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Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo

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Apresentação em tema: "Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo"— Transcrição da apresentação:

1 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
Como o olhar humano focaliza a realidade?... O Brasil da segunda metade do séc. XIX mesclava crise do 2º. Império, abolição da escravatura, proclamação da república, cortiços, epidemia de varíola, etc. As elites e as camadas populares se enfrentavam. Que Brasil era este?

2 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
Contexto histórico O ano de 1848 antecipa aquilo que marcaria toda a segunda metade do século: lutas sociais e fermentação de idéias políticas. Revolução Industrial. Movimentos de origem popular = ideais nacionalistas e socialistas. Esses movimentos surgem do acirramento das desigualdades sociais acentuadas a partir da Revolução Industrial, com o surgimento de uma classe operária, e também do espírito cientificista e positivista da época. “Os quebradores de pedra”, de Coubert e “Família”, de Jean-François Millet concretizam o que dizia o Gustave Coubert:

3 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
Contexto histórico A pintura é uma arte essencialmente objetiva e consiste na representação das coisas reais e existentes. O belo está(...) na realidade sob as mais diferentes formas. Coubert e Millet fixam-se em temas populares e de contestação social.

4 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
Contexto histórico A pintura é uma arte essencialmente objetiva e consiste na representação das coisas reais e existentes. O belo está(...) na realidade sob as mais diferentes formas. Manet, outro ícone da pintura realista, preferia retratar a vida burguesa. A primeira imagem é denominada “Desjejum na relva”; a segunda, “O balcão”. Em ambas reproduções não há preocupação com a classe operária, trabalhadora. Mas é inquestionável a objetividade na representação da realidade da época.

5 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
VISÃO DE MUNDO: SOCIETÁRIA E CIENTIFICISTA Objetividade: embasa a observação e análise da sociedade. Racionalismo: a razão é fundamental na observação e interpretação da realidade. Materialismo: a verdade está na matéria e não na idealização. Contemporaneidade: preocupação com o presente e não com o passado. Insatisfação: inadaptação à realidade circundante; traço de continuidade em relação ao Romantismo.

6 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
NATURALISMO: CONCEITOS Condicionamento social e hereditário do comportamento. Aprofundamento de alguns traços realistas. Cientificismo baseado nas idéias deterministas de Taine, na teoria evolucionista de Darwin e no positivismo defendido por Comte. Preferência por ambientação da narrativa em tipos populares, do submundo social. Linearidade narrativa, com predominância do foco narrativo em 3a. pessoa do discurso. Crítica às instituições: clero, casamento, sexualidade, sociedade exploradora da força do trabalho operário, preconceito racial. Didatismo. Zoomorfização das personagens. Os vizinhos de Luís assomaram à janela atraídos pelo grosseiro canto dos africanos; o cortiço inteiro agitou-se; as lavadeiras abandonaram as tinas e os coradouros e vieram ruidosamente ao portão da estalagem, com os braços nus, saias arrepolhadas no quadril, mostrando pernas sem meias e grossos pés metidos em tamancos... O homem da venda acudiu em camisa de meia, o peito muito cabeludo aparecendo... Todos falavam ao mesmo tempo. (O homem – Aluísio de Azevedo)

7 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
NATURALISMO: CONCEITOS Especialmente, a mulher é apresentada como presa fácil dos instintos e das necessidades fisiológicas. O amor passa a ser tratado como instinto, sujeito às contradições humanas, às necessidades fisiológicas e ao jogo de interesses sociais e econômicos. Os tipos femininos criados pelo Realismo e Naturalismo dão sinais de fragilidade, inconstância,debilidade de caráter. Era Magdá. Estranho abalo punha-lhe nos sentidos aquela escandalosa exibição de cama em pleno ar livre. Vendo-a, como a viu, publicamente armada e feita, afigurava-se-lhe ter defronte dos olhos um altar que se trazia de longe, para acruenta e religiosa cerimônia do desfloramento de uma virgem. Havia alguma coisa de pagão e bárbaro em tudo aquilo; alguma coisa que a levava de rastros, puxada pelos cabelos, para a vermelha sensualidade dos seus delírios... No meio daquela áspera gente do trabalho, gente de honestidade feroz, a figura da tal D. Helena destacava-se mais do que uma nódoa de lama no meio de uma camisa de algodão lavado. Mal acabou de jantar, foi para casa vomitar as tripas, que estômagos daqueles já não resistem à forte comida dos que se levantam antes do sol e trabalham doze horas por dia. (O homem – Aluísio de Azevedo)

8 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
REALISMO: CONCEITOS O Realismo fixa-se na realidade do homem em sociedade e seus problemas cotidianos. O foco de atenção é a realidade social, e não apenas o indivíduo. Ruptura com alguns traços românticos: ao invés de subjetivismo, objetividade; ao invés de emoção, a razão, no lugar de indivíduo isolado, a sociedade . A finalidade artística é a representação da realidade. Detalhismo na descrição dos fatos e do comportamento humano. Narrativa lenta, crônica da vida das personagens. Análise psicológica do comportamento. Incorporação do cotidiano à literatura.

9 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
O MESTRE DO REALISMO BRASILEIRO É... O GÊNIO MACHADO DE ASSIS. POR QUÊ? O QUE DESCOBRIR NA NARRATIVA DESSE BRUXO DA LITERATURA?

10 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
O QUE DESCOBRIR NA NARRATIVA MACHADIANA? Paródia Ironia Discussão do processo narrativo Metalinguagem Diálogo desafiador com o leitor Olhar crítico dos costumes da sociedade do final do século XIX Humor Contradição do homem de qualquer época Trocadilho Intertextualidade Questionamento das atitudes humanas

11 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
O QUE DESCOBRIR NA NARRATIVA MACHADIANA? Discussão do processo narrativo Metalinguagem Diálogo desafiador com o leitor E vejam agora com que destreza, com que arte faço eu a maior transição deste livro. Vejam: o meu delírio começou em presença de Virgília; Virgília foi o meu grão-pecado da juventude; não há juventude sem meninice; meninice supõe nascimento; e eis aqui como chegamos nós, sem esforço, ao dia 20 de outubro de 1805, em que nasci. Viram? Nenhuma juntura aparente, nada que divirta a atenção pausada do leitor: nada. (...) Vamos ao dia 20 de outubro. (Memórias póstumas de Brás Cubas – capítulo “Transição”)

12 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
O QUE DESCOBRIR NA NARRATIVA MACHADIANA? Ironia Humor Trocadilho O empréstimo Custódio, andando na rua, sem almoço e sem vintém, parecia levar após si um exército. A causa não era outra mais do que o contraste entre a natureza e a situação, entre a alma e a vida. Esse Custódio nascera com a vocação da riqueza, sem a vocação do trabalho. Tinha o instinto das elegâncias, o amor ao supérfluo, das belas damas, dos tapetes finos, dos móveis raros.(...) Mas não tinha dinheiro, nem aptidão de o ganhar; por outro lado precisava viver... Venho pedir-lhe(...) cinco contos de réis.(...) O tabelião tirou da carteira cinco mil réis. Não tenho mais – disse Vaz Nunes.(...) Custódio aceitou, não triste, ou de má cara, mas risonho, como se tivesse conquistado a Ásia Menor. Era o jantar certo, resíduo de uma grande ambição, num ímpeto de águia, que ora batia modestamente as asas de frango rasteiro.

13 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
O QUE DESCOBRIR NA NARRATIVA MACHADIANA? Paródia Ironia Olhar crítico dos costumes da sociedade do final do século XIX Contradição do homem de qualquer época Intertextualidadade Questionamento das atitudes humanas Na arca (Capítulo C) Três capítulos inéditos do Gênesis 12. – Noé diz: “Ora, pois, quero saber o motivo da briga”. 14. – “Sem invadiu a minha terra, a terra que eu havia escolhido para levantar minha tenda, quando as águas houverem desaparecido e a arca descer, segundo a promessa do Senhor.” 23. – Ora, pois, vos digo que, antes de descer a arca, não quero nenhum ajuste a respeito do lugar em que levantareis as tendas.” 25. – E alçando os olhos ao céu,(...) bradou com tristeza: 26. – “Eles ainda não possuem a terra e já estão brigando por causa de limites. O que será quando vierem a Turquia e a Rússia?”

14 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
CARACTERÍSTICAS COMUNS AO REALISMO E AO NATURALISMO Discurso prático sensato, racional; Visão da natureza: a natureza passa a ser focalizada em manifestação no comportamento humano. Visão da mulher e do amor: Os tipos femininos criados pelo Realismo e Naturalismo dão sinais de fragilidade, inconstância,debilidade de caráter. Veja como o narrador personagem Brás Cubas, personagem de Machado de Assis, relata a evolução do seu amor por Marcela: “ ...Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.”

15 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
O termo PARNASIANISMO = parnaso, de Parnassus, na Grécia, um monte lendário, morada simbólica dos poetas e da poesia. O PARNASIANISMO reagiu contra os exageros sentimentais e imaginativos do Romantismo. O PARNASIANISMO representou um retorno aos modelos clássicos, o que determinou a preocupação com a métrica e a rima. É freqüente no PARNASIANISMO a figura da mulher-estátua, imagem colocada num pedestal: ela é representação de Vênus ou Afrodite que, nua, seduz o poeta com sua beleza plástica; a imagem feminina aparece distante, imóvel.

16 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
Para os parnasianos, fazer poesia é essencialmente trabalhar em busca do termo próprio, do equilíbrio, da beleza e da perfeição formal. São freqüentes os poemas parnasianos que comparam o trabalho do escritor com o do escultor ou do ourives. Poesia é a arte de conceber, planejar e construir. Os modernistas, mais tarde, ridicularizariam essa tendência de reduzir a forma a fôrmas, por isso Manuel Bandeira escreveu “ Estou farto desse lirismo comedido...”

17 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO NA POESIA Rigor formal (rima e métrica) Retorno ao Classicismo (soneto) Objetividade Descritivismo “Arte pela arte” Temas históricos Clareza OLAVO BILAC, o príncipe dos poetas parnasianos, escreveu o que se pode considerar uma receita para se escrever bons textos. O poema “A um poeta” enumera os ingredientes necessários:é preciso calma, trabalho árduo, clareza, busca do ideal de beleza clássico, conciliação entre verdade e estética. No slide 19, o soneto citado foi feita a escansão das sílabas poéticas (1a.estrofe) e foram grifados termos que indiquem cada uma das habilidades exigidas do artista da palavra.

18 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
A um poeta Lon/ge/ do es/té/ril/ tur/bi/lhão/ da/ ru/a Be/ne/di/ti/no, es/cre/ve!/ No a/con/che/go Do/ claus/tro,/ na/ pa/ciên/cia e/ no/ sos/se/go, Tra/ba/lha, e/ tei/ma, e/ li/ma, e/ so/fre, e/ su/a. Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício. Porque a beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimigo do artifício, E a força e a graça na simplicidade Olavo Bilac Para escrever é preciso calma, trabalho árduo, clareza, busca do ideal de beleza clássico, conciliação entre verdade e estética,simplicidade.

19 Literatura – Aula 2 Realismo X Naturalismo
AUTORES REALISTAS/ NATURALISTAS BRASIL Machado de Assis Aluísio de Azevedo Inglês de Sousa (regionalista) PORTUGAL Eça de Queirós Antero de Quental AUTORES PARNASIANOS Olavo Bilac Raimundo Correia Alberto de Oliveira


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