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Psicologia Desportiva

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Apresentação em tema: "Psicologia Desportiva"— Transcrição da apresentação:

1 Psicologia Desportiva
Profa. Ms. Janaina Codea Mestre em Ciência da Motricidade Humana Especialista em Psicologia do Esporte

2 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
1.1. Fundamentos da Psicologia Significado da Palavra Psicologia: Psico = Psiqué (Termo Grego) = Alma; espírito; intelecto Logia = Logos (Termo Grego) = Estudo; palavra; discurso Origem da Psicologia: A psicologia se origina de duas ciências: filosofia (amor à sabedoria) e fisiologia (ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres vivos).

3 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Conceito de Psicologia: Ciência que investiga e estuda o ser integral, ou seja, seus processos mentais, seus comportamentos e sua dinâmica relacional com o ambiente (contexto). Objeto de Estudo da Psicologia: O ser integral e a dinâmica relacional deste com seu contexto. Objetivo da Psicologia como Ciência: Investigar e compreender, principalmente, o homem, ajudando-o no seu processo dinâmico de desenvolvimento, a fim de que este melhor qualifique sua existência.

4 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
1.2. A PSICOLOGIA EM UMA PERSPECTIVA AXIOLÓGICA 1.2.1 O que é o ser Humano? é uma dinâmica biofísica e biopsicoemocional inserida em um contexto sócio-histórico, portanto um ser cultural que conseguiu construir sua moralidade abandonando sua condição de ser do homem e transformando-se em Humano (BERESFORD e CODEA, 2003).

5 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
1.2.2 O que é Moralidade? “[...] é o conjunto de valores e/ou princípios morais que um indivíduo ou uma determinada sociedade assume como válidos em um determinado momento” (BERESFORD, 1994, p.34). 1.2.3 O que é Valor? O valor é identificado por Beresford (1999), como: [...] uma qualidade estrutural que corresponde a tudo aquilo que preenche (positivamente, pois do contrário, tem-se um contravalor, ou desvalor) uma determinada carência, vacuidade ou privação de um determinado Ser em geral, e do Ser do Homem de forma muito particular, ou especial (p. 82).

6 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
1.2.4 O que é Ética? É ‘a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade’ (VÁSQUES apud BERESFORD, op. cit., p.33). “[...] está relacionada com uma reflexão teórica acerca da moral” (BERESFORD, 1994, p.34). Kant (apud BERESFORD, 1994) adota “[...] dois princípios éticos da moralidade, ou seja, o respeito como um princípio ético subjetivo e o dever como um princípio ético objetivo” (p.44).

7 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
O princípio ético do respeito é representado pela submissão da vontade à lei, sendo esta um fato racional, ou seja, está atrelada à razão. Com isto, caracteriza-se uma boa vontade, isto é, a que se efetiva a partir da retidão e da intenção de agir por dever. O princípio ético do dever evidencia-se pela lei moral que se origina da razão e que se traduz ou se manifesta na consciência do Homem como um imperativo categórico. Este implica na seguinte fórmula fundamental: “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (KANT apud BERESFORD, 1994, p.45).

8 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Um dos desdobramentos da fórmula fundamental: “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como um fim e nunca // simplesmente como meio” (id. Ibid., p.46).

9 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
1.3. O ser Humano e o Movimento O controle do movimento Humano O controle do movimento implica na organização do sistema nervoso quanto à interação das estruturas e o processamento das informações sensoriais, perceptivas e motoras a fim de gerenciar o processo postural e do movimento. Importante: os movimentos são programados a partir da interação entre o SNC e a medula espinhal, e sofre influência da memória no momento do planejamento.

10 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
No entanto, só haverá programação de movimento se houver a estimulação, ou seja, uma informação sensorial que é identificada pelos neuroreceptores e neurotransmissores, encaminhada para a medula espinhal e transmitida para o cérebro. Neste processo existe, por exemplo, o componente força, que é regulado por mecanismos motoneuronais envolvendo músculos agonistas e antagonistas controladores da velocidade e da precisão do movimento.

11 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Os movimentos programados implicam em respostas sensoriais que ajustam o curso do ato motor de acordo com as necessidades do ser Humano. Importante: O cérebro está envolvido de forma organizada (racional) e emocional no controle do movimento, ou seja, a parte que conhece envolve sistemas sensoriais (áreas sensoriais), motores e associativos, e a que sente emocionalmente relaciona-se, por exemplo, ao sistema límbico e a formação reticulada.

12 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Podemos dizer que a organização do controle motor refere-se a uma hierarquia, isto é, as áreas associativas juntamente com os gânglios da base ou núcleos da base recebem as informações sensoriais e as organizam para o sistema motor, onde estas serão identificadas para a execução imediata ou não ficando em alerta a medula espinhal para o ato motor.

13 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Assim, as áreas de associação do neocórtex e os gânglios da base interpretam as informações sensoriais para que o córtex motor tenha clareza quanto à direção do movimento, a fim de que este mobilize músculos e suas forças relativas (sistema tálamo-cortical) para a execução do movimento pretendido. A ação dos motoneurônios gama e alfa possibilitam a reprogramação do movimento quanto à força identificando, por exemplo as diferenças entre o movimento executado e o pretendido. Assim, o SNC providencia o reajuste de força caso necessário.

14 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
O controle do movimento passa por três níveis conforme a neurociência:

15 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Conceitos de Atividade Física e de Desporto Atividade Física Atividade física, conforme o Manifesto Mundial da Educação Física (FIEP, 2000), se refere a: [...] qualquer movimento corporal decorrente de contração muscular, como dispêndio energético acima do repouso e constitui-se como um comportamento humano complexo, voluntário e autônomo, com componentes e determinantes de ordem biológica e psico-sócio-cultural e que pode ser exemplificada pelas práticas do esporte, exercícios físicos, danças e determinadas experiências de lazer e atividades utilitárias (p.23).

16 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Desporto DESPORTO - do francês desport; esporte (FERREIRA,p.574). ESPORTE – do inglês sport; o conjunto dos exercícios físicos praticados com método, individualmente ou em equipe; desporte, desporto; qualquer desses exercícios; entretenimento, entretimento; prazer; de maneira amadorística (id.). ESPORTISTA – desportista(id.). ESPORTIVO - relativo ou pertencente ao esporte; que é dado à prática do esporte ou por ele se interessa; que aceita as regras do jogo, ou de outra atividade normal ou ocasional, e age com lisura em qualquer circunstância (id.).

17 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
lisura – qualidade de liso; suavidade no tato; boa fé; sinceridade; franqueza (id.). Importante: Segundo BRANDÃO (1984), o Esporte para Todos surge em 1967 na Noruega a fim de contestar e contrapor o movimento chamado Desporto de Alto Nível. No entanto, no Brasil só em 1973 aparece a filosofia de “democratização” da prática das atividades físicas e esportivas. Em 2000 é publicado o Manifesto Mundial da Educação Física, através da Federação Internacional de Educação Física (FIEP), cujo presidente é o Prof. Dr. Manoel Gomes Tubino, corroborando o pensamento de BRANDÃO acerca do direito de todos à prática da educação física.

18 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Salmulski (1992) – afirma que pesquisas e estudos acerca da psicologia do esporte surgiram ao final do séc. XIX. Tais pesquisas e estudos eram pertinentes às questões psicofisiológicas no esporte. De Rose Jr. (1992) – ressalta que embora existissem estudos no campo do comportamento humano relacionado à atividade física e ao esporte, ao final do séc. XIX não havia definição exata sobre o que era a psicologia do esporte e seus objetivos.

19 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Machado (1997) – cita que na década de 20 Schulte publica Corpo e alma no desporto: uma introdução à psicologia do treinamento e Griffith publica Psicologia do treinamento e Psicologia do atletismo. Griffith funda o 1º laboratório de pesquisa aplicada ao esporte nos EUA. Na década de 60 a psicologia do esporte vive uma fase de grande produção na área da psicologia social aplicada ao esporte e à atividade física, onde se destacaram nomes como Cratty, Singer e Antonelli. Estes produziram publicações que influenciam trabalhos até os dias atuais, e por isso são valorizados.

20 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Também na década de 60 se organizou a primeira instituição que congregou pessoas interessadas na psicologia do esporte. Esta se refere a International Society of Sport Psychology (ISSP), presidida pelo italiano Ferruccio Antonelli. Este tem como principal produção o Journal of Sport Psychology. Em 1968, um grupo de pesquisadores do ISSP fundou a North American Society for the Psychology of Sport and Phisical Activity (NASPSPA), como o objetivo de estudar, academicamente, e atuar sobre os aspectos do desenvolvimento humano, aprendizagem motora e da psicologia do esporte. Organizando o principal periódico o Journal of Sport and Exercise Psychology.

21 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Em 1987, Martens identifica que a evolução dos fatos pertinentes à psicologia do esporte são marcos importantes para a compreensão de sua dinâmica atual, considerando que tais fenômenos vão delinear dois campos distintos de atuação da psicologia do esporte: o primeiro se refere à psicologia do esporte acadêmica, isto é, como possibilidade de pesquisa e conhecimento acerca da disciplina psicologia do esporte; o segundo implica na psicologia do esporte aplicada, ou seja, próxima da atuação e da intervenção.

22 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Em 1998, Lesyk aponta que em 1983 o Centro Olímpico Americano indicou três possibilidades da atuação para os profissionais da área de psicologia do esporte: clínico, profissional capacitado para atuar com atletas e/ou equipes esportivas, em clubes ou seleções, cuja preparação específica envolve conhecimentos da área de psicologia e do esporte, não bastando apenas a formação em psicologia ou educação física; pesquisador, tem o objetivo de estudar ou desenvolver um determinado conhecimento na psicologia do esporte sem que haja uma intervenção direta sobre o atleta ou equipe esportiva; educador, que desenvolve a disciplina psicologia do esporte na área acadêmica, seja na psicologia, seja na educação física. Importante ressaltar que tanto para pesquisador quanto para educador não se exige formação específica do profissional.

23 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Samulski (apud Rubio, 1999), indica em 1992 quatro campos de atuação da psicologia do esporte: * o esporte de rendimento “que busca a otimização da performance numa estrutura formal e institucionalizada”. Neste o psicólogo atua analisando e transformando os determinantes psíquicos que interferem no rendimento do atleta e/ou grupo esportivo. * o esporte escolar cujo objetivo é a formação norteada por princípios sócio-educativos preparando seus praticantes para a cidadania e o lazer. Neste o psicólogo busca compreender e analisar os processos de ensino, educação e socialização inerentes ao esporte e seus reflexos na formação e no desenvolvimento da criança, jovem e adulto.

24 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. * o esporte recreativo visa o bem-estar para as pessoas. Neste o psicólogo analisa o comportamento recreativo de diferentes faixas etárias, classes sócio-econômicas e a diferença de atuação profissional para com estas circunstâncias. * o esporte de reabilitação desenvolve trabalhos voltados para a prevenção e a intervenção em pessoas portadoras de alguma lesão decorrente da prática esportiva e/ou com pessoas portadoras de necessidades especiais (deficiência física e mental, por exemplo).

25 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Em 1999, Kátia Rubio sinaliza que a psicologia do esporte é um campo muito próximo da atividade física e do lazer, fazendo parte do curriculum do curso de educação física, porém sem fundamentar-se na psicologia como ‘ciência mãe’. Em 2000, no CRP/RJ é oficializado para a comunidade da psicologia o surgimento do Colégio Brasileiro de Psicologia aplicada ao esporte/desporto. Também em 2000, o COB no Rio de Janeiro organiza o Curso de Psicologia Aplicada ao Esporte de Alto Rendimento convidando o Comité Internacional Olympique e tendo a participação do Comite Olímpico da Espanha. .

26 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Em 2002, o CFP/CRPs regularizam a condição profissional dos psicólogos atuantes em áreas especializadas, oferecendo o título de especialista para os que comprovassem experiência em tal área, inclusive no esporte. Em 2004, também no RJ ocorreu o Fórum Olímpico de Psicologia Desportiva reunindo psicólogos atuantes em Confederações, ou seja, com as modalidades que estariam sendo representadas nas Olimpíadas de Athenas 2004, bem como psicólogos valorizados no histórico da psicologia desportiva, como Becker, Regina Brandão e tendo como presidente Samulski, psicólogo que representou a especialidade nos Jogos Olímpicos de Athenas.

27 I - A Psicologia e o ser Humano em movimento
Histórico da Psicologia aplicada ao Esporte e ao Desporto. Torna-se importante destacar que muitos psicólogos no Brasil há anos trabalham em prol da valorização da Psicologia aplicada ao Esporte/Desporto, como: Olavo Feijó (Psicologia do Esporte:corpo e movimento, 1998); Sônia Ricetti (Psicologia no atletismo e acadêmica); João Alberto Barreto (Psicologia em esportes de combate e golfe); Esmerino (Psicologia no futebol); Paulo Ribeiro (Psicologia no Futebol); Maria Helena (Psicologia no futebol); Maurício (Psicologia na natação); Adriana Lacerda (Psicologia no judô); Kátia Rúbio (Psicologia no futebol e acadêmica); Janaina Codea (Psicologia no remo, tênis, equitação, salvamento marítimo e acadêmica), e outros.

28 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
2.1. PERSONALIDADE Origem da palavra: latim personalis, que significa pessoal; personalizar; personalidade. Definição: caráter ou qualidade do que é pessoal; o elemento estável da conduta de uma pessoa; sua maneira habitual de ser; aquilo que a distingue de outra. Constructo: a personalidade se desenvolve a partir do movimento que o ser tem de resolver seus problemas e conflitos existenciais; e isto se dá desde o início da infância.

29 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
O conceito de personalidade difere de acordo com a teoria psicológica, como: psicanálise (Freud); analítica (Jung); corporal (Reich); gestalt-terapia (Perls); behaviorista (Skinner); centrada no cliente (Rogers); auto-atualização (Maslow); fenomenológica (Kierggegard, Heidegger, Buber, Beauvoir, Sartre, Husserl). Um conceito de personalidade: “Totalidade de qualidades psíquicas herdadas e adquiridas que caracterizam um indivíduo e o tornam original” (FROMM, 1986). Obs.: A personalidade é a forma de viver a partir do como se percebe a existência, e esta é decorrente de fatores inatos, herdados e adquiridos através da aprendizagem.

30 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Diferença entre temperamento e caráter: Temperamento – é a maneira de reagir, sendo constitucional e imutável. Ex.: colérico é rápido e forte. Tipos de temperamento, segundo Hipócrates (apud FROMM, 1986): Colérico e sanguíneo – fácil excitabilidade e rápida mudança de interesses. Melancólico e fleumático – persistente e lenta excitabilidade dos interesses.

31 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Tipos de temperamento, segundo Jung (apud FRADIMAN e FRAGER, 1986): Introvertido – a energia é mais voltada para o mundo interior do que para o exterior; mais voltado para si do que para o outro. Extrovertido – a energia é mais voltada para o mundo exterior do que para o mundo interior; mais voltado para o outro do que para si. Obs.: ninguém é totalmente introvertido ou extrovertido.

32 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Caráter – formado essencialmente pelas experiências de pessoas, especialmente, na infância e modificável até certo ponto, pelos insights e por novas experiências. Ex.: Temperamento colérico – rápido e forte (reação) Caráter – o indivíduo pode usar seu temperamento em situações construtivas ou destrutivas, dependerá de seus objetivos pessoais (questão social e ética). Obs.: A questão entre temperamento e caráter implica na dimensão do valor relativo à pessoa, isto é, esta ser “boa” ou “má”. Ex.: Temperamento introvertido – objetivo: reflexão para construir ou para destruir.

33 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Obs.: O caráter é influenciado pela motivação, ou seja, o que falta ao indivíduo o mobiliza a buscar e este busca conforme percebe o mundo. Logo, a ação (comportamento) do indivíduo dependerá da motivação deste. A qualidade da ação reflete o seu caráter (forma de perceber o mundo e de expressar-se a partir desta). Algumas considerações acerca do caráter (fonte: Erich Fromm, “análise do homem”, 1986): “O destino do homem é o seu caráter”. “...essa forma particular de relacionamento exprime seu caráter”. “... os hábitos e opiniões, mais profundamente arraigados, que são característicos de uma pessoa e resiste a modificações, nascem da estrutura do seu caráter”.

34 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Auto-estima Conceito de Auto-estima (Branden, 1998): confiança em nossa capacidade de pensar, de enfrentar os desafios básicos da vida; confiança em nosso direito de vencer e sermos felizes; sensação de termos valor, de que merecemos e podemos afirmar nossas necessidades, alcançar nossas metas e colher os frutos de nossos esforços.

35 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Os dois componentes da auto-estima: Auto-eficiência – confiança no próprio funcionamento mental, na capacidade pessoal de pensar, compreender, aprender, escolher e tomar decisões; é a auto-confiança, a segurança pessoal. Auto-respeito – clareza do valor próprio; é a convicção do direito de viver e de ser feliz; espontaneidade para expressar as próprias idéias, vontades e necessidades; sensação e percepção de que o prazer e a satisfação são direitos pessoais naturais. Expressão da Auto-estima: Expressão facial Gestos e comportamentos Maneira de falar (disprosódia) Forma de se mover (condutas e comportamentos motores)

36 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Os seis pilares da auto-estima para Branden: Atitude de viver conscientemente Atitude da auto-aceitação Atitude da auto-responsabilidade Atitude da auto-afirmação Atitude da intencionalidade Atitude da integridade pessoal A auto-estima e o desempenho do atleta: O desempenho do atleta é a resposta motora ou comportamento motor em que se manifesta, por exemplo o nível de auto-estima do atleta. O mesmo está atrelado aos componentes e pilares da auto-estima exigindo da equipe profissional competência para identificá-los e trabalhá-los, conforme as carências, deficiências e habilidades relacionadas aos mesmos.

37 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
2.2. MOTIVAÇÃO Conceitos: “Refere-se a um Estado Interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante” (DAVIDOFF, 1983, p.385). “O processo motivacional é a função dinamizadora do treinamento, da aprendizagem. São os motivos que canalizam as informações percebidas, na direção do comportamento” (FEIJÓ, 1998, p.157). A motivação indica “uma ‘construção hipotética’, isto é, um fenômeno que não pode ser reconhecido e medido diretamente, mas que se supõe efetivo, baseado nas observações de comportamento e na teoria do comportamento” (THOMAS, 1983, p.63).

38 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Definição de Termos: Necessidade – relaciona-se com os movimentos intencionais e funcionais da personalidade; refere-se ao conceito de entropia [situação energética de déficit, de queda de nível. Refere-se aos desgastes específicos e localizados] (FEIJÓ,1998, p.157). Interesse – termo formado por duas palavras latinas: ‘inter’, que significa’entre’, e ‘esse’, verbo ‘ser’ ou ‘estar’. Literalmente falando, interesse que dizer ‘aquilo que está entre’. Está entre o que?

39 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
“Interesse é uma relação de conveniência, que se estabelece entre uma necessidade e o objeto capaz de satisfazê-la” (id., p.159). Impulso (ou drive) – o que surge para satisfazer necessidades fisiológicas básicas (DAVIDOFF, 1983, p.386). Motivo – diferenças entre peculiaridades individuais duradouras que se formaram no decorrer do tempo de desenvolvimento (ontogênese), numa determinada situação básica (THOMAS,1983, p.65). Instinto – natural incondicionado; difuso; memória da espécie (op. cit). Carência - estado de privação ou vacuidade (BERESFORD, 1999, p.56).

40 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Diferença entre Motivação, Estimulação e Incentivo: MOTIVAÇÃO # ESTIMULAÇÃO # INCENTIVO Processo interno que impulsiona o organismo a uma ação Processo externo de ‘n’ estímulos do meio para o organismo Processo externo de emissão de um ou mais estímulos que reforçam um comportamento.

41 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Conceito de Comportamento Motivado: É o resultado do processo que se inicia com uma necessidade fisiológica e/ou psicológica que impele o organismo a uma AÇÃO DIRIGIDA. Ex.: A fome é a causa de um comportamento motivado porque é uma necessidade fisiológica que impele o organismo a uma ação dirigida, no sentido de buscar o alimento para a saciação. Obs.: Os motivos que parecem, em grande parte, estabelecidos por experiências são conhecidos simplesmente como MOTIVOS. Os que surgem para satisfazer necessidades fisiológicas (alimento ou água), por exemplo, são chamados IMPULSOS ou DRIVE.

42 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Tipos de Motivos (DAVIDOFF,p.386) Impulsos básicos – visa satisfazer necessidades relacionadas à sobrevivência (carências fisiológicas). Motivos sociais – referem-se as necessidades de sentir-se amado, aceito, aprovado e estimado. Motivos para estimulação sensorial – necessidade de estimulação; de explorar e manipular o ambiente. Motivos de crescimento – necessidades básicas de desenvolver competência e realizar o potencial; estão ligados aos de estimulação, exploração e manipulação sensorial. Idéias como motivos – necessidades de coerência intelectual ou cognitiva que freqüentemente motiva comportamento; são as crenças, metas, planos e valores.

43 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Hierarquia de Motivos Hierarquia de Motivos, segundo Abraham Maslow: NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO Autocumprimento e realização das potencialidades básicas do indivíduo NECESSIDADES DE ESTIMA Realização, aprovação, competência e reconhecimento NECESSIDADES DE AMOR Afiliação, aceitação e fazer parte do grupo NECESSIDADES DE SEGURANÇA Segurança e Garantia, Ausência de Perigo NECESSIDADES FISIOLÓGICAS Fome, Sede, Ar, etc.

44 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Tipos de Motivos e Categorias de Ação: Segundo THOMAS (1983, p.64), os motivos e o processo motivacional culminam numa ação que pode ser classificada em categorias, como: Ação de adesão – onde se verifica a necessidade de contato social através de uma ligação recíproca confiante de forma cortês. Ação de poder – onde se verifica a necessidade de se experimentar sensações de poder e de prestígio, através da submissão de outros. Ação de auxílio – onde se verifica a necessidade de ajudar alguém em dificuldade sem recompensas. Ação de agressão – onde se verifica a necessidade de entristecer, ferir ou prejudicar outras pessoas.

45 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Etapas dos Ciclos da Motivação Segundo DAVIDOFF (1983, p.392-3), implicam em: 1º: Comportamento influenciado pela experiência (incentivo). Impulso  Resposta Instrumental  Incentivo  Redução do Drive Drive (fome) Comportamento (comer) Satisfação Retorno ao equilíbrio

46 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Relação entre a ação humana e a ação desportiva A ação desportiva é uma ação humana dirigida com mais exatidão para uma meta, cuja consecução depende do autorendimento que se caracteriza pela utilização das habilidades psicológicas, como por exemplo, a concentração e o estabelecimento de metas. No entanto, a ação desportiva é executada por humanos que experimentam enfaticamente a interação dos neurotransmissores dopamina (recompensa) e serotonina (combatitividade) o que favorece o comprometimento com o processo de realização da meta.

47 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
2.3. Percepção Diferença entre Sensação e Percepção a. Sensação Impressão sensorial que significa a detecção dos estímulos pelos órgãos dos sentidos. Os órgãos dos sentidos captam as informações, convertendo-as em impulsos nervosos, sendo estes emitidos para o cérebro e processados neste. Os principais sentidos ou sistemas sensoriais são: visão, audição, tato, olfato, paladar, e os sentidos cinestésico e vestibular.

48 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
O Sentido Cinestésico informa os seres humanos do posicionamento relativo das partes do corpo durante o movimento, portanto depende dos receptores dos músculos, tendões e articulações. O Sentido Vestibular, também chamado de sentido de orientação ou equiíbrio, informa ao ser humano a respeito do movimento e da orientação de sua cabeça e de seu corpo em relação à terra.

49 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
b. Percepção É a apercepção (apreensão) do objeto pelo organismo, através dos sentidos, e este fenômeno se dá pela relação entre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o objeto percebido, com influência da atenção, memória, motivação, consciência e linguagem. Logo, consiste a apercepção em uma visão holística da relação objeto, sujeito e situação.

50 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Nem toda sensação é percebida, no entanto, tudo o que é percebido foi primeiro sentido. A percepção não é um “espelho da realidade”. Em primeiro lugar, porque nossos sentidos não respondem a muitos aspectos do ambiente que nos cerca; em segundo lugar, às vezes percebemos estímulos não presentes devido a fatores, como: doenças, estresse, drogas, etc.; e, em terceiro lugar, porque nossa percepção depende de expectativas, motivação, experiências anteriores e outros fatores.

51 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Princípios Internos e Externos da Percepção a. Princípios Internos São condições fisiológicas e psicológicas do indivíduo. Dentre estas, temos: a.1. Atenção Precede a percepção. Concentramos maior atenção em determinados estímulos, que estão de acordo com nossas necessidades, interesses e valores, havendo, assim, uma seletividade.

52 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
a.2. Motivação Refere-se ao significado que o estímulo, ou seja, a informação recebida a partir dos órgãos dos sentidos tem para o indivíduo. São fatores que interferem na motivação: a vigília, a fadiga e outros estados fisiológicos e psicológicos (depressão, ansiedade e medo, por exemplo).

53 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
a.3. Memória Refere-se à influência de experiências anteriores do indivíduo em relação àquele objeto ou situação atual. a.4. Consciência Refere-se à conscientização do indivíduo em relação a si e ao objeto ao qual está relacionado. Este processo está relacionado à motivação. São fatores que interferem na consciência: interesse, vínculo afetivo, necessidade e estados fisiológicos.

54 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
a.5. Linguagem Refere-se ao ato de se comunicar, estando implícitos nesta comunicação a interpretação do estímulo e os diversos recursos utilizados para expressão deste (jargões e gírias, por exemplo).

55 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
b. Princípios Externos b.1. Contexto sócio-cultural A sociedade e a cultura se organizam a partir de normas e regras que estão presentes em tudo o que se percebe. Logo, a percepção de objetos e situações é diferenciada de acordo com o contexto do indivíduo. NÃO PISE NA GRAMA (Indivíduo “A” pisa, indivíduo “B” não pisa). Estereótipos.

56 O que está em cima da cabeça da mulher ?
Cultura e o efeito do contexto- Em um estudo realizado por Gregory & Gombrich (1973), observou-se que todas as pessoas do Este Africano pensaram que era uma lata e que a família estava sentada debaixo de uma árvore. Pessoas do mundo ocidental perceberam que se tratava também de uma família mas sentada dentro de uma casa, com a mulher sentada em baixo de uma janela

57 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
b.2. Características do Meio e do Objeto Luminosidade / Sombra Som Temperatura Cor Textura Movimento Velocidade Distância Tamanho Perspectiva Linear ou Curvatória

58 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Propriedades da Percepção a. Adaptabilidade A percepção é uma atividade (processo) flexível que pode lidar com informações recebidas mutuamente e no curso da vida diária, as percepções das pessoas se adaptam continuamente ao meio que as cerca. Um exemplo interessante são as experiências com lentes inversoras – a pessoa vê tudo de cabeça para baixo e se acostuma. Mudança de escola, de local de trabalho, capacidade de flexibilidade sensorial são outros exemplos.

59 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
b. Aprendizagem O indivíduo interage com o mundo através da percepção. Desta forma, ele aprende a viver no mundo, pois a partir de observações, tentativas de acerto, utilizando os erros para melhorar ou para refletir sobre a melhor maneira de alcançar o alvo, condicionando-se a fim de conseguir adaptar-se, o homem busca condições de sobreviver no mundo e aprimorá-lo. Isto ocorre porque o fenômeno da percepção é mutável, assim como o homem, e o que caracteriza a aprendizagem é a mudança.

60 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
c. Sociabilização A percepção acompanha o processo de desenvolvimento do homem, assim que esta se inicia como um mecanismo simples que se torna gradativamente complexo. O desenvolvimento da capacidade perceptiva básica se dá com a acuidade visual e auditiva, depois se desenvolve com a constância perceptiva (tamanho e profundidade, e tem continuidade com a atenção e a exploração, que permite ao indivíduo selecionar os estímulos, conquistar espaços e desenvolver sua individualidade tendo, assim, condições de construir sua identidade, que é a expressão social da sua individualidade).

61 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Com isso, o indivíduo sabe reconhecer as diferenças individuais e a importância do relacionamento com o outro, objetivando a troca construtiva e estruturante da pessoa humana na sociedade.

62 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Conceito Figura-Fundo É um dos princípios que regula a percepção e que permite a observação dinâmica, separando o que se quer ver de seu fundo. Sempre que olhamos em torno de nós, tendemos a ver objetos (ou figuras) contra um fundo (ou plano). O mesmo objeto pode ser visto como figura ou fundo, depende de como se dirige a atenção.

63 Veja este vaso. O vaso é a figura
Veja este vaso. O vaso é a figura. No entanto, você pode se concentrar em ver o que está no fundo. O que é?

64 Veja mais esse exemplo. O que é figura e o que é fundo ?

65 A percepção da figura e do fundo pode também ser aprendida
A percepção da figura e do fundo pode também ser aprendida. Você vê o cachorro Dálmata nesta figura?

66 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
2.4. APRENDIZAGEM Conceito de Aprendizagem É um processo dinâmico, pessoal, global, gradativo, contínuo e cumulativo, pois aprendemos até a morte.

67 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Conceitos Básicos: Comportamentos: reações de um organismo frente a um estímulo (S-O-R). Instintos: constitui um tipo de “memória de espécie”, transmitida de uma geração à outra. Reflexos: são respostas produzidas por estímulos específicos, que se realizam independentemente de controle e que tem características SEMELHANTES em vários grupos animais e IDENTIDADE DE OCORRÊNCIA na mesma espécie, não importando a idade.

68 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Diferença e Semelhança entre INSTINTO e REFLEXO:

69 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Classes de Comportamento: Comportamentos Inatos = Reflexos Simples Comportamentos Aprendidos Reflexos Condicionados

70 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Características Básicas dos Reflexos: Mecanismo de Ação Automática Predição quase total (usado em diagnósticos) Processo pré-adaptado (o Ser já nasce com a R adequada e disponível para um determinado tipo de E do ambiente). Ex.: Palmar, plantar, tursígeno (defesa orgânica), sucção, estiramento flexor, tendinoso (tensão-cansaço), dentre outros.

71 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Características do Comportamento Aprendido: Processo Adaptativo Aprendizagem da reação adequada às exigências do ambiente. Predição Relativa (cada caso é um caso). Mutabilidade O tipo de resposta ( R ) depende das condições do organismo (motivação, maturidade, integridade sensorial e hereditariedade) e do S (ambiente sócio-cultural, estimulação sensorial, incentivo). Ação Condicionada. Ex.: Piscar o olho para paquerar, andar de bicicleta, escovar os dentes, dentre outros.

72 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Tipos de Aprendizagem: Condicionamento Respondente Ocorre quando uma resposta incondicionada dada a um estímulo ambiental incondicionado, surge após a associação deste estímulo a um outro neutro. Assim, a resposta incondicionada passa a estar condicionada ao estímulo (E) ambiental e ao neutro.

73 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Ei Ri En Ec Rc

74 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Condicionamento Operante Ocorre quando se modela um determinado comportamento pretendido através da administração de reforços, sendo estes estímulos que se seguem à resposta. Esquema: Reforço Positivo Obstáculo  cavalo  salto  açúcar (E RRf)

75 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Reforço Negativo Obstáculo  cavalo com ferradura inadequada; sob esporas  salto  retira-se a ferradura ou a espora (E R retirada do Rf)

76 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Obs1.: No condicionamento operante o E condicionado vem depois da R, e as respostas estão vinculadas ao SNC (respostas mais conscientes, isto é, processadas). * E (estímulo) R (resposta) Rf (reforço) Obs2.: PUNIÇÃO # REFORÇO NEGATIVO Na punição o E negativo é dada após a resposta não desejada, enquanto que no reforço negativo existe a retirada do E negativo após a resposta pretendida.

77 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Modelagem Ocorre quando se utiliza um repertório de respostas desejadas e este é reforçado, isto é, utiliza-se o reforço positivo para reforçar o comportamento desejado. Ex.: Objetivo - saltar 3m Salto – 1m – Rf Salto – 2m – Rf Salto – 3m – Rf (não se pode mais reforçar as tentativas para 1m ou 2m, somente as tentativas de 3m). Começa-se reforçando respostas próximas ao que se deseja até chegar ao alvo desejado.

78 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Estampagem Forma de aprendizagem (especial, limitada, primitiva) realizada num período crítico ou de sensibilização (24 horas nas aves e 6 meses nos mamíferos inferiores) Ocorre, geralmente, no início da vida por alguma situação desencadeante (necessidade específica). Ex.: patinho feio (o desenho)

79 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Características básicas da estampagem: não carece de reforço só de dá no período crítico comportamento condicionado a primeira experiência é a mais importante, logo no início da aprendizagem Obs.: Podemos fazer uma analogia da estampagem ou imprinting dos animais inferiores, com a formação do vínculo social pelo homem através dos seus primeiros contatos com aqueles que cuidam dele nos seus primeiros anos de vida.

80 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Aprendizagem por observação Ocorre quando há mudança de comportamento devido à imitação de outro repertório de comportamento.

81 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
2.5. A EMOÇÃO Emoção – do francês émotion, que significa ato de mover (moralmente); em psicologia significa reação intensa e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha dum estado afetivo de conotação penosa ou agradável (dicionário Aurélio).

82 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
A EMOÇÃO E SEUS DESDOBRAMENTOS A emoção, segundo Davidoff (1983, p ), apresenta os componentes fisiológicos, subjetivos e comportamentais.

83 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Componente fisiológico: SNC – desperta, regula e integra as respostas emitidas durante uma emoção; identifica, avalia e toma decisões a respeito de informações sensoriais e o comportamento subseqüente a estes. Estruturas do SNC: formação reticular, localizada no tronco cerebral alerta o córtex para a informação sensorial e a preserva; sistema límbico, localizado no núcleo do cérebro, regula as emoções e os motivos, leva a mensagem para o córtex e este a devolve para o sistema límbico.

84 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
O sistema límbico implica basicamente em três estruturas: hipotálamo – ativa o SNS (Sistema Nervoso Simpático) para emergências; está envolvido com a raiva, medo, fome, sexo e sede; amígdala e septo - estão envolvidos com a raiva, prazer, dor e medo. SNA – relaciona-se com a interocepção; nervos que vão do cérebro e da medula (via extra-piramidal) aos músculos lisos dos órgãos internos, glândulas, coração e vasos sanguíneos, Dividi-se em: simpático – vigília, ação (emergências), estimula as supra-renais nas emergências, e parassimpático – repouso, dormir e comer.

85 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Glândulas supra-renais – localizam-se em cima dos rins; frente a situações despertadoras de emoções liberam os hormônios adrenalina e noradrenalina; ativam centros como os circulatórios e respiratórios, bem como, o SNS. Observações: Emitimos respostas fisiológicas a emoções variadas; existem diferenças humanas em respostas fisiológicas às mesmas emoções, decorrentes do processo de aprendizagem; a resposta fisiológica é influenciada por: idade, sexo, dieta, personalidade, aprendizagem (contexto sócio-histórico e cultural), uso de drogas etc.

86 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Componente subjetivo: Refere-se à cognição, ou seja, a interpretação que se faz das situações emocionais desencadeando rótulos e condicionando certas reações emocionais a determinadas idéias. Geralmente, a cognição altera a duração e a intensidade das emoções.

87 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Componente comportamental: Refere-se às expressões corporais pertinentes aos movimentos faciais, gestos e ações. Existem expressões universais para designar uma emoção específica, por exemplo: alegria – sorriso; tristeza – ombros caídos (curvados), boca curvada e para baixo; raiva – rosto vermelho. As experiências exercem função significativa na expressão das emoções, pois a amplitude de um sorriso e a altura de uma risada estão associadas ao contexto sócio- histórico e cultural, portanto, ao processo de aprendizagem.

88 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
DIFERENÇA ENTRE EMOÇÃO E SENTIMENTO EMOÇÃO – implica numa organização psicofisiológica que desencadeia uma resposta motora de aspecto impulsivo, frente a um estímulo inesperado. SENTIMENTO – refere-se a uma “[...] apreciação do estado do nosso corpo e da nossa mente durante a emoção” (DAMÁSIO, folha de São Paulo, 1996).

89 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Classificação dos processos emocionais, segundo Krech e Crutchfield (apud THOMAS, 1983, p.190): sentimentos primários: alegria, medo, raiva, tristeza. sentimentos com base nos estímulos dos sentidos: dor, repugnância, horror, encantamento. sentimentos com base na auto-avaliação: vergonha, orgulho e culpa. sentimentos dirigidos a outras pessoas: amor, ódio, pena. sentimentos de avaliação estética: humor, beleza, admiração. disposição: tristeza, animação, certas formas de medo.

90 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
A EMOÇÃO E AS CONDUTAS MOTORAS Diferença entre Comportamento Motor e Conduta Motora (Segundo CUNHA, 1994, p ): COMPORTAMENTO MOTOR – refere-se ao “homem movendo-se, no tempo e no espaço, e assim interpretado imediatamente e percebido do exterior”. CONDUTA MOTORA – “comportamento motor enquanto portador de significação, de intencionalidade, consciência clara e expressa e onde há vida, vivência e convivência. A conduta motora realiza-se através de uma concreta dialética entre o interpessoal e o intrapessoal, e manifesta um dinamismo integrador e totalizante”.

91 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
2.6. O STRESS, A ANSIEDADE E A AGRESSIVDADE NA PRÁTICA DO SALVAMENTO MARÍTIMO CONCEITOS DE STRESS Segundo Seyle (apud MELLO, 1992, p. 98): “Conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para a adaptação”. Segundo Brandi (BOLETIM DE PSICOSSOMÁTICA, 1993, p. 17): “Uma afecção ou um fenômeno vendo o ser humano inserido nessas três áreas de manifestação da vida: o corpo, a mente e o mundo externo”.

92 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Segundo RODRIGUES e EKSTERMAN (CONGRESSO DE MEDICINA PSICOSSOMÁTICA, 1995): “Não é sinônimo de doença, mas de esforço para adaptar-se”. “Impacto do agir e do viver”. Observação: Considerando as referências apresentadas podemos, dizer que: o stress implica num processo biopsicossocial de reação às exigências do contexto (interno e externo), com o objetivo de adaptação ao mesmo.

93 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
PROCESSOS DESENCADEADORES DE STRESS FATORES INTERNOS: BIOLÓGICOS – Ex.: mudanças corporais (endocrinológicas) durante a adolescência, decorrentes da puberdade; alterações biofisiológicas decorrentes de processos de adoecimento. PSICOLÓGICOS – Ex.: desenvolvimento cognitivo; definição de identidade; elaboração de papéis sociais e sexuais; imagem corporal e independência econômica e afetiva.

94 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
PROCESSOS DESENCADEADORES DE STRESS FATORES EXTERNOS: SÓCIO-HISTÓRICOS – Ex.: família; escola; trabalho; relações afetivas-sociais. CULTURAIS – Ex.: hábitos e costumes do grupo no qual o indivíduo encontra-se inserido; fatores morais e éticos que permeiam as relações grupais.

95 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
ESTÁGIOS DO STRESS 1º estágio: Reação de alarma – sistema nervoso autônomo e as glândulas supra-renais mobilizam as forças defensivas do corpo; produção maximizada de energia para a emergência; resistir ao que causa o stress. 2º estágio: Resistência – luta para se eliminar a causa estressante; corpo altamente desperto; suscetível a outros fatores stressantes. 3º estágio: Exaustão - o corpo mostra sinais de exaustão; sistema nervoso autônomo esgotado entra em ação o parassimpático, tornando o ritmo das atividades do corpo mais lento; dificuldade no comportamento agonístico; tensão contínua leva à depressão psicofisiológica (surtos psicóticos, distúrbio funcional e/ou lesional e a morte física).

96 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
CONCEITO DE ANSIEDADE Estado emocional caracterizado por sentimentos de previsão de perigo, tensão e aflição e pela vigilância do sistema nervoso simpático. DIFERENÇA ENTRE ANSIEDADE, MEDO e ÂNSIA Ansiedade – o objeto de perigo desencadeador da ansiedade não é claro para o indivíduo. Medo – o objeto de perigo é fácil de ser identificado pelo indivíduo. Ânsia – existe um desejo ardente pelo objeto que pode preencher uma falta.

97 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
SITUAÇÕES DESENCADEADORAS DA ANSIEDADE A ansiedade está associada a situações relativas aos conflitos cognitivos diários e existenciais, bem como, a situações potencialmente perigosas (o objeto de perigo não está claro, porém o perigo é eminente), cujas respostas se evidenciam em nível psicofisiológico e físico, ou seja, manifestações autônomas e comportamentais (comportamento motor e conduta motora).

98 Média: A-estado: 38,98 A-Traço: 40,58 Média: A-estado: 34,28 A-Traço: 38,78

99 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA DE AGRESSÃO E AGRESSIVIDADE AGRESSÃO – (DO LATIM aggressione) ação ou efeito de agredir; bordoada, cacetada, pancada; em psicologia – conduta caracterizada por intuito destrutivo (Novo Dicionário Aurélio). AGRESSIVIDADE – qualidade de agressivo; dinamismo, atividade, energia, força; em psicologia – disposição para o desencadeamento de condutas hostis (op. cit.).

100 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
CONCEITO DE AGRESSÃO Implica em qualquer ato que vise a ferir pessoas e propriedades. CONCEITO DE AGRESSIVIDADE Competência para enfrentamento e luta. Obs.: A agressão pode ser verbal e não-verbal. Porém, a mais comum em estudos é a não-verbal, o que caracteriza a violência física. Obs.: A agressão, ou seja, o Ser agressivo é um indivíduo que possui pré-disposição biológica em nível neurofisiológico, já que regiões límbicas como a amígdala pode desencadear respostas de raiva freqüente produzindo um constante estado de pré-disposição para agressão.

101 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
No entanto, a participação social também é imprescindível devido aos estímulos visuais e auditivos na família e nos meios de comunicação de massa, inclusive o esporte. Dessa forma, a interação de fatores biológicos e sociais influencia de forma significativa a propensão de um Ser para manifestar-se no mundo de forma agressiva, isto é, agindo de maneira destrutiva e auto-destrutiva. Porém, a agressividade em seu nível potencial pode ser conduzida para fins construtivos a fim de que o Ser se utilize o seu vigor, dinamismo, força e energia para produzir em diversos setores da vida (pessoal e profissional).

102 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Obs.: Segundo DAVIDOFF (1983), o anonimato e a pobreza são condições sociais que favorecem a agressão devido ao descompromisso (anônimo) e às condições estressantes do meio carente e suscetível onde se busca apoderar-se e quando não se consegue a emoção da raiva propicia a violência (geralmente jovens – forma de perceber o mundo).

103 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Reflexão sobre a agressividade e a agressão, por exemplo na prática do salvamento marítimo. O salvamento marítimo depende da agressividade daqueles que se dispõem a executar o papel social de guarda-vidas. Porém, a mesma deve estar atrelada a princípios morais e éticos que nortearão a conduta motora destes no momento em que a forem manifestar. Sendo assim, a agressividade requer educação, ou seja, ‘o ato de transmissão não só de um conhecimento instrucional, mas principalmente na transferência de uma escala de valores que deve ser bastante refletida e conscientemente aceita’ (WERNECK apud BERESFORD, 1994, p.39).

104 II – Processos Básicos do Comportamento Humano
Portanto, o guarda-vida é um ser Humano que embora sinta, por exemplo, as emoções da raiva ou do medo, ele, através de seu treinamento biofísico-psicoemocional, terá condições de administrar suas reações emocionais no contexto sócio-histórico, podendo caracterizar seu desempenho ou atuação de maneira eficiente e com efetividade.


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