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Lembrando a aula anterior....

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Apresentação em tema: "Lembrando a aula anterior...."— Transcrição da apresentação:

1 Lembrando a aula anterior....
Victor Meirelles: A Primeira Missa no Brasil (1861). Museu Nacional de Belas Artes, Brasil. Lembrando a aula anterior.... Interpretações do Brasil

2 Aula 5 A mestiçagem e o discurso científico
Alexandrina, mestiça de negro e índio retratada por William James (1868) e uma das colaboradoras locais da expedição liderada por Louis Agassiz Aula 5 A mestiçagem e o discurso científico Interpretações do Brasil

3 Contexto – datas importantes
1859 – Publicação de “Origem das espécies” – Charles Darwin – Guerra de secessão EUA , escravidão extinta por Lincoln – Guerra do Paraguai 1870 – Manifesto Republicano 1871 – Lei do ventre livre 1873 – Convenção Republicada de Itu 1878 – Sociedade Positivista do Rio de Janeiro 1880 – J. Nabuco (dep. PE) propõe proj. de lei que extingue a escravidão, com indenização, até 1890. – Sociedade Bras. contra a Escravidão (A. Rebouças e J.Nabuco) 1883 – É publicado o “Abolicionismo” de Nabuco – Confederação Abolicionista (abolição imediata e s/ indenização) 1884 – Escravidão é extinta no Ceará 1885 – Lei dos sexagenários (liberdade aos escravos c/ + de 60 anos) 1887 – Fundado Cidade do RJ, jornal abolicionista (J. do Patrocínio) 1888 – Abolição dos escravos (Lei Áurea) 1889 – Proclamação da República Interpretações do Brasil

4 Interpretações do Brasil
“A Redenção de Cam”(1895) Modesto Brocos Interpretações do Brasil

5 Algumas representações do negro
Rugendas – Navio Negreiro _ “Viagem pitoresca ao Brasil” (1835) Interpretações do Brasil

6 Algumas representações do negro
Pintura de Debret -_“viagem pitoresca e histórica ao Brasil” ( ) Interpretações do Brasil

7 Algumas representações do negro
Pintura de Debret -_“viagem pitoresca e histórica ao Brasil” ( ) Interpretações do Brasil

8 Interpretações do Brasil
Navio Negreiro _ Castro Alves Declamado pela 1ª vez em SP, onde o baiano foi para cursar Direito Era um sonho dantesco... o tombadilho   Que das luzernas avermelha o brilho.  Em sangue a se banhar.  Tinir de ferros... estalar de açoite...   Legiões de homens negros como a noite,  Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas   Magras crianças, cujas bocas pretas   Rega o sangue das mães:   Outras moças, mas nuas e espantadas,   No turbilhão de espectros arrastadas,  Em ânsia e mágoa vãs! (...) Senhor Deus dos desgraçados!  Dizei-me vós, Senhor Deus!  Se é loucura... se é verdade  Tanto horror perante os céus?! (...) Quem são estes desgraçados  Que não encontram em vós  Mais que o rir calmo da turba  Que excita a fúria do algoz?  Quem são?   (...) Dize-o tu, severa Musa,  Musa libérrima, audaz!... São os filhos do deserto,  Onde a terra esposa a luz.  Onde vive em campo aberto  A tribo dos homens nus...  São os guerreiros ousados  Que com os tigres mosqueados  Combatem na solidão.  Ontem simples, fortes, bravos.  Hoje míseros escravos,  Sem luz, sem ar, sem razão. . . (...) Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, que impudente na gávea tripudia? Debret Interpretações do Brasil

9 Interpretações do Brasil
O Mulato - Aluísio Azevedo - 1881 “– Recusei-lhe a mão de minha filha porque o senhor é... é filho de uma escrava... – Eu?! – O senhor é um homem de cor!... Infelizmente esta é a verdade...” E o rosário de desculpas, desfiado por Manoel Pescada, constrangido, na tentativa de atenuar o impasse: “– Já vê o amigo que não é por mim que lhe recusei Ana Rosa, mas é por tudo! A família de minha mulher sempre foi muito escrupulosa a esse respeito, e como ela, é toda a sociedade do Maranhão! Concordo que seja uma asneira; concordo que seja um prejuízo tolo! O senhor porém não imagina o que é por cá a prevenção contra os mulatos!... Nunca me perdoariam um tal casamento; além de que, para realizá-lo, teria que quebrar a promessa, que fiz a minha sogra, de não dar a neta senão a um branco de lei, português ou descendente direto de portugueses!... O senhor é um moço muito digno, muito merecedor de consideração, mas... foi forro à pia, e aqui ninguém o ignora”. Interpretações do Brasil

10 Interpretações do Brasil
O destino dos “filhos do sol”*: discutindo os dilemas do “Brasil Mestiço” * Expressão usada por Aimard em visita ao Brasil em 1887 Interpretações do Brasil

11 Principais matrizes ideológicas
Positivismo ( Auguste Comte) Evolucionismo social (monogenismo/ humanidade uma/ desigualdade pode ser explicada / hierarquia passageira/ crença no progresso e na perfectibilidade – ideais da Rev. Francesa) Darwinismo social (poligenismo/ diferença com base biológica/ uso do conceito de raça (defesa de tipos puros)/ determinismo/ degeneração social) Interpretações do Brasil

12 Principais matrizes ideológicas
Origem das espécies (1859) é o livro mais lido na época Serve de inspiração até para pensamentos contrários: “darwinistas sociais” (seleção natural = degeneração social) contrário às idéias de Darwin (maior adaptabilidade das espécies híbridas) Veio ao Brasil em 1832 (ficou 6 meses) durante a viagem ao mundo a bordo do Beagle: “queira Deus que eu jamais volte a por os pés em um país escravagista” Charles Darwin (1809/1882) Interpretações do Brasil

13 Principais matrizes ideológicas
A diversidade humana: como explicar? O conceito de raça foi introduzido por Cuvier, em inícios do XIX e instaura “a idéia da existência de heranças físicas permanentes entre os vários grupos humanos”. idéia de raça é usada na literatura científica no século XIX. o racismo “científico” discurso permeia debate sobre cidadania Georges Cuvier ( ) Interpretações do Brasil

14 Principais matrizes ideológicas: Darwinistas sociais
Diplomata francês é um dos principais teóricos do racismo e da eugenia eugenia – eu: boa genus: geração (criado por Francis Galton em 1883, capacidade humana varia em função da herança genética e não da educação) Humanidade fadada à degeneração, decorrente da mistura das espécies humanas Principal trabalho: Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1855) Conde Gobineau ( ) Interpretações do Brasil

15 Principais matrizes ideológicas: Darwinistas sociais
Visita o Brasil ( ), enviado por Napoleão III Animosidade com o país (exceto com D. Pedro II) : “Trata-se de uma população totalmente mulata, viciada no sangue e no espírito e assustadoramente feia” Estéril e degenerada, população brasileira fadada ao desaparecimento (saída imigração européia) “Mas se, em vez de se reproduzir entre si, a população brasileira estivesse em condições de subdividir ainda mais os elementos daninhos de sua atual constituição étnica, fortalecendo-se através de alianças de mais valor com as raças européias, o movimento de destruição observado em suas fileiras se encerraria, dando lugar a uma ação contrária." Conde Gobineau ( ) Interpretações do Brasil

16 Principais matrizes ideológicas: Darwinistas sociais
Naturalista, Professor de Harvard Veio ao Brasil, como líder da Expedição Thayer ( ), financiada pelo milionário norte-americano Nathaniel Thayer, cujo objetivo era estudar a fauna da bacia Amazônica Se surpreendeu com as características sociais brasileiras => Crítico da hibridização. J. Louis Agassiz 1807(Suíça) (EUA) Interpretações do Brasil

17 Principais matrizes ideológicas: Darwinistas sociais
J. Louis Agassiz 1807(Suíça) (EUA) “...que qualquer um que duvide dos males da mistura de raças, e inclua por mal-entendida filantropia,a botar abaixo todas as barreiras que as separam, venha ao Brasil. Não poderá negar a deterioração decorrente da amálgama das raças mais geral aqui do que em qualquer outro país do mundo, e que vai apagando rapidamente as melhores qualidades do branco, do negro e do índio deixando um tipo indefinido, híbrido, deficiente em energia física e mental". Interpretações do Brasil

18 Qual a solução para o Brasil Mestiço?
Se a identidade está ligada às “características biológicas” como reverter o “atraso”? Que disciplinas explicam a situação do país? Junção entre liberalismo e racismo: cópia ou tradução? Interpretações do Brasil

19 Ambigüidades tropicais: Alguns mestiços ilustres do séc XIX
Interpretações do Brasil

20 Interpretações do Brasil
André Rebouças Interpretações do Brasil

21 Interpretações do Brasil
JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS Foto de 1890 Interpretações do Brasil

22 Interpretações do Brasil
Meus amores Meus amores são lindos, cor da noite Recamada de estrelas rutilantes; Tão formosa creoula, ou Tétis negra, Tem por olhos dois astros cintilantes. Em rubentes granadas embutidas Tem por dentes as pérolas mimosas, Gotas de orvalho que o universo gela Nas breves pétalas de carmínea rosa. (...) O colo de veludo Vênus bela Trocara pelo seu, de inveja morta; Da cintura nos quebros há luxúria Que a filha de Cineras não suporta. A cabeça envolvida em núbia trunfa, Os seios são dois globos a saltar; A voz traduz lascívia que arrebata, - E coisa de sentir, não de contar. Quando a brisa veloz, por entre anáguas Espaneja as cambraias escondidas, Deixando ver aos olhos cobiçosos As lisas pernas de ébano luzidas (...) Luiz Gama Interpretações do Brasil


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