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PublicouRebeca Padilha Gusmão Alterado mais de 8 anos atrás
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PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL Abordagem Existencial Humanista Método fenomenológico Profª Alessandra O. Henriques Curso de Psicologia
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PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL A evolução do conceito de psicodiagnóstico Anos 50 – ROGERS Insatisfação com as formas de avaliação Estudo compreensivo “Aborde as crianças e não os sintomas” “Relevância dos fatos e seu significado, não apenas conhecer os fatos” Para realizar psicodiagnóstico: “Respeito pela integridade da criança, compreensão de si mm, conhecimentos de psicologia, comportamento humano e seus determinantes físicos, sociais e psicológicos”. Estruturação ou da atividade diagnóstica, inclusive uso de testes (como auxiliares)
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PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL A evolução do conceito de psicodiagnóstico Anos 70 – Fischer e colaboradores Participação do paciente Psicodiagnóstico colaborativo Informar ao paciente sobre os procedimentos Valorizar a experiência como dado primário Estimular a capacidade interventiva do paciente Usar o teste como metáfora (captar o estilo) Identificar fatos históricos e elementos humanos significativos Importância da participação do ambiente (mundo relacional), condições sociais, neurofisiológicas, etc
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PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL A evolução do conceito de psicodiagnóstico Anos 80 – Augras Significados da vivência – fatores históricos, temporais, relação espaço-corpo, relação com o outro, projeto existencial Psicodiagnóstico ≠ Psicoterapia – tarefas distintas Psicodiagnóstico = Processo de reconhecimento e compreensão do cliente (deu um novo “nome”) Anos 90 – Ancona-Lopez – Brasil Proposta da matriz interventiva ou colaborativa Adaptação ao contexto local (desdobramento da tese de Fischer)
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Psicodiagnóstico Infantil "unir a psicologia da anormalidade (doença) com a psicologia da normalidade (saúde), é indispensável para a atuação diagnóstica e terapêutica, porém nunca praticadas na forma de abstração, mas de indicadores para alcançar o fenômeno enquanto manifestação, evitando que tanto os terapeutas iniciantes quanto os experientes após diagnosticarem, corram o risco de contaminar a sua relação com o cliente a partir das verdades diagnosticadas, o que pode significar estabelecer com ele uma relação análoga àquela (ou àquelas) que foram as principais responsáveis pelo tipo de resposta (comportamento) que o cliente desenvolveu para sobreviver e que para o qual, hoje, podemos ter uma série de nomes". (Ribeiro apud Pimentel)
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Psicodiagnóstico Infantil ... "a criação de poderosos instrumentos clínicos como a atitude de compreensão clara e confirmadora que possibilita o trabalho pessoal de integração criativa de polaridades conflitantes.” “não realizar o diagnóstico como uma ação enclausurante e para buscar um modo de fazê-lo, em acordo com o princípio gestáltico de organização e significação que cada organismo confere a experiência, sinalizando para a terapia pistas para que cliente e terapeuta, ‘na relação, criem um clima propiciador do resgate e do desenvolvimento dessa função essencialmente humana: a função de criar e recriar significados.” ‘confunde-se o necessário rigor científico com a insidiosa e paralisante política da certeza’. (Ribeiro apud Pimentel)
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Psicodiagnóstico Infantil Por quê? As pessoas nos procuram por que identificam alguma ruptura na existência = CRISE Incapacidade de lidar com ela sozinhos, mesmo que não saibam o que é ou por que se sentem desta forma Identificação da crise significa assumir sua dor e sofrimento. “Algo não vai bem”. No caso da criança.... Com quem? De quem é a crise?
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Psicodiagnóstico Infantil Por quê? “Alguém” acha que ela precisa de um tratamento... Não é possível focar atenção apenas na criança Cuidado para situações impregnadas de significados como: “criança-problema”, “hiperativo”, “rebelde”, “agressivo” “Diagnósticos” dados por pais, professores, vizinhos, familiares A precipitação no atendimento da criança tira a responsabilidade dos pais, da escola e da família. “Por que tenho de vir se é meu filho que precisa?” Conhecer o campo de relações envolve todos na situação do diagnóstico
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Por que conhecer o campo de relações da criança se no caso de pacientes adultos não fazemos isso?... Chamamos pais, amigos, colegas de trabalho para consulta no atendimento adulto?....
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Psicodiagnóstico Infantil A criança não é responsável por si Não foi a criança que solicitou a atendimento De volta ao início: DE QUEM É A CRISE???
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Psicodiagnóstico Infantil “Quem é o cliente do psicólogo no processo de psicodiagnóstico infantil? A rigor, essa questão deve ser colocada sempre que a pessoa que contrata o serviço psicológico não é a mesma que recebe o atendimento”. (Tsu, 1984 citado por Azevedo) A situação (CRISE) incomoda alguém ou quem está com dificuldades para lidar com a criança.
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Psicodiagnóstico Infantil Entrevista Inicial com os pais O acolhimento nas apresentações iniciais são indispensáveis para formação de um bom vínculo. Entrevistas abertas – configurar a personalidade do cliente e permitir a colocação de tudo o que os pais “acham” ser importante Manifestação da angústia Os pais sofrem por não terem “dado conta” de sua função como pais
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Psicodiagnóstico Infantil “O que está acontecendo?” A primeira entrevista não é apenas uma investigação da queixa para identificar sintomas manifestos e latentes (sintomas objetivos e subjetivos) “Isto pela simples razão de que consideramos os sintomas e dificuldades como o reflexo de uma problemática muito mais ampla, que deriva de temáticas vivenciais articuladas numa rede complexa de relações” (Romero, 1999)
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Psicodiagnóstico Infantil “O que está acontecendo?” Algo está acontecendo com a criança que a impede de se desenvolver completamente Bloqueio ao desenvolvimento emocional, físico, intelectual, motor, afetivo ou social. 1ª fase – pais como cliente Pais – informações necessárias para o entendimento do desenvolvimento da criança Desenvolvimento – fenômeno vivido
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Psicodiagnóstico Infantil “O que está acontecendo?” Crise ou ruptura motivadora da busca de assistência psicológica aponta para todas as dimensões da existência Segundo Romero (1999): Afetiva Valorativa Práxis Motivacional Espaço-temporal Corporal Social Dimensão ser-no-mundo (que engloba todas)
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Psicodiagnóstico Infantil Dimensões do fenômeno “ Todas ela se entrecruzam, se influenciam, de modo que nem sempre é fácil discriminar num determinado fenômeno qual delas é predominante, pois num fenômeno qualquer todas estão presentes, embora de modo desigual” (Romero, 1999) (Romero, 1999)
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Psicodiagnóstico Infantil Entrevista inicial com os pais Entrevista inicial = primeiras entrevistas As perguntas ou intervenções seguem a fala dos pais e retiradas de seu discurso Compreender a “trama existencial” ou como a crise se insere na vida de todos os envolvidos com a criança Não são interpretações, mas clarificações do fenômeno Ajudar os pais a compreender a própria experiência e refletir expondo pensamentos e sentimentos
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Psicodiagnóstico Infantil Entrevista inicial com os pais CONTRATO Clareza, objetividade e assertividade “Saber ser objetivo não significa descompromissar- se com a subjetividade...” Delimitação dos papéis: do psicólogo, dos pais e da criança na relação terapêutica Contrato com os pais tem duração definida – psicodiagnóstico = análise da situação Nº de sessões definido para a análise situacional
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Psicodiagnóstico Infantil Anamnese Plano Sincrônico – momento de vida atual Plano diacrônico – biografia Por que é importante conhecer a história da criança? Psicologia – desenvolvimento humano Movimento, temporalidade, construção Não há como separar passado-presente-futuro Homem engajado no tempo e contextualizado
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Psicodiagnóstico Infantil Anamnese Relato de vivências Vivência – formas peculiares de organizar a experiência Algumas experiências são significativas, outras são “esquecidas” e podem ser evocadas Evocação da memória – questionário de anamnese A forma de responder, lembrar, omitir, revelam aspectos importantes para a análise
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Psicodiagnóstico Infantil Anamnese Distanciamento – Evitação – Aproximação Características da dimensão afetiva conforme as circunstâncias vividas Modo de estar no mundo é também o modo de estar em família Rever a biografia da criança permite abordar os modos de relação e encontros significativos Aspectos estruturais e orgânicos do desenvolvimento Psicólogo – profissional da saúde habilitado para perceber possíveis desvios e patologias mentais
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Psicodiagnóstico Infantil Anamnese Levar o sujeito a se familiarizar com seu próprio passado, reapropriando-o e integrando-o como sua realidade mais próxima; Ressituar os personagens e reavaliar os eventos vividos; Compreender como se originaram os traços distintivos do caráter e outros fatores da personalidade, constantes afetivas, valores e representações dominantes. Romero (1999)
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Psicodiagnóstico Infantil Anamnese Entrevista X questionário escrito (pp pessoa) “Parece que nos é difícil registrar meias-verdades” “O registro escrito de sentimentos, ideias e fatos vividos tem um peso diferente de sua correlata narrativa oral, um peso oficializante que responsabiliza o informante” (Azevedo, 2002) Existem segredos e mitos familiares que numa entrevista podem nunca serem revelados
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Psicodiagnóstico Infantil HORA LÚDICA Atendendo a criança... Todas as apresentações se fazem necessárias, ambiente, profissional, material, processo “O que é um psicólogo?” “Para que serve?” “Por que eu preciso de um psicólogo?” Reconhecimento do “problema”
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Psicodiagnóstico Infantil HORA LÚDICA Atendendo a criança... Por que usamos BRINQUEDOS? O brinquedo é um meio de acesso e não um fim Não há simbologia no brinquedo, mas se refere a aspectos da existência Aponta a ligação com o mundo e a disposição afetiva da criança A criança revela seu modo de ser na brincadeira
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Psicodiagnóstico Infantil HORA LÚDICA Olhar para o movimento da criança Como ela escolhe o brinquedo? Como ela manuseia? Como se movimenta? Como é sua expressão ao brincar? O que ela fala enquanto brinca? Perguntas à criança são feitas durante a brincadeira
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Psicodiagnóstico Infantil HORA LÚDICA A criança que veio ao atendimento é a mesma que os pais falavam?... Boa percepção dos pais X Desencontro – necessidade de intervenção
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Psicodiagnóstico Infantil DEVOLUTIVAS “A intervenção ocorre à medida que não se posterguem os apontamentos que naturalmente ocorrem ao psicólogo durante os encontros, ou seja, quando se compartilha com o cliente, durante as sessões de psicodiagnóstico, a maneira como ele se apresenta: a impressão que causa ao psicólogo e as reflexões que possibilita” “A intervenção ocorre à medida que não se posterguem os apontamentos que naturalmente ocorrem ao psicólogo durante os encontros, ou seja, quando se compartilha com o cliente, durante as sessões de psicodiagnóstico, a maneira como ele se apresenta: a impressão que causa ao psicólogo e as reflexões que possibilita” (Ancona-Lopez, 1995)
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Psicodiagnóstico Infantil DEVOLUTIVAS Todo encontro é significativo A relação psicólogo-cliente já é interventiva As crianças reagem quase imediatamente ao encontro Outro não envolvido emocionalmente, postura empática, bom ouvinte “...escutar o outro significa estar disponível, sem ânimo preconcebido, sem necessidades urgentes (…) é captar uma mensagem atendendo a seu sentido menos explícito, abrindo-se ao seu convite” (Romero, 1999)
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Psicodiagnóstico Infantil DEVOLUTIVAS Indagações ou questionamentos com objetivos Acompanhar o fluxo de ideias Apreensão mais clara do fenômeno Questionamentos reflexivos, incisivos ou de confrontação Momento interventivo como possibilitador de mudanças ou autoconhecimento Não há necessidade de adiar para o momento da psicoterapia
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Psicodiagnóstico Infantil DEVOLUTIVAS Valorizar o conhecimento que os pais têm do próprio filho Construção conjunta de significado Compartilhar sua análise e não impor aos pais Entremeadas aos atendimentos da criança
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Psicodiagnóstico Infantil TESTES PSICOLÓGICOS Meio de acesso à criança (como o brinquedo) Objetivos claros Testes projetivos Desenho, história, jogo, fazem parte do universo infantil Estímulos que nos remetem a situações familiares Olhar o teste por uma perspectiva existencialista O inquérito segue o sentido que a criança fornece O teste não determina o diagnóstico
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Psicodiagnóstico Infantil TESTES PSICOLÓGICOS Todas as situações-estímulo nos ajudam a compreender o projeto existencial Não são usadas simbologias Método fenomenológico E os testes psicométricos? Modo de relação com a aprendizagem, informações, planejamento (futuro), processo associativo (passado), temporalidade, espacialidade, ansiedade na realização.
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Psicodiagnóstico Infantil VISITAS Visita escolar Visita domiciliar
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Psicodiagnóstico Infantil DEVOLUTIVAS Psicodiagnóstico = recorte, momento de vida Não é definitivo Não é um relatório final Deve ser descritivo e narrar a situação atual vivida “É” - determinista “Está” - aponta possibilidades Relatório para os pais e “livro” para as crianças (opcional)
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Referências ANCONA-LOPEZ. Psicodiagnóstico: processo de intervenção. São Paulo: Cortez, 1995. AZEVEDO, D. Análise Situacional ou psicodiagnóstico infantil: umas abordagem humanista-existencial. In: ANGERAMI, V. Psicoterapia Fenomenológica Existencial. SP: Pioneira Thomson Learning, 2002. O'CAMPO, M. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. SP: Martins Fontes, 1979. MAY, R. O homem à procura de si mesmo. Petrópolis: Vozes, 1996. ROMERO E. As dimensões da vida humana: existência e experiência. S.J. Campos: Novos Horizontes, 1998.
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