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PRÉ- HISTÓRIA E PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
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os homens sempre foram onívoros
mais ou menos inclinados, de acordo com as épocas e as regiões em que viviam, a comer alimentos vegetais ou animais.
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Período Mesolítico resfriamento do clima europeu
A alimentação do período mesolítico distingue-se da do paleolítico por uma grande variedade
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Período Neolítico Revolução neolítica
- agricultura - criação de animais => Aparecimento das primeiras civilizações
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Consequências da Agricultura e da Criação de Animais
garantia contra os azares climáticos - mas garantias não muito efetivas permitem um adensamento da população => crescimento demográfico rápido os agricultores e criadores reduziram a variedade de sua alimentação => fonte de carência e, por conseguinte, diminuição da esperança de vida
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Cozinha as mais antigas receitas culinárias conhecidas são mesopotâmicas datam do segundo milênio a .C.
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Técnicas utilizadas no preparo dos alimentos
cozimento maceração secagem lavagem prolongada salga fermentação Objetivos tornar os alimentos comestíveis conservação melhorar o sabor dos alimentos
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Comensalidade comportamento alimentar do homem distingue-se do dos animais: cozinha, ligada, em maior ou menor grau, a uma dietética e a prescrições religiosas comensalidade função social das refeições
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O MUNDO CLÁSSICO
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domínio da civilização em oposição ao universo desconhecido da barbárie
O regime alimentar tem um papel essencial nesse processo de definição de um modelo de vida civilizado: funda sua própria “diferença” no que diz respeito ao não-civilizado e ao não- citadino em três valores decisivos: a comensalidade os tipos de alimentos consumidos a cozinha e a dietética
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Crise de um Modelo modelo alimentar elaborado pelos gregos e romanos: mais ideológico que dietético começa a se desagregar a partir dos séculos III-IV
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ALTA IDADE MÉDIA (SÉCULOS V-X)
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oposição entre civilizações e modelos alimentares dos ocidentais e dos bárbaros
nos séculos III e IV, as relações de forças entre os bárbaros e o império começam a se inverter a rápida derrocada das estruturas sociais e políticas tradicionais repercute em uma oposição dos modelos alimentares.
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novo sistema de produção e de consumo
combinação e no apoio recíproco entre economia agrária e economia silvo- pastoril a alimentação caracteriza-se, então, principalmente pela variedade dos recursos e dos produtos consumidos
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PLENA E BAIXA IDADE MÉDIA (SÉCULOS XI-XV)
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consolidação da economia agrária que assegura, a partir de então, a subsistência da maioria da população grande crescimento demográfico observado em todos os países da Europa nos séculos X e XI retomada das trocas monetária e do comércio
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A economia agrária provoca acúmulo de reservas de cereais, mais fáceis de conservar e principalmente de estocar, que permitirão alimentar os circuitos comerciais em plena renovação no curso dos séculos seguintes.
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os cereais se tornam o elemento principal e cada vez mais determinante da alimentação camponesa
o direito de caça e de exploração de pastagens é limitado ou proibido nos domínios não- arroteados, reservados de maneira cada vez mais exclusiva aos senhores feudais a aristocracia, designada como classe dos comedores de carne, despreza os legumes do pobres
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Gastronomia e dietética, como na Antiguidade, caminham juntas até se integrarem, de modo a satisfazer as exigências do equilíbrio nutricional. a cultura medieval dá a essas “exigências” orientações mais especificamente sociais, identificando-as não como atributos da pessoa, como preconizam os princípios da dietética, e sim de classe A mesa e a alimentação tornam-se o principal instrumento para corroborar e manter a ordem estabelecida.
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ERA MODERNA (SÉCULOS XV-XVIII)
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Principais Acontecimentos
conquista dos mares pelos europeus e a consequente integração dos outros continentes a sua rede comercial outros produtos alimentares exóticos passaram a fazer parte dos regimes europeus
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Reforma protestante destrói a regulamentação eclesiástica que constituía um importante fator de unidade da alimentação ocidental na Idade Média estimula a diversificação das cozinhas nacionais
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desenvolvimento da imprensa
difusão da cultura escrita desenvolvimento científico, particularmente o da química, a partir do século XVII interrompe por um tempo a tradicional relação da cozinha com a dietética
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contínuo crescimento das cidades
favorece a passagem de uma agricultura de subsistência para uma agricultura de mercado conquista das terras aráveis pelas elites sociais, em diversas regiões do continente e do mundo aumenta a fortuna dos nobres e burgueses favorece o refinamento da gastronomia e das maneiras à mesa => fim da antiga promiscuidade convivial
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ERA CONTEMPORÂNEA ( A PARTIR DO SÉCULO XIX)
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Características revolução industrial
êxodo rural e a incrível expansão das cidades triunfo total da economia de mercado sobre a economia de subsistência (tanto nas zonas rurais como nas urbanas) formidável desenvolvimento dos transportes e do comércio mundial.
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Aumento da utilização de mão de obra feminina
A revolução industrial atinge a história da alimentação em vários aspectos, mas sobretudo pelo desenvolvimento das indústrias alimentares. Aumento da utilização de mão de obra feminina desenvolvimento do equipamento eletrodoméstico e das indústrias alimentares.
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Restaurante: estabelecimento no qual, mediante pagamento, é possível sentar-se à mesa para comer fora de casa: na pior das hipóteses, uma refeição trivial, sem preparação especial, embora às vezes a comida seja boa; ou, na melhor, para viver um momento de intensa criação artística. De maneira geral, a situação é intermediária e conjuga, em proporções variáveis, o agradável ao útil, a qualidade à modicidade do preço.
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os restaurantes, além da gastronômica, assumiram outra função:
a de alimentar cotidianamente uma clientela cada vez mais numerosa de homens e mulheres que deixou de fazer as refeições em casa
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Pós- guerra, EUA: era do baby-boom
no plano alimentar, as questões de saúde ou gastronomia cederam lugar à “comodidade”; => início do que os fabricantes de alimentos industriais designaram por “pronto – a servir”
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“A ‘McDonaldização’ dos Costumes”
Às vésperas do século XXI surgem duas preocupações: saúde identidade cultural A alimentação se identifica cada vez menos com o universo doméstico
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urbanização e industrialização dos anos 1950-1960:
expansão dos supermercados profissionalização das mulheres elevação do nível de vida e de educação generalização do uso do carro acesso mais amplo da população ao lazer, férias e viagens
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Aumenta regularmente o número de refeições tomadas fora de casa.
Aumenta o número de refeições tomadas na empresa, escola e coletividades. Aparecem as diversas fórmulas de self-service.
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uma parte crescente do trabalho culinário, tanto em casa como no restaurante, desloca-se da cozinha para a fábrica. uma vez transformados pela indústria, os alimentos tornam-se “alimentos-serviço”. produtos light indústria já cozinhava no lugar do consumidor; agora propõe-lhe encarregar-se também do regime.
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DEFINIÇÕES BÁSICAS PARA ALIMENTAÇÃO COLETIVA
Catering (Europa) - preparação e distribuição de comida e bebida a grupos de pessoas reunidas em um local. Food service (EUA) - provisão de alimentos (produção e serviço) Restauration commerciale – atendem indivíduos, clientela ocasional ou regular, abertas a qualquer tipo de público. Restauration collective - atendem clientela definida – setores do trabalho, ensino, saúde e social (asilos) e outros.
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Fast Food EUA, anos 50: o fast food é a aplicação do taylorismo, ou seja, da divisão e racionalização do trabalho, à preparação de refeições servidas em restaurante. o fast-food de inspiração norte-americana só aparece na Europa ocidental no final dos anos 70 Tratava-se de defender a tradição culinária local contra a invasão dos americanos barbáros. slow food
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Slow Food Início: 1986, na Itália símbolo: caracol
deter a padronização do sabor e a manipulação dos consumidores de comida rápida e industrializada em todo o mundo equilíbrio de troca e respeito com a natureza gastronomia fundada no encontro, na reunião
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ALIMENTAÇÃO ESCOLAR Séc. XIX: expansão da educação das massas populares Inicialmente, era uma obra de caridade => socorro de crianças indulgentes A partir 1920: ciência da Nutrição => preocupação com a saúde Relação entre alimentação, estado de saúde e desenvolvimento intelectual
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Alimentação coletiva no Brasil
Até década de 50: estabelecimentos com estrutura familiar. -1930 – classe trabalhadora nas cidades - botequim. -1940 – classe média urbana – restaurantes mais populares com prato fixo em cada dia e primeiras cozinhas industriais.
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A partir de 50: expansão dos grandes centros urbanos
1990 – Importações – equip. cozinha de última geração. Profissionalismo, chegada das grandes multinacionais do setor e profissão cozinheiro ganha status. A partir de 1990: grande crescimento do setor de Food Service
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No Brasil: Alimentação comercial e alimentação coletiva
Serviços de alimentação e nutrição - produção e distribuição para coletividade sadia. Serviços de nutrição e dietética - coletividades enfermas. Tendência - denominação comum “Unidade de Alimentação e Nutrição”(UAN), para atividades “fins” ou “meios”. Comensal, usuário ou cliente - consumidor em alimentação coletiva.
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1954: Programa de Alimentação Escolar
1993: descentralização da alimentação escolar pelo governo federal; maior participação de nutricionistas 1960: Bolsa Alimentação (MEC) Déc. 70: Campi universitários 1976: PAT 52 milhões de pessoas (IBGE, 1992)
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Referências Bibliográficas
FLANDRIN, J.-L.; MONTANARI, M. História da almentação. 2.ed. São Paulo: Estação da Liberdade, p. ORNELLAS, L. H. A alimentação através dos tempos. Rio de Janeiro: FENAME, p. STEINGARTEIN, J. O homem que comeu de tudo. São Paulo: Cia das Letras, p.
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