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II Seminário Internacional sobre Pesquisas de Uso do Tempo

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Apresentação em tema: "II Seminário Internacional sobre Pesquisas de Uso do Tempo"— Transcrição da apresentação:

1 II Seminário Internacional sobre Pesquisas de Uso do Tempo
Secretaria de Políticas para as Mulheres Universidade Federal Fluminense – UFF II Seminário Internacional sobre Pesquisas de Uso do Tempo Produto Interno Bruto e o trabalho não remunerado: a experiência brasileira Hildete Pereira de Melo Claúdio Monteiro Considera Alberto Di Sabatto

2 Estrutura da Apresentação
Introdução. A invisibilidade do trabalho da mulher. O que medem as contas nacionais? A importância dos afazeres domésticos no Brasil. Proposta Metodológica para medir os afazeres domésticos no Brasil. O uso da PNAD/IBGE A conta dos afazeres domésticos –

3 Introdução Objetivo: Propor mensuração para as atividades realizadas no interior dos domicílios/famílias. Atividades não são associadas à geração de renda e ignoradas pela Teoria Econômica. Não valoração decorre da discriminação sofrida pelas mulheres, a quem foi delegada a execução daquelas atividades.

4 A invisibilidade do trabalho da mulher
Perspectiva feminista questiona o mito da neutralidade da ciência. Mulheres aparecem como categoria estatística e recebem salários mais baixos. O trabalho doméstico não remunerado é excluído das estatísticas econômicas porque não pertence ao mundo mercantil. Nenhuma das teorias econômicas volta o olhar para ele, obscurecendo as relações de gênero nos conceitos de produção e reprodução na sociedade capitalista.

5 O que medem as contas nacionais
UN System of National Accounts 1993 – SNA Conceito amplo de produção. Produtiva são todas as operações socialmente organizadas para a obtenção de bens e serviços, sejam eles transacionados ou não no mercado, a partir de fatores de produção obtidos no mercado. i’ M’

6 O que medem as contas nacionais
A produção de bens e serviços é considerada mercantil sempre que ela puder ser comercializada a um determinado preço estabelecido em mercado. Toda a produção de bens é considerada, por convenção, mercantil. Isso inclui toda a produção para autoconsumo da agricultura e a produção por conta própria de bens de capital fixo imobilizados pelo próprio produtor. i’ M’

7 O que medem as contas nacionais
Já os serviços são divididos em mercantis e não-mercantis. São considerados mercantis aqueles cujo objetivo de produção é a venda no mercado por um preço que remunera os serviços dos fatores usados na sua obtenção. Os serviços não-mercantis são aqueles fornecidos à coletividade gratuitamente ou por um preço simbólico. i’ M’

8 O que medem as contas nacionais
Como serviços não-mercantis incluem-se, ainda, os serviços domésticos remunerados, prestados por trabalhadores autônomos. Seu valor da produção é medido pelo valor das remunerações dos trabalhadores autônomos ocupados nessa atividade. Portanto, exclui o serviço doméstico executado por conta própria e sem remuneração. i’ M’

9 O que medem as contas nacionais
Fica claro, portanto que as contas nacionais medem todos os bens e serviços que envolvam a remuneração dos fatores de produção, fazendo com que prevaleça a identidade na qual o produto é igual à renda. Vale dizer, a utilização de fatores de produção no processo de produção gera o equivalente em remunerações ao que o fator de produção contribuiu para adicionar valor ao produto. i’ M’

10 O que medem as contas nacionais
É necessário citar aqui duas situações interessantes que consideram situações fictícias na mensuração da produção Uma delas refere-se a produção das instituições financeiras que imputa a elas, como produção, a diferença dos juros recebidos e dos juros pagos. De fato, essa diferença de juros não é aí produzida, mas sim por elas apropriada. i’ M’

11 O que medem as contas nacionais
Outra situação refere-se ao valor imputado de aluguéis aos imóveis de uso próprio. Os imóveis geram um serviço de ocupação (moradias, instalações agrícolas, industriais, ou de serviços) que, quando se refere aos imóveis alugados, é medido pelo valor do aluguel; Os imóveis usados pelo proprietário, têm esse serviço medido pelo valor de aluguéis de imóveis de características semelhantes. i’ M’

12 O que medem as contas nacionais
No caso do trabalho doméstico observa-se que, quando exercido por terceiros, o valor desse serviço não-mercantil equivale ao valor de sua remuneração. Quando exercido por alguém da própria família ele não é computado nas contas nacionais. Adicionalmente, do ponto de vista do mercado de trabalho, as pessoas que exercem apenas afazeres domésticos – as donas de casa, sequer são consideradas como força de trabalho (PEA). Curiosamente, se estiverem exercendo, mesmo que sem remuneração, atividades em um empreendimento familiar, são tratadas como população ocupada. i’ M’

13 O que medem as contas nacionais
Por que razão, como se viu no caso de imóveis de uso próprio, ao fator de produção trabalho não se dá o mesmo tratamento que ao fator capital? O SNA no seu capítulo VI, (a conta de produção) discute estas questões e justifica porque os afazeres domésticos não devem ser incluídos no cálculo do PIB. i’ M’

14 O que medem as contas nacionais
São vários os argumentos, dos quais listamos os seguintes: Num deles argumenta porque a produção de bens agrícolas ou industrias para uso próprio deve ser incluída: eles podem se destinar alternativamente ao mercado, enquanto os serviços de uso próprio (afazeres domésticos) não têm essa qualidade, pois não exprimem a realidade do mercado capitalista. i’ M’

15 O que medem as contas nacionais
Em outro, justifica a imputação dos aluguéis devido a uma pretensa grande diferença, entre países, na proporção entre imóveis alugados e imóveis próprios. Isto poderia falsear a medida do PIB entre países. i’ M’

16 O que medem as contas nacionais
Pode-se argumentar em contraposição que: há também uma grande diferença na disponibilidade de bens e serviços auxiliares mercantis, entre os diversos países, que reduzem o tempo dos afazeres domésticos; por sua vez esses bens e serviços mercantis criam valores que são computados no PIB, reduzindo o PIB dos países em que os afazeres domésticos são mais freqüentes e realizados pelas próprias famílias. i’ M’

17 O que medem as contas nacionais
Portanto, caso os afazeres domésticos viessem a serem considerados nas contas nacionais, deveriam ser tratados como produção de serviços não-mercantis, produzidos pelas famílias e por elas integralmente consumidos. Isto implicaria em se criar uma atividade produtiva “família” análoga à atividade “administração pública” cujo valor da produção seria medido pelo valor dos serviços domésticos remunerados. i’ M’

18 A importância dos afazeres domésticos no Brasil
Contabilizar os afazeres domésticos no Brasil e em países menos desenvolvidos é importante por um duplo aspecto: Sua quantidade é significativamente maior do que em países mais desenvolvidos Falta de emprego Custo de oportunidade Substima o PIB Reforçaria a valorização do trabalho da mulher a quem os afazeres domésticos foram historicamente delegados, contribuindo para reduzir a discriminação atual.

19 Proposta metodológica para medir os afazeres domésticos
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE (2001 em diante) número de horas dispendido pela população na execução de afazeres domésticos por unidade da federação, classificando-as por gênero e faixa etária. Os afazeres domésticos são exercidos tanto por homens como mulheres embora o número de horas destas seja bem superior ao daqueles em todas as UFs e em todas as faixas etárias.

20 Proposta metodológica para medir os afazeres domésticos
Os afazeres domésticos são diferentes em termos de tipo, qualidade e valor. Diferentemente dos imóveis não é possível uma referência de forma a atribuir valores diferentes pelo tipo e qualidade. Toma-se serviços domésticos em geral como tipo. O valor médio horário dos serviços domésticos remunerados é atribuído a cada hora de todos os afazeres domésticos não remunerados.

21 O uso da PNAD/IBGE As Contas Nacionais utilizam-se largamente de pesquisas não econômicas para medir várias atividades econômicas não mensuradas nas estatísticas econômicas. Entre elas distingue-se a PNAD Para várias atividades econômicas esta é a única informação a respeito da produção e, graças a ela, é possível imputar nas contas nacionais valores adicionados que não são registrados pelas estatísticas econômicas do país ou mesmo por registros administrativos.

22 O uso da PNAD Entre as atividades produtivas mensuradas através da PNAD estão os serviços domésticos remunerados com ou sem carteira. O que se propõe aqui é o seu uso para mensurar também os afazeres domésticos executados por membros das famílias não remunerados. Para isso, utilizou-se a remuneração média dos serviços domésticos remunerados, por estado, por hora e multiplicou-se pelo número de horas de afazeres domésticos, por estado, sexo e faixa etária.

23 O uso da PNAD As informações da PNAD referem-se a setembro.
De acordo com a metodologia aplicada pelo IBGE, para o cálculo das contas nacionais do Brasil, utilizam-se para medir os serviços domésticos remunerados ao longo do ano, as variações mensais do rendimento médio dos serviços domésticos, conforme registrado pela Pesquisa Mensal de Emprego e Rendimentos (PME/IBGE). Chega-se então ao valor médio anual do rendimento dos serviços domésticos.

24 A conta dos afazeres domésticos 2001-2008
Para fazer a contabilidade dos afazeres domésticos este estudo utilizou três métodos: 1) considerou-se o rendimento médio do serviço doméstico remunerado registrado na PNAD no mês de setembro como sendo o rendimento médio do ano; 2) o segundo método usou as variações mensais do salário mínimo ao longo do ano para fazer variar o valor registrado pela PNAD em setembro;

25 A conta dos afazeres domésticos 2001-2008
3) usou-se a metodologia das contas nacionais brasileiras, fazendo com que o salário de setembro registrado pela PNAD variasse mensalmente segundo a variação mensal do rendimento do trabalho doméstico registrado pela PME. Diferenças não significativas entre os três métodos.

26 A conta dos afazeres domésticos 2001-2008 – Em milhões de reais correntes

27 Continuação da Conta dos Afazeres Domésticos

28 A conta dos afazeres domésticos 2001-2008
A participação dos afazeres domésticos no PIB de cada ano é bastante semelhante Sua média oscila entre 12,% e 10% calculando-se com os valores de setembro, ou quando calculado pela variação anual da PME. Como a PME não estava disponível para todos os anos tomou-se o valor de setembro da PNAD como o valor médio do ano (método 1)

29 A conta dos afazeres domésticos 2001-2008
Em termos de valor, caso se resolvesse mensurar os afazeres domésticos no PIB brasileiro significaria acrescentar ao PIB: em 2001 R$ 148,7 bilhões; em 2002 R$ 170,2 bilhões; em 2003 R$ 200,3 bilhões; em 2004 R$ 225,4 bilhões; Em 2005 R$ 235,4 bilhões; Em 2006 R$ 269,6 bilhões; Em 2007 R$ 320,0 bilhões; Em 2008 R$ 297,9 bilhões. Em 2008 o PIB seria de R$ 3.187,6 bilhões e não os R$ 2.889,7 bilhões que o IBGE anunciou.

30 A conta dos afazeres domésticos 2001-2008
O o valor gerado pelos afazeres domésticos por parte das mulheres foi em 2008, de 82% e o restante pelos homens. Estes 82% de afazeres domésticos realizados pelas mulheres no ano de 2008 teriam representado 243 bilhões de reais.


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