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Ética Global.

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Apresentação em tema: "Ética Global."— Transcrição da apresentação:

1 Ética Global

2 A. Não haverá sobrevivência sem uma ética mundial
Por que nós precisamos de uma ética global

3 I. Da modernidade à pós-modernidade
A cada minuto, os países do mundo pagam um milhão e 800 mil dólares para o armamento militar; A cada hora morrem crianças por causa da fome ou por causa de doenças provocadas pela fome; A cada dia deixa de existir uma espécie de animal ou vegetal; A cada semana mais pessoas foram presas, torturadas e assinadas ou tiveram que fugir oprimidas de alguma maneira por governos repressivos do que em qualquer outra época da história (exceção durante a 2ª guerra mundial); A cada mês são acrescentados pelo sistema econômico mundial mais sete bilhões e meio de dólares de dívidas já existentes. Essa dívida já hoje é uma carga insuportável para o terceiro mundo; A cada ano é devastada para sempre uma parte da floresta tropical correspondente a 3 ou 4 vezes a área territorial da Coréia.

4 A crise do momento mundial está relacionada com crises de desenvolvimento que vem de longo tempo.
A situação atual é expressão de irrupção de uma nova época, que teve início com 1ª guerra mundial

5 1. O início de uma mudança de paradigma
1918: o divisor de águas histórico A mudança para uma nova época mundial: a “pós-modernidade”

6 a. A virada: 1918 A virada do tempo da “modernidade” para a “pós-modernidade” - Desmoronamento da sociedade burguesa e do mundo eurocentrista: Europa (central e leste): - O desmantelamento do império alemão - A queda dos Czares; - O fim da cristandade protestante - Da teologia liberal; - O fim do reino da dinastia dos Habsburgos - A ruína do reino turco e do império chinês.

7 Após a 1ª guerra mundial abriram-se chances de recomeçar o mundo desmoronado da modernidade através de uma nova ordem mundial pós-moderna, através de uma ordem pacífica. Por um lado: - O eurocentrismo seria substituído por um policentrismo (Europa, EUA, Rússia Soviética e Japão): - Consciência que a Ciência e a técnica: guerras com qualidade de destruição; - O movimento pacifista (desarmamento total); - A crítica à civilização industrial (destruição do meio ambiente); - O movimento feminista (igualdade de direitos); - O movimento ecumênico Por outro lado: contra-movimentos reacionários e totalitaristas

8 b. desenvolvimento catastrofais
Após 1918 perdeu-se as chances para uma nova ordem mundial. Quais foram as razões?

9 Retrospectiva, face às duas guerras mundiais, ao arquipélago Gullag, ao holocausto e à bomba atômica, três aspectos: 1º) O fascismo (na Itália, na Espanha e em Portugal) e o nacional-socialismo na Alemanha (movimentos nacionalistas, romântico-reacionários) - Provocou a 2ª guerra mundial (55 milhões de mortos), a perseguição aos judeus (6 milhões mortos no holocausto)

10 2º) o militarismo do Japão
- Oprimiu toda oposição interna. Hegemonia no Oriente Próximo e conquistou: a Coréia, a Manchúria, áreas da China, partes do sudoeste da Ásia (Birma, Singapura e Nova-guiné).

11 3º) o comunismo revolucionário (movimento reacionário)
Rússia: - Revolução de março de 1917 (deposição do Czar) derrubou um movimento democrático. - Lenine derrota eleitoral em 1917 - Tropas vermelhas janeiro de 1918 tomada de poder: - “Ditadura do proletariado” – primeiro Estado totalitário moderno - 1985: Michael Gorbarchov início da queda ideologia de uma revolução mundial comunista.

12 Estes movimentos procuraram superar a crise global após a 1ª guerra mundial.
Após a 2ª guerra Mundial: antagonismo político, econômico e militar entre EUA e União soviética

13 2. Discursos sem futuro a. Socialismo estatal
A visão da sociedade e a crítica da religião em Marx originalmente era justificável e isso continua válido. Altos ideais como justiça social, solidariedade, liberdade para os oprimidos e ajuda para os fracos persistem no socialismo.

14 O socialismo estatal marxista-leninista (economia planificada, hegemonia de um partido, combate aos inimigos de classe através da segurança estatal) não tem mais futuro. - Somente a União soviética transformou-se numa superpotência. - 1989: desmantelamento dos regimes marxistas (incompetentes e corruptos) - 1990: partido comunista renunciou ao monopólio de poder. Economia de mercado na União soviética.

15 Sobre o futuro destes Estados: Rússia e China:
- miséria estatal e os problemas de nacionalidades reprimidos. - há de decidir: - uma economia eficiente e uma república democrática. - Uma ciência, uma tecnologia e democracia livres - liberdade intelectual, pluralismo político e a iniciativa criativa.

16 b. Neo-capitalismo Desde a 1ª Guerra Mundial, os EUA são a potência econômico-político-militar hegemônica no mundo ocidental. - Venceram a disputa bipolar com a URSS - O espírito da democracia e os ideais de liberdade e da tolerância mostraram-se mais fortes do que as ditaduras. - EUA dispõem de um grande potencial econômico, político e ético.

17 Sinais de declínio: - Armamento excessivo, levou a desmontar a rede de assistência social - Década de 80: maior nação credora do mundo = década de 90: maior país devedor - A análise do mercado não podem substituir a ética: Alertas: política da “retração do eu”, a mentalidade de cassino na bolsa de valores; o consumo exagerado. - Será que a longo prazo a super-força militar-atômico será de algum proveito para os EUA?

18 Paul Kennedy (historiador britânico): a história dos EUA e URSS parece confirmar as experiências históricas de outras potências mundiais. Após a ascensão e o apogeu seguem-se distenção, esgotamento e declínio. Até agora ficou provado que grandes desafios históricos podem ser respondidos melhor por potências menores, que sabem o que querem e que organizam a sua matéria-prima de acordo com as exigências, do que as grandes e superpotências.

19 Depois que as antigas figuras de inimigos estão perdendo seus tons fortes e a religião nacional-americana do anti-comunismo não tem mais a sua base, deve acontecer uma mudança de pensamento nos políticos americanos. - Por um lado deve-se deixar de lado a mania de grandeza nos projetos armamentistas e nos projetos espaciais. - Por outro lado, resolver problemas ligados com déficit do setor da educação pública, da assistência social, da saúde e do meio ambiente. O déficit se verifica no: setor econômico, social, político e moral.

20 A crise da potência EUA é a crise moral do mundo ocidental (Europa).
Destruição de toda e qualquer tradição. De um sentido de vida mais abrangente, de padrões éticos imprescindíveis, e falta de novos objetivos: O Ocidente está diante de um vácuo de sentido, de valores e de normas. Isto não é somente um problema de indivíduos, mas também um ponto político da maior relevância.

21 A pergunta não é se o Ocidente venceu definitivamente o leste, mas se o Ocidente conseguirá resolver os problemas econômicos, sociais, ecológicos, políticos e morais que ele mesmo produziu.

22 c. “Japanismo” Na época do pós-guerra, o Japão, apesar de ter sofrido uma terrível derrota na guerra, conseguiu impor-se como a nação industrial hegemônica na área do Pacífico. Conseguiu levantar-se como a terceira potência econômica do mundo (EUA; Europa). O Japão mostrou ao mundo a sua eficiência econômica.

23 A riqueza e o poder do Japão têm limites:
1990: crise da bolsa de valores em Tóquio, acabou o mito da invulnerabilidade do mercado financeiro japonês. Revisão de postulados: Eficiência sem consideração, Flexibilidade sem valores fundamentais; Liderança autoritária sem responsabilidades; Política e economia sem uma visão moral, Comércio sem reciprocidade, Culpa de guerra sem uma consciência de culpa.

24 Os modelos colocam na teoria uma ética geral e válida para todos, mas que, na prática, porém, muitas vezes, agem de acordo com uma “ética de situação” que a tudo se ajeita.

25 3. O fim das grandes ideologias
a. Crítica às conquistas do Ocidente Afirma-se que as conquistas do mundo ocidental, do modo como se impuseram na modernidade européia, teriam trazido ao mundo grandes coisas, mas não só coisa boa:

26 - Ciência, mas não sabedoria para evitar o mau uso da pesquisa científica
- Tecnologia, mas não energia espiritual para controlar os riscos imprevisíveis de uma eficiente megaideologia - Indústria, mas nenhuma ecologia que pudesse acompanhar a economia em constante expansão - Democracia, mas nenhuma moral que pudesse se contrapor aos massivos interesses de poder dos diferentes indivíduos ou grupos ávidos de poder.

27 b. tirar a magia das modernas ideologias desenvolvimentistas
Não existe nenhum determinismo com “necessidades” históricas como afirmavam Hegel, Marx e Sprengler. Também não há nenhum “fim da história” Sempre há viradas inesperadas e novas aberturas

28 As grandes ideologias modernas, que funcionaram como explicações “científicas” totais e como semi-religiões, hoje estão desgastadas: Ideologia do desenvolvimento revolucionário do leste soviético Ideologia do desenvolvimento evolutivo-tecnológico do Ocidente (acreditar na razão e na consciência de liberdade).

29 O progresso eterno: válido para tudo e todos (você tem de ser sempre maior, sempre melhor, sempre mais rápido”) perdeu seu crédito. - progresso econômico com um objetivo em si mesmo produziu conseqüências desumanas (“efeitos coletareis”, “efeitos extremos”). - A atual sociedade do desenvolvimento está ameaçada por uma auto-destruição.

30 A crise do pensamento desenvolvimentista é a crise da compreensão da razão moderna.
Ninguém pode ser “contra o progresso”. O questionável considerar o progresso um valor absoluto.

31 c. Além do comunismo e do capitalismo
Os dois sistemas antagônicos típicos, comunismo e capitalismo devem ser entendidos como sistemas comprometidos e superados. - O capitalismo clássico foi corrigido por elementos por elementos estruturais socialistas, enquanto que o socialismo clássico se mostrou incorrigível. - Para além de uma economia planificada e uma economia capitalista de mercado deve-se buscar uma economia de mercado regulada, social e ecológica. - Busca do equilíbrio entres os interesses do capital (eficiência , lucro) e pelos interesses sociais e ecológicos. - Economia de mercado ecosocial.

32 4. Experiências limítrofes e irrupções inovadoras
a. a necessidade de uma profilaxia da crise O ritmo do progresso tecnológico acelerou tanto que ameaça ultrapassar a estruturação política das relações sociais. Muitas expectativas tecnológicas = resultados ambíguos É necessário fazer uma avaliação dos efeitos da pesquisa científico-tecnológica.

33 Ética preventiva - A ética, na medida em que esta é uma reflexão sobre o comportamento das pessoas, chegou atrasada. - Ética uma reflexão condicionada pelo tempo e pela sociedade, não deve ser somente uma reflexão sobre a crise. - Saber o que podemos fazer antes de sabê-lo ou fazê-lo. - Ética deveria servir à profilaxia da crise. - Não devia iniciar somente quando os experimentos novos, já entraram na fase da industrialização. - Na fase da experiência, da pesquisa a ética deveria colocar suas prioridades.

34 b. Experiências limítrofes daquilo que é possível
O novo milênio será caracterizado pro experiências tecnológicas limítrofes e altamente perigosas.

35 1) A utilização da energia atômica (pacífico ou militar) pode provocar a autodestruição da humanidade 2) A expansão das tecnologias de comunicação pode levar a uma emissão gigantesca de informações, que o indivíduo, desorientado não consegue digerir 3) O desenvolvimento de um mercado mundial de ações e de um mercado financeiro e uma bolsa de valores global e quase simultânea, que está fora de qualquer instância de controle, pode provocar turbulências globais

36 4) O desenvolvimento da genética pode levar a manipulações monstruosas nas pessoas e nos seus descendentes 5) O desenvolvimento da tecnologia medicinal. Questões sobre a dignidade humana: da procriação, do tratamento de embriões, da morte, da eutanásia. 6) Conflito norte-sul: pauperização e endividamento do 3º mundo

37 c. A sociedade pós industrial
Revoluções: Técnico-científica (séc. 17); sócio-política (séc. 18); Industrial (séc. 19); 2ª Rev. Industrial (séc. 20). Na época pós-moderna anuncia-se uma sociedade pós-industrial: - Na economia: importância crescente da economia de serviços - Na tecnologia: posição central do saber teorético e da nova tecnologia intelectual - Na estrutura social: surgimento de novas elites técnicas e a transição de uma sociedade produtora de mercadorias para uma sociedade de informações e saber

38 As expectativa de um tempo mais digno e humano foram frustradas.
Irrupções inovadoras, facilitar a sobrevivência da humanidade. Inovações na produção: 1) A conversão do armamentismo: ao invés de armamentismo, deve acontecer uma mudança de orientação de pessoal e técnica para tarefas civis; 2) A ecotécnica: ao invés de montanhas de lixo, processos de reciclagem e uma administração do lixo menos prejudicial ao meio ambiente;

39 3) Tecnologia de armazenamento de energia: ao invés de esbanjamento de combustíveis não renováveis, o aproveitamento da técnica da energia solar; 4) A fusão nuclear: ao invés de cisão nuclear, a fusão nuclear 5) O descobrimento de novas matérias-primas: ao invés de materiais poluentes do meio ambiente, a utilização de materiais biodegradáveis

40 Inovações sociais necessárias: companheirismo, novas formas de integração ativa.
Economia ecológica mais orientada para paz. Ou isso tudo somente são ilusões?

41 d. A irrupção pós-moderna
1989: o ano das grandes revoluções européias Possibilidades concretas de um mundo não somente sem guerras, mas orientado pela e pela cooperação.

42 A possibilidade de uma cooperação global no interesse do progresso de todos não mais parece uma visão irrealista: - O militarismo parece passar para o segundo plano - Bilhões de dólares dos orçamentos militares para o setor civil - Os países do bloco do leste europeu têm a chance de ligar-se aos progressos do Ocidente - O Ocidente tem a chance de realizar a sua revolução: na agricultura, na política social, na política mercantil e no déficit nacional - As forças libertas do conflito leste-oeste poderiam ser empregadas na superação da crise social e econômica (norte-sul) e na crise ecológica global

43 Nova orientação geral, um novo macroparadigma
Perguntas: - Que objetivos têm sentido? - Que valores podem alcançar um consenso? - Que convicções podem ser fundamentadas?

44 5. A constelação mundial pós moderna em irrupção
a. Dimensões da constelação geral pós-moderna A humanidade: época de processo de mudança de paradigma da modernidade para a pós-modernidade

45 A constelação mundial pós-moderna evidencia as seguintes dimensões:
- Geopoliticamente: pós-eurocentrista. Policentrista de diversas regiões (EUA, Rússia, Comunidade Européia, Japão) - Política externa: pós-colonialista e pós-imperialista - Economia: pós-capitalista e pós-socialista. Economia ecosocial de mercado - Política e social: pós-industrial. Sociedade de prestação de serviços e de comunicações - Relações sociais: pós-patriarcal. Relacionamento de companheirismo - Política cultural: pós-ideológica. Cultura pluralista e integral - Política religiosa: pós-confessional e inter-religioso. Comunidade mundial multiconfessional e ecumênica.

46 b. decadência não, mas transformação de valores
Passagens: - De uma ciência sem ética para uma ciência eticamente responsável; - De uma tecnocracia para uma tecnologia que serve à humanidade - De uma indústria que destrói para uma indústria que promove os interesses da pessoas em harmonia com a natureza - De uma democracia formal para uma democracia vivida (liberdade e justiça)

47 c. Visão integral Tendência para uma pensamento integral Busca-se - um equilíbrio entre as: tendência Racional, emocional e estéticas. Uma visão holística do mundo e das pessoas nas mais diferentes dimensões. A sociedade humana é multidimensional

48 d. Nem contramodernidade, nem ultramodernidade, mas “superação” da modernidade
A pós-modernidade: - não pode contentar-se com um pluralismo radical ou com um relativismo. Não pode estar direcionada para uma interpretação uniforme do mundo em que vivemos. Busca um novo consenso sobre as convicções humanas integradoras.

49 1. Pós-modernidade, não significa antimodernidade!
- Não pode haver uma preferência preconceituosa pelo antigo.

50 2. Pós-modernidade não significa ultramodernidade.
- Não é um modernismo apologético

51 3. Mudança de paradigma - A modernidade deve ser afirmada na sua forma humana - A modernidade deve ser negada nos seus limites desumanos - Deve-se transcender a modernidade para uma nova síntese, diferenciada, pluralista e holística

52 II. Para que uma ética? Por causa da própria sobrevivência, as catastrofais evoluções econômica, sociais, políticas e ecológicas evidenciam a necessidade de uma ética mundial. - Diagnósticos apontando como uma situação em constante deterioração, pouco ajudam. - Uma pragmática tecnologia social sem fundamentação de valores não é suficiente. - Sem moral, sem normas éticas comumente aceitas, sem “padrões globais”, as nações correm o perigo caminhar para uma crise e à ruína econômica, à desmontagem social e política.

53 Nós precisamos refletir sobre a ética, sobre o compromisso fundamental das pessoas
- A crise deve ser entendida como chance. Deve-se achar uma resposta a essa situação de transformação. - Achar uma resposta positiva. - Para que, afinal de contas, uma ética? Por que ser moralista?

54 1. Além do bem e do mal? a. Por que não fazer o mal? - Por que a pessoa humana deve fazer o bem e não mal? - Por que a pessoa a pessoa não está “além do bem e do mal” , tendo compromisso somente com seu “desejo de poder” (sucesso, riqueza, prazer)?

55 As perguntas elementares muitas vezes são as mais difíceis.
Hoje muitas coisas, costumes, leis, normas que durantes séculos eram certas, porque eram sancionadas pela autoridade, em quase todas as partes do mundo não têm mais evidência própria.

56 b. Por que fazer o bem? - Por que as pessoas devem ser amigáveis, colaboradoras e cuidadosas, ao invés de serem brutais e não ter consideração uma pelas outras? - Por que desde jovens já devem renunciar ao uso de violência e optar fundamentalmente pela não-violência? - Por que engajar-se pela paz e não

57 Pergunta básica em qualquer ética
- Por que a pessoa humana (indivíduo, grupo, nação, religião) deve comportar-se humanamente, de forma verdadeiramente humana? - E por que deve fazer isso incondicionalmente? - E por que todas as pessoas devem fazer? - Por que uma camada, um grupo não pode ser uma exceção?

58 2. Não haverá democracia sem um consenso básico
a. O dilema na democracia Um problema fundamental da democracia ocidental, O Estado democrático-liberal : - deve ser neutro na cosmovisão: precisa suportar diferentes religiões e confissões, filosofias e ideologias. - deve prover liberdade de consciência (religião, imprensa). - Não pode prescrever legalmente valores superiores ou normas últimas.

59 O dilema: A sociedade pluralista, na qual coexistem diferentes cosmovisões não necessita de um consenso fundamental para o qual as diferentes cosmovisões deveriam contribuir. - Desse modo pode não surgir um consenso rígido ou totalizante, mas formar-se um consenso coincidente (John Rawls). - Consenso ético coincidente depende da situação histórica. Ser buscado dentro de um processo dinâmico.

60 b. um mínimo de valores, normas e comportamentos comuns
Sem um mínimo de consenso fundamental de valores, normas e posturas não é possível a existência de uma convivência humana digna. - O que pressupõe a paz interna de uma comunidade? A concordância de que se pode resolver conflitos sociais de uma forma não violenta; - O que pressupõem uma ordem econômica e uma ordem jurídica? A concordância no desejo de orientar-se por determinadas leis - O que pressupõem as instituições que sustentam essas ordens? O desejo de concordar com elas

61 c. Laços livremente escolhidos
Para a vida humana é fundamental estar ligado a uma direção de vida, a valores de vida, a normas de vida, a posturas de vida, a um sentido de vida (transnacional e transcultural). A necessidade de ter orientações éticas fundamentais Termo-chave: responsabilidade planetária

62 3. Discurso de futuro: responsabilidade planetária
a. Ética de responsabilidade ao invés de uma ética de sucessos e de mentalidade O contrário de uma Ética de sucessos: - Uma ação, para qual todos os métodos são válidos e para o qual é bom aquilo que funciona, que dá lucro, poder e prazer (libertinismo, maquiavelismo).

63 Não só a ética de mentalidade:
- Uma idéia de valores mais ou menos isolados (justiça, amor, verdade); - busca somente a pura motivação interna da pessoa sem perguntar pelas conseqüências de uma decisão ou ação, sem se preocupar com a situação concreta, sua exigências e implicações. - É a-histórica e a-política.

64 Ética de responsabilidade:
- Proposta por Max Weber ( ) - Pergunta realisticamente pelas conseqüências previsíveis de nosso agir e assume a responsabilidade - A ética de responsabilidade e a ética de mentalidade são complementares

65 b. Responsabilidade para com o meio ambiente presente e futuro
Responsabilidade da sociedade mundial por causa de seu próprio futuro: para com o meio ambiente Responsabilidade = desafio: EU, EUA,

66 Perguntas éticas norteadoras:
- Sob que condições básicas nós podemos sobreviver? - Como podemos sobreviver como pessoas humanas sobre uma terra habitável? - Como podemos concretizar humanamente a nossa vida individual e social? - Sob quais pressupostos a civilização humana pode sobreviver no terceiro milênio? - Que princípios fundamentais as forças dirigentes da política, da economia, da ciência devem seguir? - Sob que pressupostos a pessoa individual pode chegar a ter uma existência feliz e realizada?

67 c. Objetivo e critério: a pessoa humana
A pessoa humana nunca deve ser transformada num simples meio A pessoa humana deve sempre ser o objetivo e o critério. - Identidade e solidariedade - Dinheiro, capital, trabalho são meios- - O lucro não é um objetivo, mas um resultado “O fator humano é o elemento central que tanto pode impulsionar quanto frear os acontecimentos de uma empresa ou do mundo” (Roland Muller) O que vai determinar o futuro de sucesso de uma empresa é o capital humano.

68 d. Ética como um propósito público
Na época moderna, a ética foi vista cada vez mais como coisa privada. Na pós-modernidade: a ética deve vir a ser um propósito público. - A ética necessita de uma institucionalização. - Quem age eticamente nem por isso age de forma não-econômica - A ação ética não pode ser simplesmente um acréscimo privado de conceitos de marketing, de estratégias de concorrência, de administração ecológica e balanço social. - O agir ético deve constituir o quadro do comportamento humano e social.

69 e. não haverá ordem mundial sem uma ética mundial

70 III. Uma coalisão de crentes e não crentes
Durante todos os milênios as religiões constituíram aqueles sistemas orientadores, os quais criaram o fundamento para uma determinada moral.

71 1. Por que não uma moral sem religião?
a. Religiões fenômenos ambivalentes Todo fenômeno humano é ambivalente. As religiões realizaram a sua função moral de forma ambivalente. - As grandes religiões contribuíram para o desenvolvimento normativo dos povos. Mas também frearam e até impediram um tal desenvolvimento.

72 b. As pessoa não podem viver moralmente sem uma religião?
As pessoas crentes deveriam reconhecer que é possível levar uma vida moral sem religião, Há motivos: 1) biográfico-psicológicos 2) Empiricamente: estão imbuídas de orientações éticas fundamentais 3) antropologicamente desenvolveram e possuem objetivos e prioridade, valores e noramas, ideais e modelos, e critérios fundamentais. 4) filosoficamente: autonomia humana.

73 c. Liberdade de escolha: a favor ou contra a religião
Moral que se orienta pela dignidade e pelos direitos humanos de qualquer pessoa humana Defesa de uma ética humana O direito de liberdade de ter ou não uma religião

74 2. Responsabilidade comum em respeito mútuo
a. A necessidade de uma coalisão 1) O perigo de um vácuo de sentido, de valores e de normas ameaça tanto os crentes quanto os não-crentes. 2) Uma democracia sem um consenso jurídico periga entrar numa necessidade de legitimação. 3) Não haverá sobrevivência da sociedade humana sem uma ética.

75 b. Possibilidade da realização de uma coalisão
Concretização, para resistência: 1) Para que o direito fundamental de todas as pessoas por uma vida digna seja realizado 2) Para que a barreira entre ricos e pobres (nações e pessoas) não aumente

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