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OLHAR TRANSDISCIPLINAR

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Apresentação em tema: "OLHAR TRANSDISCIPLINAR"— Transcrição da apresentação:

1 OLHAR TRANSDISCIPLINAR
O termo Transdisciplinaridade foi usado pela primeira vez em 1970, por Piaget, quando, em um Congresso sobre a Interdisciplinaridade, disse: “... esta etapa interdisciplinar deverá posteriormente ser sucedida por uma etapa superior transdisciplinar”. Em seguida, em 1972, e em 1977, Piaget volta a utilizar o termo.

2 Transdisciplinaridade
A Transdisciplinaridade é uma proposta visionária que tem em vista a evolução do ser humano e da sociedade. A cultura transdisciplinar se propõe a explorar o que está ao mesmo tempo entre, através e além das disciplinas

3 Olhar Disciplinar O olhar disciplinar é, em si, parcial, pois:
1) estuda fragmentos de um único nível de realidade; 2) apoia-se na ordem, na separabilidade e na racionalidade; 3) utiliza a lógica da exclusão.

4 Olhar Disciplinar dirige-se a uma parte do todo, e não ao todo;
Assentado no modelo clássico da física clássica, o olhar disciplinar: dirige-se a uma parte do todo, e não ao todo; dicotomiza sujeito e objeto; considera a realidade como unidimensional; observa as regularidades dos fenômenos, as descreve, as significa e as reproduz. Este olhar permitiu enormes avanços científicos e um enorme desenvolvimento tecnológico, que, por um lado, foram benéficos para a sociedade, mas, por outro, criaram grandes problemas novos e deixaram de resolver alguns já bastante antigos. Todavia, além de existirmos num único nível de realidade, num sistema, somos um holograma, um todo em si mesmo, parte de um todo maior.

5 O olhar disciplinar tem seu lugar e sua aplicabilidade, porém não podemos nos reduzir apenas a ele. Por quê? Mesmo quando expandido pelo exercício da pluridisciplinaridade e da interdisciplinaridade evidenciamos que essa expansão faz com que haja uma mudança na relação entre o homem e o saber, uma vez que sujeito e objeto continuam dicotomizados, por estarem reduzidos a um único nível de realidade e estruturados pela noção de integração.

6 Olhar Transdisciplinar
O olhar Transdisciplinar reconhece vários níveis de realidade e remete ao sentido de interação, reconhecendo a realidade como complexa e indo além da lógica da exclusão. Esta mudança leva necessariamente a uma nova maneira de ser, a um novo modo de conhecer, a uma nova prática. Os olhares disciplinar e transdisciplinar são complementares, e a tarefa de dar a cada um seu espaço de expressão é muito desafiadora.

7 Olhar transdisciplinar.
Autonomia, heteronomia, ontonomia: Etimologias: Nomia significa: determinação; auto: estrutura própria da realidade e da realidade própria, de si mesmo, gerida por si mesmo; hetero: do outro, de fora; onto: realidade, ser, desenvolvimento, natureza, natureza do ser, existência, forma combinada que significa ser e existência, ciclo de vida.

8 AUTONOMIA Na autonomia a determinação é própria, individual: trata-se de auto-instituição de regras e leis. A emancipação do indivíduo é afirmação de independência. As regras e as normas são auto-geradas e conquistadas. A autonomia é uma sacralização contemporânea da individualidade. O indivíduo autônomo tende a preocupar-se apenas consigo mesmo, e, na sua independência, ele é, muito facilmente, não social. A modernidade valorizou a autonomia e a independência.

9 Heteronomia Na heteronomia, a exterioridade é que dita as leis. Uma vez impostas de fora, os indivíduos as obedecem como obedecem às leis da natureza. Estas jamais são fundadas em sua própria vontade. Muito freqüentemente o indivíduo que se torna autônomo conduz à heteronomia aqueles que ainda não conquistaram sua autonomia.

10 ONTONOMIA Na ontonomia, a determinação é de natureza existencial e essencial do ser humano. Trata-se do desenvolvimento da pessoa em relação com a natureza mais profunda do seu próprio ser, de forma a legitimar o outro e a si próprio, e, nesse sentido, ela é, por excelência, transdisciplinar, pois é só quando a ontonomia é alcançada que a autonomia e a heteronomia podem coexistir de maneira perfeitamente harmônica, pois estão ancoradas nos valores mais profundos e universais do ser.

11 O lugar para o exercício do olhar transdisciplinar
É no lugar onde nos encontramos e nenhum outro. É naquilo a que me ligo agora, no convívio, onde atuo, profissional e não profissionalmente. O olhar transdisciplinar inclui o espaço interior de cada pessoa, o espaço do outro ser humano e da natureza. Seremos continuamente principiantes na desafiadora tarefa de evoluirmos na compreensão, incorporação e implementação desse olhar.

12 ATITUDE TRANSDISCIPLINAR
A atitude que permeia este olhar se propõe a ultrapassar os imediatismos e incorpora a memória, a imaginação, a intuição racional e intuição essencial (no sentido de transcendência). Sua manifestação competente está vinculada ao exercício da humildade, da disposição à abertura, da vontade de conhecer, da crítica, do rigor, da generosidade, da inteligência e da bondade. Não existem regras para essa atitude, mas ela aspira o saber e se inspira no saber, pois a expressão mais alta do saber tem a capacidade de imprimir qualidade às relações.

13 Qual o Valor do Olhar Transdisciplinar ????
O olhar se transforma em ato e, como tal, ele tem o poder de conservar, descartar, criar, recriar, co-criar e, assim, confunde-se e funde-se com nosso estar–agir e com nosso próprio Ser e Vir a Ser. Repetidas vezes é dito que se o nosso olhar muda o mundo muda.

14 TRANSDISCIPLINARIDADE
A transdisciplinaridade é uma postura, um espírito integralizador diante do saber, uma vocação articuladora para a compreensão da realidade – sem, no entanto, abandonar o respeito e o rigor pelas áreas do conhecimento – que se apóia sobre três pilares: a existência de diferentes instâncias de realidade, a percepção da complexidade da realidade e o reconhecimento da lógica do terceiro incluído (NICOLESCU, 1997). Basarab Nicolescu utiliza em seus trabalhos a expressão “níveis de realidade”, (niveaux de réalité nos originais em francês). Usa-se também a expressão “instâncias de realidade”, por acreditar que ela evita a imagem de camadas sobrepostas que a palavra “níveis” poderia invocar.

15 EDUCAÇÃO Nicolescu (2002) afirma que nossa vida individual e social é estruturada pela educação. Central em nosso devir, o processo educativo tem o poder de moldar o futuro através de nossa formação presente. A percepção geral das sociedades atuais, porém, é a de que a educação oferecida na maioria das instituições educacionais está em defasagem com as necessidades e os desafios da pós-modernidade, uma vez que os princípios e métodos sobre os quais está fundada estão em descompasso com a consciência que se faz necessária no mundo contemporâneo.

16 EDUCAÇÃO Em 1999, com o objetivo de ampliar e fortalecer a visão transdisciplinar de educação, a UNESCO solicitou a Edgar Morin que expressasse sua visão sobre a educação que se faz necessária para o século XXI. A proposta de Morin está concretizada em Os Sete Saberes Necessários para a Educação do Futuro (MORIN, 2002). Os sete saberes indispensáveis aos cidadãos contemporâneos, segundo Morin, são: as cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; os princípios do conhecimento pertinente; a condição humana; a identidade terrena; enfrentar as incertezas; a compreensão; a ética do gênero humano.

17 EDUCAÇÃO Nicolescu (1997), por sua vez, caracterizou a proposta transdisciplinar para a educação como uma educação in vivo, confrontando-a com a educação disciplinar tradicional que ele intitula in vitro. O quadro comparativo a seguir descreve, sinteticamente, cada uma delas

18 A EDUCAÇÃO DISCIPLINAR E A EDUCAÇÃO TRANSDISCIPLINAR
Educação disciplinar in vitro Aceitação de apenas uma instância de realidade, de uma visão simplificadora dessa realidade e da lógica do terceiro excluído Separação entre o mundo externo (objeto do conhecimento) e o mundo interno (sujeito que se dispõe a conhecer) Foco no conhecimento Envolvimento da inteligência racional Orientação para disputas de poder e consumo Desconsideração de valores

19 A EDUCAÇÃO DISCIPLINAR E A EDUCAÇÃO TRANSDISCIPLINAR
Educação transdisciplinar - in vivo Aceitação de múltiplas instâncias de realidade, de uma visão complexa dessa realidade, e da lógica do terceiro incluído. Integração entre o mundo externo (objeto de compreensão) e o mundo interno (sujeito que tenta compreender). Foco na compreensão. Envolvimento do indivíduo integral: uma relação dialógica entre a mente, o corpo, os sentimentos, o espírito, a intuição e a imaginação. Orientação para o permanente encantamento, o encontro do próprio lugar no mundo e a partilha. Consciência e prática dos valores transdisciplinares.

20 EDUCAÇÃO É importante compreendermos que a proposta transdisciplinar para a educação, ao encorajar a reconciliação das diferentes áreas do conhecimento, não exclui a disciplinar, uma vez que elas não são antagônicas, mas complementares. “A transdisciplinaridade não ambiciona o domínio de diferentes disciplinas, mas tem como objetivo abrir todas as disciplinas para o que elas compartilham e para o que reside além delas” (Nicolescu, 2002)

21 EDUCAÇÃO Uma educação transdisciplinar se configura em uma vivência integralizadora, permanente-abrangente e encantadora-transformadora dos indivíduos que dela participam, características que não existem nem são postas em prática de maneira isolada mas, ao contrário, se interpenetram e se influenciam simultaneamente.


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