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Gaseificação Térmica de Biomassa
Paulo S.D. Brito(1), Anabela Oliveira(1), Luiz Rodrigues(1) ,Luís Calado(1) (1) C3i – Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação, Instituto Politécnico de Portalegre, Apartado 148, Portalegre, Portugal – Projeto 0406_ALTERCEXA_II_4_E Central Piloto de Biomassa Síntese O uso de fontes renováveis de energia está a tornar-se cada vez mais necessário, se quisermos alcançar as mudanças necessárias para enfrentar os impactes do aquecimento global. A biomassa é a forma mais comum de energia renovável, e é amplamente utilizada em países em vias de desenvolvimento, e mais recentemente, é olhada de outra forma pelos países desenvolvidos. A gaseificação térmica destina-se à conversão de combustíveis sólidos em combustíveis gasosos, através da oxidação parcial de biomassa a altas temperaturas, próximo dos 800º C. O gás produzido contém concentrações consideráveis de hidrogénio, monóxido de carbono e metano, gases responsáveis pelo aumento da energia química do gás. O gás produzido pode ser utilizado como uma matéria-prima (syngas) na produção de produtos químicos (metanol, por exemplo) , pode também ser queimado directamente ou usado como combustível para motores a gás. Os ensaios à biomassa são realizados na Central Piloto de Biomassa, instalada no Parque Industrial de Portalegre. A central é baseada na tecnologia de leito fluidizado, com capacidade de processamento de aproximadamente 100 kg / h, e opera entre 750ºC e 850 º C. Análises à Biomassa Previamente aos ensaios na Central Piloto de Biomassa, serão realizados, no Laboratório de Química da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, várias análises à biomassa. Os resultados das análises irão permitir ter uma ideia da quantidade de biomassa que se pode admitir por hora e da forma como todo o processo de gaseificação se irá realizar. As análises laboratoriais são: Humidade - teor em humidade da amostra; Análise Elementar – determinação da composição da biomassa no que respeita à percentagem carbono, hidrogénio, azoto e enxofre; Poder Calorífico – quantidade energética que a biomassa contém; Análise Gravimétrica Térmica – determinação da humidade, carbono e cinzas. Fig. 5 – Central Piloto de Biomassa. Alimentação de biomassa Gaseificação de Biomassa Arrefecimento do Gás Limpeza do Gás Combustão do Gás Fig.1 – Balança OHAUS MB Graf.1 – Resultado dos ensaios de Humidade. Fig. 6 – Funcionamento da Central. Análise do Gás No Laboratório de Química o gás é analisado através de cromatografia gasosa. O gás produzido e analisado apresenta um poder calorífico entre 3 e 5 MJ / kg Os alcatrões recolhidos durante o ensaio também serão analisados por cromatografia gasosa. a) b) Fig. 7 – Análise do gás de Síntese - a) Cromatografo Gasoso e b) Saco da amostra de gás de síntese. Fig.2 – Analisador elementar Flash 2000 Thermo Unicam Graf.2 – Resultado dos ensaios de Análise Elementar. Tabela 1 – Tabela contendo todos os parâmetros relativos ao ensaio da biomassa e posterior análise e tratamento dos dados ao biogás. Fig.3 – Calorímetro IKA C Graf.3 – Resultado dos ensaios ao Poder Calorífico das Diferentes Biomassas. Conclusão Aumentar a auto-suficiência energética As energias renováveis são recursos energéticos endógenos e podem desempenhar um papel chave na redução da dependência da energia importada. O desenvolvimento regional e a criação de emprego Fontes renováveis de energia são elementos importantes no desenvolvimento regional e na criação de emprego, especialmente em áreas rurais, que muitas vezes sofrem elevada taxa de desemprego. Melhorar a competitividade As energias renováveis são cada vez mais competitivas comparada com as energias ditas convencionais. Porque quase dois terços da energia de fontes renováveis provêm da biomassa, incluindo alguns resíduos. Fig.4 – Analisador Gravimétrico Térmico PerkinElmer STA Graf.4 - Resultado dos ensaios de TGA relativos à cascaria do café.
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