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Curso de Especialização em Ergonomia

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Apresentação em tema: "Curso de Especialização em Ergonomia"— Transcrição da apresentação:

1 Curso de Especialização em Ergonomia
Universidade Federal do Paraná Curso de Especialização em Ergonomia Prof. Maria Lucia L. Ribeiro Okimoto, Dr.Eng. Curitiba- 2006

2 Conteúdo 1. Introdução 2. A visão sistêmica
3. Metodologia de Avaliação 3.1.Analise da DEmanda 3.2.Analise da Tarefa 3.3.Analise da Atividade 3.4.Diagnostico 3.5.Recomendações Ergonômicas

3 Introdução Ergonomia[1] (ou Fatores Humanos) é a disciplina científica que trata da compreensão das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema. ‘E a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos, a projetos que visam otimizar o bem estar humano e a performance global dos sistemas. Derivada do grego ergon (trabalho) e nomos (leis) para denotar a ciência do trabalho, ergonomia é uma disciplina inicialmente orientada aos sistemas e que modernamente se estende por todos os aspectos da atividade humana. [1] Esta conceituação foi aprovada por unanimidade na Reunião do Conselho Científico da International Ergonomics Association de 01 de agosto de 200, em San Diego, USA.

4 Histórico Em 1857 Jastrezebowisky publicou um artigo intitulado "ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho". O tema é retomado quase cem anos depois, quando em 1949 um grupo de cientistas e pesquisadores se reúnem, interessados em formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência.

5 Histórico De acordo com a Ergonomics Research Society (1949),
“Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento”. Já para Wisner (1987), “Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relacionados ao homem e necessários à concepção e instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência”.

6 Histórico Em 1950, durante a segunda reunião deste grupo, foi proposto o neologismo "ERGONOMIA", formado pelos termos gregos ergon (trabalho) e nomos (regras). Funda-se assim no início da década de '50, na Inglaterra, a Ergonomics Research Society. Em 1955, é publicada a obra "Análise do Trabalho" de Obredane & Faverge, que torna-se deciciva para a evolução da metodologia ergonômica. Nesta publicação é apresentada de forma clara a importância da observação das situações reais de trabalho para a melhoria dos meios, métodos e ambiente do trabalho.

7 Histórico Em referência as publicações científicas que marcaram o início da produção dos conhecimentos em ergonomia, podemos citar: 1949- Chapanis - com a aplicação da Psicologia Experimental 1953- Lehmann, G. A - Prática da Fisiologia do Trabalho Floyd & Welford - Fadiga e Fatores Humanos no Desenho de Equipamentos

8 O papel do ergonomista Ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.

9 prática profissional Ergonomistas, em sua prática profissional, devem ter uma compreensão abrangente da amplitude de seu papel, que é, com a Ergonomia, promover uma abordagem holística do trabalho, na qual considerações de ordem física, cognitiva, social, organizacional, ambiental e de outros aspectos relevantes devem ser levados em conta.

10 As boas interfaces (adequadas) atenderão de forma conjunta, integrada e coerente os critérios de conforto, eficiência e segurança.

11 Interfaces do conhecimento em Ergonomia

12 Disciplinas de base da ergonomia
Matemáticas Matemáticas Ciências físicas Ciências físicas Ciências biológicas Ciências biológicas Ciências humanas Ciências humanas Estatística Estatística Física Física Química Química Anatomia Anatomia Fisiologia Fisiologia Antropologia Antropologia Psicologia Psicologia Sociologia Sociologia Anatomia Anatomia funcional funcional Psicologia Psicologia industrial industrial Bioquímica Bioquímica Antropologia Antropologia Sociologia Sociologia física física industrial industrial Acústica Acústica Biofísica Biofísica Psicologia Psicologia Luminotécnica Luminotécnica experimental experimental Fisioterapia Fisioterapia Fisiologia do Fisiologia do Biometria Biometria Mecânica Mecânica Antropometria Antropometria Dinâmica Dinâmica Bio Bio - - ergologia ergologia trabalho trabalho de grupo de grupo Termodinâmica Termodinâmica Teoria da Teoria da Tempos Tempos Biomecânica Biomecânica Fisiologia Fisiologia Psicologia Psicologia informação informação e movimentos e movimentos ambiente ambiente do trabalho do trabalho ERGONOMIA (FATORES HUMANOS) ERGONOMIA (FATORES HUMANOS)

13 Aplicações da Ergonomia
Ergonomia na indústria: Melhoria das interfaces dos sistemas homens-tarefas Melhoria das condições ambientais de trabalho Melhoria das condições organizacionais de trabalho Ergonomia na agricultura e na mineração: Melhoria do projeto de máquinas agrícolas e de mineração Melhoria das tarefas de colheita, transporte e armazenagem Estudos sobre os efeitos dos agro-tóxicos Ergonomia no setor de serviços: Melhoria do projeto de sistemas de informação (ergonomia da informática) Melhoria do projeto de sistemas complexos de controle (salas de controle) Estudos diversos sobre: hospitais, bancos, supermercados, ... Ergonomia na vida diária

14 Domínios de especialização
Através da disciplina, os domínios de especialização representam profundas competências em atributos humanos específicos e características das interações humanas entre si e destes com os sistemas, quais sejam: Ergonomia Física Ergonomia Cognitiva Ergonomia Organizacional

15 Ergonomia Física Ergonomia Física - no que concerne as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde.

16 Ergonomia Cognitiva – Ergonomia Cognitiva - no que concerne aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio, e resposta motora, conforme afetam interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem carga mental de trabalho, tomada de decisão, performance especializada, interação homem-computador, stress e treinamento conforme estes se relacionam aos projetos envolvendo seres humanos e sistemas

17 Ergonomia Organizacional
Ergonomia Organizacional - no que concerne a otimização dos sistemas sócio-técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, cultura organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.

18 Diferentes atuações em Ergonomia
Ergonomia de projeto - Ergonomia industrial Ergonomia de projeto: é a ergonomia preventiva no estágio de projeto Ergonomia industrial: é a ergonomia corretiva de situações existentes Ergonomia do produto - Ergonomia da produção Ergonomia do produto: é a ergonomia de concepção de um dado objeto Ergonomia da produção: é a ergonomia de chão de fábrica Ergonomia de laboratório - Ergonomia de campo Ergonomia de laboratório: é a pesquisa em ergonomia realizada em situação controlada de laboratório; Ergonomia de campo: é a pesquisa em ergonomia realizada em situação real de trabalho.

19 Diferentes abordagens em Ergonomia
Quanto a abrangência: Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macroergonômica Quanto a contribuição: Ergonomia de concepção: normas e especificações de projeto Ergonomia de correção: modificações de situações existentes Ergonomia de arranjo físico: melhoria de seqüências e fluxos de produção Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia Quanto a interdisciplinaridade: Engenharia: projeto e produção com adequação ergonômica Design: metodologia de projeto e design do produto Psicologia: treinamento e motivação do pessoal Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças do trabalho-Administração: projetos organizacionais e gestão de R.H.

20 Bibliografia sugerida do capitulo
SANTOS, N. & FIALHO, F. A. P., Manual de Análise Ergonômica no Trabalho. Curitiba: Gênesis Editora, 2 ª Ed., 1997. IIDA, Itiro. Ergonomia: Ergonomia: Projeto e Produção. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 4ª ed., 1997 WISNER, Alain. A Inteligência no Trabalho, Textos selecionados de ergonomia. São Paulo: Editora da UNESP, 1994. Guimarães,L..B. de M. Ergonomia de Processo. 4.ed. Porto Aegre: UFRGS/PPGEP. (2000). Vidal, M. C. R. Ergonomia na Empresa. Util Pratica e Aplicada. 2 ed. EVC.

21 2. A visão da abordagem sistêmica
O ponto de partida de qualquer Intervenção, estudo ou pesquisa em Ergonomia se dara através de uma abordagem sistêmica. Do ponto de vista ergonômico, uma situação de trabalho é um sistema complexo dinamicamente inter-relacionado

22 Situação de Trabalho : cujas entradas (as exigências econômicas, sócio-técnicas e organizacionais de trabalho, caracterizadas na tarefa) determinam os comportamentos do homem no trabalho (caracterizadas nas atividades em termos de informações e ações) e, cujas saídas (os resultados do trabalho em termos de produção e saúde), são as resultantes deste sistema. Figura Modelo sistêmico de uma situação de trabalho: componentes, lacos de regulação. Santos, N.1997.

23 A abordagem sistêmica em ergonomia
Teoria de sistemas A teoria de sistemas foi elaborada pelo biólogo alemão LUDWIG VON BERTALANFFY, no final da década de 40. Ela partia de três premissas básicas: os sistemas existem dentro de outros sistemas (formando sub-sistemas); os sistemas são abertos; as funções de um sistema dependem de sua estrutura. A partir destas premissas, foram estabelecidos os pressupostos básicos desta teoria:

24 Teoria dos sistemas existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais; essa integração parece orientar-se no sentido de uma teoria de sistemas; essa teoria de sistemas pode ser uma abordagem mais abrangente para estudar os campos não-físicos do conhecimento científico; essa teoria de sistemas aproxima-nos do objetivo da unidade científica; Os pressupostos anteriores podem promover a necessária integração na educação científica.

25 Teoria de sistemas BERTALANFFY (ibidem) define "sistema como um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas". Desta definição decorrem dois conceitos: Objetivo do sistema: as unidades, bem como os relacionamentos, definem um arranjo que visa sempre um objetivo. Globalidade do sistema: o sistema sempre reagirá globalmente a qualquer estímulo produzido em quaisquer das suas unidades. Isto é, há uma relação de causa-efeito entre as diferentes partes de um sistema.

26 um sistema; um sub-sistema; um super-sistema.
Teoria de sistemas A definição de um sistema depende da focalização à ele dada, pelo sujeito que pretenda analisá-lo. Uma determinada situação de trabalho pode ser: um sistema; um sub-sistema; um super-sistema.

27 Quanto a complexidade os sistemas podem ser:
Sistemas simples: dinâmicos; Sistemas complexos: altamente elaborados e bem inter-relacionados; Sistemas hipercomplexos: complicados e não descritivos. Quanto a ocorrência: sistemas determinísticos: totalmente previsíveis; sistemas probabilísticos: previsível dentro de uma certa probabilidade; sistemas estocásticos: não previsíveis.

28 Sistema homem-máquina

29 Sistemas Ser Humano – Tarefas
São mais ricos do que os sistemas ser humano – máquinas, anteriormente apresentados. De fato, as tarefas compreendem não só as condições técnicas de trabalho, mas, também, as condições ambientais e organizacionais do trabalho. Em uma determinada situação de trabalho, sempre pode-se identificar três tipos de tarefa, mais ou menos formalizados: tarefa prescrita; tarefa induzida ou redefinida; tarefa atualizada.

30 Teoria dos sistemas (SH-T)
O primeiro passo na análise de um sistema ser humano – tarefa é a delimitação deste sistema que pode ser estruturada nos seguintes passos. definição da missão do sistema; definição do perfil do sistema; identificação e descrição das funções do sistema e sub-sistemas; estabelecimento de normas; atribuições de funções aos operadores e às máquinas. Para qualquer que seja o sistema ser humano – tarefa a ser analisado, de um simples posto de trabalho a um complexo sistema de produção

31 SHT O segundo passo na análise do sistema ser humano – tarefa é a descrição dos componentes deste sistema, através da: identificação das exigências da tarefa, em termos técnicos, ambientais e organizacionais. Esta descrição permite o levantamento de uma série de dados a respeito da situação de trabalho considerada: dados referentes aos operadores, informações e ações de trabalho; dados referentes às máquinas, controles e comandos, entradas e saídas; dados referentes às condições técnicas de trabalho; dados referentes às condições ambientais de trabalho; dados referentes às condições organizacionais de trabalho.

32 Sistema de trabalho Do ponto de vista ergonômico, uma situação de trabalho é um sistema complexo, dinamicamente inter-relacionado, cujas entradas (as exigências técnicas, ambientais e organizacionais de trabalho, caracterizadas na tarefa) determinam os comportamentos do homem no trabalho (caracterizadas nas atividades em termos de informações e ações) e, cujas saídas (os resultados do trabalho em termos de produção e saúde), são as resultantes deste sistema.

33 Situação de trabalho Visão da abordagem do sistema homem-tarefa na situação de um posto trabalho

34 Fonte:

35 3. Metodologia de Avaliação utilizada em Ergonomia
Nasce em 1949 com Suzanne Pacaud, a análise da atividade em situação real, resgatada em 1955 por Obrendame & Faverge como análise do trabalho. Estes autores preconizavam que o projeto de um posto de trabalho deveria ser precedido por um estudo etnográfico da atividade e mostravam o distanciamento entre as suposições iniciais e as análises finais. A proposta veio a ser formalizada somente em 1966 por Alain Wisner já como Análise Ergonômica do Trabalho (AET).

36 Atuação metodológica da ação ergonômica
Na Europa um conceito novo, a Intervenção ergonômica, hoje expressão corrente nos EUA, Japão,França, Alemanha, Canadá, Suécia, Brasil e etc. As mudanças de paradigmas econômicos, no limiar dos anos 80, ampliaram este quadro fazendo brotar duas novas considerações que dão à ergonomia seu formato atual da Ação Ergonômica.

37 Atuação metodológica da ação ergonômica
A primeira delas nos Estados Unidos e Países Nórdicos, preconiza que os projetos de melhoria ergonômica são mais bem sucedidos numa perspectiva maior e inseridas na estratégia organizacional, e que foi chamada a partir de 1990 de Macroergonomia (Brown Jr.,1990).

38 Atuação metodológica da ação ergonômica
A segunda nova vertente amplia este mesmo debate para o nível das contingências sociais e culturais, a que uma empresa está afeita no seu ambiente mediato e que foi cunhada por seu autor em 1974 de Antropotecnologia (Wisner, 1974, 1980).

39 Intervenção ergonômica
O conceito de intervenção ergonômica inicialmente desenvolvido pela escola francesa de Ergonomia (Wisner, 1974, Duraffourg et al. 1977; Guérin et al. 1991) é hoje uma forma internacional de atuação do profissional que trabalha com a ergonomia.

40 Intervenção ergonômica
Segundo Laville (1997, p. I-2) a metodologia geral da ergonomia comporta: a. Um diagnóstico baseado na: análise das características sociais, técnicas, organizacionais e econômicas da situação de trabalho analisada; análise da atividade real dos operadores e do quadro temporal no qual ela se efetua; a medida das características dos meios de trabalho e do meio ambiente físico no qual o mesmo se realiza; a medida das características antropométricas, fisiológicas e psicológicas dos operadores em atividade. b. Um projeto construído a partir: do diagnóstico; dos dados recolhidos sobre a situação de trabalho; dos dados existentes na literatura. c. Uma verificação dos efeitos das modificações resultantes.

41 Intervenção ergonômica
Assim, as etapas desta metodologia envolvem, ordenadamente: Análise da Demanda, Análise da Tarefa e Análise da Atividade, Cada uma dessas etapas resulta em hipóteses que vão subsidiar a etapa posterior e resultarão no diagnóstico, recomendações, execução, avaliação e validação das alterações propostas.

42 Intervenção ergonômica
etapas Fig. Esquema geral da metodologia de análise ergonômica do trabalho Fonte: Adaptado de Santos et all (1995, p. 39)

43 DEMANDA A análise da demanda e’ a fase preliminar onde o analista de ergonomia confronta os conhecimentos sobre a situação concreta de trabalho com aqueles que possui sobre o homem em atividade. Desta confrontação surge um certo número de hipóteses explicativas para a carga de trabalho, as quais, irão orientar o prosseguimento do estudo.Cada fase da análise estas hipóteses irão sendo refinadas e aprofundadas, na media que o estudo avança. Buscar: construir as condições ideais que deveriam ser alcançadas para a condução da análise: a) discutir os objetivos do estudo com o conjunto das pessoas envolvidas (direção da empresa, serviços funcionais, gerências, supervisores, trabalhadores e suas organizações). b) obter a aceitação dos trabalhadores que ocupam o posto (ou postos) a ser estudado. A participação destes trabalhadores é, de fato, indispensável para realizar uma boa análise das atividades. Para julgar a pertinência das variáveis e ajudar na interpretação dos resultados; e, c) esclarecer as respectivas responsabilidades, tanto do analista, quanto da direção da empresa, dos trabalhadores e das organizações destes, em relação ao desenvolvimento do estudo e da utilização dos resultados.

44 Analise da Demanda Segundo Vidal (2003) reconhece a demanda empresarial e social através das seguintes necessidades : Demandas Trabalhistas Demandas de certificação Demandas de modernização

45 Demanda Trabalhista Contemplada na NR 17, através da lei 641(MT).
Segundo Arueira 2000 (apud Vidal 2003), a demanda trabalhista pode apresentar as seguintes características: Atividades que requeiram grande esforço físico, posturas rígidas e movimentos aparentemente repetitivos. Tarefas com elevados requisitos de precisão e qualidade final Introdução de novas tecnologias físicas ou organizacionais Elevadas taxas de absenteísmo, rotatividade, acidentes e queixas Atividades em turno Conflitos entre empregados ou setores (produção X vendas)

46 Uma situação bastante comum de uma demanda trabalhista, e quando o se pede uma AET geral de toda a empresa. ( Caso em que caberia um programa de Ergonomia)

47 Demanda por certificação
No plano de certificação de produtos e processos, a AET e a maneira de se poder verificar o encaminhamento de mudanças necessárias a conformidade dos temas convencionados em normas. ISO 9000/ OSHAS 18001(Occupational Health and Safety Assessment Series, foi oficialmente publicada pela BSI – British Standards Institution – e entrou em vigor no dia 15/4/99)

48 Demanda de Modernização
Numa perspectiva de Modernização, a empresa procura : Aproveitar uma mudança para efetuar outras mudanças Fazer a coisa certa desde o inicio Apurar continuamente o custo e o beneficio das mudanças Contratar um profissional certificado

49 Resultados esperados na demanda
Na demanda Trabalhista: Quadro ergonômico da empresa e seus processos chaves; Seleção e hierarquização dos problemas a solucionar; Recomendações de mudanças úteis, praticas e aplicadas; Mudanças de acordo com as normas regulamentadoras.

50 Resultados esperados de uma AET- demanda/certificação
Em contexto de certificação a. Apreciação ergonômica( unidade autônoma/ setor ou unidade inteira). O conjunto de apreciações ou avaliações fica mais bem organizado se apresentado como proposta de um PROGRAMA de ERGONOMIA para aquela empresa. b. Analise ergonômica da conformidade ( São assinalados modificações importantes nos sistemas acoplados/s. informáticos configuração dos ambientes, organização do trabalho

51 Resultados esperados de uma AET- demanda/ certificação
c. Implementação ergonômica de padrões (projeto, implantação, modificações necessárias a garantir uniformidade e desempenho). Ex. transferência de Tecnologia d. Verificação ergonômica de projetos ( em busca de um selo de qualidade)

52 Resultados esperados de uma AET- demanda/ modernização
Em geral tem os seguintes contornos básicos; Caracterização/ seleção de processos-chave para a modernização; Estudo de processos-chave nas situações de referencia Estabelecimento de caderno de premissas ( dos estudos ergonômicos com os demais projetos) Estudos ergonômicos das situações futuras prováveis (em modo normal e em face de contingências presumíveis) Construção do caderno de encargos relativo as mudanças necessárias.)

53 Análise da demanda Ao final da análise da demanda, o ergonomista deverá ter reunido dados acerca da situação englobando a empresa, o sistema produtivo, a população de trabalhadores envolvida e a situação de trabalho, como sugerido no quadro abaixo.

54 .... Como acontece o dialogo da demanda?
A relação entre a empresa e o ergonomista, em geral, apresenta a seguinte forma: Empresa- “ estamos precisando de uma proposta de uma AET nos setores de.... ou nos postos de...Vocês podem nos enviar uma proposta. Praticante de Ergonomia- Poderíamos fazer uma visita técnica e uma reunião com a direção da empresa? Empresa – Visita Técnica? ( pensa um pouco) Ah! Sim,claro, amanha? Quanto a reunião não acho que seja necessária, podem me enviar a proposta diretamente por . Praticante de Ergonomia - Bem, agendemos o horário da visita.

55 Exercício 1- Trabalho em dupla: Discuta com o seu colega os seguintes pontos: 1.1Quais os principais tipos de demanda por Analise Ergonômica do trabalho na realidade das empresas? 1.2 Como podemos empregar a analise ergonômica do Trabalho para contribuir num projeto de modernização tecnológica ou organizacional?.

56 Exercício 1.3. Discuta e apresente de forma descritiva sobre o tipo de demanda ergonômica que poderia estar vinculada aos casos abaixo B A

57 Leitura Recomendada Vidal, M. C. Guia para Analise Ergonômica do Trabalho (AET) na empresa. Editora EVC.Rio de Janeiro, 2003. Santos, N. Manual da Analise Ergonômica do trabalho. Genesis, 1997.

58 Analise da Tarefa

59 ESTAVAMOS AQUI !!! AGORA VAMOS INICIAR AQUI !!!!

60 Analise da Tarefa /(Task analysis) é um processo para procurar investigar O QUE o usuário FAZ e COMO FAZ, passo a passo, a fim de usar esta informação para analisar um sistema ou projetar um sistema novo.

61 O termo Analise da Tarefa refere-se a metodologia que pode ser obtida por diversos metodos.
Estas tecnicas são usadas para descrever ou avaliar These techniques are used to describe or evaluate the interactions between the humans and the equipment or machines. They can be used to make a step-by-step comparison of the capabilities and limitations of the operator with the requirements of the system. The resulting information is useful for designing not only equipment, but also procedures and training.

62 análise da tarefa A análise da tarefa é o estudo do que o trabalhador deve realizar e as condições ambientais, técnicas e organizacionais. é fundamental conhecer como o trabalho é organizado e prescrito no interior da organização. Realiza-se uma descrição o mais precisa possível da situação, observações e medidas sistemáticas de variáveis. As interações se dão fundamentalmente entre os analistas de ergonomia e o corpo técnico e gerencial da empresa (supervisores, gestores, gerentes). A análise da tarefa encerra-se com o refinamento de hipóteses acerca das condicionantes do trabalho, indicando as situações onde o estudo deverá ser aprofundado e quais variáveis deverão ser investigas com maior rigor.

63 Analise da Tarefa Dois tipos de instrumentos são fundamentais nesta etapa para a coleta de dados: Um primeiro, visando conhecer o trabalho prescrito e as condicionantes para a sua realização. Outro,que visa captar a percepção dos trabalhadores acerca dos problemas na execução da tarefa.

64 Analise da Tarefa Ex:de ferramenta utilizada para o levantamento de dados do trabalho prescrito e das condicionantes para a sua realização Tarefas e tempo de execução.

65 Analise da Tarefa Ex: método utilizado para conhecer dados de percepção dos trabalhadores. Adaptação de Corlett (1995)

66 Analise da tarefa Moraes (1992 ) coloca a análise da tarefa como sendo a descrição do conjunto dos elementos que compõem a situação de trabalho a ser analisada e das interações entre esses elementos, incluindo eventuais disfunções. a tarefa corresponde a um conjunto de objetivos designados aos operadores e um conjunto de prescrições, definidas pela empresa para atender a seus objetivos particulares as hipóteses geradas na etapa anterior servirão para a escolha da ou das situações de trabalho que devem ser avaliadas para responder às questões propostas

67 Analise da Tarefa Noulin (1992, p. 158) cita os elementos para uma descrição da tarefa como sendo: Objetivos: performances exigidas, resultados designados, normas de produção que determinam uma certa obrigação de resultados que o operador reconhece como contrapartida de sua remuneração. Procedimentos: maneiras com as quais o operador deve atingir os objetivos. Meios técnicos: máquinas, ferramentas, meios de proteção, meios de informação e de comunicação. Meios humanos: organização coletiva de trabalho, repartição das tarefas, relações hierárquicas. Meio ambiente físico: Ambiências sonoras, térmicas, luminosas, vibratórias, tóxicas, concepção antropométricas do posto de trabalho. Condições temporais: duração, horários e ritmo de trabalho; cadências; pausas, flutuações da produção no tempo. Condições sociais: formação e/ou experiência profissional exigidas, qualificação reconhecida, possibilidade de promoção, plano de carreira.

68 Analise da ATIVIDADE Para realizar a tarefa, com os meios disponíveis e nas condições definidas, o operador desenvolve uma atividade. Para Leplat et all (1977), a atividade é a resposta do indivíduo ao conjunto desses meios e condições, caracterizada pelos comportamentos reais do mesmo em seu local de trabalho. Os comportamentos podem ser físicos, tais como gestos e posturas, ou mentais, representados por competências, conhecimentos e raciocínios que guiam os procedimentos realmente seguidos.

69 Analise da ATIVIDADE Estuda-se, assim, o conjunto formado pelo trabalhador e seu posto de trabalho, ou vários trabalhadores e o dispositivo técnico considerando as estruturas técnicas, econômicas e sociais que os envolvem. A análise da atividade, é o que o trabalhador, efetivamente, realiza para executar a tarefa. É a análise das condições reais de execução e das condutas do homem no trabalho. Assim como na fase anterior, deve-se proceder a uma descrição o mais detalhada possível das atividades de trabalho.

70 Analise da ATIVIDADE Nesse sentido, torna-se extremamente importante a participação dos trabalhadores pois os mesmos possuem, como diz Daniellou (1992, p. 101), conhecimentos específicos sobre a situação de trabalho e seus efeitos sobre a saúde. Esses conhecimentos são técnicos, profissionais, também fisiológicos e psicológicos; em alguns caso, empíricos, adquiridos pela experiência, pela repetição cotidiana da ação do organismo

71 Analise da ATIVIDADE Medidas devem ser realizadas, sejam sobre as pessoas que trabalham (medidas fisiológicas do esforço), sejam sobre as atividades desenvolvidas (variação dos modos e dos tempos operativos), sejam, ainda, sobre o meio ambiente (dimensões do espaço e do local de trabalho, níveis de iluminação, ruído, temperatura, vibração). No geral são avaliadas as posturas, ações, gestos, comunicações, direção do olhar,movimentos, verbalizações, raciocínios, estratégias, resolução de problemas,modos operativos, enfim, tudo que possa ser observado ou inferido das condutas dos indivíduos. Ainda, tal descrição é obtida a partir da interação com os operadores, em entrevistas pessoais ou coletivas.

72 Analise da ATIVIDADE Guerin et all (1991, p. 21) sugerem levar em conta as informações que os operadores detectam no meio ambiente, a maneira como eles tratam essas informações, as razões enfocadas para a tomada de decisões e suas opiniões sobre gestos, posturas e esforços feitos durante a atividade de trabalho. Os mesmos autores (p. 58) consideram que a atividade de trabalho é o elemento central organizador e estrutura as componentes da situação de trabalho. Ela representa uma resposta às condicionantes determinadas exteriormente ao operador e, simultaneamente, é suscetível de transformá-las.

73 Analise da ATIVIDADE Os determinantes da atividade de trabalho são analisadas enquanto fatores internos próprios de cada operador e fatores externos ao mesmo. Os fatores internos podem ser representados por sexo, idade, estado de saúde, estado momentâneo (ritmos biológicos, fadiga), formação inicial, formação profissional contínua e vida profissional. Já os fatores externos podem ser os objetivos a atingir; os meios técnicos; a organização do trabalho; as regras e instruções; os meios humanos; as normas quantitativas, qualitativas e de segurança; o espaço de trabalho e o contrato de trabalho.

74 Determinantes da Atividade de Trabalho
Fig. Esquema de descrição das determinantes da atividade de trabalho Fonte: Guerin et all (1991, p. 59)

75 Analise da Atividade Assim, como afirmam Guerin et all (1991, p. 62) a análise da atividade, em particular a variabilidade dos modos operatórios das condicionantes, revela as relações entre a estrutura econômica da empresa, as escolhas comerciais que daí resultam, os meios técnicos postos em ação e as dificuldades dos operadores para regular a variação da produção e os riscos decorrentes. A análise permite também rever o funcionamento da empresa de um outro ponto de vista, ajudando a elaborar novas escolhas econômicas, técnicas e organizacionais visando a garantir qualidade e quantidade de produção.

76 Analise da Atividade Do ponto de vista instrumental são duas as principais técnicas utilizadas nesta fase: Uma voltada para estabelecer as diferenças entre o trabalho prescrito e o trabalho real. Outra para aprofundar as análises do ponto de vista fisiológico e biomecânico.

77 Identificar diferenças entre trabalho prescrito e real
Analise da Atividade Identificar diferenças entre trabalho prescrito e real

78

79 Analise da Atividade aprofundar as análises do ponto de vista fisiológico e biomecânico

80 Analise da atividade Ao final da análise da atividade, os analistas refinam as hipóteses explicativas da carga de trabalho, corroborando ou refutando as hipóteses anteriores, e encaminhando a análise para uma discussão ampla entre os atores envolvidos no estudo. A análise da atividade é encerrada com a formulação de uma explicação global para a atividade de trabalho, para a qual, utiliza-se o Modelo Integrador da Atividade de Trabalho

81 Diagnóstico A etapa inicia-se com o diagnóstico da situação de trabalho que fundamentará o caderno de encargos de recomendações ergonômicas. O diagnóstico representa a recomposição das análises parciais realizadas. Os dados levantados nas análises anteriores servirão nesta fase como argumentos a serem confrontados e integrados numa síntese que reflita os aspectos determinantes da situação de trabalho. As conclusões de uma análise ergonômica, apresentadas na forma de hipóteses para a ação, devem conduzir e orientar modificações para melhorar as condições de trabalho em específico e da situação de trabalho, em termos mais gerais,atuando sobre os pontos críticos que foram evidenciados, equacionando os critérios de saúde e produtividade.

82 Diagnóstico Caderno de encargos
As propostas testadas e aprovadas, passam a constituir um caderno de encargos, tornando-se referência para projetos futuros e das práticas cotidianos no posto (postos) estudados. Os cadernos de encargos, no geral deverão conter: a) uma descrição geral do setor ao qual se destina; b) uma descrição dos principais problemas encontrados no setor; c) uma revisão da literatura acerca das questões evidenciadas; d) uma listagem dos princípios que orientam o projeto do trabalho no setor; e, e) os dispositivos técnicos e organizacionais recomendados para cada atividade

83 referencias SANTOS, N., FIALHO, F.A. P.(1995). Manual de Análise Ergonômica do Trabalho. 1a Edição, Curitiba, Editora Genesis. 283 p. WISNER, A. et al.(1994). A inteligência no trabalho: textos selecionados de ergonomia. São Paulo: FUNDACENTRO,. 191p.

84 Exemplo de aplicação da AET
1 – INTRODUÇÃO A indústria Calçadista vem crescendo em ritmo acelerado no Nordeste do Brasil nos últimos anos, especificamente no Ceará, atraídas por incentivos fiscais concedidos pelo governo e pela mão de obra farta e barata existente na região. Muitas dessas indústrias originam-se do Sul do País. De 6 anos para cá muitas empresas se instalaram, as maiores com mais de trabalhadores. Em 06/12/2000 foi realizada uma fiscalização na empresa “Calçados N S. A.”, atendendo ao processo No /00-11 do MTE, cujo conteúdo continha alegativas de seus advogados para o não cumprimento do item 1.3 do Termo de compromisso firmado na Delegacia Regional do Trabalho. Nesta auditoria foram lavrados autos de infração(ITENS da NR-17 e da NR-12) pelos Auditores Fiscais do Trabalho: Franklim Rabelo de Araújo, Ismênia Maria Lima de Oliveira , bem como notificada a empresa quanto a outros itens de segurança do trabalho. Em 08/06/2001, após retorno da fiscalização, bem como atendendo a requisição do Ministério Público do Trabalho da 7a Região foi procedida nova auditoria para verificação do cumprimento do termo de compromisso firmado entre a Delegacia Regional do Trabalho do Ceará e o Ministério Público do Trabalho no Ceará. Este trabalho tem como objetivo relatar as condições ergonômicas de trabalho, em uma indústria de calçados, localizada no Estado do Ceará, notadamente focalizando o cumprimento do Termo de compromisso citado. Exemplo de aplicação da AET AUDITORIA ERGONÔMICA EM UMA INDÚSTRIA DE CALÇADOS Franklim Rabelo de Araújo Especialista Eng. de Seg. do Trabalho - Auditor Fiscal do Trabalho do MTE/DRT/CE Tel: 0XX , Ismênia Maria Lima de Oliveira Médica do Trabalho – Auditora Fiscal do Trabalho – MTE/DRT/CE Cláudio Cezar Peres Orientador e membro do CNE - Auditor Fiscal do Trabalho do MTE / DRT/RS

85 5 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DO TRABALHO
- Ritmo de trabalho:3 equipes em 3 turnos de 8 horas de trabalho , havendo uma pausa de 45 min para alimentação, após 4 horas de trabalho; - Ritmo de trabalho constante pelo sistema de esteiras; - A remuneração do trabalhador é fixa; Conteúdo das tarefas: trabalho monótono, sem exigência de criatividade por parte do trabalhador. - Existência de repetitividade na execução das tarefas. Devido o sistema de produção ser em esteira, os postos de trabalho possuem ciclo menor de 30 segundos para não atrasar o andamento da esteira. Sendo a produção média de pares de sapatos entre e peças por fábrica2 por dia, dependendo do modelo fabricado. 6- VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO ACORDO Em 08/06/2001, inspeção foi realizada, verificando a seguinte situação: ITEM 1.1 DO ACORDO: “ PROVIDENCIAR REGULAGEM DA ALTURA DAS BANCADAS DE FORMA A ADAPTÁ-LAS À POSTURA DE TRABALHO DO EMPREGADO”; . 2 – A DEMANDA DO TRABALHO Solicitação do Ministério Público do Trabalho CODIN / PRT / 7a REGIÃO para verificação do cumprimento do Termo de compromisso firmado no Ministério Público do Trabalho pela empresa “Calçados N S. A .” 3 – DADOS DA EMPRESA ( NOME FICTÍCIO1) DENOMINAÇÃO: CALÇADOS N S/ A CNAE: ENDEREÇO: RUA IGNORADA , s/n. MUNICÍPIO: Não identificado CNPJ: xxxxxxxxxxxxxxxxxx NÚMERO DE EMPREGADOS: 3.164 GRAU DE RISCO: 03 4 – DESCRIÇÃO DA TAREFA A empresa não possui tarefa prescrita, as instruções são passadas verbalmente pelo supervisor de produção ,existe treinamento introdutório na admissão , entretanto todos os trabalhadores das fábricas possuem função polivalente, variando em função do tipo de calçado a ser fabricado. Não foi encontrado o manual de procedimentos a ser seguido pelos empregados. Procurou-se neste trabalho comparar o que foi prescrito no Termo de acordo comas condições reais de trabalho, depois de decorrido o prazo para sua implantação.

86 Fig. 1 : Bancadas foram providas de ajuste de três níveis de regulagem, mas ainda faltam concluir 20% das bancadas

87 ITEM 1.2 DO ACORDO: “IMPLEMENTAR AS RECOMENÇÕES CONSTANTES
DA ANÁLISE ERGONÔMICA REALIZADA PELA EMPRESA”. Observou-se que os seguintes itens, recomendados pela Análise Ergonômica do Trabalho, realizada pelo profissional contratado pela “CALÇADOS N S/A”, não foram implementados. Na página 88 da AET(Análise Ergonômica do Trabalho) da empresa, no item cujo título é ERGONOMIA DO LAYOUT, veja-se: Ser humano X layout do seu local de trabalho 1. No trabalho o ser humano necessita de espaço mínimo: - Para movimentação do corpo - Para movimentação em volta da máquina - Para segurança (choque com equipamento ou mobiliário) - Para não se sentir constrito. A seguir demonstram-se situações em que essa recomendação da AET

88 Fig. 3: vista dos espaços reduzidos entre as bancadas
Fig. 4: vista dos espaços reduzidos de trabalho, neste exemplo de 38 cm.

89 JUSTIFICATIVA DA EMPRESA:
Em requerimento protocolado sob No /00-11 na DRT/CE a empresa alega no item 3 e 4 : “ Face à solicitação do nosso mercado, somos obrigados a produzir em lotes pequenos, e trocar quatro a cinco vezes por dia o nosso “lay-out”, ocorrendo em certas ocasiões, em número ainda maior, sendo este um fator da impossibilidade de planejarmos a disposição mais definitiva do maquinário e dos trabalhadores ao longo de nossas linhas.” “Para melhor entendimento, a competitividade levou-nos a ampliar nossa linha de mercado de tênis, cujos produtos e modelos exigem um maior número de trabalhadores ao longo das linhas de montagens, o que as congestiona e diminui os espaços”. A empresa argumenta que a solução deste problema diminuiria sua produção, acarretando perda na competitividade. O consultor da empresa , em sua AET(análise ergonômica do trabalho) elenca as conseqüências do lay-out inadequado,as quais são: - acidentes(más qualidades ambientais); - Perda de produtividade (excesso de movimentos e deslocamentos que não agregam valores); -

90 Desconforto ambiental (ruído, iluminamento, etc.);
- Lesões musculoligamentares(posturas). Na auditoria não se constatou, também, nenhuma forma de participação do trabalhador,como sugere a AET o empregador deveria “Ouvir o trabalhador sobre sua atividade, perguntando-lhe o que poderia ser melhorado”(item 16 pág. 83 da AET da empresa),assim como o item 9 da mesma página que cita que se deve:”Alternar a postura de trabalho (de pé / sentado / semi-sentado). Verifica-se que a empresa reluta em atender as recomendações do seu próprio consultor contratado. ITEM 1.3 DO TERMO DE COMPROMISSO: “MANTER A DISPOSIÇÃO DOS EMPREGADOS ASSENTOS ERGONÔMICOS PARA A POSIÇÃO SEMISENTADA NA PROPORÇÃO DE UM PARA CADA TRÊS TRABALHADORES NOS POSTOS DE TRABALHO COM MENOR MOVIMENTAÇÃO”. A empresa providenciou assentos para a posição semi-sentada, mas em número insuficiente, não atendendo este item do acordo. Aliás, devido aos reduzidos espaços mantidos pela empresa, entre bancadas e máquinas, não se consegue atender o que preconiza este item. Em inspeção no Galpão 1 , observa-se que existe uma relação de 1(um) assento para cada 80(cinqüenta) trabalhadores e não de 1 para 3 como determina o acordo. As trabalhadoras que se encontravam com o assento semi-sentado estavam na maioria grávidas(fig. 5).

91 Fig.5: vista da utilização do assento semi-sentado
Fig. 6: vista do assento semi-sentado, que possui regulagem de altura.

92 Fig. 7.: vista geral de uma fábrica, com sua esteira rolante.

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94 NR -17 NR 17 – Ergonomia ( ) 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

95 Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora Nº 1 -Ministério do Trabalho-2002
Pagina 12. 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A palavra parâmetros criou uma falsa expectativa de que seriam fornecidos valores precisos, normatizando toda e qualquer situação de trabalho. Apenas para entrada eletrônica de dados, é que há referência a números precisos. No entanto, os resultados dos estudos realizados no Brasil e no exterior devem ser utilizados nas transformações das condições de trabalho de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

96 Literatura Recomendadada
Santos, N ;Fialho. F.Manual da Analise Ergonômica do Trabalho. Genesis

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