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Violências nas escolas

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Apresentação em tema: "Violências nas escolas"— Transcrição da apresentação:

1 Violências nas escolas
“Violência é uma palavra ícone da modernidade em crise” (RIFIOTIS, 2000). Estado Nação e Violência A violência na vida das crianças e dos adolescentes; Violência nas escolas e suas faces contextualizadas nas sociedades: francesa; americana; brasileira.  

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Estado Nação e Violência GIDDENS (2001) vê a história sem nenhuma linearidade ao contrário, vê a modernidade como uma ruptura. Sua análise histórica está estruturada em eixos fundamentais, 1) uma genealogia do Estado em formação pré-capitalistas, as quais se constituem em exemplares de “sociedade divididas em classe” antes que de “sociedades de classe”; 2) a definição do capitalismo e uma discussão de sua relação com o industrialismo;

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Estado Nação e Violência 3) as relações do modo capitalista de produção com, sobretudo, o Estado-nação; 4) a vigilância e a pacificação subjacentes e associadas historicamente ao surgimento do estado-moderno; 5) a “poliarquia”, a cidadania, o nacionalismo e o totalitarismo típicos da modernidade ocidental; 6) o papel da guerra na formação do Estado-nação; 7) o futuro dos movimentos sociais; 8) a situação da teoria crítica no mundo contemporâneo – “realismo utópico”.

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teses de Marshall - desenvolvimento da cidadania e a articulação com a noção de poliarquia (governo de muitos) forma contemporânea da democracia. Marshall distingue três formas de direitos direito civis, políticos, sociais Juntos preservam a cidadania. Já Giddens discorda e afirmar que “o papel das lutas dos trabalhadores em seu estabelecimento, substitui o próprio conceito de direitos sociais por direitos econômicos” (GIDDENS, 1982).

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Domingues (2001) a busca de um “local” onde se realizariam os direitos nascem de tipos específicos de vigilância, em torno dos quais “disputas” e “conflitos” se desdobram. É necessário que se observe que a vigilância, uma forma de poder monitorado de certos grupos sobre outros, como parte de sistemas de dominação, desencadeia outros-sim, designado por Giddens (1982) como “dialética de controle”.

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Ou seja: para a vigilância exercida de cima para baixo se opõem formas de resistência e afirmação dos subordinados. No caso das três arenas distintas do direito, os direitos civis ligam-se à vigilância exercida pelas atividades de “policiamento” do Estado, e seu local de exercício é a corte de justiça. No caso dos direitos políticos têm como foco o parlamento ou as câmaras. Direito econômico possuem como foco o local de trabalho, seu eixo sendo sempre fornecido pela vigilância exercida pela gerência sobre a força de trabalho. Em sendo o local de trabalho seu foco, o local para exercício e defesa não é claro tornando-se grande tema de luta social no capitalismo.

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Assim para Guiddens, com uma nítida influência de Michel Foucault (1985) e Norbert Elias (1975), a vigilância é um elemento crucial para a ligação do Estado-nação, a economia capitalista e violência

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2.  O fenômeno da violência, várias dificuldades. à multiplicidade de compreensões a seu respeito. o divisor de águas entre o que é violência ou não, é muito tênue. várias são as correntes, teorias e ciências que tentam explicar o fenômeno da violência: Sob o olhar da antropologia neurofisiológico, etológico, psicológico e psicanalítico.

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O ponto de vista neurofisiológico traz os organismos mesmo, os mais elementares, como determinados, como produtos da interação e conseqüente reação aos estímulos do ambiente, que para eles são agressões. As tensões resultantes do meio são chamadas de stress, podem ser desde a um ataque microbiano a variação de temperatura, barulho, luz etc. Quando exposto a essas situações stressantes o organismo entra primeiramente em uma fase de alarme e depois resiste, essa resistência se esgota rapidamente. podemos discordar do caráter da inferência pura subestima o fator, tão importante, das significações apreendidas e do simbolismo no desencadeamento e na inibição da agressividade, principalmente as significações sociais.

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O ponto de vista etológico Lorenz (1969) a visão etológica Considera os comportamentos dos animais em seu meio ambiente natural. A agressividade seria um instinto que eventualmente se desencadeia sem razão ou um subinstinto a serviço de outros como a fome ou a sexualidade. Tais instintos têm funções positivas na evolução e preservação da espécie.

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O ponto de vista etológico Lorenz (1969) ao nível filogenético ele tende principalmente estruturar as relações sociais fazendo-as evoluir para o intercâmbio e a comunicação: “é um instinto de vida que organiza as relações dos seres vivos através de seus confrontos”. Estrutura-se com Lorenz (1969) a tese do Inato, uma força inata de confronto que estrutura a vida. Como ele mesmo diz: “o mal é bom para alguma coisa”.

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O ponto de vista psicológico Na ciência da psicologia existem várias correntes. Algumas pertencem a psicologia geral e apresentam teorias da agressividade e de suas causas a partir de estudos experimentais das condutas agressivas. Outras consideram as personalidades violentas numa perspectiva clínica. Outras finalmente consideram as relações de agressão em termos de interações sociais.

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corrente da psicologia geral/D. Caneghen em seus estudos experimentais e estatísticos, baseada nas teorias mecanicistas de tipo behaviorista ou neobehaviorista, considera os estímulos desencadeadores da agressividade e da raiva. O que comprovou isso foram pesquisas realizadas com crianças onde a privação de movimentos, de alimentos ou de bebida, desencadeou a raiva da criança. (Canghem, 1978).

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Outras teorias psicológicas insistem na importância dos modelos na aprendizagem da agressão. Assim jovens delinqüentes têm freqüentemente uma história familiar de crianças espancadas. Nessa linha, Bandura (1973), sublinha o importante impacto sobre as crianças dos modelos de comportamento agressivo difundido pela mídia. A agressão nesse caso é facilitada pela imitação, pela desinibição dos instintos agressivos, pelo desencadeamento de ações agressivas estruturadas no passado, ou ainda pelo aumento geral da excitação.

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A psicologia dinâmica traz a abordagem empírica que nos anos 60 foi utilizada para elaboração de modelos quantitativos, tentava correlacionar violência política e os diferentes indicadores, em particular econômicos, da situação social. Esses estudos tinham inspiração na teoria da agressão como efeito da frustração elaborada por Lorenz A psicologia clínicas e estatísticas. Elas sublinham os fatores traumáticos na formação das personalidades agressivas, o papel da frustração, a importância das separações e das crises familiares, o lugar dos processos de desdobramentos e a construção da personalidade paranóica.

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John Dollard (1961), cuja tese central é de que a primeira e típica reação à frustração é a agressão. Quanto mais forte é a estimulação, maior é a intensidade da frustração, e quanto mais a frustração afeta aspectos do comportamento mais importante será a agressão. A agressão é considerada por Dollard como a catarse da frustração.

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Tal tese passou por verificação experimentais medindo, por exemplo: a intensidade das raivas dos bebês a partir da quantidade de leite de que haviam sido privados até as frustrações da educação e da concorrência econômica, ou ainda as frustrações sexuais que explicariam parte da agressividade de nossas sociedades. Tais agressividades poderiam ser redirigidas através das competições esportivas, da violência fantasmática dos filmes ou da imprensa sensacionalista (Dollard et al., 1961).

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Já a psicologia social, estuda a agressividade e a violência no âmbito das situações de interação. Certas experiências de agressões e violências se concentram na dimensão propriamente social do fenômeno e nos fatores relativos ao grupo ou à autoridade, como é o caso de nosso objeto, violências nas escolas. Onde as interações aluno-aluno; aluno-professor; aluno-direção; professor-direção; funcionário-aluno; funcionário-direção e mais escola-família; e escola-sociedade são conflitantes e interações dentro de um modelo hierarquizado, muitas vezes autoritário.

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Ainda sob o olhar antropológico - contribuições da psicanálise, Freud, reconheceu muito cedo a importância da agressividade. Em 1915, em As pulsões e o seu destino, distingue simplesmente entre as pulsões sexuais que ultrapassam o indivíduo levando-o à realização das finalidades da espécie e as pulsões do ego que perseguem a autoconservação do indivíduo. Nessa mesma linha teórica, o ódio e o amor não se encontram em posições simétricas: o amor procede das pulsões sexuais enquanto o ódio tem a ver com a luta do ego para se afirmar e se manter (Freud, 1968).

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Abordagens sociológicas, podem ser subdivididas entre: as abordagens empíricas e teoria social (Michaud, 1989). Na abordagem empírica trabalhando com recursos estatísticos sofisticados, o sociólogo Gurr (1970) relaciona o número de acontecimentos violentos com indicadores socioeconômicos variados, mediu, então a intensidade da violência política considerando suas diversas espécies – manifestações terrorismo, guerra civil – sua extensão, sua duração e sua intensidade. Constatou, que o volume de violência varia proporcionalmente segundo a intensidade da privação relativa; que a violência também evolui proporcionalmente ao potencial repressivo e só começa a decrescer uma vez ultrapassado um certo nível – alto – desse potencial.

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A abordagem social - a teoria social tem a tarefa de compreender a violência enquanto fenômeno social. Fundamenta-se epistemologicamente no funcionalismo; no ponto de vista sistêmico e na concepção marxista.

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As abordagens sociológicas não deixam de ser funcionalistas, pois consideram a função da violência no espaço social. Os grandes sociólogos clássicos como: Spencer, Gumplowicz, Ratzenhofer, Summer, Max Weber ou Tönnie não ignoraram a importância do conflito, vendo nele até mesmo uma forma de sociabilidade dos grupos. Coser conclui em um de seus trabalhos: “A violência de um conflito que ameaça desagregar o consenso básico de um sistema social está ligada à rigidez da estrutura. Não é o conflito enquanto tal qual ameaça o equilíbrio dessa estrutura, mas a rigidez que permite que as hostilidades se acumulem e se concentrem numa única linha de separação quando o conflito eclode” (Coser apud Michaud, p:93). 

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Analisando o exposto: “os motins violentos, o terrorismo, as manifestações de violências nas escolas são meios de obrigar a levar em conta as reivindicações de grupos marginais e de conseguir ganhos. Vide o atentado ao World Trade Center em Nova York, onde um grupo extremista – o Taleban - quis fazer ouvir suas reivindicações.”

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Concepção Marxista sobre violência, reserva um lugar privilegiado, faz da luta de classes o motor do desenvolvimento histórico. Cada regime social, se caracteriza por um modo de produção determinado (modo de produção antigo, feudal, asiático, capitalista) a existência de classes antagônicas numa relação de dominação, exploração e de confronto violento.

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Marx apud Giddens (1992) coloca: “a violência é um aspecto inevitável da história, mas secundário e derivado. Não é o emprego da violência que produz as transformações sociais, são as transformações sociais que passam pela violência”. (Bottomore, T.B., p: 30). 

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Marx afirma que: o crime é uma necessidade das sociedades capitalistas, uma vez que a luta contra ele absorve um volume considerável de mão de obra, criando novas empresas de segurança, indústrias de armas e um grande volume de aparelhos de segurança industrial e de uso doméstico, aumentando assim a arrecadação do Estado.

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Durkheim, em As Regras do Método Sociológico, o primeiro autor a dar tratamento sistemático ao problema da violência. Durkheim (1980) escreve que a violência desperta e une as consciências. Segundo o autor a violência não se observa só na maior parte da sociedade, mas sim em todas as sociedades. Diz ainda da correlação da violência com a saúde pública afirmando:

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“A violência muda de forma(...) Sempre e em todas as parte do mundo existem homens que se conduziam de modo a incorrer na repressão penal. É a violência um fator de saúde pública, uma fonte integrante de qualquer sociedade sã (Durkhiem, 1980, p.85).

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Durkheim acentua que: além de reforçar a coesão social, o crime ajuda a vencer a rigidez das estruturas institucionais e normativas e o imobilismo, abrindo as portas às modificações necessárias e ao progresso. Esse mesmo autor cita, a propósito da rigidez das estruturas sociais, o caso de Sócrates, que era criminoso segundo o direito ateniense e cuja condenação nada tinha de injusto. Contudo, seu crime, a saber, a independência de seu pensamento, era útil não só para humanidade, mas também à sua pátria (Durkheim, 1980, p.90).

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Um grande legado de Durkheim Teoria da anomia é uma propriedade de um sistema social e não do estado de espírito deste ou daquele indivíduo dentro do sistema. Refere-se a uma ruptura dos padrões sociais que comandam a conduta, significando também pouca coesão social (Dias, 1984, p.311).

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Durkheim, (1980), usou o conceito de anomia, Para psicologia exprime um estado de espírito do indivíduo que perdeu o sentido de pertencer a uma sociedade e, conseqüentemente, o sentido de responsabilidade moral e social, para explicar uma forma específica de suicídio, mas acabou construindo uma teoria geral sobre a criminalidade e das formas mais variadas de comportamento desviante, desde o alcoolismo, consumo de drogas, doenças mentais e condutas políticas que levam à alienação da realidade política dominante. A teoria da anomia tem como pólo epistemológico a psicologia social e se assenta no determinismo sociológico.

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A crítica principal à Teoria da Anomia é que ela não descobre as tensões socialmente estruturadas que atingem o indivíduo e o leva a procurar soluções desviantes. Os estudos microssociológicos, como os realizados em prisões mostram uma violência cotidiana, organizada de uma maneira que não tem nada a ver com a lei e passa a ser combatida através da brutalidade e das drogas. A insegurança anômica das sociedades modernas dissimula que a maioria dos crimes e danos físicos põe em jogo pessoas que se conhecem, são os casos das violências das relações entre sexo – como o estupro.  

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Outro exemplo, de estudo microssociológico, foi o realizado com policiais, onde foi mostrado que a maneira como a polícia trabalha não é necessariamente de acordo com os processos formais da legalidade Nesses dois exemplos de estudos microssociológicos foi permitido, como ocorre na abordagem sociológica, ressaltar: importância dos processos de socialização, dos fenômenos psicológicos em ação e rituais de interação que permitem controlar a violência, como por exemplo, no caso dos prisioneiros investiu-se em ações de transformações da vida carcerária, e na formação do policial (Whyte apud Michaud, 1989).

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3. A violência na vida das crianças e dos adolescentes; Dissertação: estabelecer uma nova relação entre as áreas de Educação e da Saúde em busca de práticas, principalmente as que reportem à atuação conjunta junto ao aluno, sua família, à escola, à comunidade; ressaltava ainda, estratégias de intervenção nas causas externas como fatores determinantes na morbi-mortalidade da criança e o impacto da violência em sua saúde, considerando que no Brasil é 5,89/100 a incidência de acidentes em crianças menores de 12 anos, com um coeficiente de mortalidade de 114,9/ , e um coeficiente de letalidade de 8,2/1000 acidentes em (Unglert, 1987).

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Ainda no Brasil, 19,8 % é a porcentagem de mortalidade por causas externas registradas na faixa etária de 0 a 19 anos, sendo que na faixa etária de 15 a 19 anos a mortalidade proporcional por causas externas atinge seu pico máximo praticamente 65% dos óbitos foram por acidentes e violência (Miranda, 1998, 2001). que a violência na escola não deve ser vista simplesmente como uma outra modalidade de violência juvenil, expressa a intersecção de três conjuntos de variáveis independentes: o institucional (escola e família), o social (sexo, cor emprego, origem sócio-espacial, religião, escolaridade dos pais, status socioeconômico) e o comportamental (informação, sociabilidade, atitudes e opiniões).

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Violências nas Escolas - conceito JOHAN GALTUNG apud ABRAMOVAY (2002) “é tudo que causa a diferença entre o potencial e ao atual, entre o que foi e o que é. Nesse sentido uma definição possível de violência é toda ação que impede ou dificulta o desenvolvimento”. Se a escola está se tornando um espaço propiciador do desenvolvimento, a violência representaria a própria negação da instituição escolar.

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Para Lorrain apud Depâquier (2000) “a violência nada mais é que uma representação social dependente das determinações sócio-históricas. As definições são imprecisas e levam a um questionamento: Seria violência nas escolas ou violência das escolas?” (Dupâquier, p: 5).

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Debarbieux, (1997) chama a atenção: para relevantes mudanças, tanto no que é considerado violência, como também no pólo epistemológico utilizado para realização das pesquisas sobre o assunto. identificou uma fase - as análises recaíam sobre a violência do sistema escolar, especialmente por parte dos professores contra os alunos. Mais recente, sob o olhar de antropólogos, sociólogos, de psicólogos e de enfermeiros - foco sobre a análise da violência entre os alunos ou desses contra o patrimônio escolar e em menor número de alunos contra professores e professores contra os alunos.

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Dupâquier (2000 p: 7) “o espaço escolar é visto como o resultado de uma intervenção coletiva que traz a característica de um dispositivo simbólico – a escrita – que tem a finalidade da transformação social do mundo natural. Já a violência é colocada como uma atividade que põe fim a finalidade objetiva do dispositivo escolar”. Ou seja, a violência destrói o dispositivo simbólico da escola.

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O significado de violência não é consensual, o que é caracterizado como violência varia no espaço, tempo e em função do estabelecimento escolar, de quem está envolvido e fala (professores, alunos, funcionários, famílas...) da idade, de sexo (CHESNAIS, 1981).

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Hanke (1996) - escolas nos Estados Unidos da América, conclui que “não basta focalizar atos considerados criminosos e extremos, pois isso não colaboraria para melhor entender a natureza, a extensão e as associações entre violências e a vitimização”. As definições de violência, bem como os seus estudos se ativeram até recentemente nos aspectos físicos. Em países como Inglaterra, as violências presentes no espaço escolar com conotações emocionais recebem outro termo para designa-las, como: “agressividade”, “comportamento agressivo”, “perturbações”, “desengajamento” ou desinteresse pela aprendizagem e “comportamento anti-sociais” (Smith e Sharp, 1994).

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Bullying Bullying é definido por Smith & Sharp (1994) como abuso físico ou psicológico contra alguém que não é capaz de se defender. O termo não encontra uma tradução exata na língua portuguesa, sendo entendido como “intimidação física”. São quatro os fatores que contribuem para o desenvolvimento de um comportamento de bullying: 1) uma atitude negativa pelos pais ou por quem cuida da criança ou adolescente; 2) uma atitude tolerante ou permissiva quanto ao comportamento agressivo da criança ou adolescente; 3) um estilo de paternidade que utiliza o poder e a violência para controlar a criança ou adolescente; 4) uma tendência natural da criança ou do adolescente a ser arrogante.

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Bullying a maioria dos bullies são meninos, mas as meninas também o podem ser. As meninas que são bullies utilizam às vezes métodos indiretos, como fofocas, a manipulação de amigos, mentiras e a exclusão de outros de um grupo.

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Sposito (2001) pesquisa sobre violência escolar no Brasil, após 1980, examinou os raros diagnósticos quantitativos em torno do tema e a produção discente (dissertação e teses) na pós-gradução em Educação. As pesquisas, apesar de incipientes traçam um quadro importante do fenômeno no Brasil, onde as principais modalidades são ações contra o patrimônio – depredações, pichações – e formas de agressão interpessoal, sobretudo entre os próprios alunos.

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Guimarães (1984), contraria a hipótese dominante - ser a violência na escola decorrência do controle e vigilância exercidos por professores e demais profissionais das unidades escolares quando constata: “que esse fenômeno era presente tanto em escolas rígidas sob o aspecto disciplinar quanto em escolas permissivas e desorganizadas”.

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O Instituto Latino Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (ILANUD) desenvolveu uma pesquisa em escolas públicas na cidade de São Paulo, onde observou “que, do total de alunos, as modalidades mais freqüentes de vitimização foram: o furto de objetos de pequeno valor dentro da escola (48,1% dos alunos), ameaça de agressão (33,1%) e agressão (36,5%), pertences danificados (33,1%) e agressão física por colega (4,6%). A pesquisa ainda conclui que são bastante raros comportamento como ir a escola portando arma de fogo entre os estudantes paulistas” (ILANUD, 2000).

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A década/90 - rica em produção acadêmica (dissertações e teses). a influencia do aumento da criminalidade e da insegurança sobre os alunos e a deterioração do setor Educação. Questões como o tráfico de drogas e a disputa pelos territórios são consideradas as grande causas da onda de violência nas escolas públicas, principalmente de cidades como o Rio de Janeiro Costa (1993), Paim (1997) e Guimarães (1995). Esses estudos também reconhecem o que Costa (1993) e Cárdia (1999) constataram: “os efeitos da banalização da violência sobre a sociabilidade dos alunos e a existência de um clima tenso entre os alunos e adolescentes, ou dos alunos entre si afetando o conjunto de atividades da escola”.

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No Brasil durante os anos 90, a preocupação com a violência nas escolas foi mais bem delineada. deixou de ser um fenômeno de origem exógena, ainda ênfase ao narcotráfico à exclusão social, notamos a constatação da existência de outras causas atribuídas à violência. Essas características que acompanharam o processo de redemocratização brasileira são associadas à abertura das oportunidades de acesso a rede escolar que absorveu amplo contingente de estudantes oriundos dos segmentos empobrecidos da sociedade. O crescimento do acesso à escola, sem o devido preparo da rede e formação dos professores, revelaram a falta de projetos educativos capazes de absorver a nova realidade das escolas brasileiras.

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Pesquisa qualitativa Miranda et al. (2002) relata alguns aspectos da violência mais percebidos pelos alunos das redes pública e privada do município de Ribeirão Preto, estes foram categorizadas em dois Núcleos Temáticos: 1) “A escola como espaço de exclusão social e racismo” e 2) “Escola, democracia e violência simbólica”. As manifestações de violência institucional emergiram dos significados dos discursos. As regras são impostas, mas só valem para os alunos.

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Algumas considerações A discussão sobre as faces da violência é importante para nosso estudo porque é um fenômeno que se desdobra no espaço escolar Segundo Norbert Elias as pequenas violências ou pequenas agressões do cotidiano, as transgressões de códigos de boas maneiras ou da ordem estabelecida, de incivilidades devem ser distinguidas das condutas criminosas ou delinqüentes. Pois, pequenas agressões podem ter respostas criminosas como a ocorrida em 2003 mais precisamente, dia 27 de janeiro, na pequena cidade de Taiúva, no interior de São Paulo

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Os resultados + o ocorrido na cidade de Taiúva vêm corroborar as pesquisas coordenadas por Bernard Charlot, (1997): que dava indicações que a tensão no cotidiano escolar tem aumentado bem mais que a violência entendida como agressão física. “Essas tensões se mantém e exacerba a incivilidade; e explode sob a forma de crises – injúrias, rixas, tumultos, pancadas, e mortes” (Charlot, 1997:20).

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5. Seguindo ainda Norbert Elias (1996), violência como decorrente da falta de controle sobre as condutas e a ausência da civilidade, a idéia que é a civilização que canaliza e estabelece a contenção dos instintos. a escola é responsável pela “hominização”, ela deve civilizar os alunos, levando-os a controlar suas condutas, suas emoções e seus impulsos agressivos.

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a escola não tem cumprido seu papel de hominizar porque sua função socializadora não tem se evidenciado. como obter indicadores confiáveis sobre a violência e a agressão nas escolas. Os dados qualitativos não apresentados aqui trazem algumas respostas : unificação de um modelo de análise que proporcionem trabalhos comparativos primeiramente devemos buscar uma definição do significado de violência. O significado de violência não é consensual, o que é caracterizado como violência varia no espaço, tempo e em função do estabelecimento escolar, de quem está envolvido e fala (professores, alunos, funcionários, famílias...) da idade, de sexo (CHESNAIS, 1981).

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A necessidade de se estudar mais esse “fenômeno” dentro da escola foi percebida em nosso trabalho, e se reforça nas consideráveis evidências que a contínua ou severa exposição ao bullying pode contribuir para problemas como também para uma imediata infelicidade. Crianças que sofrem a ação de bullying continuamente correm o risco de diminuir ou perder sua auto-estima, com efeito, em longo prazo (Smith e Sharp, 1994, p: 7).

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Refinar, precisar o conceito de violência nas escolas, unificar instrumentos de pesquisas para que trabalhos comparativos possam ser efetivados. Buscar formas de divulgação e intercâmbios de conhecimentos produzidos. Poderão em conjunto com a sociedade e os atores sociais envolvidos (alunos, pais, professores, diretores e funcionários) trazer respostas e principalmente questionamentos para tal fenômeno.


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