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"Estar nu é estar sem palavras" (Velho Ditado Africano)

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Apresentação em tema: ""Estar nu é estar sem palavras" (Velho Ditado Africano)"— Transcrição da apresentação:

1 "Estar nu é estar sem palavras" (Velho Ditado Africano)
Tecidos Africanos "Estar nu é estar sem palavras" (Velho Ditado Africano)

2 "Estar nu é estar sem palavras".
Estar despido é ter uma existência incompleta, pois a indumentária ajuda a identificação social da pessoa participando como uma energia mágica, que atua sobre o indivíduo. Segundo mitologia africana, o vestuário e a palavra surgiram juntos, quando a terra recebeu do gênio criador na  água, um traje de fibras vegetais, cheias de essência divina. O entrelaçamento de fibras era o caminho por onde a palavra se revelava. A terra vestida  tinha agora uma linguagem.

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4 Tradicionalmente o tecido é fabricado em tear artesanal, construído com estacas de madeira, formando um abrigo rudimentar. Na maioria dos casos  construídos pelos os próprios tecelões. O tecelão se ocupava de todas as atividades envolvidas na confecção do vestuário: tecelagem, costura e bordado. Todas essas tarefas eram executadas manualmente. Enquanto a fiação é uma atividade eminentemente feminina, em toda a África, a tecelagem é uma ocupação masculina. Entretanto em algumas áreas (Nigéria e  Sudão) as mulheres também tecem, principalmente o algodão. Mas, mesmo nos lugares onde ambos os sexos tecem, cada um usa um tipo diferente de tear. Os tecelões trabalham ao ar livre, em grupo, sob a sombra das  árvores ou sob pequenas coberturas

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6 O vestuário traduzia apenas as necessidades imediatas, naturais do corpo.
Como a habitação, o vestuário respondia apenas ao instinto de preservação, de proteção da vida. Com o tempo passou a ter outra finalidade: realçar a beleza e a importância desse corpo, tanto para o indivíduo, quanto perante a sua comunidade.

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8 Desde a fabricação do tecido à confecção e uso está   envolvido uma rede de simbolismo inerente à vida do africano na sociedade. O corpo representa a força vital, a materialidade do espírito e portanto o vestuário, pelo seu contato íntimo com o corpo exerce ações  sobre seu portador. Considera-se o material com que é feito, os elementos que o constituem, forma e cor.  O vestuário é  uma linguagem, fortalece a palavra, visto a importância da oralidade na cultura africana. A interdependência do vestuário e do corpo caracteriza o traje como um objeto indissociável de seu suporte - o corpo - o que confere existência e significado ao vestuário.

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10 O tecido conserva ainda o valor de referência social
O tecido conserva ainda o valor de referência   social. Seu preço define a posição do indivíduo e o valor é resultado do modo de produção  envolvendo cor, textura e estrutura da trama, que tem significado em cada cultura, assim como a gama de técnicas empregadas no pano já tecido. “as roupas de fibra são índices de palavra pobre, as de pele, figurativas de palavra sólida e em relação com a conservação. As de algodão são signo de bela palavra que se mostra. A veste ampla dá  facilidade e extensão ao verbo, a que é apertada restringe a palavra. A roupa aparece então, não como atributo exterior, estranho à natureza de quem a usa, ela exprime, ao contrário , a realidade essencial e fundamental do ser humano - sua palavra”

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12 O vestuário revelou seu valor para as sociedades africanas, identificando a indumentária  como um signo sociocultural, cuja função utilitária se dilui em relação  à função social e simbólica, identificando as pessoas, social, econômica e afetivamente. A indumentária  passa a ser, então, um meio de expressão do estado de espírito de seu portador

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14 Cada momento da vida social africana é marcado pelo uso de roupa determinada como por exemplo o nascimento, a iniciação na vida adulta e a morte. DIETERLEN [appud PETER,1992] relata que: o bebê usa ao redor da cintura um fio de algodão, que é ao mesmo tempo uma proteção solidifica sua coluna vertebral) e uma prefiguração do que usar  mais tarde. Enquanto que, durante o período que cerca a iniciação na vida adulta, circuncisão nos meninos e a excisão nas meninas, os adolescentes trajam vestes especiais. Para as meninas é constituída de um pano cru, tinto de preto com motivos geométricos, que deve ser atado à cintura. É  hábito  dos africanos em geral confeccionar, para festas típicas ou funerais, trajes com tecidos da mesma padronagem e cor manifestando a participação e solidariedade do grupo social, com uso de um "uniforme". As mulheres usam o conjunto tradicional, constituído  de blusa e saia de pano amarrado ma cintura; os homens  usam uma calça de modelo europeu e uma camisa do mesmo pano usado pelas mulheres. A cor branca simboliza a luminosidade do Deus maior, Sua ação se concretizando na difusão  de sua palavra e de sua luz, nomeando e classificando as coisas, que recebem, assim, a força vital, isto é, passam a existir. Por isso, no candomblé, branco é a cor de Oxalá.

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16 Aplicações, principalmente para faixas, bandeiras, e cortinas de barraca, são praticadas principalmente ao longo do Nilo e na região de savana ao sul do Saara. Leva freqüentemente a forma de textos islâmicos recortados em pano de uma cor e cosido a pano de uma cor contrastante. Uma outra técnica de aplicação é costura de contas de vidro sobre um pano de fundo, por exemplo, para fazer aparatos reais ou outros objetos cerimoniais. A costura de contas para recobrimento é encontrada entre alguns povos do leste e sul da África como, por exemplo, na roupa de mulheres de Masai no Quênia. Também são tratadas peles de animais para produzir couro, arte associada a muitos dos povos islâmicos do sul do Saara (por exemplo, o Tuareg e o Hausá), cada um com seu estilo distinto. Em Uganda um pano de cascas é preparado por urdidura e tingimento de certas cascas de árvore que são pintadas então ou matizadas. O uso de fibras vegetais para esteiras e cestaria é universal ao longo desta região, com alguns povos particularmente notados pelos estilos de padrão e design. O vestuário africano envolve o corpo, adapta-se a ele, diferentemente da moda ocidental que cerce a, limita  e geometriza o corpo. A amplitude da roupa africana permite portanto o gestual, a liberdade de ser e de agir

17 Bibliografia http://www.afrodescendencia.hpg.com.br/ideario.htm


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