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Fitogeografia – Eng. Florestal

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Apresentação em tema: "Fitogeografia – Eng. Florestal"— Transcrição da apresentação:

1 Fitogeografia – Eng. Florestal
Prof. Dr. Mauricio Romero Gorenstein Aula 3 – Fatores do ambiente, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Estacional Decidual Dois Vizinhos, 26/03/2010

2 Objetivo da Aula de hoje
Apresentar os principais fatores ambientais que influenciam na vegetação; Apresentar a fitogeografia da Formação Floresta Estacional Semidecidual; Apresentar a fitogeografia da Formação Floresta Estacional Decidual. Bibliografia: p. 15 a 42, Tratado de Fitogeografia do Brasil, Rizzini p. 21 a 25, Manual Técnico da Vegetação Brasileira, IBGE.

3 Fatores do ambiente que influenciam a vegetação
1 - Fatores climáticos: Radiação solar, temperatura, precipitação, umidade atmosférica, vento e índices climáticos. 2 – Fatores edáficos: Formação dos solos, camadas, constituição, etc.

4 Radiação solar É o principal fator climático, todos os demais dependem dele, calor, chuva, etc.; Tem grande influência sobre as funções e estruturas das plantas; É a luz que enxergamos, energia enviada pelo sol e pode ter os seguintes elementos: Radiação direta, radiação difusa, radiação total, insolação e luz. Radiação direta: É a radiação ou luz emitida pelo sol que nos é atingida (chega até nós). Radiação difusa: É a radiação absorvida pelo vapor d’ água ou gases da atmosfera; Radiação total ou global é soma da radiação direta e radiação difusa. Dias insolarados (Rad. difusa chega a cerca de 10-15% da total) Dias nublados (Rad. difusa chega até 100% da total).

5 Radiação solar A intensidade da radiação é a quantidade de energia enviada pelo sol por unidade de tempo e de área.Ex: cal/cm2/min. Insolação ou duração é o tempo que o sol brilha. Medido em horas ou décimo de horas. Ex: 12,5 horas. A intensidade é para nós a mais importante e pode variar devido a posição do sol, depende da posição do sol em relação às estações do ano, latitude e altitude (astronômica). Condições atmosféricas no ponto considerado (meteorológica). Zona equatorial, maior radiação, trajeto mais curto em relação às zonas temperadas e árticas. Maior diferença em relação às estações do ano nas latitudes maiores. Nas zonas tropicais há maior fumaça (devido à queimadas), vapor d’ água, o que diminue a radiação direta. Constante solar = 2 cal./cm2/min. (entrada da atmosfera). Nuvens refletem cerca de 75% da radiação.

6 Radiação solar Quanto menor a umidade relativa, maior a intensidade de radiação solar Florestas menor radiação comparativamente à áreas abertas e de vegetação baixa (devido a evaporação de água). Heliófitos são plantas que se desenvolvem em total exposição a luz. Também chamadas de espécies intolerantes à sombra Ciófios são plantas que se desenvolvem na sombra. Realizam a fotossíntese com até 1/60 da radiação global. Também chamadas de tolerantes à sombra. Menos de 1% da luminosidade chega até 1m do solo.

7 Temperatura “Cada espécie possui uma temperatura mínima, abaixo da qual não cresce e uma temperatura máxima, acima da qual suspende suas atividades vitais. Há a temperatura ótima, em torno da qual se verifica o melhor desenvolvimento”. Ex: germinação do milho. Min: 9,5ºC; Máx: 46,2ºC Ótima: 33,7ºC. Temperaturas máximas compatíveis com a vida: 50-55oC. Adaptações das plantas ao calor: súber (termo-isolante). Plantas suculentas (tecido grosso). Frio ou seca (absorção de água impedida, freia o metabolismo). Plantas megatérmicas: vivem em temperaturas relativamente altas. Ex: semi-árido Plantas microtérmicas: vivem em temperaruras frias. Ex: tundra Plantas mesotérmicas: condições intermediárias. Florestas tropicais.

8 Precipitação É a queda de água da atmosfera para a crosta terrestre. Pode ser na forma líquida (chuva e orvalho) e sólida (neve e as vezes gelo). Orvalho é a condensação noturna do vapor de água em certas superfícies e sob certo grau de resfriamento. Importantes em regiões secas, cerrados, caatinga, pampas. É medida por pluviômetros. Indica a altura de uma coluna de água em terreno plano. Ex: mm anuais, significam litros em um metro quadrado. Da precipitação, uma parte evapora, outra escorre pela superfície do solo e outra penetra no solo (água disponível para as plantas). A chuva carrega também nutrientes (Nitrogênio, enxofre, etc) que são absorvidos pelas follhas ou pelas raízes no solo. Em florestas tropicais a interceptação da chuva pelas copas é significativa (25%). Vegetação será reflexo da precipitação e tipo de solo -> solo raso, vegetação campestre; solo profundo, vegetação arbórea.

9 Precipitação Nos trópicos, o clima tropical é definido como aquele em que a água meteórica (chuva) está concentrada em alguns meses do ano (4 a 8 meses). A outra estação é seca. Seca meteorológica (falta de chuva); Seca ecológica (disponibilidade de água no solo) é mais importante pois define período de queda de folhas das plantas. Mês seco (pp < 60 mm), mês anterior com pp. 100 mm, não é mês seco. Mata pluvial (1 mês seco ao ano) Cerrado (5 meses secos ao ano) Caatinga (7 meses secos ao ano) A chuva é importante no intemperismo do solo (ácido nítrico). E fornece nitratos (não tem na rocha mãe). Erosão em solos desnudos.

10 Umidade atmosférica Umidade do ar é responsável pela perda de água das plantas para o meio. Umidade relativa -> é a quantidade de água atmosférica expressa como percentagem da quantidade de água que o ar poderia conter em estado de saturação na temperatura ambiente. A temperatura reduz a umidade relativa (duas localidades com a mesma pluviosidade, a mais seca é que apresentar maior temperatura, devido a evaporação). Não se cultiva café em Israel, devido o ar muito seco. Na perda de água as plantas fecham os estômatos.

11 Vento Vento causa deformação no tronco e nas copas das árvores;
O vento retarda o crescimento das plantas; Importante para colonização através da dispersão. Polinização também ocorre pelo vento. Distâncias de até km no mar. Influencia a temperatura e a evaporação, portanto a quantidade de água no solo. Aumento da 50% da transpiração com ventos de 24 km/h. Erosão eólica.

12 Índices Climáticos O melhor é o de Transeau ou Relação Precipitação / Evaporação. It = P / E Florestas nos EUA: 0,9 – 1,2 Pradarias: 0,3 – 0,6 Deserto: 0,1 – 0,2 Deserto do Saara: P = 31,9 e E = mm (P/E = 0,006) Padrões climático-vegetacionais: a) Padrão Xérico P/E < 1 (Evaporação bastante superior à precipitação). Ex: Caatinga. Petrolândia, PE. Precip. = 335 mm, Evap. = mm;Correntes, PE, Precip. = 975 mm, Evap. = mm b) Padrão Mésico P/E > 1 (pluviosidade superior à evaporação). Ex: Cerrado e mata pluvial. Emas, SP Precip. = mm, Evap. = mm, Belém, PA Precip. = mm, Evap. = 665 mm c) Padrão Subxérico mais baixa que no padrão Mésico, com solos arenosos rasos ou argilosos compactados. Ex: Campo-limpo. Ex: Ponta Grossa. P=1.400, E=856mm d) Padrão litorâneo como anterior, Solos arenosos profundos e porosos ricos em água. Ex: restinga.Ex: Maceió, AL, P=1.420, E=952 mm.

13 Floresta Estacional Semidecidual
Denominada também de Mata Atlântica de Interior ou Floresta Estacional Semicaducifólia, é um dos subtipos florestais que compõem o bioma Mata Atlântica, regiões oeste da serra do mar, com maior expressão nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná, com manchas menores em outros estados, chegando até ao Paraguai e Argentina.

14 Floresta Estacional Semidecidual
Aspecto – Interior de São Paulo

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16 Floresta Estacional Semidecidual
Conceito: Dupla estacionalidade climática; uma tropical com intensas chuvas de verão, seguida por estiagem acentuada e outra subtropical sem estação seca, mas com seca fisiológica devido o intenso frio de inverno, temperaturas médias inferiores a 15oC. Formada por fanerófitos (gemas localizadas a altura superior a 25 cm do solo – árvores, arbustos, lianas, ervas altas, epífitas. Regiões quentes e úmidas), com gemas foliares protegidas por escamas (catáfitos) ou pêlos. Folhas adultas esclerófilas ou membranáceas deciduais. Entre 20 a 50% das árvores perdem as folhas no periodo seco. Mesofanerófitos nas regiões tropicais em solos areníticos distróficos (mesofanerófitos – plantas de porte médio entre 20 e 30 metros – região extra-amazônica. Subtropicais – macrofanerófitos (plantas de porte alta entre 30 e 50 m, amazônia e sul do Brasil) em solos basálticos eutróficos. Distribuição dos gêneros Parapiptadenia (angico), Pelthororum (canafístula), Cariniana (jequitibá), Lecythis (sapucaia), Tabebuia (ipê), Astronium (guaritá).

17 Floresta Estacional Semidecidual
Subdivisões: Floresta Estacional Semidecidual Aluvial – terraços mais antigos nas calhas dos rios (matas ciliares) Floresta Estacional Semidecidual de terras baixas – entre 5 e 100 m de altitude nas latitudes de 4oN e 16oS (menos frequentes). 5 a 50 m entre 16oS e 24oS, e 5 a 30m entre 24o a 32º S; Floresta Estacional Semidecidual submontana – Varia de 100 a 600 m (4oN e 16oS), de 50 a 500 m entre 16oS e 24oS e de 30 a 400m após 24oS. Floresta Estacional Semidecidual montana – Varia de 600 a m nas latitudes 4oN e 16oS, de 500 a m entre 16 e 24 e de 400 a 1.000m entre 24oS e 32oS.

18 Espécies típicas Lecythis pisonis (sapucaia)
Tabebuia heptaphylla (ipê-roxo) Cariniana legalis (jequitibá vermelho)

19 Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual Aluvial - grande depressão pantaneira do Mato Grosso do Sul. Margeia os rios da Bacia do Paraguai. Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas – revestindo tabuleiros do Pliopleistoceno do Grupo Barreiras, do sul de Natal-RN, até o RJ. Caesalpinia, Lecythis, Cariniana, Eschweilera (gonçalo-alves). Floresta Estacional Semidecidual Submontana – Encostas interioranas das serras da Mantiqueira e dos Órgãos e planaltos centrais capeados dos Arenitos Bauru, Botucatu e Caiuá. Espírito Santo e Sul da Bahia até o Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, norte e sudoeste do Paraná, e sul do Mato Grosso do Sul. No lado interiorano das serras marítimas, os gêneros típicos são: Cedrela, Parapiptadenia, Cariniana. Nos planaltos areníticos os ecótipos deciduais que caracterizam essa formação são: Hymenaea, Copaifera, Peltophorum, Astronium, Tabebeuia e muitos outros. Planalto paranaense e Oeste de São Paulo, Aspidosperma polyneuron.

20 Floresta Estacional Semidecidual
Floresta Estacional Semidecidual Montana – Poucas áreas, acima dos 500 m de altitude, face interiorana da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Serra da Mantiqueira, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (Itatiaia) e Espírito Santo (Caparaó). Outras áreas oculpam os pontos culminantes dos planaltos areníticos. Gênero típico Anadenanthera. Norte da Amazônia Serras do Tumucumaque e Parima, acima dos 600 m de altitude, Estado de Roraima, face interiorana dos Picos do Sol e da Neblina.

21 Floresta Estacional Decidual
Também chamada de Floresta Triopical Caducifólia, possue estações climáticas bem demarcadas, uma chuvosa seguida de longo período biologicamente seco. Ocorre de forma disjunta. O estrato dominante pode ser macro ou mesofanerófito, predominantemente caducifólio, com mais de 50% dos indivíduos sem folhagem no período seco. Ocorre na borda do Planalto Meridional, principalmente no Estado do Rio Grande do Sul, uma disjunção que apresenta dossel emergente completamente caducifólio, devido ao clima frio, estacionalidade fisiológica da floresta. Ocorrem os gêneros Peltophorum, Anadenathera, Apuleia, com espécies diferentes, marcando um “Domínio Florísitico”. Grandes áreas descontínuas de norte para Sul, entre a Floresta Ombrófila Aberta e o Cerrado. De leste para oeste entre a Caatinga e a Floresta Estacional Semidecidual. No Sul, no vale do rio Uruguai, entre a Floresta Ombrófila Mista e as Estepes ou Pampas Gaúchos

22 Floresta Estacional Decidual
Floresta Estacional Decidual Aluvial – Quase que exclusiva do Rio Grande do Sul, terraços fluviais dos rios Jacuí, Ibicuí, Santa Maria e Uruguai. Várzeas do rio Paraguai, Mato Grosso do Sul, drenagem dificultada pelo pouco desnível do rio. Espécies mesofanerófitas adaptadas ao ambiente aluvial, Luehea divaricata (açoita cavalo), Vitex megapotamica (tarumã) , Inga uruguensis (ingá). Floresta Estacional Decidual das Terras Baixas – Encontrada em áreas descontínuas e pequenas. Ocorre na bacia do rio Pardo no Sul da Bahia. Solos eutróficos calcários, dominada pelos gêneros Cavanillesia e Cereus. Outras disjunções menores encontradas de acordo com as latitudes: Dos 4oN aos 16oS varia de 5 a 100 m de altitude; Dos 16oS aos 24oS varia de 5 a 50 m de altitude; Dos 24oS aos 32oS varia de 5 a 30 m de altitude.

23 Floresta Estacional Decidual
Aspecto – Vale do São Francisco, Minas Gerais

24 Floresta Estacional Decidual
Floresta Estacional Decidual Aluvial – Quase que exclusiva do Rio Grande do Sul, terraços fluviais dos rios Jacuí, Ibicuí, Santa Maria e Uruguai. Várzeas do rio Paraguai, Mato Grosso do Sul, drenagem dificultada pelo pouco desnível do rio. Espécies mesofanerófitas adaptadas ao ambiente aluvial, Luehea divaricata (açoita cavalo), Vitex megapotamica (tarumã) , Inga uruguensis (ingá). Floresta Estacional Decidual das Terras Baixas – Encontrada em áreas descontínuas e pequenas. Ocorre na bacia do rio Pardo no Sul da Bahia. Solos eutróficos calcários, dominada pelos gêneros Cavanillesia e Cereus. Outras disjunções menores encontradas de acordo com as latitudes: Dos 4oN aos 16oS varia de 5 a 100 m de altitude; Dos 16oS aos 24oS varia de 5 a 50 m de altitude; Dos 24oS aos 32oS varia de 5 a 30 m de altitude.

25 Floresta Estacional Decidual
Floresta Estacional Decidual Submontana – A maior parte das disjunções deste tipo. - Faixa estreita no Sul do Maranhão entre o cerrado e a Floresta Ombrófila Aberta com Babaçu. Floresta de médio porte com nanofanerófitas. - Sul da Bahia, terrenos calcários do rio Pardo, floresta alta, conhecida como “mata-de-cipó”. Mesofanerófitos caducifólios dominados por leguminosas, envolvidos por lianas lenhosas, com folhagem sempre verde. - Norte de Goiás e Sul de Tocantins. Entre a FES do Pará e Cerrado. Vale do rio das Almas. Denominada de “mato-grosso-de-goiás”. Mistura de espécies de cerrado de alto porte com caducifólios florestais. Norte de Minas Gerais, vales dos rios Verde Grande e São Francisco. Denominada de “mata-de-jaíba”. Serra do Bodoquena no Mato Grosso do Sul, espécies de cerrado e mesofanefófitos florestais. Floresta da vertente interiorana da serra da Mantiqueira, com espécies sempre verdes (Aspidosperma e Cariniana).

26 Floresta Estacional Decidual
Floresta Estacional Decidual Submontana – Vertente sul do planalto das Missões. Área extrazonal, espaço subtropical, florísitica semelhante a das áreas tropicais. Ocorrem as espécies Anadenanthera colubrina, gêneros Parapiptadenia, Apuleia e Peltophorum de alto porte. Esta disjunção é a mais importante. Semelhança florística de seus dominantes. Período frio com médias menores que 15oC, seca fisiológica semelhante à seca das áreas tropicais. Floresta Estacional Decidual Montana – Áreas disjuntas expressivas, com as seguintes faixas: - Dos 4oN aos 16oS varia de 600 a m de altitude; - Dos 16oS aos 24oS varia de 500 a m de altitude; Dos 24oS aos 32oS varia de 400 a m de altitude. Grandes diferenças de temperatura que influem na composição florística. Em Teresópolis (RJ) a mais de m de altitude, flora parecida com Brusque (SC), a poucos metros acima do nível do mar. Ao norte de Boa Vista (RR), planalto arenítico de Roraima, floresta caducifólia, gênero Cassia. Planalto de Conquista (BA).

27 Espécies típicas Cereus jamacaru (mandacaru)
Anadenathera peregrina (angico-branco)


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