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Psicologia da Sexualidade
Profa. Giovana Perlin Carga horária: 20 hs
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Sexualidade OMS: energia que encontra a sua expressão física, psicológica e social no desejo de contato, ternura e às vezes amor.
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Sexualidade e OMS Coloca o sexo como um dos índices que medem o nível de qualidade de vida, determinando quais são os indicadores de uma sexualidade saudável: Prevenção de gravidez indesejada, de doenças sexualmente transmissíveis e de Aids; Liberdade para tratar o assunto com o parceiro ou socialmente; Masturbar-se quando surgir o desejo, mas não houver um parceiro; A capacidade de desejo, excitação, orgasmo e resolução (as quatro fases da resposta sexual), mas sem obsessão por essas ocorrências; Controle pessoal interno sobre sua atividade sexual (não se tornar dependente do sexo)
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Dimensões Dimensão individual Dimensão Social Dimensão relacional
Anatomofisiologia da resposta sexual; Saúde física e psicológica; Histórico e experiências pregressas com a sexualidade. Dimensão Social A sexualidade na cultura local; Representações, simbolismos, mitos, tradição, papéis Dimensão relacional A construção da sexualidade entre os parceiros; Encontros, desencontros, ajustes, conflitos, diferenças entre parceiros sexuais Espaço compartilhado, recursivo, retroalimentado e atualizador das experiências sexuais
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Sexualidade Se constrói processualmente, no encontro da experiência individual com o contexto social: É constantemente atualizada a partir da experiência; Não é um processo apenas individual e nem um processo puramente social – é da ordem da complexidade; À experiência são atribuídos sentido e forma no encontro com o ambiente social. O movimento é “de fora para dentro”, mas conta com a subjetividade individual e o sujeito psicológico concreto como atualizador da experiência e reconstrutor do social.
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Dimensão individual Anatomofisiologia da resposta sexual: mecanismos e sistemas orgânicos relacionados à resposta sexual. A prontidão fisiológica para responder seletivamente a estímulos sexuais é providenciada por mudanças hormonais que afetam tanto mecanismos neurais como não-neurais por todo o corpo. A cópula, como a alimentação, acontece devido a uma combinação complexa da cultura, da subjetividade, do controle nervoso e hormonal.
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Ciclo de Resposta Sexual Humana
Havelock Elllis – 1900 Tumescência e detumescência Reich – 1935/40) Fase do controle voluntário de excitação Fase das contrações involuntárias Kinsey Master e Jonhson /66 Fase de excitamento Fase platô Fase de orgasmo Fase final ou de resolução Helen Kaplan – 1974 desejo sexual Excitação Orgasmo Resolução ou período refratário
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Fase do desejo sexual Essa é a Primeira Fase do Ciclo Sexual, onde os instintos são estimulados e os apetites crescem. O desejo, ou a sensualidade é uma experiência subjetiva que incita a pessoa a buscar atividade sexual. Em termos cerebrais, há mensagens neurofisiológicas que motivam a busca por sexo. Esses sinais neurológicos ainda não foram bem explicados.
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Muito deste controle é mediado por partes do sistema nervoso dentro do "cérebro visceral", que filogeneticamente é a parte mais antiga do cérebro humano. Ele é composto pelo sistema límbico e principalmente o hipotálamo, além da hipófise, e regiões do mesencéfalo (cérebro central). Nenhuma área específica foi localizada no cérebro humano, mas as partes do cérebro que parecem estar mais relacionadas com a resposta sexual são o sistema límbico (principalmente hipotálamo).
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O desejo é uma experiência subjetiva que incita a pessoa a buscar atividade sexual.
Nos homens, o estímulo visual é de extrema importância para iniciar e manter o desejo sexual. Nas mulheres, o olfato e principalmente o tato, são bastante responsáveis pelo aumento do desejo sexual – além do afeto Essa fase está relacionada principalmente a fatores subjetivos e culturais.
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Ex. Mulheres chinesas Valorização maior das nádegas pelos brasileiros
Valorização maior dos seios pelos norte-americanos Valorização maior das nádegas pelos brasileiros sapatos chineses do século XIX . Fonte: O'KEEFFE, Linda. Sapatos, 1996, p.451
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Fase de excitação Desenvolve-se a partir de qualquer fonte de estímulo: somático ou psíquico O fator estimulante está diretamente ligado ao aumento suficiente da tensão sexual a excitação sexual depende do estímulo o estímulo deve ser adequado à necessidade individual: extremamente variável e complexa Consome a maior parte do tempo gasto no ciclo completo A retirada, interrupção, modificação ou inadequação do estímulo pode levar ao seu prolongamento ou à sua interrupção
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Reações fisiológicas durante a resposta sexual
Em ambos os sexos, há duas importantes reações fisiológicas quando se inicia o estímulo sexual: Vasocongestão: enchimento de sangue dentro dos órgãos Miotonia: contração regular ou em espasmos involuntários que se observa em alguns tecidos musculares. O acúmulo de sangue no pênis é o responsável pela ereção. Na mulher, o acúmulo de sangue no clitóris, nos pequenos e grandes lábios e no terço inferior da vagina, forma o que denominamos de Plataforma Orgásmica.
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Principais pontos sensíveis à resposta sexual
Homem: Glande pênis bolsa escrotal períneo – próstata ânus bexiga ânus próstata testículo glande
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Principais pontos sensíveis à resposta sexual
Mulher: parte anterior da vagina ( em torno de 5 cm de profundidade) Clitóris Ânus Mamilos e seios
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Platô Dá-se com a continuação do estímulo sexual efetivo
Tensões sexuais intensificadas pré-orgásmicas que se estabilizam por um período (platô) Pode não desenrolar em descarga orgástica e passar vagarosamente para uma fase de resolução muito prolongada, caso: Os estímulos sejam inadequados A condução dos estímulos for inadequada Estímulos forem suprimidos
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Fase orgásmica Poucos segundos em que a vasoconstrição (congestão dos vasos sanguíneos) e a miotonia (tensão muscular aumentada) desenvolvidas pelos estímulos sexuais são liberados. Clímax involuntário Um pouco antes do clímax sexual, a tensão muscular e a vasocongestão atingem o seu auge, a miotonia aparece como espasmos.
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Então ocorre a explosão orgásmica, quando há liberação de toda essa tensão, acompanhada de sentimentos variados e de sensação de relaxamento em pessoas saudáveis. Uma substância chamada endorfina é liberada pelo cérebro, sendo responsável pelo prazer e pelo sono ou relaxamento profundo depois do sexo. Durante ou logo após o orgasmo, a pessoa pode experienciar sensação de embotamento sensorial.
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Percepção subjetiva do orgasmo:
Mulher: clitóris, vagina e útero apresenta grande variação de intensidade e duração da experiência orgástica Homem: pênis, próstata e vesícula seminal apresenta menor variação, geralmente seguindo o padrão ejaculatório
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Fase de resolução Período involuntário de diminuição da tensão Mulher:
Potencial de resposta capaz de retornar a uma nova experiência orgásmica a partir de qualquer ponto da fase de resolução Depende da reativação de estímulos efetivos Facilidade de múltipla expressão orgásmica Homem: A fase de resolução impõe um período refratário A reestimulação efetiva a níveis mas altos de tensão sexual só é possível após terminado o período refratário Com poucas exceções , a capacidade fisiológica de resposta do homem é muito mais vagarosa do que a da mulher
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Ciclo da resposta masculina
- Maior variação da duração do que intensidade nas fases; - Para um novo orgasmo é necessário um período refratário
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Ciclo da resposta feminina
- Intensidade e duração variáveis; - 3 padrões de resposta; - Em qualquer momento pode retornar a uma experiência orgásmica
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Sexo: Dimensão social Já foi apresentado sob diversas perspectivas na história da humanidade: Como fonte exclusiva de prazer sensorial e perceptual Como natural para a procriação Como patológico e vinculado à loucura Como revolucionário e subversivo Como acessível a todos/as e livre
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O papel do sexo atualmente
Socialmente obrigatório: cultura do sexo perfeito Peso da obrigatoriedade Instrumentalização do sexo Sexo como solução para qualquer ordem de problema conjugal Sexo = magia = amor = puro Sexo = prazer = poder = vantagens sobre as pessoas Sexo no casamento como diferente do sexo extra-conjugal ou episódico/casual
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O papel do sexo atualmente
Gerador e/ou propiciador de intimidade e prazer Corpos e fluidos corporais muito próximos Sensação orgásmica: endorfina, prazer, relaxamento Humor e cumplicidade Momento de alteração normal sobre o controle corporal e emocional: conhecer o lado incontido do outro Conquista de algo secreto Fantasia sobre o componente místico do sexo Procriação Status e poder
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Para homens e mulheres o sexo foi apresentado de formas diferentes
Dupla-moral sexual Na simbologia dos órgão sexuais Na vinculação com a reprodução Na iniciação sexual Na vivência da sexualidade Nas possibilidades de parcerias
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Isso reflete Na visão da mulher como frágil, e do seu órgão como algo a ser conquistado e invadido Em mulheres para o amor e homens para o sexo Na idealização da maternidade e fragmentação identitária: mulher-sexual ou mulher-mãe Na permissão velada de relação extra-conjugal masculina Na dupla-moral sexual Em disfunções ou problemas sexuais
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As mulheres ainda são criadas para não gostarem de sexo ou perceberem como errado e sujo;
Ainda existem mulheres para a diversão sexual dos homens e as mulheres para serem esposas e mães As mudanças aceleradas nos papéis e funções masculinas e femininas trazem uma crise na sexualidade
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Contradição entre o discurso e a prática;
Dificuldade na organização de uma nova estabilidade sexual social; O que querem os homens? Homo e hetero O que querem as mulheres? O que queremos do sexo? Por uma masculinização do mundo e do sexo?
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Sexualidade amedronta? Por que?
O que pode e o que não pode na sexualidade? O que é saudável e o que é patológico na sexualidade? O que eu queria saber sobre a sexualidade?
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Sexo e relacionamento afetivo-sexual
Histórias diferentes de sexualidade que se cruzam; Durante um relacionamento afetivo-sexual as pessoas continuam mudando – desenvolvimento; O relacionamento possui fases - ciclo afetivo-sexual do relacionamento heteroafetivo-sexual
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1. Desejo e fantasia atração principalmente sexual nos homens e nas mulheres, com variações principalmente para as mulheres, que podem criar fantasias sobre um compromisso relacional (atenção à aspectos do estilo de vida do homem);
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2. Apaixonamento Intensificação do desejo sexual e das fantasias;
desenvolvimento de admiração e novas fantasias a respeito do outro; Amplificação das qualidades e minimização dos defeitos e problemas; Atividade sexual frequente; Grande necessidade de agradar ao outro.
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3. Amor romântico Diminuição discreta da frequencia de atividade sexual; Diminuição da necessidade de agradar o outro; Observação dos defeitos e problemas do outro; Tentativa de transformar o outro em alguém “ideal”; Mudanças desenvolvimentais – físicas, contextuais, psicológicas e relacionais
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4. Crise Sentimento de não mais gostar do outro; Brigas frequentes;
Raridade ou ausência de relações sexuais; Relacionamentos extra-conjugais; Rotina deletéria; Separação, retorno ao início do ciclo ou acomodação às mudanças e resignificação da relação.
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