Economia Monetária Carvalho et al (2007)

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1 Economia Monetária Carvalho et al (2007)
A teoria da política monetária no modelo monetarista

2 A teoria da política monetária no modelo monetarista
9.1 A taxa natural de desemprego 9.2 A curva de Philips com expectativas adaptativas 9.3 A curva de Philips acelereracionista 9.4 Friedman e o ativismo monetário 9.5 Os custos da desinflação e a taxa de sacrifício

3 A teoria da política monetária no modelo monetarista
9.1 A taxa natural de desemprego é o ponto de partida para a construção da teoria da política monetária monetarista. O termo natural é utilizado para separar causas estruturais e institucionais das causas intervencionistas-monetárias. A natural é a que ocorre devido a tecnologia, imperfeições de mercado, variações sazonais e tempo de coleta de informações sobre vagas e mobilidade, ou seja, é o desemprego friccional e voluntário. Desemprego friccional é aquele em que os trabalhadores estão temporariamente desempregados (transição entre empregos). Causas: Diferentes habilidades; Anseios salariais; Mobilidade geográfica; Processo de admissão.

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Desemprego voluntário é o que os trabalhadores não estão trabalhando pois consideram o salário real de mercado insuficiente para satisfazer sua utilidade. A taxa natural de desemprego não é imutável, pois características institucionais como preferência podem mudar. A taxa natural de desemprego é atingida quando o conjunto de trabalhadores está plenamente satisfeito. Este também é chamado de ponto de equilíbrio com característica de unicidade e estabilidade. A taxa de desemprego converge para a natural devido a flexibilidade de preços e salários.

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Gráfico 9.1 p.115 9.2 A curva de Philips com expectativas adaptativas No modelo monetarista, a expectativa de inflação ocorre exclusivamente com informações sobre o passado. Se o estoque de moeda está mantido constante há algum tempo, uma expansão monetária causará uma redução do desemprego, se as expectativas são formadas desta forma. ( Há um trade off entre inflação e desemprego)

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Os empresários pagarão um salário nominal maior e estes pensarão que o salário nominal maior corresponde a um aumento de salário real, pois suas expectativas são de que não haverá inflação pois os preços estavam constantes em no período (t-1). Conseqüência: Há um salário nominal maior, porém, não há um aumento de salário real (pois a inflação está aumentando). O que ocorre é que a expectativa do trabalhador é de que a inflação não aumentou, havendo uma decepção de expectativas. Graf. 116 Com expansão monetária, há uma falsa sensação de aumento de riqueza, aumenta-se o consumo e aumenta-se a produção. Os empresários pagam salários nominais mais elevados e os trabalhadores a aceitam, pensando que houve aumento real de salário.

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9.3. A curva de Phillips aceleracionista A política monetária perde a eficácia quando os trabalhadores percebem o aumento da inflação, ou seja, percebem que foram iludidos. O desemprego volta a aumentar para se igualar a taxa natural. Para que haja redução do desemprego é necessário que se faça uma nova expansão monetária para que o trabalhador fique iludido. Essa política aumentará continuamente as taxas de inflação e a aceleração do aumento de preços. A inflação presente será sempre maior do que a inflação passada. Ex:

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Graf. 117 9.4. Friedman e o ativismo monetário No modelo de Friedman o nível de preços é proporcional a expansão monetária. Os salários reais esperados superiores são uma ilusão do trabalhador e os trabalhadores voltam a situação inicial assim que termina a ilusão de preços. Portanto, a política monetária é eficaz somente no curto prazo, não podendo alterar o desemprego de forma definitiva, havendo ainda períodos de perda de satisfação individual. Portanto, Friedman se opõe ao uso da política monetária.

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O monetarismo identificou dois tipos de defasagens na conduta da política monetária que formam a base do argumento contrário a utilização. A primeira é a defasagem interna que é o intervalo de tempo entre um choque econômico e a resposta das autoridades monetárias Demora na identificação do problema; Demora na implementação de medidas corretivas. Defasagem externa é decorrente do período de tempo entre a implementação da política e os efeitos sobre a economia. Essa demora pode causar desestabilização sobre a economia. Ex: É implementada uma política monetária em um período de recessão. Quando começa a fazer efeito a economia já está se recuperando naturalmente, neste caso a política monetária pode causar um superaquecimento na economia

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9.5. Os custos da inflação e a taxa de sacrifício Os monetaristas acreditam que a inflação é um fenômeno monetário e que a taxa de inflação é proporcional ao estoque de moedas. Portanto, para reduzir a inflação é necessário reduzir a taxa de crescimento do estoque de moedas. Quanto maior a contração monetária, maior o desemprego. Graf. 120

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Política de redução drástica da taxa de inflação Para a redução drástica, estanca-se a expansão monetária integralmente. Com isso, a taxa de inflação vai a zero e não há um aumento do salário nominal. Os trabalhadores pensam que houve uma redução do salário real, pois a inflação esperada está alta e há um aumento drástico do desemprego (B). Política gradual da taxa de inflação Com a redução gradual da variação do estoque de moeda, há uma redução de preços de P’’’ para P’’ a economia irá para o ponto C’ e o desemprego irá para D. Com uma nova redução do estoque de moeda o preço vai de P’’ para P’ e a economia vai para C e o desemprego tende a taxa natural. A redução gradual causa menor aumento do desemprego, porém um tempo maior para a conclusão da política.

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Do que foi visto até o momento: A desinflação pode ser conseguida somente com aumento da taxa de desemprego em relação a natural. Se a for igual a 1(um) e a taxa de desemprego igual a 6%, se a taxa de inflação for de 12%, a taxa de desemprego alcançará 18% se a inflação for a zero de forma drástica. O a é chamado de taxa de sacrifício que mede o quanto de desemprego além da natural é necessário para reduzir a inflação.