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Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-Nascido, uma caixa preta

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Apresentação em tema: "Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-Nascido, uma caixa preta"— Transcrição da apresentação:

1 Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-Nascido, uma caixa preta
                                  Paulo R. Margotto Encontro em Fortaleza - 24/25 de abril de 2009

2 Hipertensão Pulmonar Persistente Como tratar sem óxido nítrico
Caracteriza-se por ausência da ↓ fisiológica da pressão artéria pulmonar ao nascer Manutenção do shunt D – E (canal arterial / forame oval) Hipoxemia refratária (Rx de Tórax – normal) Anatomia cardíaca normal - Freqüentemente está associada a: - baixa pressão sistêmica - baixo débito cardíaco (devido  pós carga ventr. Dir (VD) - Disfunção cardíaca Margotto, ; Belik , ; Tourneux P,2008

3 Hipertensão Pulmonar Persistente
Fisiopatologia dividida em 3 fatores Vasoconstricção: ↓ do lumen do vaso: 1/3 dos casos (responde a vasodilatadores pulmonares) Remodelação vascular: Extensão da musculatura lisa ao longo das artérias pulmonares – zona intracinar Grande deposição de colágeno e elastina com obstrução do lúmen do vaso (não responde a vasodilatadores pulmonares) - Diminuição da vasculatura pulmonar Hipoplasia pulmonar: não responde ao NOi de forma aguda Com 7 dias: melhora da HPP (devido ao efeito angiogênico do NO) Belik ,2007

4 Hipertensão Pulmonar Persistente
Murphy J D et al – The structural basis of persistent hypertension on the newborn infant J Pediatr 1981, 98:

5 Hipertensão Pulmonar Persistente
Margotto PR Grave remodelação vascular pulmonar

6 Hipertensão Pulmonar Persistente CLINICA
- Cianose (shunt D – E) Flutuação da PSaO2: 70-% - 95% (descarta cardiopatia) RN a termo e pós-maturos com complicações perinatais: -Asfixia perinatal -Sind de Aspiração Meconial (SAM) (13% nascidos vivos tem LA meconial – % SAM) Pode ocorrer em RN pré-termo -Asfixia, sepse, oligohidrâmnio,displasia broncopulmonar (hipótese vascular: o VEGF estimula a expressão da eNOS) (RN <29 semanas- deficiente resposta ao NOi) Gêmeos monocoriônicos: transfusão feto-fetal (3% x 0,9%) -Aumento da pré-carga -Aumento de substancias vasoativas (angiotensina, endotelina-1 -Policitemia (aumento da resistência vascular pulmonar) Zaconeta CA Mercier JC,2009Delsing B,2007;Farrow K,2005; Kumar VH,2007

7 Hipertensão Pulmonar Persistente CLINICA
-Mães em uso de antidepressivo após 20a semana (citalopram, fluoxetine, paroxetine and sertraline) -inibição da síntese do óxido nítrico (NO) Cesariana (aumento de 7 x em relação ao parto normal) -Corioamnionite (Odds Ratio=7,3; IC a 95%:1,3-38,8; Necessidade de alta frequência: Odds Ratio = 11; IC a 95%:1,2-109) Dificuldade respiratória desproporcional ou quadro hipoxêmico Sonia-Hernández-Dias, ;Wooltorton E, 2006; Woldesenbet, 2005

8 Hipertensão Pulmonar Persistente
Diagnóstico 1. Rx de tórax: Casos graves: hipofluxo pulmonar 2. Ecocard. bidimensional com Doppler colorido: padrão ouro: -avalia a magnitude da hipertensão -diagnóstico diferencial com cardiopatias congênitas (drenagem anômalas total das veias pulmonares) 3. Gasometria: Diferença de PaO2 ≥ 20 mmHg entre o pré-ductal (membro sup. direito) e pós-ductal (catet. arterial, membro inf.) Sugere shunt D – E (canal arterial) Ausência da diferença: não exclui (shunt forame oval) 4. Oximetria de Pulso: mão direita e pé: shunt canal arterial. Margotto, PR, 2009

9 Hipertensão Pulmonar Persistente
Tratamento - Ventilação mecânica : com sedoanalgesia (fentanil e midazolam) (Margotto PR, ) Objetivo: PIM: 20cm H2O; PEEP: + 4 cm H2O; FR: 40ipm Tinsp: 0,4 seg Uso de Altas pressões: lesão pulmonar aguda ↑ edema pulmonar ↓ da complacência pulmonar Inflamação pulmonar Hiperventilação: efeito dependente do ↑ do pH e não na ↓ do PaCO2 Riscos: ↓ perfusão cerebral, desvio da curva Hb para esq, hipoacusia Mudança de parâmetros: de forma gradual ↓ FiO2 de 1% CADA VEZ (PaO2 ≥ 100 mmHg) FiO2 de 70% - ↓ PIM e FR lentamente PaO2 : 50 – 80 mmHg PaCO2: 40 – 60 mmHg – pH ≥ 7,25 Fabres J, ;Margotto, PR , ; Farrow ,2005; Aschner, 2005

10 Tratamento - Alcalinização
Hipertensão Pulmonar Persistente Tratamento - Alcalinização Controverso Corrigir sempre a acidose metabólica Antiga (proposto em 1965) Efeito específico sobre a circulação pulmonar NaHCO3: 8,4% - 0,5 – 1 mEq/Kg/h (descontar o Na+ da hidratação venosa) Manter o pH entre 7,50 – 7,55 (limite máximo aceitável de PaCO2 é de 60 mmHg) Thome UH, 2009,Margotto, PR ,2009 ; Belik ,2007; Chu ;(1965)

11 Hipertensão Pulmonar Persistente
Tratamento Tratar a hipotermia, hipocalcemia, hipoglicemia - Agressivo suporte da função cardíaca e perfusão -Volume -Agente inotrópico: melhora a contratilidade do VD -Dopamina: aumenta a P. sistêmica com risco potencial de ↑ RV pulmonar -Dobutamina: aumenta o débito cardíaco/efeitos limitados na p. sistólica -Norepinefrina: ↓ tonus vascular pulmonar ↑ fluxo sanguineo pulmonar (ativação da α 2-adrenoreceptores e produção de NO ↑ PA sistêmica -Milrinona: ↑ contratilidade VD e ↓ pó-carga (vasodilatação pulmonar) Farrow K ,2005: Tourneux, 2008; Belik ,2007

12 Hipertensão Pulmonar Persistente
Norepinefrina : HPP com disfunção cardíaca Tourneux P et al (agosto/2008) 18 RN (37 ± 3 sem); 2800 ± 700g Norefinefrina diluída em SG 5% : (1 ml = 100µg) EV (cateter central): 0,5 µg/Kg/min com aumento a cada 30 seg até atingir PAM desejável Resultados: - ↑ da PAM, ↑ Débito cardíaco, ↑ PSaO2 (saturação de O2) Diminuição da relação pressão pulmonar/pressão sistêmica e melhora da performance cardíaca

13 Hipertensão Pulmonar Persistente
Tratamento -Agente Ideal: ↓ RV pulmonar e a pós-carga VD NOi: agente de escolha (pelos efeitos seletivos na vasc. pulmonar) Arul N, 2009

14 Hipertensão Pulmonar Persistente
Outras formas de administrar NOi: -Hood:Ambalavanam N et al (2002) (estudo experimental) Queda de 50% da pressão Da artéria pulmonar J Perinatal 2002; 22: 50 – 56

15 Hipertensão Pulmonar Persistente
ÓXIDO NÍTRICO VIA CPAP NASAL EM NEONATOLOGIA Andrade, M.P.F; Portella, A.F; Guastavino, A.B e Barbosa, A.P. Hospital Barra D´Or - Rio de Janeiro

16 Hipertensão Pulmonar Persistente ÓXIDO NÍTRICO VIA CPAP NASAL
Andrade, M.P.F

17 Hipertensão Pulmonar Persistente Relato de caso 1
RN de 37 semanas Pneumonia intra-útero instalado CPAP nasal (6 cmH2O, FiO2 100%) Grande labilidade da SaO2 ao manuseio Ecocardigrama mostrou pressão da artéria pulmonar (55mmHg) igual a arterial sistólica, canal arterial patente (0,26cm) e tronco da artéria pulmonar dilatado Instalado NO (20ppm) no ramo inspiratório do CPAP, permitindo a redução imediata da FiO2 para 60%. Relato de caso 1 Andrade, M.P.F

18 Hipertensão Pulmonar Persistente Relato de caso 2
Apgar 4/7 Aspiração de Mecônio Grande labilidade da SaO2 ao manuseio. Iniciado CPAP nasal (6cmH2O, FiO2 100%), com SaO2 93% PaCO2 43mmHg Instalado NO (20ppm) no ramo inspiratório do CPAP → foi possível a imediata diminuição da FiO2 para 50% RN de 39 semanas Ecocardiograma com 24 horas de vida - foi normal. Relato de caso 2 Andrade, M.P.F

19 Hipertensão Pulmonar Persistente Relato de caso 3
RN de 36 semanas Pneumonia intra-útero Swab de orofaringe: Streptococcus agalactiae 36h de vida - em CPAP de 7cmH2O desde o nascimento, necessitava de FiO2 de 100% para saturação 90-92% PaCO2 45mmHg Instalado NO (20ppm) no ramo inspiratório do CPAP possibilitando a diminuição da FiO2 imediatamente para 60%, com melhora do desconforto respiratório Ecocardiograma realizado após a instalação do NO evidenciou pressão na artéria pulmonar de 33mmHg, com pressão sistêmica de 60mmHg, insuficiência tricúspide leve e pequeno canal arterial patente. Relato de caso 3 Andrade, M.P.F

20 Hipertensão Pulmonar Persistente
Critérios para a administração: -diagnóstico clínico e ecocardiografia IO (índice de oxigenação):>25 Iniciar com 10ppp ppm Avaliação laboratorial 30 minutos após -metahemoglobina (manter abaixo de 2 mg%) .Se necessário: azul de metielno a 1%:1-2mg/kg EV em 5 min -dióxido de nitrogênio - NO2 (NO em contato com o O2 se transforma em NO2 que é tóxico,; nível máximo:2-2,5 ppm), Medições a cada 6 horas no 1o dia e a cada 24 horas nos dias seguintes. IO= MAP x FiO2/ PaO2 Margotto PR, 2009

21 Hipertensão Pulmonar Persistente
USO DO NOi Retirada Iniciar o desmame 24h após quando: -FiO2 estiver entre 60-70% e -PIM < 20 cmH2O: de 20 ppm para 15 (em 4h) e para 10 (em 4h). -PIM < 25 cm H2O, PEEP < 5cm H2O e freq resp < 30: reduzir para 5ppm mantendo por 12h. Para evitar o rebote: FiO2 para 80-90% Para os RN que mantém paO2 < 80mmHg, aumentar NO para 40ppm ou associar VAF com NOi a 20ppm. Margotto PR, 2009

22 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
Causas da não resposta ao NOi -estimulação da produção de agentes vasoconstrictores como a ET-1(endotelina-1) pelo óxido nítrico mesmo utilizando doses tão pequenas, como 2ppm formação de peroxinitrito (este resulta da combinação do NO com o O2) que inativa a eNOS (sintetase do NO endotelial) existência de doença parenquimatosa que dificulta a distribuição do NO na periferia do pulmão (a ventilação de alta frequência recruta áreas atelectasias melhor que a ventilação convencional) Kinsella, 2000; Pearl J,2002

23 Hipertensão Pulmonar Persistente
NOi em RN pré-termos Riscos potenciais -prolongamento do tempo de sangramento (dose dependente) com risco de hemorragia intracraniana -diminuição rápida da resistência vascular pulmonar na presença de canal arterial pérvio:risco de hemorragia pulmonar; -efeitos adversos sobre o surfactante Aschner J, 2008

24 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
NOi em RN pré-termos -Revisão sistemática de (11 ensaios randomizados e controlados: -não afetou a mortalidade ou as taxas de DBP e mostrou tendência ao aumento da hemorragia intracraniana -Efeito sobre crescimento pulmonar: no momento pouca evidência que o NOi alcance este objetivo -NOi em prematuros para prevenir a displasia broncopulmonar: só em estudo controlado randomizado e com consentimento informado dos pais e com capacidade de avaliação neurológica a longo prazo. Aguardamos resultados do The European Nitric Oxide (EUNO):Inglaterra, França, Alemanha, Espanha e Finlândia (24-28 semanas com menos de 24 hs de vida ) Barrington,2007; Arul N, 2009; Aschner, 2008

25 Hipertensão Pulmonar Persistente
NOi: agente de escolha (pelos efeitos na vasc. pulmonar) 30 – 40 % dos RN não respondem Médicos relutam em usar agentes redutores da pós-carga: - Risco de hipotensão - Desejo: manter a PA alta para reverter shunt ductal (uso de altas doses de vasopressores) Distúrbio fisiológico primário: leito vascular pulmonar com ↑ da pós-carga VD O uso de altas doses vasopressores: vasocontricção periférica e pulmonar piora da hipertensão pulmonar McNamara, 2006

26 Tratamento - Vasodilatadores: Na avaliação da resposta
Hipertensão Pulmonar Persistente Tratamento - Vasodilatadores: Na avaliação da resposta Vasoconstricção (Vasculatura constrita) Estagio precoce Responde Remodelação (alteração da arquitetura do vaso) Estagio tardio Não responde Farrow ,2005; Belik, 2007

27 Espessamento fibroso da adventícia
Remodelação Vascular CÉLULA PRÉ-ACINAR Espessamento fibroso da adventícia Hipertrofia da túnica média Bárbara de Alencar Viana Paula Veloso Aquino, Sueli R. Falcão, Paulo R. Margotto

28 Relaxamento  Ca++ sai do intracelular da Musculatura lisa.
Existem 2 caminhos que levam ao relaxamento da musculatura lisa: -AMP cíclico (cAMP) -GMP cícilico (cGMP) O cAMP estimula a PKA (quinase da proteína A); o cGMP estimula a PKC (quinase da proteina C) e AMBAS estimulam a PKG (quinase da proteína G) PKG: AGENTE COMUM Prostaglandina NO   cAMP cGMP   PKA   PKC Fosfatase da miosina Relaxamento  Ca++ sai do intracelular da Musculatura lisa. PDE 3 Inativa cAMP PKG Milrinona Inibe PDE 3 Aumenta cAMP Belik, ; Deb, 2000

29 Existem 2 caminhos que levam ao relaxamento da musculatura lisa: -AMP cíclico (cAMP) -GMP cícilico (cGMP) Ação do óxido nítrico e dos inibidores da fosfodiesterase 5 na musculatura lisa arterial NO cGMP na musculatura lisa arterial Fosfodiesterase 5 (PDE5) inativa a cGMP ativa cGMP proteinaquinase abertura dos canais cálcio sensíveis ao K+ inibidores da PDE hiperpolarização da membrana cGMP que mantém inibição do influxo de Ca através dos canais de Ca tipo L relaxamento da musculatura lisa arterial Importante: A hipoxemia ↑a expressão da PDE 5 ↓ação do NOi (Farrow, 2007)

30 Mecanismo de Ação do Sildenafil
NO + GMPc Fosfodiesterase 5 + [Ca2+] Sildenafil Vasodilatação

31 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
Milrinona: inibidor da fosfodiesterase 3 (miócitos cardíacos e vasculatura pulmonar) - ↑ AMP cíclico melhora a contratilidade VD e VE e ↓ resistência vasc.pulmonar Indicação: RN sem resposta ao NOi, sildenafil e prostaciclina McNamara et al (2006): 9 RN (39 sem, 3668g deficiente resposta ao NOi) em combinação com NOi Dose: 0,33 µg/Kg/min (não usou ataque: risco de hipotensão sistêmica) (↑ dose: 0,33 até 0,99 µg/Kg/min) Sem risco de hipotensão arterial ↓ significativo no IO (Índice de Oxigenação) Belik , ; Bassler ,2006

32 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
Milrinona: McNamara et al (2006) Variação de IO após o uso do NOi e NOi + milrinona IO: MAP x FiO2/PaO2 Variação do IO (índice de oxigenação) após o uso do NOi e NOi + milrinona.

33 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
Tratamento - Milrinona: Inibidor da fosfodiesterase: (especifica do cAMP) Efeito duplo: - Inibe a destruição do cAMP - ↑ capacidade de contração VD/VE - ↑ a resposta do miocárdio ao ↑ do cAMP) - RN sem resposta ao NOi (age no braço do cGMP) Com milrinona - ↓ importante do IO - Sem efeito importante na PA Os que não respondem? Remodelação vascular? É melhor que a dopamina e dobutamina ? Belik , ; Deb ,2000

34 Inibidor da fosfosdiesterase 5: sildenafil
Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP) Inibidor da fosfosdiesterase 5: sildenafil Margotto,PR,2007

35 Hipertensão Pulmonar Persistente
Sildenafil e a resposta vasoconstrictora pulmonar hipóxica (VPH) Tessler R et al: Pediatr Res 2008;64: -20 porquinhos recém-nascidos (4-6 dias de vida) -foi criada uma atelectasia pulmonar segmentar (obstrução do brônquio correspondente) -o fluxo pulmonar a esta área e a contra-lateral foi avaliada através da RM 30 min antes e 30 min após o sildenafil (0,2mg/kg e 0,1mg/kg EV) ou administração de salina -7 animais: 0,2mg/kg -7 animais: 0,1mg/kg - 6 animais: salina (controle)

36 Hipertensão Pulmonar Persistente
Sildenafil e a resposta vasoconstrictora pulmonar hipóxica (VPH) Resultados: do fluxo sanguíneo na área atelectásica com aumento na contra-lateral (efetiva resposta VHP) significativo do fluxo sanguíneo na área atelectásica com o uso do sildenafil Reversão da resposta (fisiológica) vasoconstrictora hipóxica (dose dependente) Tessler et al, 2008

37 Sildenafil e a resposta vasoconstrictora pulmonar hipóxica (VPH)
Hipertensão Pulmonar Persistente Sildenafil e a resposta vasoconstrictora pulmonar hipóxica (VPH) Tessler et al, 2008

38 Hipertensão Pulmonar Persistente
Sildenafil e a resposta vasoconstrictora pulmonar hipóxica (VPH) Mensagem: Na presença da doença parenquimatosa pulmonar, o uso do sildenafil EV como vasodilatador pulmonar pode piorar a oxigenação pela REVERSÃO DA RESPOSTA VASOCONSTRICTORA PULMNONAR HIPÓXICA Tessler et al, 2008

39 Hipertensão Pulmonar Persistente
Namachivayam et al(2007): papel do sildenafil na prevenção do rebote: dose de 0,4mg/kg ou placebo uma hora antes da descontinuação do NOi ( 29 crianças e RN.) O rebote ocorreu em 10/14 pacientes do grupo placebo versus 0/15 pacientes do grupo do sildenafil. (p<0,001). A pressão da artéria pulmonar aumentou em 25% no grupo placebo versus 1% no grupo do sildenafil (p<0,001). Todos os RN do grupo sildenafil foram desmamados do NOi.

40 Tratamento: Uso do sildenafil
Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP) Tratamento: Uso do sildenafil Baquero et al (2006): estudo piloto 13 RN com severa HPP (IO> 25), IG > 35,5 sem 7 - sildenafil 6 – controles (placebo) Dose: 1mg/Kg 6/6 h SOG 2 mg/Kg (máximo 8 doses) Melhora do IO em todos tratados/ Sobrevivência: tratado 6 de 7 / controle 1 de 6 Sem ocorrência de hipotensão arterial

41 Tratamento: Uso do sildenafil
Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP) Tratamento: Uso do sildenafil Juliana e Abbod (2006) 1 RN de 38 sem, 3215 g , P (A – a) O2 = 510mmHg Sildenafil: 1,5 mg/Kg SOG Melhora da oxigenação imediata (10min após) Hipotensão arterial corrigida com soro fisiológico (20ml/Kg) (durou 5-7 minutos) Dose Preconizada 1mg/kg/dose de 6/6 horas ou 8/8 horas via sonda orogástrica (dose acima de 2mg/kg/dose de 4/4 horas não provêem benefícios adicionais). A dose deve ser ajustada segundo a resposta Buck ML,2004

42 Hipertensão Pulmonar Persistente
Sildenafil: Interação com outras drogas Devido à habilidade do sildenafil em inibir a atividade enzimática do citocromo P3A4, esta droga não deve ser administrada com antifúngicos azoles, claritromicina, eritromicina e inibidores da protease, como o indinavir, ritonavir e saquinavir. A administração com a cimetidina, um inibidor enzimático não específico, aumenta as concentrações plasmáticas do sildenafil em aproximadamente 50%. A rifampicina, um indutor do citocromo P3A4, diminui os níveis de sildenafil. Margotto PR, 2007

43 Hipertensão Pulmonar Persistente
Sildenafil: Efeitos Adversos -retinopatia da prematuridade O acúmulo de NO e cCMP causados pela inibição da fosfodiesterase 5 tem sido proposto exercer um efeito proliferativo nas vênulas pós-capilares da retina Hipotensão arterial: pacientes com altos níveis de cCMP, como sepse Obs: a Disfunção hepática reduz o clearance do sildenafil (eliminação hepática) Marsh CS, 2004; Margotto PR, 2009

44 Hipertensão Pulmonar Persistente
Sildenafil: Doses recomendas dose inicial por via oral de 0,5mg/Kg/dose de 8/8 horas, aumentando para 1-2mg/kg/dose de 4/4 horas para o efeito desejado dose acima de 2mg/Kg/dose de 6/6 horas pode não provê benefícios adicionais. Não havendo resposta ou ocorrência de hipotensão arterial, descontinuar o tratamento após 6-8 doses. Mourani PM et al, ; Margotto PR, 2009

45 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
Tratamento: Tessler RB et al (2008) experimental Tadalafil (Ciabs): novo inibidor da PDE5 -11 porquinhos RN – 1mg/Kg X placebo -Queda de 54% da pressão art pulmonar -↑ de 88% no débito cardíaco -↑ oxigenação (PaO2 ↑ 48%) -↓ 74% no P(A- a) O2

46 Sildenafil no tratamento da hipertensão pulmonar severa neonatal Hon KE et al Biol Neonate 2005 ; 88: -RN de 24 semanas; 640g -Dependência de VM até 3 meses e de O2 sob cânula até 4 meses -Hipertensão pulmonar persistente – iniciado Sildenafil -48 após: Redução da insuficiência tricúspide Melhora da contratilidade cardíaca Redução na necessidade de altas frações inspiradas de oxigênio. 8 meses de vida = criança sem vent. mecânica e SaO2 > 95 % (0,1 l/min de O2 suplementar nasal) Óxido nítrico suspenso em 3 dias

47 Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP)
Estudo realizado em Denver (alta altitude) Displasia broncopulmonar Mourani PM et al J Pediatr 2009;154:379-84 -Sildenafil na dose de : 1,5 (3x/dia) -8mg/kg/dia (4x/dia) -inicio: aos 184 dias ( dias) -duração: 241 dias ( dias) Resultados: -após 40 dias:88% com melhora hemodinâmica -11/13 crianças: redução clinica significativa da HP -interrupção da droga: em 2 RN (1 com ereção recorrente/ 1 com pneumatose intestinal) Uso crônico do sildenafil:seguro, efetivo e bem tolerado Efeitos a longo prazo do uso do sldenafil para o tratamento da hipertensão pulmonar em crianças com displasia broncopulmonar

48 Viagra para bebês?! Quem diria...

49 Hipertensão Pulmonar Persistente
Bloqueadores da Endotelina Família de peptídeo com ação predominante vasoconstrictora pulmonar receptor A (leva a constrição dos vasos pulmonares) receptores B: B1 leva a dilatação dos vasos pulmonares B2 leva a vasoconstrição pulmonar (pouca quantidade na vasc. pulm) Aschner, 2005

50 Hipertensão Pulmonar Persistente
Inibidores da Endotelina: faltam estudos controlados em recém-nascidos -Inibidores da endotelina(ET-1) -bosentan (TracleerR):bloqueia receptor A (vasoconstricção) e B (vasodilatação) -sitaxsentan: bloqueia receptor A (pode ser mais vantajoso) Aschner, 2005 Suguihara, 2006

51 Hipertensão Pulmonar Persistente
Análogos da prostaciclina: PGI₂ -metabólito do ácido aracdônico, formado pela prostaciclin sintetase no endotélio vascular. -estimula a adenilciclase no músculo liso, aumentando o cAMP intra-celular, resultando em vasodilatação Aschner, 2005;Margotto PR, 2009

52 Relaxamento  Ca++ sai do intracelular da Musculatura lisa.
O cAMP estimula a PKA (quinase da proteína A) e esta estimular a PKG (quinase da proteína G) PKG: AGENTE COMUM Prostaglandina NO   cAMP cGMP   PKA   PKC Fosfatase da miosina Relaxamento  Ca++ sai do intracelular da Musculatura lisa. PDE 3 Inativa cAMP PKG Milrinona Inibe PDE 3 Aumenta cAMP Belik, ; Deb, 2000

53 Hipertensão Pulmonar Persistente
Análogos da prostaciclina: PGI₂ (FlorlanR) RN com HPP com inadequada resposta ao NO (estes RN podem ter deficiente vasodilatação mediada pelo cGMP) podem se beneficiar da PGI₂ inalada que atua através do cAMP Kelly LK et usaram FlorlanR inalado em 4 bebês com HP grave que não responderam ao NOi. A resposta foi imediata 3 de 4 tiveram uma resposta sustentável com queda acentuada do índice de oxigenação 1 não respondeu (displasia alvéolo-capilar). -Complicações: -sepse relacionada ao cateter -pode piorar o shunt intra pulmonar (abolição da resposta fisiológica vasoconstrictora pulmonar) -Dificuldades: -droga cara, vida média pequena (3-5 minutos), somente em acesso venoso central, doses crescentes Aschner, ;Suguihara C, 2006

54 Hipertensão Pulmonar Persistente
o NOi é a terapêutica mais indicada (tratamento padrão). As novas drogas discutidas (bloqueadores de endotelina, análogos da prostaciclina e inibidores da fosfodiesterases) estão em fase de estudo. Como novas fronteiras continuam sendo exploradas no manuseio da HPP do RN, estas drogas podem vir a constituir mais uma opção no manuseio do RN com HPP, doença que tem sido rotulada por Walsh-Sukys, como uma caixa preta. Suguihara, ; Margotto PR, 2009

55 Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)
OBRIGADO! Unidade de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS) :: Hipertensão pulmonar persistente Autor(es): Paulo R. Margotto      


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