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TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 4 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Márcio Janot 13/03/2007.

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1 TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 4 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Márcio Janot 13/03/2007

2 Na aula passada, vimos o arcabouço OA-DA que nos mostrou a dinâmica diferenciada da economia no curto prazo e no médio prazo.  No curto prazo, o produto pode tanto estar acima quanto abaixo de seu nível natural. Mudanças em qualquer das variáveis que entram na relação de oferta ou na relação de demanda agregada levam a mudanças no produto e no nível de preços.  No médio prazo, entretanto, o produto tende a retornar para o seu nível natural. Quando o produto está acima de seu nível natural, o nível de preços aumenta. Preços maiores diminuem a demanda e o produto. Quando o produto se situa abaixo de seu nível natural, os preços caem, aumentando a demanda e o produto.

3 Vamos agora usar o modelo para investigar os efeitos dinâmicos de mudanças causadas pelas políticas macroeconômicas.  Veremos três políticas:  Operação de Mercado Aberto  Redução no déficit fiscal  Aumento no preço do petróleo

4 EFEITOS DE UMA EXPANSÃO MONETÁRIA  Quais os efeitos no curto prazo e no médio prazo de um aumento no estoque nominal de moeda de M para M’? O AJUSTE DINÂMICO Para um dado nível de preços P t, o aumento em M eleva M/ P t, levando a um aumento no produto (Y). No curto prazo, a economia vai para o ponto A`, com produto e nível de preços maiores. No médio prazo, temos o efeito do produto sobre o nível esperado de preços. Vendo que P e , os trabalhadores pedem W . Isto deflagra novos aumentos de P. Conquanto Y > Y n, este processo continua. O equilíbrio no médio prazo é em A’’, com Y = Y n e P t+j > P to.

5 EFEITOS DE UMA EXPANSÃO MONETÁRIA  Vejamos o que está ocorrendo com o modelo IS-LM subjacente:

6 NEUTRALIDADE DA MOEDA  Em suma, vimos que: No curto prazo, uma expansão monetária leva a um aumento no produto, e a um aumento no nível de preços. A repartição entre o efeito sobre preços e o efeito sobre o produto dependerá da inclinação da curva AS (OA). Quando se estudou inicialmente o IS-LM, presumiu-se preços fixos, isto é, uma OA horizontal. Isto é uma simplificação, mas a evidência empírica indica que o efeito inicial de  Y em P é pequeno.  À medida que o tempo passa, os preços aumentam e os efeitos da expansão monetária sobre o produto e a taxa de juros desaparecem. No médio prazo, o efeito da expansão monetária se reflete em aumento dos preços. Não há qualquer efeito sobre o produto ou sobre a taxa de juros.  A ausência de efeitos de médio prazo sobre o produto ou juros de uma variação de M é conhecida como a Neutralidade da moeda no médio prazo. Portanto, para fins de política econômica, pode-se usar a política monetária no curto prazo para, por exemplo, incentivar a economia. Não obstante, é inócuo tentar manter a economia permanentemente super aquecida (Y > Yn) via aumentos em M.

7 QUÃO DURADOUROS SÃO OS EFEITOS DE  M?  Uma forma de responder esta pergunta é recorrer a grandes modelos macroeconométricos que são usados para gerar previsões e estudar efeitos de políticas alternativas.  A figura a seguir mostra o efeito de um aumento em 3% da oferta monetária ao longo do tempo, no modelo construído por John Taylor – Stanford University. O aumento da moeda ocorre durante 4 trimestres (0.1%, 0.6%, 1.2% e 1.1%, respectivamente).  O produto cresce e atinge um pico após os 4 períodos. O preço vai aumentando ao longo dos anos. Após 4 anos, o preço aumentou 2.5% enquanto o produto retornou ao nível natural.

8 Expansão Monetária no Modelo Taylor

9 QUÃO DURADOUROS SÃO OS EFEITOS DE  M?  Esses modelos macroeconométricos requerem decisões sobre diversas variáveis e inclusões de equações.  Um método mais simples seria olhar para a resposta do produto em relação a mudanças na moeda, utilizando econometria (regressões).  Problema - ENDOGENEIDADE: A moeda pode estar afetando o produto ou o produto pode estar afetando a política monetária.  Em seu trabalho, Mishkin separa os movimentos na oferta monetária entre antecipados e não antecipados e observa a resposta do produto em relação aos dois tipos de movimentos.  Apesar dos resultados serem diferentes, apresentam as mesmas propriedades. Ambos os exercícios confirmam que o efeito da política monetária sobre o produto não pode ser sustentado no médio prazo.

10 Efeitos de uma expansão monetária de 1% sobre o produto (%) Trimestres 02461216 Mudança Antecipada na moeda 1.31.91.81.30.7-0.6 Mudança não antecipada na moeda 2.02.32.22.00.5-0.4

11 REDUÇÃO NO DÉFICIT FISCAL  Vimos o que ocorre com a Política Monetária (LM). Vejamos agora a política fiscal (IS): OA’

12 REDUÇÃO NO DÉFICIT FISCAL  Resumindo os efeitos da política fiscal: Y = C(Y – T) + I(Y, i) + G No curto prazo, G (mantendo M constante) leva a Y, e talvez a I. No médio prazo, Y volta a Yn, e i cai permanentemente. Desse modo, I aumenta inequivocamente. Se considerássemos os efeitos de longo prazo, G   I e Y

13 Mudanças nos Preços do Petróleo  Em 1970 o preço do petróleo subiu drasticamente. A formação da OPEP fez com que a oferta de petróleo fosse reduzida aumentando seu preço. Este preço quase triplicou entre 1970 e 1982 em relação ao PPI. Mas, como se espera de um jogo de coalizão, as quotas de produção foram sendo abandonadas e a oferta de petróleo foi crescendo causando uma redução no preço.  Observe que o petróleo não entra nem na oferta nem na demanda agregada, já que pressupomos que o único fator de produção é o trabalho. Poderíamos incluir diretamente a energia como fator de produção. Mas vale a pena manter o nosso modelo e considerar que o choque do petróleo correspondeu a um aumento no mark-up, µ.

14 Preços de Petróleo

15 Mudanças nos Preços do Petróleo  Do capítulo 6, tínhamos que o mercado de trabalho era dado pelo gráfico abaixo. Um aumento no mark-up faz com que a curva de salário real (determinação de preços) se desloque para baixo o que aumenta a taxa de desemprego natural de equilíbrio. W P A´ A unun un´un´ PS PS’ WS

16 Mudanças nos Preços do Petróleo  O aumento da taxa de desemprego natural leva a uma queda do produto natural, ou seja, o aumento do preço do petróleo leva a uma queda do produto natural.  Vamos então supor que inicialmente a economia está num ponto como A tal que temos (Y n, P t =P t-1 ).  Um aumento no preço do petróleo leva a uma queda em Yn para Yn´.  Pela oferta agregada, um aumento no mark-up aumenta P t para um dado nível de Y t, ou seja, a oferta se desloca para cima, no curto prazo. P t = P t-1 (1 + µ) F( 1 – Y t, z) L

17 Mudanças nos Preços do Petróleo  Após o aumento no preço do petróleo, a nova curva de oferta passa pelo ponto B onde temos (Yn´, P t-1 ). Assim, a nova oferta é dada por OA`.  No curto prazo a economia se desloca para A´. O aumento do preço do petróleo aumenta os preços que as firmas cobram em seus produtos, o que reduz a demanda e o produto.  Observe que a demanda não se desloca neste modelo. Vários efeitos poderiam induzir um deslocamento da demanda, mas vamos considerar que esses efeitos se cancelam.  Vale ressaltar que num choque de demanda, tínhamos como resultado um produto menor e um nível de preços menor. Num choque de oferta, o produto é menor e o preço é maior.

18 Mudanças nos Preços do Petróleo  Ao longo do tempo, no ponto A´ a economia ainda está acima de Yn´, então os preços aumentam até que a economia alcance o novo equilíbrio em A´´. Yn´Yn DA OA OA` OA´´ A A´ A´´ B P t-1

19 Resumo

20 Choques e Mecanismos de Propagação  As flutuações do produto (às vezes chamadas de ciclos econômicos) são variações do produto em torno de sua tendência.  A economia é constantemente afetada por choques na oferta agregada, na demanda agregada ou em ambas.  Cada choque tem efeitos dinâmicos sobre o produto e seus componentes. Esses efeitos são chamados de mecanismo de propagação do choque.

21 Ciclos Econômicos - Introdução (ABEL e BERNANKE, Macroeconomics – Capítulo 9)  A tendência ao crescimento econômico de LP tem sido uma característica das séries de PIB desde a Revolução Industrial. Entretanto, a expansão econômica generalizada tem sido periodicamente interrompida por episódios de declínio de produção, renda, gastos e aumento do desemprego. O Brasil não é exceção.  Esta seqüência característica de expansões econômicas seguida de declínios e posteriormente por novas recuperações é o fenômeno conhecido por Ciclo Econômico (Business Cycles).

22 Ciclos Econômicos no Brasil Tendências e Ciclos Efeitos Temporários x Permanentes das Recessões

23 Ciclos Econômicos  Duas perguntas básicas que motivam o estudo sobre o ciclo de negócios: - Quais são as causas? - Como os policy makers devem reagir? Arthur Burns and Wesley Mitchell – Measuring Business Cycles (1946): “Business Cycles são flutuações na atividade econômica agregada(...). Um ciclo consiste em expansões concomitantes em diversas atividades econômicas, seguidas similarmente por recessões gerais, contração e recuperação que se funde com a fase da expansão do próximo ciclo; esta seqüência de mudanças é recorrente, mas não periódica; em duração, O período típico dos ciclos de negócios variam de um a 10 ou 12 anos.”

24 NBER  Ver nber.org – site com o dating dos ciclos americanos  Emprego é o principal indicador (seguido de renda real, vendas, produção industrial)

25 Como o NBER data os ciclos?  Segundo o NBER, “uma recessão envolve um declínio substancial no produto e no emprego. Nas últimas 6 recessões, a produção industrial americana caiu em média 4.6% e o emprego caiu de 1.1%. O comitê costuma esperar que o pico anterior seja ultrapassado para determinar uma data para o vale. Por exemplo, o comitê esperou até Dezembro de 1992 para anunciar que o vale tinha ocorrido em Março de 1991.”

26 Fontes: NBER; the U.S. Department of Commerce, Survey of Current Business, October 1994, Table C-51. United States Business Cycle Expansions and Contractions Contrações (recessões) começam no pico de um ciclo de negócios e terminam no vale. Números impressos em negrito são expansões em tempo de guerra (Na ordem, Guerra de Secessão, Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra da Coréia e Guerra do Vietnam).

27 Ciclos Econômicos  Alguns pontos devem ser destacados da definição Burns e Mitchell: - Atividade Econômica Agregada - Expansões e Recessões: o período no qual a atividade econômica agregada está declinando é uma contração ou recessão. Se a recessão é particularmente severa, torna-se uma depressão. Expansão ou Boom é referente ao período de crescimento da atividade econômica agregada. O ponto mínimo da contração é o trough (vale) e o ponto máximo da expansão é o peak (PICO). Estes são os chamados turning points.

28  Former U.S. Federal Reserve Chairman Alan Greenspan said Monday that the U.S.  budget deficit remains a "significant concern" and warned the American economy  might slip into recession by the end of the year.  Speaking via satellite link to a business conference, Mr. Greenspan responded to  a question about the U.S. economy by saying it was "possible" that it would go  into recession by the latter months of 2007, though he said it is difficult to  predict the timing of any recession.  "The American budget deficit is clearly a very significant concern for all of us  that are trying to evaluate both the American economy's immediate future and  that of the rest of the world," he said.   Mr. Greenspan said the U.S. economy has been expanding since 2001 and that there  are signs the current economic cycle is coming to an end. "When you get this  far away from a recession, invariably forces build up for the next recession,  and indeed we are beginning to see that sign, for example in the U.S., profit  margins... have begun to stabilize, which is an early sign we are in the later  stages of a cycle," he said. "While, yes, it is possible we can get a recession  in the latter months of 2007, most forecasters are not making that judgment and  indeed are projecting forward into 2008... with some slowdown."  Mr. Greenspan said that while it would be "very precarious" to try to forecast  that far into the future, he couldn't rule out the possibility of a recession  late this year. He said he has seen no economic spillover effects from the  slowdown in the U.S. housing market, and added that the global economy seems  "benign and stable."  "We are now well into the contraction period and so far we have not had any  major, significant spillover effects on the American economy from the  contraction in housing," Mr. Greenspan said.  U.S. housing starts are down "quite sharply," he said, which is "implicitly  creating a reduction in the very high inventories of new unsold homes."  In a broad-ranging discussion, Mr. Greenspan said the U.S. and global economies  are far more resilient now than before due to economic and financial shocks, and  said that rather than predict when the next shock would occur, policymakers  should create an environment where economies are capable of absorbing unforeseen  events.  He noted that investor appetite for risk has led to risk premiums on financial  assets being "extraordinarily low," which could pose problems in the future. "We  have extraordinarily low risk premiums now. Risk is no longer perceived as  major risk, at least as it was in years past and that, I must say, I find  disturbing," he said. "We do not and cannot look into history without being very  concerned when you see the absence of awareness and concern about risk that we  see today."

29 Ciclos Econômicos - Co-movimento: expansões e contrações ocorrem concomitantemente em diversas atividades econômicas. Como medir? - “ Recorrente, mas não periódico” [no sentido de não permitir uma descrição analiticamente perfeita representada por uma função periódica (como y = a cos (t))] - Persistência (Persistence): tendência de um declínio ou crescimento na atividade econômica serem seguidos por mais declínio ou mais crescimento da atividade econômica.

30 Produção Industrial Americana de 2000 a 2003

31 Referências Brasil  A.R.Barros – “ Aperiodization of the Business Cycles in the Brazilian Economy” 1856-1985 RBR jan-mar 93  F.Cribari “ The Cyclical Component of Brazilian GDP” R.de Econometria abr. 93

32 Ciclos Econômicos Produto Interno Bruto Brasileiro

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36 Comportamento Cíclico de Variáveis Econômicas  Características: Sentido:  Pró-cíclicas (procyclical) r>0 ex produtividade média do trabalho  Contra (ou Anti) cíclicas (countercyclical) r<0 ex. Desemprego, falências, inadimplência  Acíclicas (acyclical) ex juros real Timing  Antecedentes (Leading Variables) – ações, estoques, produtividade média  Coincidentes (Coincident Variables) – consumo, investimento fixo, residencial  Defasadas (Lagging variables) - inflação, taxas de juros nominais

37 Exemplos de comportamento cíclico das diversas variáveis  Variáveis agregadas (medidas de desempenho macroeconômico)  Emprego, salário nominal, salário real, estoques, meios de pagamentos, produtividade têm comportamento cíclico diverso  Variáveis setoriais – relacionadas à indústria - são mais frequentemente utilizadas, a exemplo dos EUA


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