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TUMORES BENIGNOS DE OVÁRIO
Universidade Federal do Pará Instituto de Ciencias da Saúde Faculdade Medicina TUMORES BENIGNOS DE OVÁRIO Ana Cristina V. Silva Anderson Michel Bruno Brabo Camila Yonezava
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Tumores benignos de ovário
Glândulas ovais que medem 3,5 cm x 2,5 cm x 1,5 cm pesando de 4 a 7 g. Sua superfície - elevações e cicatrizes (folículos e rupturas)
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Tumores benignos de ovário
Grande desafio - variedade de tipos histológicos 80% dos tumores ováricos Faixa etária - 20 e 45 anos. Potencial neoplásico desde a imaturidade até falência funcional.
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Tumores benignos de ovário
Conceito Tumor - aumento de volume dos tecidos por proliferação neoplásica/não (cistos funcionais, processo inflamatórios) Neoplasia - proliferação anormal de tecido que foge ao controle do organismo, tendendo à autonomia e à perpetuação Classificação Comportamento biológico Beningos, malignos, borderline histogênese Encapsulação, crescimento, morfologia
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Tumores benignos de ovário
MALIGNO Unilateral Bilateral Cápsula intacta Cápsula rota Ausência de implantes Implantes peritoneais Superfície lisa Excrescências na superfície/internas Móvel Aderente Cístico Sólido ou misto Homogêneo Heterogêneo (necrose)
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Tumores benignos de ovário
Tumores epiteliais (50-60%): Tumores serosos – cistadenoma/ cistoadenoma papilífero/ Papiloma superficial. Tumores mucinosos – cistadenoma/ cistoadenofibroma/ adenofibroma Tumores endometrióides - Adenoma e cistoadenoma endometrióide. Tumores de células claras – mesonéfricos Tumores de células transicionais - Brenner
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Tumores benignos de ovário
Tumores funcionais Tumores dos cordões sexuais/estroma (5-10%) Cistos foliculares Cistos do corpo lúteo Ovários policísticos Cistos tecaluteínicos Tumores da granulosa - fibroma, tecoma, Ginandroblastomas Tumores de células germinativas (15-20%) - Teratomas/ struma ovarii
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
RELAÇÃO EFEITO / CAUSA: Fatores Estimulantes / Inibidores Proliferação Tecidual ou Coleções TUMOR
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Fatores Predisponentes: Hereditariedade Idade Infância: Tumores de Cels. Germinativas Menacme: Tumores Funcionais Pré e Pós-menopausa: Carcinoma e Metástases Paridade Nuliparidade Ciclo Ovariano Menarca Precoce / Menopausa Tardia Outros Dieta / Obesidade Episódio Anterior
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Fatores Protetores: Uso de Contraceptivos Orais Anovulação Paridade Multiparidade Amamentação Ciclo Ovariano Menarca Tardia / Menopausa Precoce
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
ETIOPATOGÊNESE Multifatorial Não Totalmente Esclarecida TEORIAS: 1. Teoria da Ovulação Incessante Trauma e Renovação freqüente do Epitélio 2. Teoria do Excesso de Gonadotrofinas Aumento da Estimulação à Proliferação e Diferenciação 3. Teoria da Migração de Carcinogênios Externos Via Ascendente
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Recordação Histológica Epitélio Ovariano (ou “Germinativo”) Pavimentoso a Cilíndrico Simples Túnica Albugínea Zona Cortical Folículos Ovarianos Cel. Germinativa Cels. Foliculares Zona Medular Nervos Vasos Conjuntivo Frouxo
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Tumores Epiteliais Epitélio Celômico Revestimento Tubário Seroso Epitélio Endometrial Epitéio Cervical Mucossecretor Epitélio Ovariano Aderências Apregueamento Reparo Adenoma/ Cistadenoma Seroso Adenoma/ Cistadenoma Mucinoso Adenoma/ Cistadenoma Endometrióide Tumores de Células Calaras Tumores de Células Transicionais (Brenner) Cistos Mesoteliais
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Cistadenoma Mucoso Cistadenoma Seroso
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Tumores Germinativos Célula Germinativa Pluripotente Diferentes Tecidos (pele/músculo/osso/dente/pêlos) TERATOMA MADURO
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Tumores Estromais Fibroblastos Fibroma Células da Granulosa Borderline Células do Estroma Células da Teca Tecoma Células de Sertoli-Leydig Virilização
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TUMORES BENIGNOS DO OVÁRIO ETIOPATOGENIA
Cistos Ovarianos Funcionais Folículo Ovariano Liberação do Óvulo Aumento do Folículo Formação Cística
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QUADRO CLÍNICO Em geral evolui sem sintomas
Casos avançados: desconforto e dor em baixo ventre; abaulamento da parede abdominal. Tumores maiores: compressão de estruturas adjacentes Rotura, torção, distensão.
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QUADRO CLÍNICO Na infância: puberdade precoce
Na menacme: sangramento vaginal – tumores hormonalmente ativos; Menopausa: qualquer aumento no volume ovariano deve ser investigado
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DIAGNÓSTICO CLÍNICO Pouco sintomas; variando com idade e características dos tumores. Manifestações em casos de grande crescimento. Dor é mais frequente nos funcionais – distensão rápida, hemorragia Desconforto e queixas de compressão de bexiga e reto. Abaulamentos.
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DIAGNÓSTICO CLÍNICO EXAME MINUCIOSO: palpação abdominal, toque vaginal e bimanual, bem como toque retal. Tumores dermóides + anteriormente ao útero. A detecção em geral não é difícil, não sendo extremamente pequenos. A diferenciação entre malignos e benifnos só é feito pelo anatomopatológico.
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EXAMES DE IMAGEM USG: detecta tumores pequenos não palpáveis; oferece dados como tamanho e conteúdo. Conteúdo espesso – cistos hemorrágicos Conteúdo sólido, sólido-cístico, com vegetações papilas ou septos – suspeita de malignidade
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EXAMES DE IMAGEM USG transvaginal na pós-menopausa deve ser realizado anualmente, sempre que possível, mesmo com clínica normal, como forma de rastreio. Na USG com Doppler, o fluxo ovariano normal nesses casos é de até 9mm3
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EXAMES DE IMAGEM TC e RM detecção, medida, e avaliação da densidade de tumores maiores que 2cm. Útil em suspeita de neoplasia maligna, tanto para auxilio diagnóstico como para estadiamento, e por consequencia, planejamento terapêutico.
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EXAMES DE IMAGEM Raio-X simples de abdome: identifica áreas de calcificação.
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MARCADORES TUMORAIS Dosagem de CA 125 antigeno associado:
É útil quando associado a exames de imagem, como USG; E também para seguimento dos casos - nível maior que 35 U/mL é considerado elevado. Não tem valor isolado como rastreio, aumenta também em miomas, DIP, e neoplasias de pleura e peritônio, também.
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VIDEOLAPAROSCOPIA Confirmar presença; Estudo do aspecto macroscópico ;
Fazer anatomopatológico; Finalidades terapêticas. Limitações: tumores grandes e em suspeita de malignidade – disseminação. Faz LAPAROTOMIA.
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Diagnóstico Diferencial
Benigno X Maligno Com massas pélvicas gastrintestinais Com massas pélvicas geniturinárias Com tumores de parede abdominal Com tumores ginecológicos
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Diagnóstico diferencial
Gatrintestinais: 1.Ceco rebaixado e Dolicossigmóide 2.Tu de colon 3. Fecaloma 4. Diverticulite 5.Abscesso apendicular 6.Aderência de intestino e grande epíploon
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Diagnóstico diferencial
Geniturinário: 1. Distensão da bexiga 2. Rim pélvico 3. Rim policístico
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Diagnóstico diferencial
De parede abdominal: 1. Hematoma ou abscesso dos músculos 2. Neoplasia intra ou retroperitoneal 4. Tumores gastrintestinais por metástases 5. Ascite
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Diagnóstico diferencial
Ginecológico: 1. Gravidez ectópica 2. Processo inflamatório pélvico 4. Cistos paraovarianos 5. Mioma uterino
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Diagnóstico diferencial
BENIGNO MALIGNO Unilateral Bilateral Móvel Aderente Cápsula intacta Rotura de cápsula Superfície lisa Excrescências na superfície Ausência de ascite Ascite Ausência de implantes peritoneais Implantes Cístico Sólidos ou semi-sólidos Aparência uniforme Aparência variada Homogêneo Hemorragias e necroses no interior
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tratamento Avaliar idade, desejo de manter a capacidade hormonal e reprodutora, volume do tumor, uni ou bilateralidade + conservador possível PAAF da lesão é contraindicada
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tratamento Alterações funcionais não-neoplásicas=regressão espontânea
Pré-menarca, cistos simples (anecóicos), uniloculados, septos finos=expectante e clínico Multiloculados, conteúdo espesso ou sólido ou paciente em menácme=exploração cirúrgica
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tratamento Relação com o ciclo menstrual=cisto funcionais
Anticoncepcional oral por 2 a 3 meses=avaliar a evolução do tumor Pós-menopausa, cisto funcional, assintomático, unilateral, pequeno, uniloculado, septo fino, CA125 e Doppler normal=acompanha por imagem 6 meses;Mudança=cirurgia
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tratamento Excluidos cistos funcionais,tumores benignos de ovário= conduta cirúrgica Via de acesso=laparotomia e laparoscopia Laparoscopia=preferencial, tumores pequenos <10cm sem características malignas, qualquer faixa etária e sem outras contra-indicações.
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tratamento Laparotomia=nos tumores volumosos ou com patologias ginecológicas associadas Inspecionar as duas gônadas Cistectomia Ooforectomia parcial(sadio junto ao hilo) ou completa Anexectomia total
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tratamento Menopausa=>risco de malignidade=ooforectomia total com anexectomia bilateral Se mantém atividade hormonal=tu unilateral=ooforectomia unilateral com biópsia contralateral
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REFERÊNCIAS COSTA M. M. et al, Tumores de ovário In: Manual de ginecologia Freitas, F ; Menke, C; Rivoire, W; Passos, E. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre- Artmed, 2006 INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3. ed. rev. Rio
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