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ARQUITETURA E CLIMA NA LINHA DO TEMPO

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Apresentação em tema: "ARQUITETURA E CLIMA NA LINHA DO TEMPO"— Transcrição da apresentação:

1 ARQUITETURA E CLIMA NA LINHA DO TEMPO
CONFORTO AMBIENTAL 1 AULA 2 ARQUITETURA E CLIMA NA LINHA DO TEMPO

2 Josué de Castro, 1957 (trecho do livro Geografia da Fome)
“ Um dos grandes recursos técnicos de que o homem lançou mão para fugir da ação intempestiva da metereologia ambiente é exatamente a habitação. Resulta disto que cada grupo humano procura construir o seu tipo de casa até certo ponto como dispositivo especialmente apto a neutralizar as condições desfavoráveis do clima” Josué de Castro, 1957 (trecho do livro Geografia da Fome) Fonte: WebArt Lab, Web-Fx Designs (2004) Aldeia da Pena - S. Pedro do Sul - No inverno esta aldeia tem 4 horas de insolação por dia, por se encontrar num vale profundo. O isolamento é a sua principal característica.

3 Esta necessidade térmica, associada à influencia climático-ambiental, originou vestimentas humanas e espaços construídos diferenciados em várias partes do mundo. O ser humano enquanto ser homeotérmico necessita manter sua temperatura constante por volta dos 37ºC. Alterações climáticas bruscas com grandes variações de temperatura tende ao colapso do organismo e por conseqüência a morte humana. Fonte: LAMBERTS; DUTRA, PEREIRA (1997) Em sua maioria, estes espaços construídos foram e até hoje são culturalmente difundidos e confeccionados com materiais disponíveis no meio natural

4 Alguns estudos afirmam que as culturas antigas, principalmente as greco-romanas, destacaram-se pela produção de espaços criados a partir da captação do genius loci, ou seja, do espírito do lugar que confere o sentido e o significado do lugar. A arquitetura pode ser entendida como uma concretização do espaço existencial a partir do relacionamento do homem com o meio em que vive.

5 ANTIGUIDADE Desde a pré-história o ser humano cria novas condições de habitabilidade, modificando o ambiente construído, natural e geográfico A cidade romana, por exemplo, A cidade romana, por motivos religiosos e por considerações utilitárias tomava a forma de um retângulo. Mas além de seu traçado sagrado, a cidade romana era orientada no sentido de harmonizar-se com a ordem cósmica. Embora o princípio de orientação tivesse uma origem religiosa, ele era modificado pela topografia, que modificava também o plano em grade. Já percebia-se, assim, a preocupação com as considerações do meio no traçado e com a implantação dos assentamentos

6 utilidade solidez beleza
GRÉCIA ANTIGA O arquiteto e engenheiro militar Marcus Vitruvius Pollio viveu no século I d.C e inaugurou os conceitos da teoria clássica da arquitetura utilidade solidez beleza Fonte: LAMBERTS; DUTRA, PEREIRA (1997) A preocupação de Vitrúvio com o clima e a orientação dos edifícios resultou em um dos escritos mais antigos sobre o assunto. Vitruvio destacava que a orientação adequada proporciona melhores condições de habitabilidade do edifício e da cidade

7 “Ora, se é verdade que a diversidade de regiões, que dependem do aspecto do céu, produzem efeitos diferentes sobre as pessoas que aí nascem , que são de um tipo diferente, tanto no que concerne à estrutura do corpo como na forma do espírito, está fora de dúvida que é uma escolha de grande importância a adequação dos edifícios à natureza e ao clima de cada região, o que não é difícil, posto que a natureza nos ensina a maneira que devemos seguir.” Vitruvio, primeiro capítulo do livro VI (LES DIX LIVRES D’ARCHITECTURE)

8 ROMA ANTIGA No tempo de Vitrúvio, a preocupação com a higiene e o conforto veio modificar mais ainda o traçado da cidade romana, sugerindo que as ruas pequenas ou vielas fossem orientadas no sentido de conter os desagradáveis ventos frios e os infecciosos ventos quentes. FONTE: FARIA ( ) Maquete da Roma antiga, Museo della civiltà romana, Roma.

9 Dentre os princípios utilizados, destacava-se o aproveitamento das características desejáveis do clima enquanto se evitavam as indesejáveis. Na Roma antiga, existiam sistemas para aquecimento de água conhecidos como Calidarium e para aquecimento de ambientes como Ipocausto – túneis subterrâneos onde uma fornalha aquecia o ar e os ambientes Fonte: LAMBERTS; DUTRA, PEREIRA (1997) O imperador Ulpiano criou o Heliocaminus, uma lei para garantir ao povo romano do século II d. C. o direito ao sol

10 IDADE MÉDIA Tallin, capital da Estônia (fronteira com a Rússia). O centro histórico medieval é considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Cercado ainda por muralhas e torres de defesa, preservando edifícios que datam na maior parte do fim da idade média Na cidade medieval encontram-se vários elementos que demonstram adaptação ao clima e ao lugar executados pelos habitantes. Fonte: lanouvelleurope.free.fr/.../images/003_tif.jpg O morador medieval procurava proteção contra o vento do inverno , evitando a construção de túneis de ventos, tais como a rua reta e larga. Além de estreitas e irregulares, as ruas medievais apresentavam curvas abruptas e interrupções, becos sem saída, para quebrar a força do vento. Fonte: Abreu [200-}

11 O clima é responsável pela variação das paisagens e pela diversidade biológica na Terra.
É responsável também pela diversidade de tipologias e variações arquitetônicas, assim como pelos diferentes hábitos e costumes humanos.

12 HOMEM, ARQUITETURA E CLIMA
Materiais que o meio fornece e condições físicas regionais Meio natural Solo e clima Influência Geográfica sobre o tipo de abrigo Gênero da vida Momento histórico Homem cultura Homem Fonte: Castro (1987) em Geografia da fome, p. 85. A consonância entre habitat e meio ambiente sempre ajudou ao homem, ao longo da história a refugiar-se contra a inconstância do meio climático, geográfico e natural

13 ARQUITETURA VERNÁCULA
Habitação pastoril em Namaqualand, África do Sul Mesquita Sankore em Timbuctú, Mali. Construir com princípios ecológicos em harmonia com a natureza foi algo que a humanidade sempre praticou Fonte / . Fonte Habitações na Indonésia Utiliza conhecimentos empíricos transmitidos por várias gerações Em todo o mundo encontramos exemplos desta milenar e sustentável harmonia entre homem, natureza, arquitetura e clima Fonte:

14 ARQUITETURA VERNÁCULA
Resposta direta às necessidades e valores sócio-culturais; Respeito ao ambiente existente; Uso de materiais e técnicas locais Não devem ser MODELOS, mas FONTE DE INSPIRAÇÃO da atitude frente ao ambiente

15 O “Iglu” nos climas polares
Fonte: carpediem_.blogia.com/upload/iglusi.jpg Fonte: images/Iglu%20seestvaade.jpg Habitação da cultura Esquimó construída com blocos de gelo das neves, material isolante e abundante nestas regiões no inverno. O interior do iglu consegue através do calor gerado por uma fogueira e pelo corpo humano produzir temperatura adequada aos seus usuários

16 Habitação indígena construída dentro da rocha, com pedra e barro
Fonte: No Deserto do Colorado, nos E.U.A, o povo de Mesa Verde construiu suas habitações protegidas do sol pelas encostas de pedra sombreando as habitações no verão quente e seco. No inverno, quando a inclinação do sol é mais baixa, os raios solares atingem as edificações aquecendo-as durante o dia. Fontes: Lamberts; Dutra; Perreira (2004, p.16)

17 Exemplo do aproveitamento da topografia para a implantação adequada de assentamentos – povoado de Mesa Verde, E.UA. Fontes: Lamberts; Dutra; Perreira (2004, p.16)

18 No CLIMA QUENTE E SECO encontram-se a maior parte dos exemplos de adaptação do abrigo ao meio.
As casas com pátio interno estão agrupadas num bloco compacto a fim de expor menos superfícies à radiação solar direta Nestas regiões as variáveis do clima que devem ser controladas são: insolação elevada, diferenças acentuadas de temperatura entre o dia e a noite, umidade relativa do ar baixa e vento carregado de pó Fonte: Behling; Belling (1996) - Sol power: the evolution of solar architecture. Fonte: Fonte:

19 ARQUITETURA ISLÂMICA – CLIMA QUENTE E SECO
As construções apresentam pequenas aberturas, grossas paredes de cores claras e pátios, que impedem a penetração de ventos quentes e empoeirados, característico destas regiões. ARQUITETURA ISLÂMICA – CLIMA QUENTE E SECO Durante o dia a temperatura externa pode permanecer acima dos níveis de conforto, enquanto à noite pode reduzir bruscamente Captadores de vento Fonte: A arquitetura vernacular destes locais também é caracterizada pela adoção de captadores de vento, localizados acima dos telhados, que redirecionam o fluxo do ar através de elementos molhados (tecidos ou jarras de água), aumentando a umidade do ar e reduzindo a temperatura e o teor de poeira no interior das edificações. Pátio Pátios Fone:

20 AS ABERTURAS NO CLIMA QUENTE E SECO
Um exemplo característico das aberturas nas regiões de clima quente e seco é encontrado no Yemen do Sul. Blocos perfurados são utilizados para manter uma reduzida taxa de renovação de ar, enquanto a luz natural é fornecida por janelas compostas de painés de elementos vazados. Fotos: Bittencourt (1992)

21 O TRAÇADO URBANO NO CLIMA QUENTE E SECO
Os árabes criaram antes do século X, as “medinas”, uma estrutura urbana padrão que reduz em vários graus a temperatura externa em climas quentes e secos, como os do Norte da África e da Península Arábica. Fonte: BONINE, M. The traditional city of Yazd, Iran. SBS Developments, winter Disponível em: <bandura.sbs.arizona.edu/development/nes/mission.html >. acesso em 20 out 2005. Para isso, aplicaram alguns princípios elementares da física, tais como os efeitos Venturi e Bernoulli e o efeito chaminé. Assim, criaram na escala da cidade, sistemas eficientes de circulação de ar que reduzem a temperatura em até cinco graus. Este efeito se consegue combinando uma trama urbana de ruas estreitas e sombreadas, com uma arquitetura de casas construídas em torno de um pátio , com paredes largas de materiais de grande inércia térmica.

22 Vista geral da cidade de Fez, clima quente e seco.
Os pátios criam condições microclimáticas agradáveis no interior das construções, onde a temperatura do ar é reduzida e a umidade incrementada , com a presença de fontes d’água e vegetação. Fonte: /ISM26331.jpg 9 (acesso em setembro de 2005) Em clima quente e seco a arquitetura deve estar preparada para enfrentar o rigor climático, usando materiais de grande capacidade térmica (barro, pedra) e envoltória externa pesada, de modo que o calor seja retardado e conservado para as horas mais frias, quando necessário. O arranjo urbano deve ser compacto Foto: Leonardo Bittencourt (1992)

23 OS PUEBLOS – CLIMA QUENTE E SECO
Imagens do TAOS PUEBLO No sudoeste dos EUA desenvolveu-se, desde o século VI, uma civilização índia, conhecida por Pueblos, distribuída pelos atuais Estados do Novo México, Arizona e Colorado. Os pueblos eram construções justapostas, onde nos pontos mais altos chegam a ter mais de cinco avimentos Dentre eles destacam-se o Taos Pueblo, ainda existente e explorado turisticamente pelos próprios índios, e o Pueblo Bonito. RADEKA Photografy. Taos Pueblo, vertical, Taos, New México. Disponível em: < taosvertical.htm>. acesso em: 20 set

24 OS PUEBLOS – CLIMA QUENTE E SECO
O Pueblo Bonito se destaca pela sua forma semicircular e escalonada, voltada para o sul, orientação que de acordo com a latitude local e hemisfério, permite a incidência do sol de inverno, favorecendo ao máximo a insolação das unidades habitacionais nesta época. A implantação junto a uma encosta no lado norte, faz com que seja reduzida a insolação de verão e a incidência dos ventos frios de inverno vindos do norte Pueblo Bonito LLOYD, H. Essay: The art of seeing. Harvey Lloyd studios, Disponível em: < art_f.htm> acesso em: 20 set

25 Vista geral da cidade de Marrakesh, clima quente e seco
Fonte:venture.mancubus.net/img/notes/marrakesh.jpg

26 O EXEMPLO DE YANAN Na província de Yanan, no Norte da China , para combater os fortes ventos e as baixas temperaturas escavam-se as habitações ao redor de pátios. Todos os equipamentos da cidade são construídos desta forma , fábricas, hotéis, escolas e repartições públicas Assentamentos Subterrâneos Acesso em agosto 2005 Nos pátios abrem-se vãos que proporcionam ventilação e iluminação às habitações. A orientação, tamanho e forma dos pátios permite a entrada do sol baixo do inverno e as habitações aproveitam também a temperatura mais elevada do subsolo. Assim, as habitações são quentes no inverno e frias no verão.

27 AS CASAS DE MADEIRA DAS REGIÕES TEMPERADAS
Habitação de Madeira: Influências do clima temperado e frio sobre o ambiente construído Fonte:COMPTON´S. New Century Encyclopedia and Reference Collection II. Cd Room Construídas com tronco ou tábuas de madeiras, no norte dos EUA, Canadá e Rússia. Estas habitações garantem durabilidade de séculos, além de possibilitar conforto térmico adequado

28 As habitações indígenas das regiões de florestas tropicais
A arquitetura indígena brasileira é caracterizada por uma boa resposta ao contexto em que se insere, ou seja, clima, topografia, paisagem natural, oferta de materiais ALDEIA IALOPITI As chamadas Ocas utilizam para sua confecção: palha de palmeiras, cipós e galhos construindo habitações para 50 a 70 habitantes. Abriga funções de repousar, cozinhar e trabalhar, com conforto e segurança. Permite aeração do ar quente e proteção contra chuvas, calor e frio, em virtude da alta inclinação da cobertura e da capacidade isolante térmica da palha e materiais que as compõem ALDEIA IANOMAMI ALDEIA XINGU Fonte: Site (acesso em agosto de 2003). Habitações indígenas Brasileiras: harmonia entre homem, natureza meio ambiente e ambiente construído

29 A maioria das aldeias indígenas são circulares e como os seus habitantes passam a maior parte do tempo ao ar livre, o grande objetivo da construção é o abrigo noturno. Nos locais onde se encontram as aldeias indígenas, mesmo em regiões quentes e úmidas, a temperatura cai o suficiente à noite, a ponto de provocar a sensação de frio nos espaços externos Fonte: fotos_galerias/146.jpg Esta construção tradicional permite um significativo isolamento térmico, atenuando internamente o efeitos das freqüentes quedas de temperatura no período noturno Apresenta uma boa exaustão do ar quente e um bom isolamento através da camada de palha, atenuando o calor do dia e conservando-o durante a noite.

30 As casas de pedra das regiões mediterrâneas e andinas
Derivaram da abundância de materiais como as rochas, fazendo florescer a arquitetura grega e romana no mar mediterrâneo, a arquitetura Inca no Peru e a Maia e Asteca no México. Fonte:COMPTON´S. New Century Encyclopedia and Reference Collection II. Cd Room Habitações em pedra na cidade de Palermo-Itália: Influências do clima e do ambiente natural sobre o ambiente construído O uso da pedra permitiu aliar evolução da técnica construtiva representada pelos grandes templos da antiguidade, com alto grau de conforto térmico e segurança contra invasores da época. Até hoje este sistema construtivo é utilizado.

31 Fonte:COMPTON´S. New Century Encyclopedia and Reference Collection II
Fonte:COMPTON´S. New Century Encyclopedia and Reference Collection II. Cd Room Ruínas de Machu Picchu – Peru e a influência milenar do uso da pedra, abundante na região, sobre os ambientes construídos na cidade de Cuzco- Peru.

32 Clima quente e úmido - As habitações da região litorânea do nordeste do Brasil
Feitas com coqueiro. Sua estrutura é composta por pedaços de tronco, com as folhas justapostas formando suas paredes e cobertura. Além disto as folhas trançadas artisticamente compõe suas janelas e portas, utensílios como esteira, vassoura e cestos. Estes tipos de edificações permitem exaustão do ar e ventilação natural, assim como, excelente isolamento térmico Fonte: Fonte: (acesso em agosto de 2003). Habitações em palha: harmonia entre clima, natureza, ambiente construído e o homem do litoral e de regiões ribeirinhas.

33 Vilarejo em Tocamacho, Honduras
CLIMA QUENTE E ÚMIDO Vilarejo em Tocamacho, Honduras Netas regiões deve-se evitar ganhos de calor através da radiação solar e priorizar a dissipação do calor produzido nos espaços internos. O conforto nas construções depende significativamente do movimento do ar e da proteção solar Fonte:Garinagu (1999) Tocamacho, Honduras. Disponível em: < acesso em 20 set A implantação e distribuição das unidades protegem as habitações da intensa insolação sem prejuízo da ventilação, importante para o conforto humano nestas regiões Fonte: Lechner (2000), Heating, Cooling Lighting p.283

34 CLIMA QUENTE E ÚMIDO No Nordeste do Brasil podemos citar outros exemplos, como os “mocambos”. Estas habitações são geralmente feitas de madeira palha de coqueiro e argila ou barro, disponíveis na caatinga ou no litoral nordestino, compõem o sistema construtivo popularmente conhecido como taipa de pau-a-pique. Fonte: (acesso em outubro de 2003). Estes componentes formam engradados de ripas que juntamente com o barro formam a Taipa que compõem as paredes da habitação. Sua coberta é formada geralmente por palha de coqueiro. Sua adaptação ao meio natural permite um ambiente termicamente confortável

35 ARQUITETURA COLONIAL BRASILEIRA
CLIMA QUENTE E ÚMIDO ARQUITETURA COLONIAL BRASILEIRA As construções coloniais portuguesas consideraram o controle da luz natural, da radiação solar, da chuva e da através de elaborados projetos de esquadrias. Alguns detalhes construtivos demonstram a preocupação de proporcionar ampla ventilação cruzada, através de paredes internas afastadas do forro e permeáveis ao fluxo do ar nos ambientes internos. Fonte:BITTENCOURT (1993)

36 CLIMA QUENTE E ÚMIDO A utilização de ambientes de transição, tais como varandas e pergulados, são peculiares a esse ipo de clima. A possibilidade de se integrar os ambientes internos com os externos, de forma a incentivar atividades que se relacionam ao exterior, é tarefa difícil de realizar em climas mais rigorosos. Tais elementos arquitetônicos podem auxiliar na disseminação de um vocabulário arquitetônico que reflita as características do local onde estão inseridos, como o clima e a cultura, relacionada com a disponibilidade de materiais, e técnicas, impregnados de uma longa história Fonte: Fonte: Fonte:

37 CLIMA QUENTE E ÚMIDO Nas regiões de baixa baixa latitude, telhados recebem cerca de 2/3 da radiação solar global incidente nas construções. As telhas de barro do tipo canal utilizadas nas construções coloniais possuem dupla camada e permeabilidade ao ar, por isso representam uma boa resposta à adequação em clima quente e úmido Fonte: Fonte: Fonte:

38 CLIMA TROPICAL Na região tropical a adequação climática das edificações pode se constituir numa interessante ferramenta na construção do espaço habitado. Residência J. B. Vilanova Artigas, Estado Atual. Fonte: Fundação Vilanova Artigas. Foto Julio Artigas Fonte: Nelson Kon A pequena oscilação na temperatura, a disponibilidade de ventos e a necessidade de proteção contra a radiação solar e contra as chuvas incentivam um vocabulário arquitetônico de qualidade plástica e bom desempenho ambiental. Rino Levi - Casa Olivo Gomes, São José dos Campos/SP, 1949. Fonte:

39 Residência Tarumã Amazonas
Na região do Amazonas, de clima tropical-úmido, a intensa radiação solar, a alta umidade e o grande índice de precipitações. As habitações são construídas sobre pilotis, favorecendo a ventilação e protegendo-se das inundações e dos animais. Residência Robert Schuster, Tarumã, Manaus. O arquiteto Severiano Porto demonstra um profundo conhecimento do clima da região e da arquitetura vernácula adotada pelos indígenas do lugar. Esta casa na floresta, aberta ao vento, é feita com processos construtivos artesanais, utilizando-se de material obtido no local — madeira para estrutura, vedação e cobertura. Casas sobre palafitas no Rio Negro, adequadas às cheias do rio. O partido fica condicionado à redução da área destinada à construção para evitar a remoção de árvores e a abertura de grande clareia, que possam ocasionar a queda de árvores pela quebra do equilíbrio existente na floresta amazônica, onde as árvores possuem somente raízes superficias Fonte: ROVO, M.K.I.; OLIVEIRA, B.S. Disponível em:< Acesso em 20 set

40 AS TRANSFORMAÇÕES Desde o Egito até o séc.XIX, os materiais tradicionalmente utilizados nas construções eram a alvenaria, pedra e madeira. A Revolução Industrial e o avanço tecnológico possibilitou a utilização de outros materiais como o aço e concreto armado, desta forma as grandes transformações sociais, econômicas e técnicas que acompanharam este período mudaram fortemente o quadro da arquitetura no mundo A cidade sofre profundas TRANSFORMAÇÕES

41 A Cidade do Movimento Moderno
Os arquitetos do movimento moderno - preocupação com a correta insolação nos edifícios Preocupação em melhorar as condições higiênicas e sanitárias do meio urbano e edificações Fonte: Fonte: odin.let.rug.nl/~kastud/paris/n/20-2/hok.html

42 OS CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS
Nenhum deles pode ser considerado adequado, se usado genericamente, sem levar em consideração as características intrínsecas do clima local, da tipologia das edificações e dos condicionantes do lugar Pilotis (boa solução para climas quentes e úmidos) Terraço jardim ( espaço regulador térmico; absorção da contaminação atmosférica urbana); Planta livre (redução inércia térmica); Janelas horizontais (iluminação; favorecem entrada de sol no verão); Fachada Livre (cuidado com época do ano e latitude). Villa Savoye, Poissy. Le Corbusier, 1929 Villa Stein, Garches, France, by Le Corbusier, 1926–27 Fonte: cache.eb.com/eb/image?id=8652

43 PERÍODO ENTRE GUERRAS Um dos arquitetos que revolucionou os conceitos da arquitetura foi Le Corbusier, com suas idéias como o uso do pilotis em estrutura de concreto armado, a planta livre, o terraço e o Modulor (baseado no estudo da relação das proporções entre o homem e o espaço arquitetônico). A preocupação com o controle climático, é evidenciada na Arquitetura Moderna através da utilização dos “brises –soleils” por Le Corbusier. Estes elementos arquitetônicos eram utilizados para interromper a passagem da insolação nos edifícios, sem no entanto comprometer a visão externa nem a ventilação. Desta maneira era possível reduzir o excesso de luminosidade dos ambientes. Le-Corbusier-Haus; Foto: D. CHRISTEL Fonte: Acesso outubro 2006

44 ARQUITETURA MODERNA Brises verticais fixos de concreto armado Brises Horizontais Móveis Os “brises-soleils” foram utilizados através de perfeitos exemplos arquitetônicos, tanto na índia, como na Austrália, África e América do Sul. Dentre os primeiros exemplos brasileiros pode-se destacar o prédio da ABI e do Ministério da Educação Ministério da Educação e Saúde Pública, Rio de Janeiro/RJ Arquitetos: Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Reidy,Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos Associação Brasileira de Imprensa, Rio de Janeiro ( ), dos irmãos Marcelo e Milton Roberto Fonte: Fonte:

45 ARQUITETURA MODERNA No nordeste brasileiro, começam a ser difundidos os cobogós (elementos vazados), principalmente nas obras de Luís Nunes, que tentava adequar as funções dos edifícios públicos às características climáticas locais. Aponta-se que neste período havia uma exaltação do sentimento de nacionalidade e do reconhecimento das particularidades tropicais, onde na arquitetura buscava-se além da adequação física ao clima, uma identidade cultural através de traços plásticos próprios.

46 PARQUE GUINLE, Lúcio Costa (1954, Rio de Janeiro)
Fonte:

47 BRASÍLIA A escolha do sítio foi feita a partir de uma avaliação climática e geológica do lugar. O sítio escolhido chamado de castanho era o que apresentava a combinação mais favorável das variáveis climáticas analisadas. A escolha do sítio para a cidade de Brasília, evidencia as preocupações bioclimáticas e servem para realçar aspectos da adaptação à topografia do lugar e intervenções de controle ambiental para facilitar o conforto térmico da população. O sítio castanho é convexo e portanto apresenta um clima moderado pois está aberto a todas as influências dos ventos predominantes e durante o período de calmaria tem a forma ideal para dissipar o ar através da cidade Fonte: almale.blogia.com/upload/brasilia.jpg acesso: outubro de 2005

48 BRASÍLIA Mas, o partido adotado para os edifícios é quase a antítese da arquitetura vernácula brasileira (caracterizada por grandes pórticos e terraços internos) exatamente o contrário dos edifícios de caráter prismático, pois as construções não possuem varandas e apresentam grandes superfícies envidraçadas. Fonte: Esplanada dos Ministérios Palácio do Planalto Praça dos Três Poderes Fonte: Fonte:

49 ESTILO INTERNACIONAL Alguns profissionais do período moderno não apresentaram habilidade para aplicar os princípios de adequação climática difundidos por Le Corbusier. O jogo de fachadas e a conquista de vão maiores pareciam ser os únicos objetivos a serem alcançados. As práticas relacionadas ao conforto ambiental já não eram mais evidenciadas.

50 ESTILO INTERNACIONAL A Arquitetura passa a ser influenciada pelo chamado “Estilo Internacional”, caracterizado pelo formalismo “clean “ , cujo ícone máximo foi criado por Mies Van der Rohe: o edifício de escritório de cortinas de vidro. Este ícone que foi explorado como símbolo de poder, ao se internaciolizar alcançando ambientes climáticos distintos, deu origem ao EDIFÍCIO ESTUFA. Edifício Comercial - em Porto Alegre Fonte:

51 ESTILO INTERNACIONAL O edifício estufa, é o símbolo da postura de acomodação do projetista que desconsidera as peculiaridades climáticas e culturais locais: é uma construção altamente dependente dos meios artificiais de climatização, por isso consome energia elétrica em excesso. É o que podemos chamar de “Arquitetura Neutra” A tendência à neutralização do lugar tem acarretado graves conseqüências ao meio ambiente.

52 Ambiente urbanos “internacionalizados” em diferentes cidades do mundo
A SITUAÇÃO ATUAL Ambiente urbanos “internacionalizados” em diferentes cidades do mundo Atualmente, além de degradar o ambiente natural urbano, o homem vem se responsabilizando pela inadequação ambiental de seu próprio habitat Desequilíbrio do meio Desconforto Insalubridade para a população urbana São Paulo Fonte: images.world66.com/ce/nt/ro/centro_da_cidade_... São Paulo -Brasil Fonte: Hong Kong

53 A NEUTRALIDADE DOS ESPAÇOS
O ambiente construído principal unidade ambiental do homem, vem perdendo sua secular vocação de se adaptar ao ambiente natural para ser o maior consumidor de recursos naturais do planeta O atual paradigma subjuga e padroniza a identidade arquitetônica e urbana, assim como, sua potencialidade ecológica em favor do lucro, do alto consumo energético e da super-exploração dos recursos naturais. Tudo isto vem contribuindo para o agravamento da crise ambiental. Funcionamento da cidade baseado em eletricidade / petróleo / gás); Utilização e consumo de energia em GRANDE ESCALA

54 Sintomas de patologia urbana
CICLOS ECOLÓGICOS URBANOS E SUAS PATOLOGIAS Ciclo urbano Sintomas de patologia urbana Atmosférico O2 CO2 CO SO2 O3 Aumento da contaminação ambiental, poluição. Aumento do CO2 e CO. Reaquecimento da atmosfera urbana. Efeito de ilha de calor urbana. Menor renovação do ar no entorno. Hidrológico O2 H2O Desequilíbrio ambiental. Diminuição da umidade relativa em áreas densas Alteração dos aqüíferos naturais. Aumento dos escoamentos superficiais. Salinização de solos por regas intensivas. Contaminação de águas superficiais e subterrâneas. Alteração do clima urbano (precipitação e temperatura). Matéria orgânica e resíduos N Ar N2O NH3 CH4 Aumento dos resíduos sólidos urbanos de matéria orgânica, com excedente de nutrientes. Alteração da composição do solo. Contaminação das águas subterrâneas por infiltrações. Salinização das terras, perda de fertilidade do solo. Energético Esgotamento das energias no renováveis. Custo energético e contaminação.

55 AMBIENTES DE CONSTRASTES
Edificações no Iran Fonte: Fonte: Edificações no Japão Fonte: Fonte:

56 Após a Segunda Guerra Mundial, já se observava a preocupação de controlar melhor os prejuízos ambientais decorrentes da inadequação climáticas das estruturas urbanas ao clima ; Com a crise energética da década de 70 e o aumento da população nos centros urbanos na década de 80 tornou-se evidente a necessidade de revisão dos valores arquitetônicos internacionais que exigem um elevado consumo energético.

57 ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA
Apesar da forte tendência à neutralização da arquitetura observada ainda nos dias atuais, podemos citar algumas exemplos contemporâneos que mostram experiências significativas da preocupação crescente dos arquitetos com a melhorais da qualidade das edificações, adotando as considerações relacionadas aos aspectos de eficiência energética e de adequação climática. Fonte: Acesso: outubro de 2005

58 Pavilhão de Servilha na EXPO 92 Nicolas Grimshaw
A cascata no Pavilhão de Servilha fez com que o edifício consumisse apenas um quarto da energia que seria necessária se fosse totalmente climatizado com ar condicionado Protetores solares Ventilação na cobertura Cascata Fonte: elmo.academyart.edu/.../High/Images/tintr078.jpg acesso: outubro de2005

59 CONCLUSÃO Com a incorporação dos elementos próprios do lugar, especialmente os ambientais que são os que outorgam caráter e definem os espaços da cidade, é possível realizar um planejamento local específico, mais adequado à grande diversidade regional. A consideração destes elementos nos permite atender melhor às exigências da qualidade de vida humana


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