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Envelhecimento e Doença: reflexões fonoaudiológicas

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Apresentação em tema: "Envelhecimento e Doença: reflexões fonoaudiológicas"— Transcrição da apresentação:

1 Envelhecimento e Doença: reflexões fonoaudiológicas
Denise de Oliveira Teixeira Profa. assistente mestre do Departamento de Clínica Fonoaudiológica da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-SP.

2 Objetivos Apresentar intervenção fonoaudiológica voltada à linguagem do idoso doente, a partir da articulação entre os conceitos de normalidade e patologia, de sujeito do envelhecimento e de linguagem; Fomentar a implementação de práticas discursivas com idosos parcialmente dependentes, especificamente na instituição Centro-Dia do Idoso, entendidas como cuidado à saúde.

3 O Normal e o Patológico Para Canguilhem (1990), a doença difere da saúde, o patológico do normal, como uma qualidade difere da outra. O estado patológico é uma maneira de viver, o que nos impede de definir a anormalidade pela ausência de normalidade. Ou seja, não é possível definir o normal a partir do patológico e vice versa. O ideal de saúde seria a capacidade de instituir novas normas, mesmo orgânicas, na flutuação das situações. O ser doente é aquele que perdeu a capacidade de instituir novas normas, diferentes, para condições novas.

4 O Normal e o Patológico no Envelhecer
Groisman (2002) analisa os conceitos de normalidade e patologia, à luz do processo histórico de constituição do saber médico sobre o envelhecimento, apontando que a dificuldade de delimitação das fronteiras entre o normal e o patológico na velhice marca a constituição da geriatria e constitui um dilema para a gerontologia.

5 O Normal e o Patológico da Linguagem do Envelhecer
Tubero (1999) afirma que uma antiga dicotomia envolve a questão da linguagem do envelhecer: o normal e o patológico. Aponta uma prevalência de estudos sobre as alterações de linguagem do idoso decorrentes de processos patológicos e defende a necessidade de pesquisas sobre as transformações e mudanças naturais da linguagem no envelhecimento, mesmo para a compreensão dos processos patológicos.

6 O Sujeito do Envelhecimento
Antropologia: representações sociais de decrepitude e perda têm caracterizado hegemonicamente a visão contemporânea de velhice. (Debert -1999; e Gusmão – 2003; 2005) Psicanálise: as imagens do corpo e a representação do tempo - as limitações corporais e a consciência da temporalidade - são problemáticas fundamentais no processo de envelhecimento. (Goldfarb – 1998; 2002)

7 Doença no Envelhecer O envelhecimento, ao se traduzir no contexto sociocultural como negatividade, agrava o que é sentido como perda e vulnera os recursos internos do indivíduo, construídos ao longo de toda uma vida. Mais comprometedor, ainda, é o caso do acometimento por uma doença incapacitante, severo agravo à condição de velho, quando o sentimento das perdas pode chegar a transformar-se em fantasias indecifráveis, elevando à tensão frente aos limites ameaçadores que se impõem ao indivíduo (PY & TREIN. 2002:1014).

8 A Linguagem no Envelhecer
Linguagem é atividade simbólica cuja propriedade fundamental é a constituição do sujeito. O locutor, ao dizer, se propõe como sujeito. Fundamento lingüístico da subjetividade (Orlandi; 1990). É na e pela linguagem que nos fazemos sujeitos ao longo da vida; logo, a promoção de práticas discursivas na velhice pode contribuir para a produtividade subjetiva do idoso, inclusive na doença.

9 Práticas Discursivas e Envelhecimento com dependência parcial
Disciplina eletiva teórico-prática oferecida aos alunos do 4º ano de graduação e de especialização em fonoaudiologia da Faculdade de Fonoaudiologia PUC-SP. A atividade de estágio ocorreu em Centro-Dia do Idoso, localizado no município de São Paulo, duas vezes por semana, com 3 horas de duração, entre agosto e dezembro de 2006. A intervenção focalizou o exercício de práticas discursivas em torno do resgate coletivo de lembranças e o registro de memórias, visando ao compartilhamento com cuidadores e familiares, por meio da edição de Folhetim e de Memórias Autobiográficas.

10 Centro-Dia do Idoso Plano Nacional do Idoso - PNI: o Centro-Dia deve atender à demanda da comunidade, a fim de oferecer um equipamento social alternativo ao asilamento do idoso com dependência parcial. Deve compor os programas municipais de atenção integral às pessoas idosas, com carências familiares e funcionais e que não podem ser atendidas em seus próprios domicílios ou serviços comunitários.

11 Metodologia (adaptada de Bosi, 2003)
Pré-entrevista com o idoso: esboçar roteiro das entrevistas futuras e detectar temas promissores; Pesquisa histórica prévia sobre a época do(s) assunto(s) eleito(s) pelo idoso para formular questões que mobilizem a lembrança e a narrativa: Livros, revistas, jornais, fotos, filmes, músicas, anedotas e provérbios do período foram consultados; Depoimentos foram registrados ou gravados semanalmente, transcritos e devolvidos aos seus autores para que pudessem ser revistos.

12 Práticas discursivas no Centro-Dia
Roda de Conversa Folhetim Rodas de conversa entre alunos, idosos e cuidadores, duas vezes por semana, com 2 horas de duração; Foi proposta ao grupo a elaboração de um Folhetim institucional com intuito de registrar e compartilhar com os familiares, voluntários e cuidadores as lembranças e conhecimentos negociados, entendidos como patrimônio individual e social;

13 Registro de Memória Autobiográfica
Os idosos participaram e opinaram ativamente de todas as etapas de elaboração do Folhetim: definição das seções, seleção de imagens, diagramação e revisão final para impressão do exemplar 1, ano 1. Registro de Memória Autobiográfica Atividade desenvolvida com cada um dos idosos que desejaram ter suas lembranças registradas. Os encontros entre o memorialista e seu escriba (aluno) ocorreram semanalmente, com uma hora de duração;

14 A atividade desenvolvida pelos estagiários e idosos foi concretizada e finalizada com chá da tarde, denominado Chá com Memórias, para lançamento do folhetim e das memórias aos cuidadores e familiares.

15 Benefícios Identificados
As práticas discursivas potencializaram a interação entre os idosos, especialmente com os cuidadores, indicando a ampliação das relações na instituição; O resgate da historicidade dos idosos favoreceu a (re)significação de suas histórias de vida para além do episódio patológico que os levou à condição de dependência parcial;

16 A integração entre os jovens (alunos) e os idosos permitiram o (re)conhecimento dos múltiplos tempos geracionais que compõem as histórias de vida individual e coletiva. A qualidade do vínculo e compromisso pactuou a relação entre idosos e estagiários; O compartilhamento dos produtos (folhetim e memórias autobiográficas) em solenidade preparada pelos idosos e estagiários parece ter sido relevante para os amigos e familiares convidados para a ocasião, particularmente para os familiares de idosos com quadros demenciais.

17 Práticas discursivas e Cuidado à saúde do Idoso
A implementação de práticas discursivas em instituições que congregam idosos doentes e parcialmente dependentes pode ser um profícuo caminho para a (re)construção de ações fonoaudiológicas de cuidado à saúde do idoso.


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