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PublicouKamilly De Brito Alterado mais de 10 anos atrás
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EVANGELIZADOR DOS POBRES Nasceu na Panónia (Hungria) por volta de 316, filho de pais pagãos. Era soldado quando resolveu voltar-se definitivamente para Cristo e fazer-se discípulo de Santo Hilário (339), na França. Ainda catecúmeno, vê um pobre a tiritar de frio e partilha com ele o seu manto. Diz- se que na noite seguinte lhe apareceu Cristo vestido com esse manto. É batizado e ordenado sacerdote.
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Vai ainda à Panónia tentar converter a família e parece que teve êxito com a mãe. Funda o mosteiro de Ligugé, perto de Poitiers, onde vive alguns anos. Mas não pôde ficar insensível à pobreza em que viviam os camponeses e começou a pregar-lhes o Evangelho. Ordenado bispo de Tours (372) agrupou junto de si outros monges desejosos da oração mas também da missão.
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Martinho, além da evangelização dos pobres, dedicou particular atenção à formação do clero. Morreu em Candes, perto de Tours, em 397, para onde se deslocou para apaziguar o clero. Logo o seu culto se espalhou por toda a Gália e pela Europa. Durante a Idade Média faziam-se peregrinações ao seu túmulo quase como ao túmulo dos Apóstolos. A sua fama de taumaturgo atraia sobretudo os doentes na esperança de cura.
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A descrição da sua morte, feita por um discípulo, é-nos de grande edificação. Querendo mudá-lo de posição no leito de dor, ele suplicou que o deixassem olhar para o céu para que os seus olhos vissem o caminho por onde a alma devia dirigir-se para o seu Deus. Perante as lágrimas dos discípulos e o medo de ficarem sós, quando os lobos (hereges) invadiam o rebanho, disse:"Senhor, nem tenho medo de viver, nem de morrer; se ainda sou necessário ao vosso povo, não recuso o trabalho; faça-se a tua vontade". E o biógrafo conclui: "Ó beato Martinho, que não temestes nem a morte nem a vida, contanto que a vontade de Deus fosse feita".
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Martinho soube com muita antecedência o dia da sua morte e comunicou a seus irmãos que a separação do seu corpo estava iminente. Entretanto, viu-se obrigado a visitar a diocese de Candes. Tinham surgido, com efeito, desavenças entre os clérigos desta igreja e Martinho desejava restaurar a paz. Apesar de não ignorar o fim próximo dos seus dias, não recusou partir perante motivo desta natureza, por considerar como bom termo da sua atividade deixar a paz restabelecida nessa igreja.
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Permaneceu algum tempo nessa povoação ou comunidade para onde se dirigia. Depois de feita a paz entre os clérigos, pensou em regressar ao mosteiro. Mas de repente sentiu que lhe faltavam as forças do corpo. Reuniu os irmãos e participou-lhes que ia morrer. Então começou o pranto, a consternação e o lamento unânime de todos: «Pai, porque nos abandonas? A quem nos confias na nossa orfandade?
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Lobos ferozes assaltam o teu rebanho; quem nos defenderá das suas mordeduras, se nos falta o pastor? Sabemos sem dúvida que suspiras por Cristo, mas a tua recompensa está assegurada e não será diminuída se for adiada. Antes de mais, compadece-te de nós, que nos deixas abandonados». Então, comovido por estes lamentos e transbordando da terna compaixão que sempre sentia no Senhor, diz-se que Martinho se associou ao seu pranto e, voltando-se para o Senhor, assim falou diante daqueles que choravam:
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«Senhor, se ainda sou necessário ao vosso povo, não me recuso a trabalhar; seja feita a vossa vontade». Oh homem extraordinário, que não fora vencido pelo trabalho nem o haveria de ser pela morte e que, igualmente disposto a uma ou outra coisa, nem teve medo de morrer nem se furtou a viver! Entretanto, com as mãos e os olhos sempre elevados para o céu, o seu espírito invencível não abandonava a oração. Quando os presbíteros, que se tinham reunido à sua volta, lhe pediram para aliviar o seu pobre corpo mudando de posição, disse:
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«Deixai-me, irmãos, deixai-me olhar antes para o céu do que para a terra, para que a minha alma, ao iniciar a sua marcha para Deus, siga bem o seu caminho». Ao dizer isto, reparou que o diabo se encontrava perto. «Porque estás aqui, disse, besta sanguinária? Nada encontrarás em mim, maldito; o seio de Abraão me recebe». Depois de pronunciar estas palavras, entregou o seu espírito ao Céu. Martinho, cheio de alegria, foi acolhido no seio de Abraão. Martinho, pobre e humilde, entrou rico no Céu.
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11/11/2010
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