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PublicouAurora Canário Ávila Alterado mais de 8 anos atrás
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“O adulto e idoso no período perioperatório: dimensões físicas, cognitivas e afetivas”
Profa Dra Márcia M. F. Zago EERP/USP
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CONCEITO DE CIRURGIA
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Latin chirurgiae: trabalho com a mão
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Conceito de Cirurgia é uma especialidade médica que usa técnicas operativas manuais e instrumentais sobre o corpo do paciente para investigar e/ou tratar uma condição patológica tal como doença ou lesão, para ajudar a melhorar a função corporal ou a aparência, ou por uma outra razão (Towsend, Beauchamp, Evers; 2006)
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Conceito de cirurgia Cirurgia é uma tecnologia médica consistindo em uma intervenção física sobre os tecidos corporais. Como regra geral, um procedimento é considerado cirúrgico quando envolve corte dos tecidos corporais do paciente ou fechamento de uma ferida aberta. Todas as formas de cirurgia são consideradas “procedimentos invasivos”. (Towsend, Beauchamp, Evers; 2006)
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Conceito de cirurgia A cirurgia é caracterizada por três tempos principais: Diérese: divisão dos tecidos que possibilita o acesso à região a ser operada Hemostasia: interrupção do sangramento Síntese: fechamento dos tecidos (Towsend, Beauchamp, Evers; 2006)
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Instrumento ???? O BISTURI
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Característica Primária do Paciente Cirúrgico
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CENÁRIO CIRÚRGICO: Enfermagem Cirúrgica
Experiência cirúrgica: PERÍODO PERIOPERATÓRIO Pré-operatório Mediato Imediato 2) Intra-operatório 3) Pós-operatório Imediato (CRA) Mediato (enfermaria) Tardio (domicílio) Atribuições do enfermeiro
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PRECEITOS DA ENFERMAGEM CIRÚRGICA
Embora algumas cirurgias sejam consideradas procedimento pouco traumáticos, elas são sempre “uma experiência de estresse” para o paciente e a família
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Preceitos da Enfermagem Cirúrgica
É importante compreender o controle interno do organismo (homeostasia) e o controle externo (intervenções médicas e de enfermagem), na experiência da cirurgia como a anestesia e a cirurgia afetam a homeostase como a necessidade de cirurgia, as crenças e valores afetam o equilíbrio biopsicossocial como as intervenções médicas e de enfermagem podem ajudar o indivíduo a superar o caos fisiológico e psicossocial
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ESTRESSE
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ESTRESSE “É o estado produzido por uma alteração no meio ambiente do indivíduo (interno e externo) que é percebido como desafiador, ameaçador ou lesivo para o equilíbrio dinâmico da pessoa, e que exige que o indivíduo reaja” (Selye, 1976; Smeltzer & Bare, 2004) ESTÍMULO OU AGENTE AGRESSOR OU ESTRESSOR “É um estímulo que provoca o estresse; é diferente para cada pessoa, é diferente para cada situação; é interno ou externo ao indivíduo” orgânico, físico, psicológico.
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BIOFÍSICOS, QUÍMICOS E PSICOSSOCIAIS
AGENTES ESTRESSORES QUE AFETAM A PESSOA ADULTA DOENTE E/OU HOSPITALIZADA BIOFÍSICOS, QUÍMICOS E PSICOSSOCIAIS hospitalização dependência exposição do corpo diagnóstico imagem corporal hipóxia hipovolemia hipo/hipertensão álcool drogas infusão venosa infecções dor imobilização drenos
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O Resultado do Estresse
- Adaptação fisiológica ao estresse é a capacidade do organismo em manter um estado de relativo equilíbrio ou de homeostase – SNC (hipófise) 1) Respostas fisiológicas ou neuro-endócrinas 2) Respostas psicossociais (habilidades cognitivas e comportamentais)
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1- AS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS OU NEURO-ENDÓCRINAS AO ESTRESSE
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Frente a um estímulo de estresse
O organismo responde (fisiológicamente): A) Resposta local – Síndrome de adaptação local - SAL B) Resposta somática – Síndrome de adaptação geral – SAG (Seley, 1976)
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AS RESPOSTAS FISIOLÓGICAS AO ESTRESSE OU MECANISMOS DE FISIOLÓGICOS DE ADAPTAÇÃO
A) SÍNDROME DE ADAPTAÇÃO LOCAL – SAL: o corpo produz respostas locais como: a coagulação do sangue, a resposta do reflexo à dor (remoção reflexa de um membro), a resposta inflamatória estimulada pelo trauma ou incisão e a acomodação do olho à luz. Características das respostas da SAL: - são localizadas e de curto prazo; SAL é a resposta inflamatória com o objetivo de proteger os tecidos lesados de outras alterações e “encorajar” o reparo da lesão
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B) SÍNDROME GERAL DE ADAPTAÇÃO – SGA
É a resposta fisiológica de todo o corpo ao estresse. Envolve vários sistemas corporais, principalmente o sistema nervoso autônomo, e por isso é denominada RESPOSTA NEURO-ENDÓCRINA A SGA CONSISTE DE TRÊS FASES: b.1- reação de alarme b.2- fase de resistência b.3- fase de exaustão
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HORMÔNIOS CATABOLIZANTES HORMÔNIO ANABOLIZANTE
METABOLISMO ANABOLISMO CATABOLISMO HORMÔNIOS CATABOLIZANTES HORMÔNIO ANABOLIZANTE Catecolaminas – ACTH Cortisol Glucágon Insulina
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O CRH estimula a hipófise a secretar ACTH (horm adrenocorticotrófico
As respostas neuro-endócrinas ao estresse “Alteração de hormônios para aumentar o estoque de energia” Hipófise identifica um estressor Estresse é reduzido O hipotálamo secreta CRH (horm.liberador de corticotropina) O CRH estimula a hipófise a secretar ACTH (horm adrenocorticotrófico O processo metabólico de carboidratos, gordura e proteína, é estimulado pela secreção do cortisol para aliviar os efeitos do estresse. O ACTH estimula o córtex da supra renal (parte externa da glândula) a produzir glicocorticóides (cortisol) Caindo na corrente sangüínea, o cortisol aumenta o metabolismo de carboidrato, gordura e proteína. Carboidrato: aumenta a taxa de glicose no sangue Gordura: aumenta a requisição de ácidos graxos para produção de energia Proteína: Aumenta a requisição de aminoácidos para produção de energia e reparo de tecidos (em caso de ferimentos).
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b.1- REAÇÃO DE ALARME 4- SN simpático e medula adrenal 1- Hipotálamo
2- Hipófise posterior ADH reabsorção de água débito urinário 3- Hipófise anterior ACTH córtex adrenal Cortisol gliconeogênese catabolismo de proteína catabolismo de gordura Aldosterona reabsorção de sódio reabsorção de água excreção de potássio 4- SN simpático e medula adrenal Epinefrina FC consumo de O2 glicemia acuidade mental norepinefrina fluxo sg para o músculo esquelético PA
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Mecanismos compensatórios internos e externos
b.1 - Reação de alarme Mecanismos compensatórios internos e externos Níveis hormonais voltam ao equilíbrio “Adaptação ou homeostase” b.2 – Fase resistência manutenção estressores ou surgimento de novos estressores b.3 – Fase exaustão “MORTE”
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2- AS RESPOSTAS PSICOLÓGICAS
E COMPORTAMENTAIS AO ESTRESSE
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Respostas emocionais e comportamentais
2- AGRESSORES PSICOLÓGICOS E SOCIAIS Medo Ansiedade Respostas emocionais e comportamentais
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A ansiedade ocorre em toda a fase perioperatória
2 – respostas emocionais ANSIEDADE “é um agressor - é um sentimento de apreensão por uma fonte não reconhecida” A ansiedade ocorre em toda a fase perioperatória As experiências e o conhecimento cultural sobre as situações podem acentuar a ansiedade Classificação em níveis: moderada, severa e pânico
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2 – respostas emocionais
MEDO “O MEDO TAMBÉM É UM AGRESSOR QUE PODE INTERFERIR NA PERCEPÇÃO DA SITUAÇÃO” – É ESPECÍFICO Medo e ansiedade eliciam respostas neuro-endócrinas
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AS RESPOSTAS AOS AGRESSORES PSICOLÓGICOS E SOCIAIS
ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO (COPING) são os esforços cognitivos e comportamentais envolvidos na solução de problemas em situações percebidas como desafiadoras para a pessoa, e que elicia recursos mentais adaptativos são fundamentais para o processo de lidar com situações de crise, como a doença, a hospitalização e a cirurgia
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AS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
2.c – respostas comportamentais: enfrentamento AS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO Estratégias focalizadas no problema Busca por informação Busca traçar objetivos concretos e reais Identificação das respostas alternativas Estratégias focalizadas na emoção Busca por significados Exemplos: choro, recusa, fuga, barganha, agitação, etc
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finalidades: a) proteger a personalidade da pessoa b) satisfazer as necessidades emocionais c) manter a sensação de equilíbrio d) reduzir a ansiedade e o medo
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O ENFRENTAMENTO É ESPECÍFICO PARA CADA PESSOA E PARA CADA SITUAÇÃO
Estratégias de enfrentamento Comportamentos adaptativos Comportamentos não adaptativos RESPOSTAS NEURO-ENDÓCRINAS → FASE DE EXAUSTÃO
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Fatores que influenciam as
respostas ao estresse Número de agressores simultâneos Condições fisiológicas e emocionais da pessoa antes da cirurgia Experiência prévia ao agressor Tipo, intensidade e duração do agressor
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SUPERAÇÃO DO ESTRESSE PELO INDIVÍDUO
Recursos internos (condição física e psicológica e estratégias de enfrentamento) Intervenções de enfermagem Recursos externos (apoio familiar e social) – permissão dos familiares no ambiente
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PRECEITOS EM CIRURGIA “ Toda cirurgia é uma situação de estresse pois, provoca reações orgânicas e psicossociais que se tornam agressores primários, secundários e associados, podendo levar o organismo à condição de exaustão”
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O ESTRESSE NA SITUAÇÃO CIRÚRGICA
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OS PROCEDIMENTOS PERIOPERATÓRIOS
* CONSIDERAÇÃO: OS PROCEDIMENTOS PERIOPERATÓRIOS FINALIDADE: reduzir as complicações pós–operatórias que poderão potenciar o estresse cirúrgico Pré-operatório: jejum, tricotomia, exercícios respiratórios, sondagens, exames, punção venosa, enema intestinal e outros Intra-operatório: posicionamento do paciente, anestesia, intubação orotraqueal, bisturi elétrico, temperatura da SO e outros Pós-operatório: jejum/restrição alimentar, sondas, infusão venosa, imobilização no leito, aparelhos, drenos, planejamento da alta e outros
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OS PROCEDIMENTOS PERIOPERATÓRIOS
São realizados para favorecerem a adaptação físico-psicossocial Porém, podem ser agressores e potencializar o estresse cirúrgico e dificultar a passagem da fase de resistência para a de adaptação, levando o organismo a evoluir para a fase de exaustão.
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A SGA NA EXPERIÊNCIA CIRÚRGICA
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AS FASES DA SAG NA CIRURGIA
1- Agressores primários da cirurgia que desencadeiam a reação de alarme Agressores psicossociais: medo e ansiedade (agressores psicológicos) eliciados pela concordância em submeter-se à cirurgia e a realização de procedimentos preparatórios para a cirurgia (início no pré-operatório) : exames, hospitalização Início da SAG
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paciente
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b) Agressor físico → SAL + SAG
1- Agressores primários da cirurgia que desencadeiam a reação de alarme b) Agressor físico → SAL + SAG
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1- Agressores primários da cirurgia que desencadeiam a reação de alarme
Incisão cirúrgica Lesão de tegumentos protetores Lesão celular Lesão vascular Lesão de órgãos – parcial ou total, temporária ou permanente
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2 - Agressores secundários (são conseqüências dos primários)
Ansiedade e medo Apresentação de estratégias de enfrentamento (focalizadas no problema ou emoção) Lesão celular Lesão vascular Lesão tegumentos Lesão órgãos Processo inflamatório da ferida cirúrgica (cicatrização) – SAL e SAG Infecção (local ou sistêmica) Sangramento (hemorragia) Alterações hemodinâmicas Falências orgânicas “COMPLICAÇÕES”
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3- Agressores associados (não específicos à cirurgia)
Anestesia (redução da ansiedade, medo e do metabolismo, depressão sistema respiratório, redução débito cardíaco) Alteração do ritmo alimentar: jejum (pré, intra, pós) Imobilização no pós-operatório Perdas hidro-eletrolíticas extra-renais (drenagens, vômitos) Procedimentos invasivos (punção venosa, drenos) Dor Condições de risco: drogas, doenças intercorrentes como: diabete, hipertensão, desidratação, desnutrição e outras Grupos Risco: idosos e crianças (sistema imunológico) Agressores psicológicos: tempo de hospitalização, medo da dor, necessidade autocuidado, continuidade tratamento, alta, alteração da imagem corporal e outros.
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POTENCIALIZAÇÃO DAS RESPOSTAS NEURO-ENDÓCRINAS
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Mecanismos compensatórios internos e externos
b.1 - Reação de alarme Mecanismos compensatórios internos e externos Níveis hormonais voltam ao equilíbrio “Adaptação ou homeostase” b.2 – Fase resistência manutenção estressores ou surgimento de novos estressores b.3 – Fase exaustão “MORTE”
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FASES METABÓLICAS NA EXPERIÊNCIA CIRÚRGICA - SGA
Fase Catabólica Fase Anabólica
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a) Fase Catabólica: duração de 1 a 7 dias de PO
Sinais e sintomas: balanço calórico negativo: consumo energia, ingestão, peso diurese ferida: edema traumático, inflamação – temp 36 a 37,50 C glicemia FC, PA, FR peristaltismo apetite, palidez, indisposição, sonolência: fadiga
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b) Fase anabólica: entre o 70 e 100 dia PO (se não houver presença de novos agressores)
secreção dos hormônios normalizada retorno atenção, cognição, libido restauração massa corporal – até em 6 meses
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AS COMPLICAÇÕES DO PACIENTE DEVIDO AS RESPOSTAS AO ESTRESSE CIRÚRGICO – AGUDAS E/OU CRÔNICAS
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ALTERAÇÕES PROBLEMAS POTENCIAIS
Sono e conforto Alteração no biorritmo, depressão do SNC; dor e desconforto. Mobilidade Diminuição da atividade muscular devido a depressão do SNC; imobilidade devido a dor e a fadiga Sensação Alteração da percepção dos estímulos sensoriais ; depressão do SNC Imagem corporal Perda de parte do corpo ou função; invasão do espaço corporal; distorção da imagem corporal Identidade e auto-estima Interferência no desempenho de papéis, na sexualidade e alteração da auto-imagem Segurança Não familiaridade com o ambiente hospitalar; interrupção das rotinas normais
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ALTERAÇÕES PROBLEMAS POTENCIAIS
Utilização de oxigênio Depressão do SNC pela anestesia altera o padrão respiratório IRA Balanço hidro-eletrolítico Desequilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico choque Nutrição Redução de nutrientes e líquidos; possível náusea e vômito cicatrização Eliminação Função gastrointestinal (peristaltismo); fluxo sanguíneo renal e alterações hormonais – diurese. Regulação da temperatura Vasoconstricção devido aos agentes anestésicos; perda da temperatura corpórea no ambiente cirúrgico; febre secundária a infecção
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PROBLEMAS POTENCIAIS ALTERAÇÕES
Potencialização da fase de exaustão; falência dos mecanismos homeostáticos; aumento excessivo de hormônios; falência cardiovascular. Ativação da resposta ao estresse Diminuição das defesas contra a infecção Infecção da ferida septicemia Disfunção do sistema vascular Hemorragia da ferida cirúrgica Depende do órgão. Ex: mobilidade gástrica diminuída temporariamente, retenção urinária, íleo paralítico. Alteração funcional de órgãos
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Caracterização do Paciente Cirúrgico Adulto
“É um ser biopsicossocial que na situação da cirurgia defronta-se com diferentes agressores (físicos e psicossociais), que alteram o seu equilíbrio orgânico, emocional e comportamental, potencializando o processo de estresse. A sua capacidade de superação ao estresse dependerá das suas condições fisiológicas e psicológicas presentes no período pré-operatório e da diminuição no número de estímulos estressores e de suas intensidades no intra e pós-operatório”.
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A Atribuição do Enfermeiro Cirúrgico
“As intervenções de enfermagem têm a finalidade de reduzir o número e a intensidade dos agressores presentes no perioperatório” (evitar e/ou reduzir as complicações operatórias) Como... “Atuando “para” o paciente, nos seus momentos de dependência, e “com” o paciente, nos seus momentos de independência” (autocuidado)
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Portanto: todo paciente tem um
Último preceito: “Quanto maior o número de agressores presentes simultaneamente, quanto maior a intensidade e duração da respostas fisiológicas e emocionais ao estresse, maior será a dificuldade do paciente (corpo e mente) em superá-lo” Resistência do paciente Portanto: todo paciente tem um “risco cirúrgico” Vulto da cirurgia
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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
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Classificação Características Exemplo
Emergência Requer imediata intervenção porque ameaça a vida do indivíduo Hemorragias severas, fratura exposta, obstrução vesical ou intestinal, aneurisma Urgência Requer intervenção rápida pois há ameaça a vida se a cirurgia não ocorrer entre 24 e 30 horas Cálculos biliares ou renais câncer Diagnóstica Requer intervenção para determinar a origem, causa e tipo de célula endoscopias, laparostomias exploradoras Eletiva É planejada para corrigir um problema não agudo Catarata, hérnia, hemorróidas, hiperplasia prostática, doenças tireóide Cosmética É planejada para corrigir um problema na aparência pessoal Lipoaspiração, rinoplastia, ritidectomia Paliativa É realizada para aliviar os sintomas de um processo patológico mas não curativo Colostomia, vagotomia (ressecção nervo vago)
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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
Em relação ao vulto da cirurgia Cirurgias de grande porte: cirurgias cardiovasculares, neurológicas, transplantes, cirurgias oncológicas Cirurgias de médio porte: colecistectomia Cirurgias de pequeno porte: amidalectomia, safenectomia
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RISCO CIRÚRGICO “é toda possibilidade de dano que ocorre com um paciente, candidato à cirurgia, decorrente de suas condições físicas e psíquicas, de falhas das equipes de cirurgia e de enfermagem ou de fatores imprevistos que podem surgir durante o pré, intra e pós-operatório”
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Risco cirúrgico atribuído à equipe cirúrgica
A equipe deve estar preparada técnica e cognitivamente para a cirurgia proposta. Devem seguir todo o rigor da assepsia, conhecer a anatomia da região a ser operada, seguir os passos, dispor de material e instrumental adequado, manter a tranqüilidade do ambiente e estar apta para atender às intercorrências. Risco cirúrgico atribuído à anestesia O paciente deve receber a visita do anestesista antes da cirurgia. Ao anestesista compete conhecer as condições físicas e psíquicas do paciente, o tipo de cirurgia a ser realizada, o seu tempo de duração, a fim de decidir o tipo de anestesia e que drogas deverão ser usadas na indução anestésica e na anestesia. Deve manter a avaliação constante das condições do paciente.
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Risco cirúrgico atribuído à Enfermagem na Enfermaria, no Centro Cirúrgico e no Centro de Recuperação Pós-Anestésica Na enfermaria: a enfermagem deve estar capacitada para o cuidado do paciente no pré (avaliação das condições, ensino do paciente, características da cirurgia, possíveis complicações) e no pós-operatório (avaliação contínua do paciente, atenção às complicações e planejamento da alta) A enfermagem do CC: limpeza e antissepsia nos procedimentos e materiais, controle da esterilização dos materiais, segurança do paciente A enfermagem do CRA: pessoal treinado, vigilância contínua das funções vitais do paciente e alerta para as possíveis complicações
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FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
hipovolemia desidratação ou distúrbio eletrolítico déficits nutricionais extremos da faixa etária (criança e o idoso) extremos de peso infecção e sepse condições tóxica anormalidades imunológicas doença pulmonar (DPOC, infecção) doença do trata urinário gravidez (reserva fisiológica diminuída) doenças cardiovasculares (IM, IC, disritmias, hipertensão, troboembolia, distúrbios hemorrágicos) disfunções endócrinas (diabetes, distúrbios supra-renal, distúrbios tireóide) doenças hepáticas (cirrose, hepatite) incapacidade física ou mental pré-existente
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CLASSIFICAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO DA AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS – ASA
(Smeltzer; Bare, 2005 – p. 447)
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Esta classificação (P) é usada para descrever o estado geral do paciente e identificar os riscos potenciais durante a cirurgia P 1 Paciente saudável – Ex: nenhuma anormalidade sistêmica, infecção localizada, sem febre - tumor benigno, hérnia P 2 Paciente com doença sistêmica branda – Ex: hipertensão controlada, diabetes controlado, obesidade, idade acima de 80 anos P 3 Paciente com doença sistêmica grave não incapacitante – Ex: insuficiência cardíaca compensada, infarto do miocárdio há mais de 6 meses, angina de peito, disritmia grave, cirrose, diabetes ou hipertensão mal controlada, íleo paralítico P 4 Paciente com doença sistêmica incapacitante que está em ameaça de vida – Ex: Insuficiência cardíaca grave, infarto do miocárdio há menos de 6 meses, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática ou renal avançada P 5 Paciente moribundo sem expectativa de sobreviver por mais de 24 horas com ou sem operação – Ex: paciente inconsciente com traumatismo craniano e ritmo cardíaco agônico.
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Intervenções de Enfermagem no Perioperatório
Pré-operatório (enfermaria) Admissão, história e avaliação das condições Monitorização dos sinais vitais e condições gerais Ensino: informações, exercícios respiratórios e de movimentação ativa e passiva para membros de grupos de risco Exames Procedimentos preparatórios: enema, tricotomia, punção venosa, pré-anestesia e outros Prescrição médica Apoio a família Encaminhamento ao CC
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b) Intra-operatório (CC/SO):
Intervenções de Enfermagem no Perioperatório b) Intra-operatório (CC/SO): recebimento do paciente e de sua documentação posicionamento do pac na mesa cirúrgica suporte ao procedimento anestésico monitorização das condições vitais, drenagens e infusões cumprimento da prescrição médica intervenções de gerenciamento: controle material; assepsia, documentação, etc
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c) Pós-operatório imediato (CRA)
Intervenções de Enfermagem no Perioperatório c) Pós-operatório imediato (CRA) recepção do pac monitorização das condições do pac: SV, consciência, drenagens, infusões, náuseas e vômitos, etc cumprimento da prescrição médica apoio a família verificar critérios para a alta encaminhamento para enfermaria outras
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d) Pós-operatório mediato (enfermaria) recepção do pac na enfermaria
Intervenções de Enfermagem no Perioperatório d) Pós-operatório mediato (enfermaria) recepção do pac na enfermaria avaliação do pac monitorização: SV, drenagens, infusões, diurese, consciência, náuseas e vômitos, dor, peristaltismo, etc curativos cumprimento da prescrição médica incentivo: alimentação, deambulação, auto-cuidado, etc acolhimento da família preparo para a alta, etc pós-operatório tardio
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WORLD ALLIANCE FOR PATIENT SAFETY
WORD HEALTH ORGANIZATION (OMS) WORLD ALLIANCE FOR PATIENT SAFETY 2008: SAFE SURGERY SAVES LIVES (CIRURGIA SEGURA SALVA VIDAS) WHO. The second global patient safety challenge: safe surgery saves life –
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QUADRO ATUAL O cuidado cirúrgico é um componente essencial do cuidado à saúde há séculos. Com o aumento das lesões traumáticas, cânceres e doenças cardiovasculares, o impacto da intervenção cirúrgica nos sistemas de saúde aumentarão. Estimativa de que são realizadas 234 milhões de cirurgias ao redor do mundo, a cada ano, correspondendo a 1 cirurgia para cada 25 pessoas. Estimativa de que 63 milhões de pessoas irão se submeter ao tratamento cirúrgico devido à lesões traumáticas (acidentes). Estimativa de que 31 milhões de pessoas irão se submeter ao tratamento cirúrgico para tratar malignidades. Estimativa de que 10 milhões de pessoas irão se submeter ao tratamento cirúrgico devido à gravidez (cesárias).
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Fatores que levam a atenção para a SEGURANÇA CIRÚRGICA
1- As complicações cirúrgicas ocorrem em 25% dos pacientes operados; 3 a 16% dos procedimentos cirúrgicos levam a deficiências permanentes 2- O índice de mortalidade pós cirúrgica é de 0,4 a 0,8% em países desenvolvidos, e de 5 a 10% em países em desenvolvimento 3- Em países desenvolvidos, metade das complicações em pacientes hospitalizados são devido a inadequação do cuidado cirúrgico 4- Metade das complicações cirúrgicas identificadas poderiam ser prevenidas 5- Os princípios da segurança cirúrgica são inconsistentemente aplicados, mesmo nos contextos mais sofisticados.
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Ações necessárias Prevenção da infecção da ferida cirúrgica
Anestesia segura Equipe cirúrgica segura Avaliação dos serviços cirúrgicos
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BIBLIOGRAFIA Potter PA, Perry AG. Estresse e Adaptação. In: Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e prática. 4a. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, V.1, cap. 22, p Peniche ACG, Jouclas VMG, Chaves EC. A influência da ansiedade na resposta do paciente no período pós-operatório. Rev. Esc. Enf. USP, v. 33, n.4, p , dez Peniche ACG, Chaves EC.Algumas considerações sobre o paciente cirúrgico e a ansiedade. Rev. Latino-am. Enfermagem. Ribeirão Preto. V.8, n. 1, p Janeiro 2000. Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10a. ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
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