

87 ROMANTISMO NO BRASIL

88 ANTÔNIO GONÇALVES DIAS

89 GONÇALVES DIAS: Projeto de Cultura brasileira
ANTÔNIO GONÇALVES DIAS ( ) Filho de um português e uma cafusa (negro+índia) Descendente da três raças que formaram o brasileiro Nasceu e estudou no Maranhão, formou-se em Coimbra Influências de Almeida Garrett e Alexandre Herculano Fixou-se no Rio de Janeiro: solidificou a Poesia romântica Temas: Natureza, Pátria, Deus, Índio, Amor (ñ correspond) Gêneros Épico e Lírico: Primeiros cantos (1846) Segundos cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848) Os timbiras (1857) Dicionário da língua tupi Linguagem: imagens e ritmos

90 “I-JUCA-PIRAMA” – aquele que há de ser morto
O mais perfeito poema épico-indianista da literatura nacional Um índio que cai prisioneiro: Morrer lutando X Cuidar do pai Representa todos os índios ou todos os Brasileiros Símbolo da transformação do sentimento nativista em sentimento nacionalista – misto de Amor, Honra e Luta – um canto de amor à pátria e à raça ancestral; um canto de luta pela construção de uma poesia genuinamente brasileira

91 2ª GERAÇÃO # ULTRARROMÂNTICOS
DESVINCULADOS DO NACIONALISMO DESINTERESSADOS DA VIDA SOCIAL; CONTRÁRIOS À BURGUESIA VOLTADOS PARA SI MESMOS, NUMA ATITUDE PESSIMISTA VIVIAM ENTEDIADOS E À ESPERA DA MORTE SEM NENHUM PROJETO: UMA “GERAÇÃO PERDIDA” ... VIDA DESREGRADA, ESTUDOS, ÓCIO, CASOS AMOROSOS, ... DECADÊNCIA, ATRAÇÃO P/ MORTE, SATANISMO, EGOCENTRISMO “MAL DO SÉCULO” INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA  REALISMO O MEDO DE AMAR: VISÃO DUALISTA Atração e Medo; Desejo e Culpa; Temor da realização amorosa Ideal feminino: figuras incorpóreas e assexuadas... Anjo Criança Virgem etc

92 AMOR E MEDO – Casimiro de Abreu
No fogo vivo eu me abrasava inteiro! Ébrio e sedento na fugaz vertigem Vil, machucava com meu dedo impuro As pobres flores da grinalda virgem! Vampiro infame, eu sorveria em beijos Toda a inocência que teu lábio encerra, E tu serias no lascivo abraço Anjo enlodado pauís da terra. Se ti fujo é que te adoro e muito!... És bela – eu moço; tens amor, eu medo!... ______________________________________________________ Obs.: receio de macular a virgem; temor de corresponder aos sentidos e ferir a pureza da amada; imagem do anjo enlodado. Ideal feminino: mulher incorpórea, virgem, assexuada, pura, imaculada.

93 PRINCIPAIS POETAS ULTRARROMÂNTICOS
ÁLVARES DE AZEVEDO – a antítese personificada Estudante de Direito em SP, morreu aos 21 anos, produziu em 4 anos obra com 800 páginas: poesia, prosa e teatro; Projeto literário baseado na contradição : ‘medalha de duas faces’ - ARIEL: adolescente, medo de amar, prazer reprimido, sublimação pela morte - CALIBAN: visionário, decadente, ébrio, sem vínculos e sem destino. CASIMIRO DE ABREU – a poesia bem comportada - O amo associa-se sempre à vida e à sensualidade, embora ligada ao medo de amar, disfarçada, cheia de insinuações, num jogo de mostrar e esconder; Temas: a infância, a pátria, a saudade, a solidão, a natureza, o amor; Consolidação e popularização do Romantismo. FAGUNDES VARELA – uma poesia em transição Estudante de direito, casou-se com uma prostituta, seu primeiro filho morreu aos três anos de idade; entregou-se à vida boêmia e ao álcool; Buscou refúgio na religião, na natureza, pessimismo, solidão, morte; Prenúncio de novos rumos: Problemas sociais e políticos do Brasil; introduz o tom grandiloquente da oratória e a abundância de imagens, influenciando a terceira geração do Romantismo.

94 3ª GERAÇÃO: CONDOREIRISMO
CONDOR: AVE DE VOO ALTO, SOLITÁRIO E CAPAZ DE ENXERGAR A GRANDE DISTÂNCIA 1860/70:PERÍODO DE TRANSIÇÃO NA POESIA ROMÂNTICA BRASILEIRA NOVIDADES DE FORMA E DE CONTEÚDO MAIS VOLTADA PARA OS PROBLEMAS SOCIAIS NOVA FORMA DE TRATAR O TEMA AMOROSO Castro Alves, Pedro Luís, Pedro Calasãs e Sousândrade (Sousa Andrade) POETAS-GÊNIOS ILUMINADOS POR DEUS PARA ORIENTAR OS HOMENS: LIBERDADE E JUSTIÇA AMPLIAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS DE FAGUNDES VARELA SUPERAÇÃO DO EGOCENTRISMO – INTERESSE PELO MUNDO EXTERIOR CAUSA ABOLICIONISTA E REPUBLICANA  POESIA SOCIAL ORATÓRIA CONATIVA: CONQUISTA DO LEITOR PARA A CAUSA DEFENDIDA FUNÇÃO DA LINGUAGEM: EMOTIVA (EU)  POÉTICA (ASSUNTO)

95 CASTRO ALVES – o “poeta dos escravos” - fundador da poesia social engajada no Brasil

96 CASTRO ALVES: a linguagem da paixão
Quebram-se as cadeias, é livre a terra inteira, A humanidade marcha com a Bíblia por bandeira; São livres os escravos, quero empunhar a lira, Quero que est’alma ardente um canto audaz desfira, Quero enlaçar meu hino aos murmúrios dos ventos, As harpas das estrelas, ao mar, aos elementos! POESIA SOCIAL: pensamento liberal-cristão A IDEALIZAÇÃO AMOROSA E O NACIONALISMO UFANISTA SEDEM LUGAR A POSTURAS MAIS CRÍTICAS E REALISTAS. DESEJO LATENTE DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE / - TOMADA DE POSIÇÃO. LINGUAGEM ROMÂNTICA / - PROJETO LIBERAL-CRISTÃO POESIA LÍRICA: fase adulta do amor AMOR: EXPERIÊNCIA VIÁVEL, CONCRETA  FELICIDADE, PRAZER, DOR MULHER: SER CORPORIFICADO, PARTICIPA ATIVAMENTE DO ENVOLVIMENTO AMOROSO PRENÚNCIO DO REALISMO ...

97 CASTRO ALVES: linguagem emocionalmente carregada, beirando os limites da paixão


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