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Caso 2:Permanecendo Humanos mas não reativos à dor Familiar

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Apresentação em tema: "Caso 2:Permanecendo Humanos mas não reativos à dor Familiar"— Transcrição da apresentação:

1 Caso 2:Permanecendo Humanos mas não reativos à dor Familiar
O PROCESSO DE ACOLHIMENTO EM SITUAÇÃO DE MORTE EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: O QUE FAZEMOS POR AQUI Edna de Almeida Monteiro; Maria Cristina F. Santoro; Sílvia H. Tenan Magalhães; Vera Lúcia P. Morgado; Celma Matos; Emília Doka Osakabe Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP Caso 2:Permanecendo Humanos mas não reativos à dor Familiar Criança de 2 anos e meio, hospitalizada na Unidade Funcional de Pediatria, foi submetida à cirurgia e durante o processo não resistiu. A genitora muito jovem, casada e referia ter ainda mais dois filhos: uma criança de 7 anos de idade, freqüentando a creche da cidade e um outro filho de 1 ano que apresentava diagnóstico clínico de hidrocefalia. A equipe que atendia a criança não conseguiu informar a genitora sobre o óbito. O serviço social e o serviço de psicologia foram acionados para acolher as manifestações emocionais da mãe e da equipe que prestava o atendimento na enfermaria e no centro cirúrgico. O atendimento durou aproximadamente 7 horas, pois exigia da equipe não só a continência das manifestações emocionais, que oscilava entre sentimentos de tristeza, angústia, medo e revolta, além da necessidade de comunicar o pai sobre o ocorrido, providências pertinentes ao funeral e conectar uma rede social capaz de validar o processo. O desejo de vestir a filha com um vestido novo, conforme havia prometido que faria no momento da alta, foi atendido pela equipe de trabalho demonstrando autonomia e responsabilização pelas ações, construindo um novo paradigma. Caso 3: Respeitando a Esperança de vida e de Viver Paciente de 47 anos de idade, sofreu trauma grave após ser baleado na cabeça. Os familiares que compareceram ao hospital eram ligados ao mesmo diretamente, porém nos chamou atenção uma criança de 10 anos de idade que requereu seus direitos de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente e nos auxiliou na condução e acolhimento aos familiares. Dado a complexidade clínica, vários encontros foram realizados com os familiares e nestes a criança esteve presente questionando não só o tempo de permanência do paciente e possíveis seqüelas neurológicas, mas quanto tempo permaneceria na unidade hospitalar. Nos momentos que precederam a morte do pai, a criança pode manter um contato com o mesmo à beira do leito e resgatar momentos felizes, palavras de conforto, de apoio, mencionava planos para o futuro, ao mesmo tempo que resgatava o passado, do quanto ele havia sido importante para ela. O rito de passagem se faz necessário nas famílias e possibilita a elaboração do luto através da vivência e autorização das manifestações emocionais. A negação é a primeira manifestação da perda através da morte, seguida de revolta. A flexibilidade da equipe em atender as necessidades da criança, possibilitou à família o re-encontro através da autorização da equipe que identificou na criança a capacidade de acolhimento e extensão aos demais familiares. Comunidade, colegas de trabalho. Família 4. Família nuclear Indivíduo INTRODUÇÃO O acolhimento aos familiares em situação de morte, em uma unidade de urgência e emergência terciária, integrante do Sistema Único de Saúde, necessita de organização do fluxo de pacientes, definição de protocolos de atendimento, entrosamento da equipe multidisciplinar, competência técnica e disponibilidade interna dos profissionais. A reação da família diante do enfrentamento da morte depende de múltiplos fatores: idade do paciente, estado civil, etapa do ciclo de vida individual e familiar, diagnóstico clínico, tempo de evolução da doença, tempo de permanência no ambiente hospitalar, papel que o membro da família desempenha no sistema, aspectos culturais, sistema de crenças da família, religião, situação sócio-econômica e previdenciária, bem como os aspectos emocionais. OBJETIVO Descrever através de relato de caso a experiência do serviço social que atua diuturnamente na Unidade Funcional de Acolhimento e Comunicação, destacando o acolhimento psicossocial aos familiares de pacientes em situação de morte, sistema de crenças e a ressonância nos profissionais envolvidos nesse processo. METODOLOGIA No ano de 2005 foram registrados 896 óbitos, dos quais o serviço social atuou em 225 casos. Será apresentado a atuação da equipe multidisciplinar em três casos, os quais mobilizaram no grupo os mais diversos sentimentos. Estressores verticais Níveis do Sistema Padrões, mitos, segredos e legados familiares 1.Social, cultural, econômico 2. Comunidade, colegas de trabalho 3. Família ampliada 4. Família nuclear 5. Indivíduo tempo Estressores Horizontais 1. 1. Desenvolvimentais Transições de ciclo de vida 2. 2. Impredizíveis Morte precoce, doença crônica, acidente Caso 1: Reconhecendo e Encorajando a Família a Utilizar seu próprio Estilo, Costumes e Rituais para lidar com a Morte Paciente de 25 anos de idade, procedente da cidade de São Paulo, vítima de acidente quando se dirigia para a região de Ribeirão Preto, numa motocicleta com um amigo, deu entrada na Unidade de Emergência em estado grave no período da noite. Os familiares foram acionados e a mãe compareceu no mesmo dia. No dia subsequente, logo pela manhã, a equipe médica já nos informou que o referido apresentava hipótese diagnostica de morte encefálica. No decorrer do dia a equipe de Assistentes Sociais e Psicólogas se revezaram no acolhimento à mãe, que encontrava-se só, pois o casal estava separado e o progenitor residia em outro país. Sua filha estava numa cidade no Estado do Rio de Janeiro e o atual companheiro não havia chegado ao hospital. As informações e condutas médicas foram passadas continuamente durante as 18 horas que permaneceram no serviço. O acolhimento das necessidade sociais e emocionais só puderam acontecer porque os atores sociais mantiveram a capacidade de valorizar a integralidade do cuidado, com vistas a humanização, bem como a inclusão de outros sujeitos no atendimento. O sacerdote que atendia uma outra família também foi incluído à pedido da mãe, mesmo ela dizendo que “ era atéia”. O vínculo desenvolvido entre a mãe e o sacerdote possibilitou um novo arranjo conforme explica Durkhein (1893): “Solidariedade é própria de papeis muito diferenciados, nos quais a complementariedade de cada um em relação ao outro exige colaboração ativa”. RESULTADOS E DISCUSSÃO A reflexão sobre o atendimento aos familiares em situação de morte, revelou a necessidade da equipe desenvolver conhecimento transdisciplinar, habilidades, atitude e a criação de novos paradigmas alicerçados na capacidade de continência das manifestações psicossociais das famílias. A instituição ao criar condições para a participação da família no tratamento do paciente, abre um espaço para que estes sentimentos sejam legitimados e recebam por parte dos profissionais envolvidos, um tratamento acolhedor e humanizado. A morte nos seus aspectos subjetivos afeta a todos, inclusive aos profissionais, lembrando que as histórias de perdas, separações e morte também organizam nossas vidas. O adoecer pode ser visto como um rito de passagem, na qual a hospitalização constitui um aspecto do ritual que a cultura contemporânea disponibiliza para seu atravessamento. CONCLUSÃO O que fazemos por aqui com as descrições que recolhemos? Podem nos auxiliar a compreender o fenômeno? Como o Serviço Social está se apropriando desse acontecimento nas famílias como um novo paradigma institucional? Para um familiar que recebeu atendimento em situação de morte na Unidade de Emergência “O trabalho dessa equipe demonstra que o serviço público é um espaço privilegiado para reunir o que o ser humano é capaz: aliar conhecimento técnico a um trabalho integrado de atendimento às pessoas nos momentos em que elas mais precisam”.(Carta Aberta) .


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