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ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA OBESIDADE
Profa. Dr. Patricia Pereira Junho 2009
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DEFINIÇÃO Caracterização e etiologia multifatorial ← atenção de estudos de diversas áreas psiquiatria psicologia DSM-IV não existem critérios de identificação e avaliação da obesidade como transtorno psiquiátrico
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Compreensão da Obesidade
Definição primária “acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo” Dificuldade deste conceito Como medir o esse tecido adiposo e como estabelecer o limiar a partir do qual um determinado indivíduo será rotulado como obeso
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Obesidade - Epidemia mundial OMS
1,1 bilhão de adultos com sobrepeso 300 milhões de adultos obesos 155 milhões de crianças com sobrepeso ou risco de sobrepeso Science Vol. 304 Jun 2004
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Índice de Massa Corporal
Criou-se então o IMC: método mais utilizado atualmente Define a obesidade a partir de um IMC de 30 Kg/m2 Outra definição: “obeso é aquele que pesa 20% a mais do que o peso padrão especificado com relação ao sexo, altura e estrutura corporal”
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Atenção Farmacêutica na Obesidade
A obesidade nem sempre foi vista da mesma forma; Em algumas civilizações da Antiguidade ser obeso era considerado um sinal de sucesso; Na Europa, a obesidade era fundamentada no pecado capital da gula, um pensamento ainda vigente.
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Tecido Adiposo O tecido adiposo é um tecido conjuntivo composto por células adiposas separadas por uma matriz de fibras colágenas e elásticas amarelas Esses adipócitos derivam, no embrião, dos lipoblastos que são células derivadas do mesênquima
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Tecido Adiposo O indivíduo normal eleva suas reservas através de duas formas: hiperplasia: aumento do número de células que ocorrem até a maturidade hipertrofia: aumento de reserva de gordura nos adipócitos já existentes
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Tecido Adiposo A maior parte da gordura corporal (95%) está armazenada na forma de triglicerídeos O restante está acumulado na forma de fosfolipídeos, glicolipídeos e lipoproteínas
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Tecido Adiposo Funções importantes do tecido adiposo:
fonte e reserva de energia; proteção de órgãos vitais; isolamento térmico do organismo.
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Valores de Mensuração São valores de quantidade de gordura que podem ser considerados como obesidade: homens: acima de 20% do peso corporal; mulheres: acima de 30% do peso corporal.
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Técnicas de Mensuração
Adipômetro Instrumento utilizado para medir a espessura da prega cutânea em milímetros;
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Técnicas de Mensuração
Índice de massa corporal (IMC): primeiro parâmetro a ser considerado na quantificação da obesidade São levados em consideração o peso e a altura: limitação quanto à distribuição do tecido adiposo Padrão internacional para calcular o grau de obesidade Não deve ser utilizado isoladamente IMC = Peso Altura2
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Técnicas de Mensuração
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Técnicas de Mensuração
Relação cintura/quadril: segundo parâmetro a ser considerado diferencia obesidade andróide (ou abdominal) da obesidade ginecóide Obtida com auxílio de fita métrica, medindo-se a circunferência do abdomem a altura da cicatriz umbilical (final da expiração) Homens: circunferência abdominal > 94 cm Mulheres circunferência abdominal > 0,80 cm Homens: circunferência abdominal > 102 cm Mulheres: circunferência abdominal > 88 cm Marcador de risco Alto risco
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CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA
andróide ( maçã ) : gordura centralizada na região abdominal; mais prevalente em homens; aumenta os riscos de doenças do coração e Infarto; Síndrome plurimetabólica ginecóide ( pêra ) : gordura centralizada na região dos quadris e nádegas, mais prevalentes em mulheres
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TIPOS alimentar (exógeno): ocorre devido a uma alta ingestão calórica (acima do necessário) e uma baixa atividade física (sedentarismo) constitucional (endógena): ocorre devido a alterações fisiológicas, metabólicas e/ou psicológicas ex : hipotireoidismo (<3% dos obesos), fatores genéticos, ansiedade, nervosismo
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Técnicas de Mensuração
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Comportamento Alimentar
Fatores Envolvidos Genéticos Ambientais Culturais Hábitos pessoais Comportamento Alimentar Atividade Física
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Predisposição genética A grande questão...
EM UM AMBIENTE ONDE TODAS AS PESSOAS SE ALIMENTAM DE MANEIRA SEMELHANTE E PRATICAM EXERCÍCIO FÍSICOS NAS MESMAS QUANTIDADES, POR QUE ALGUMAS SÃO MAGRAS E OUTRAS SÃO GORDAS??!!?? Balanço energético: depende 40% da herança genética
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FATORES DE RISCO DA OBESIDADE
deterioração da função cardíaca dislipidemias hipertensão diabetes doenças pulmonares (apnéia) osteoartrite, doença articular alguns tipos de câncer
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Síndrome Metabólica Resistência a Insulina
Acidente Vascular Cerebral Obesidade (abdominal) Intolerância à Glicose Doença Coronariana Hipertensão Arterial Aneurismas Triglicérides Insuficiência Vascular Periférica
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TRATAMENTO DA OBESIDADE
1 – terapia cognitiva 2 - cirurgia 3 - atividade física 4 - dietético + atividade física 5- medicamentoso
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TRATAMENTO DA OBESIDADE
Terapia Cognitiva Eficácia por trabalhar a partir da estrutura operante do paciente: objetivos para organizar as contingências da mudança de peso e comportamento autocontrole do comportamento alimentar reações emocionais, comportamentais e fisiológicas
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TRATAMENTO DA OBESIDADE
2 – Cirurgia Plástica: consiste na remoção de tecido adiposo Estômago Lipoaspiração (redução da quantidade de células adiposas
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TRATAMENTO 3- Atividade Física
A obesidade resulta de uma maior ingestão calórica. Mas que pode ser compensada com a prática de atividade física Combinação ideal: DIETA + ATIVIDADE FÍSICA A atividade física influencia: (GRILO 1994) Atuação positiva no estado fisiológico (stress) Redução dos riscos de doenças devido melhora da circulação sangüínea Favorece a perda de peso Proporciona o bem estar geral
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TRATAMENTO 4 - Dietético Objetivo: rever o excesso calórico a fim de promover um balanço calórico negativo Déficit calórico = diminuir peso corporal DIETA: Deve ser individualizada e adequada de acordo com as características do paciente (sexo, peso, altura, condições sócio econômicas, outros) Deve estar de acordo com hábito alimentar e disponibilidade de alimentos Deve ser fracionada e com horários regulares a fim de não favorecer o apetite Mudança de hábito alimentar = educação alimentar
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TRATAMENTO PERDA DE PESO: lenta e progressiva
diminui risco de doença em 90%
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Fármacos que podem promover ganho de peso
Principais condições de tratamento Antidepressivos Tricíclicos - Lítio Depressão Fenotiazínicos Psicoses Valproato Sódico - Neurolépticos Epilepsia Insulina Diabetes Corticosteróides Várias doenças Alguns contraceptivos esteróides Contracepção Bloqueadores b adrenérgicos Hipertensão
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Modelo para Regulação da Massa Corporal
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LEPTINA Produzida no tecido adiposo unilocular branco
Função endócrina dos adipócitos: secreção do hormônio leptina Os níveis circulantes de leptina refletem o balanço energético e a reserva energética do organismo Aumento do tecido adiposo Aumento da leptina circulante Diminuição do tecido adiposo Diminuição da leptina circulante
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Barreira Hemato-encefálica
LEPTINA Os níveis de leptina variam durante o dia; podem diminuir sem que haja alteração na massa adiposa Atua no Sistema Nervoso Central através do receptor Ob-Rb localizado principalmente no núcleo arqueado Circulação Barreira Hemato-encefálica Núcleo arqueado
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LEPTINA Baixa [leptina] Aumenta a expressão de neuropeptídeos orexígenos Alta [leptina] Aumenta a expressão de neuropeptídeos anorexígenos É responsável pela inibição da atividade dos neurônios orexígenos e ativação dos neurônios anorexígenos
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LEPTINA Diminuição [leptina] na barreira hematoencefálica
“Efeito Sanfona” Quando o Sistema Nervoso Central percebe uma diminuição nos níveis circulantes de leptina, inicia-se uma complexa resposta para manter os níveis de gordura constantes, o que explica a dificuldade para emagrecer Aumenta expressão orexígena e diminui a expressão anorexígena Aumenta a ingestão de comida
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Tratamento da Obesidade
Farmacoterapia Aspectos mais importantes: Quando usar o medicamento (indivíduos com IMC > 30 Kg/m2) tipo de medicamento tempo de utilização Objetivo terapêutica (saúde metabólica, cardiovascular e respiratória) Condições inerentes à cardiologia
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Tratamento da Obesidade
5- Tratamento farmacológico Fármacos aprovados para uso em longo prazo sibutramina: amina terciária que age inibindo a recaptação de serotonina e noradrenalina e em menor grau de dopamina • doses: 10 a 20 mg/dia • atua diminuindo a ingestão alimentar (eleva a termogênese em alguns indivíduos); redutor da ingestão
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Tratamento da Obesidade
Fármacos aprovados para uso em longo prazo sibutramina 66% pacientes que completam um ano de tratamento perdem 5% comparados com 29% pacientes que receberam placebo 39% pacientes perderam mais de 10% do peso comparados com 6% controle
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Tratamento da Obesidade
sibutramina - Aprovada inicialmente como antidepressivo Efeitos adversos: irritabilidade e inquietação Deve ser evitada por pacientes com transtorno afetivo bipolar Efeitos adversos: aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial, boca seca, cefaléia, insônia, constipação
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Tratamento da Obesidade
Fármacos aprovados para uso em longo prazo orlistat: agente farmacológico que inibe a lipase pancreática, diminuindo a absorção de gordura no trato gastrintestinal → perda de peso Primeiro fármaco de uma nova classe de substâncias antiobesidade que atuam de forma não-sistêmica - Uso do orlistat → dieta orientada + exercícios físicos - Dose diária: 360mg - Não apresenta ação sobre o SNC → não suprime os episódios de compulsão alimentar - Não altera a absorção de antidepressivos: pacientes psiquiátricos - Redução de 30% na absorção de gordura - Distúrbios gastrintestinais, na consistência das fezes, do número de evacuações, fezes oleosas, incontinência fecal - Contra-indicação: doenças graves do sistema gastrintestinal
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Tratamento da Obesidade
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina fluoxetina, sertralina Ação antidepressiva Promovem perda de peso no início do tratamento → aumento de peso após seis meses de uso Benéficas em obesos com comorbidades, como transtorno da compulsão alimentar periódica (bulimia, depressão)
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Tratamento da Obesidade
Fármacos utilizados para tratamento em curto prazo Derivados de anfetaminas: fármacos anorexígenos de ação central (geralmente hipotalâmica nos sistemas catecolaminérgicos – NE e DA) Muitos efeitos adversos, potencial de abuso e dependência Podem desencadear síndromes psiquiátricas (surtos psicóticos, síndromes depressivas ou de mania)
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Tratamento da Obesidade
femproporex Dose diária: 20-50mg Efeito direto da droga no hipotálamo Efeitos adversos: agitação, irritabilidade, insônia, boca seca, diminuição da libido Contra-indicação: hipertensão grave, insuficiência cardíaca, doença psiquiátrica, galucoma, uso de IMAO
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Tratamento da Obesidade
anfepramona Dose diária: mg Inibe a recaptação e aumenta a liberação de NA (hipotálamo) Efeitos adversos: agitação, irritabilidade, insônia, boca seca, diminuição da libido Contra-indicação: hipertensão grave, insuficiência cardíaca, doença psiquiátrica, galucoma, uso de IMAO
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Mundo Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos
Em 1995 → 200 milhões de adultos obesos Em 2000 → 300 milhões de adultos obesos Taxa da obesidade dobra a cada 5 a 10 anos
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Brasil 6º lugar no Ranking Mundial da Obesidade
Transição dos padrões nutricionais: ↓ desnutrição ↑ obesidade
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↑ teor de carboidratos simples,
Brasil atualmente Arroz, feijão, carne, alface, tomate Fast-Food Satisfação e praticidade ↑ teor de carboidratos simples, proteínas e GORDURAS ↓ armazenamento
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40% da população está com sobrepeso
Brasil 40% da população está com sobrepeso 20% ( 30 milhões de brasileiros ) são obesos: 13,5 % são mulheres 6,5 % são homens
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O que podemos e devemos fazer?
OBESIDADE O que podemos e devemos fazer?
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Profa. Dr. Patricia Pereira Universidade Luterana do Brasil
Obrigada! Profa. Dr. Patricia Pereira Universidade Luterana do Brasil
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