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CAPITULO lll Preparação e leitura.

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1 CAPITULO lll Preparação e leitura

2 1.° Haverá diferentes espécies de preparação para a oração?
Os autores carmelitanos distinguem muitas vezes uma dupla preparação: a preparação próxima, pela qual a alma se põe em contacto imediato com Deus para iniciar a conversação intima com Ele, e a preparação remota pela qual a alma dispõe as próprias potências para um maior recolhimento em Deus.

3 2.°O que deve exigir-se para que as potências da alma estejam disponíveis a recolher-se?
É necessário que não estejam absorvidas excessivamente pelas criaturas e que seja cultivada a tendência que têm para ocupar-se de Deus. Para favorecer estas disposições há contribuição dos dois elementos que constituem a preparação remota. O primeiro elemento— por se tratar de afastar de um obstáculo – é negativo; o segundo – destinado a produzir uma qualidade – é positivo.

4 3º - Qual é o elemento negativo da preparação remota
Fugir das divagações do espírito e das prisões do coração. Para que a prática do amor a Deus seja fácil, é preciso ter o coração livre; isto-exige um grande desprendimento das criaturas. Quem quer amar-muito, deve guardar para Deus o vigor e a ternura da sua afeição e não desperdiçá-la por pessoas e coisas que facilmente prendem um coração desacautelado. Por outro lado, a liberdade de espirito não se atinge sem uma grande mortificação dos sentidos que são janelas abertas para as coisas terrenas, nem sem a vigilância da memória que nos leva ao mundo pelas recordações, e o espirito deve também evitar os pensamentos inúteis. É, pois, mister vigiar o coração e o espirito.

5 4.°— Qual é o elemento positivo da preparação remota?
O exercício da presença de Deus que procuramos tornar contínuo tanto quanto possível. Por este santo exercício, que recolhe em teus o pensamento e a vontade, conservamos um certo contacto com Deus mesmo no meio das ocupações mais materiais, e conversamos muitas vezes com Ele durante o dia. A fidelidade a esta prática cria pois em nós uma certa facilidade em falar com Deus assim como um certo desembaraço em nos pormos em contacto mais íntimo com Ele nisto consiste a preparação próxima.

6 5.o— Qual é a atitude espiritual que mais ajuda a alma para o contacto com Deus?
A atitude humilde e confiante que nos põe em frente de Deus da posição que mais nos convém. Na verdade Deus é nosso Pai e quer que sejamos para Ele filhos necessitados. Fundemos em nós a convicção da nossa pobreza pela lembrança das nossas faltas as quais muito bem descobrem a miséria que temos. Por conseguinte longe de fletirmos sobre nós mesmos ou de desanimarmos ao ver a nossa pequenez, procuremos refúgio nos braços de Jesus que disse: sem mim nada podeis fazer, convidando-nos assim a recorrer a Ele. Ele a razão por que S Teresa nos exorta ao exame de consciência no princípio da oração, para a confissão e buscar a companhia de Jesus.

7 6.°Qual é a maneira mais prática de pôr a alma perto de Deus?
Qualquer maneira de nos pormos na presença de Deus é útil para este fim contanto, que seja exercitada com grande aplicação e intensidade. Há contudo duas maneiras especialmente, oração diante do Sacramento e recolher-se dentro da alma prestando atenção às Três Pessoas divinas que habitam na alma em estado de graça e se oferecer a ela para que As conheça e As ame. Para começar o colóquio com Deus presente recordaremos depois o tema escolhido na leitura.

8 7.° Em que momento se deve fazer esta leitura?
Preferivelmente antes de ir à oração, isto é, durante o quarto de hora que nos é concedido como preparação. Se não pudemos ocupar-nos disso, poderemos fazê-lo no começo da oração. Nas comunidades religiosas é de uso fazer uma curta leitura em voz alta no princípio da oração mental.

9 8.° Para que serve a leitura «em comum»?
Serve para fornecer um assunto de meditação a quem estivesse desprovido, mas não há qualquer obrigação de servir- se do ponto que se lê. Habitualmente as almas vêm para a oração com um assunto preparado pela leitura feita em particular. Mas se, naquele momento, o ponto que está a ser lido nos agrada mais que o tema escolhido antes, podemos mudá-lo, usando nisto a maior liberdade.

10 9. A leitura deve servir sempre para preparar matéria para a meditação?
Tal é a sua finalidade habitual e nisto se distingue da leitura espiritual a qual tem um fim mais largo: o de instruir nas coisas do espírito. A leitura de que falamos serve ao contrário, para nos fornecer imediatamente uma verdade que penetraremos pela reflexão, para tirar daí uma convicção mais profunda do amor que Deus nos tem. Todavia para as almas que já não fazem oração sob a forma meditativa mas que chegaram à oração que S. Teresa chama de recolhimento ou a uma forma ainda mais alta, a leitura já não serve tanto para escolher um assunto, mas antes para recolher a alma dispondo-a suavemente para tomar na oração um repouso em Deus.

11 10º Que livros devemos escolher de preferência para esta leitura?
Depende da finalidade da leitura. Quando se trata de achar um assunto de meditação, poderão servir para este fim, além dos livros de trechos de meditação, todos aqueles que focarem as inúmeras manifestações do amor de Deus por nós. Contudo será bom que utilizemos livros já conhecidos. Quando se trata de ler unicamente para recolher o espírito, qualquer escrito que inspire um intenso amor a Deus, será útil. As obras dos nossos Santos (da Ordem do Carmelo) pertencem a esta categoria. A escolha dos livros é portanto condicionada pelo fim imediato da leitura; mas a cultura e a idade espiritual da pessoa deverão também ser considerada na escolha. Livros, intelectual ou espiritualmente, muito elevados serão pouco compreendidos e necessariamente darão aridez.

12 11º - Poderemos igualmente fazer leitura nas “vida dos santos”?
Também não são excluídos, sobretudo porque muitas almas se sentem mais tocadas pelo exemplo dos santos que viveram a doutrina espiritual do que pelo exposto especulativo. Contudo não devem ser lidas para satisfazer curiosamente nem prolongada inutilmente a sua leitura. Por isso também não convém ler como preparação da meditação uma vida nova pois excita a imaginação. Vale mais contentar-se com qualquer perfil sintético duma figura estudada anteriormente.

13 12º— Como devemos ler? Antes de tudo, com atenção, pois a finalidade da leitura é achar um assunto da conversação com o Senhor. Daí a necessidade de percorrer o texto pausadamente sob pena de deixar escapar muitas luzes. Além disso com devoção e recolhimento porque esta boa disposição do coração, favorecendo em nós a busca de qualquer coisa útil para a alma, torna-nos mais atentos e mais sensíveis às ideias boas. Poderemos então prever mais facilmente os temas fecundos, e também preparar de certo modo os afetos que desejamos manifestar e as resoluções que queremos tomar. Tudo isto sem constrangimento demasiado, porque o fim da leitura é simplesmente ajudar-nos segundo as necessidades que temos. Acrescentemos ainda uma nota: se é feita em comum, a leitura deve ser curta para não aborrecer os que dela não se servem, os quais, diga-se, são numerosos.

14 13.º Poderemos retomar a leitura durante a oração?
Não é excluído e poderá mesmo ser aconselhável em uma ou outra ocasião particular. S. Teresa nunca ia à oração sem levar um livro. Por vezes acontecerá que estamos tão distraídos que a maneira mais prática de voltar ao Senhor é dar ao espírito um bom pensamento por meio da leitura. Da mesma maneira, quando na meditação e conversa com Deus a atenção se torna dificultosa por um pouco de cansaço é muitas vezes oportuno conservar o tema da meditação ao alcance da vista. E uma ajuda exterior para nos tornar mais atentos. Contudo de modo nenhum transformemos a meditação em leitura. A oração deve ser pelo menos uma leitura meditada que suspendemos de vez em quando para dar lugar aos afetos e resoluções. Assim a leitura se torna então um meio de conversação com Deus.

15 A meditação e o colóquio
CAPITULO lV A meditação e o colóquio


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