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Profª: Marina de Oliveira

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Apresentação em tema: "Profª: Marina de Oliveira"— Transcrição da apresentação:

1 Profª: Marina de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE ARTES E DESIGN DEPARTAMENTO DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS CURSO DE TEATRO – LICENCIATURA Disciplina: História do Teatro IV Jerzy Grotowski Profª: Marina de Oliveira

2 Jerzy Grotowski (1933 – 1999) Nasceu no sudeste da Polônia;
Formou-se na escola dramática estatal de Cracóvia ( ); Na sequência, foi estudar direção no Instituto de Artes Dramáticas de Moscou ( );

3 Grotowski, como professor assistente no Teatro Escola (abril de 1957 ao verão de 1959), realizou sua primeira produção, co-dirigindo com Aleksandra Mianowska, o texto As Cadeiras, de Ionesco no Teatro Stary.

4 Em 1958, Grotowski organizou e conduziu um ciclo de conferências semanais sobre filosofia oriental para estudantes da Cracóvia. Entre os temas abordados estavam: Budismo, Yoga, Taoísmo e o Zen-Budismo. A filosofia budista, a Ópera de Pequim, o Kathakali, mas principalmente a tradição yogui tântrica indiana, marcaram profundamente a prática e os objetivos do trabalho de Grotowski.

5 As fases de Grotowski 1ª fase (1957 – 1969) A arte como representação
O parateatro 3ª fase (final dos 70 e início dos 80) O teatro das fontes 4 ª fase (1986 – 1999) A arte como veículo

6 1ª fase (1957 – 1969) A arte como representação
- Em 1959, Grotowski funda o “Teatro das 13 filas”, com a parceria de Ludwik Flaszen, em Opole. Em 1962, o grupo passa a chamar-se Teatro Laboratório. Em 1964, por pressão política das autoridades de Varsóvia, o Teatro Laboratório desloca-se de Opole para Wroclaw, cidade universitária. - É nessa primeira fase que Grotowski dirige seus espetáculos e teoriza acerca do “teatro pobre”.

7 Parêntese Veja-se que durante 30 meses (entre os anos de 1961 e 1964), Grotowski foi acompanhado por um importante discípulo: Eugenio Barba, o “pai da antropologia teatral” e futuro fundador do Odin Teatret.

8 O teatro pobre Busca a especificidade do acontecimento teatral = relação ator e espectador. Centra-se na técnica pessoal e cênica do ator. Elimina o que é supérfluo: maquiagem, figurinos, efeitos sonoros e de luz, além do cenário e da divisão palco/plateia. Investe na via negativa, através da eliminação de bloqueios. O treinamento do ator é feito a partir de exercícios de exaustão, utilizados para se chegar ao estado de disponibilidade passiva, em que o corpo move-se livremente, a partir de impulsos orgânicos. Pauta-se pela construção de signos orgânicos (não cotidianos). Restaura as funções rituais, favorecendo a tomada de consciência dos problemas existenciais do homem. Transgride tabus coletivos, através da “dialética da derrisão e da apoteose” .

9 A dialética da derrisão e da apoteose
O teatro pobre representa certos mitos, a fim de transgredir tabus sociais (da esfera da religião e da tradição). Esses tabus propagam-se no tempo através de arquétipos, complexos de natureza coletiva, segundo Jung. Para Jung, os complexos afetivos ficam na camada superficial do inconsciente, enquanto que os complexos coletivos encontram-se na camada mais profunda. Por meio da representação de mitos e lendas, o artista faz emergir esses complexos coletivos, ou seja, materializa a camada mais profunda do inconsciente.

10 O ator santo - Segundo Grotowski, o espectador purgaria esses complexos coletivos (no caso arquétipos do Cristianismo) através da identificação no momento da representação do ator. Esse complexo seria purgado a partir do princípio de glorificação e blasfêmia do mito. O ator seria uma espécie de “mártir” ou “santo” a trazer a sua regeneração e a regeneração dos espectadores. Assim, a confrontação com o mito permite que, no processo de desnudamento do ator em relação ao espectador, o tabu seja eliminado. Esse processo também é denominado como “religião através do blasfemo” ou “colisão com as raízes”.

11 A construção do signo orgânico
É fruto do processo pessoal do ator, sendo a composição do signo resultado da estimulação, da imaginação e do corpo-memória. O contato leva ao impulso que leva à ação. Contato = impulso = ação. - O que norteia a composição do signo é a visão do diretor. - Neste processo de formalização do impulso, há: O abandono de qualquer conduta cotidiana. A busca da expressividade pela contradição (que vem das diferentes imagens, associações,...) entre gesto, palavra e voz.

12 Espetáculos dirigidos por Grotowski
- Orfeu, Jean Cocteau (Teatro das 13 filas, 1959); Caim, George Byron (1960); Mistério bufo, Maiakóvski (1960); Sakuntala, Kalidasa (1960); Os antepassados, Adam Mickiewicz (idem, 1961); Kordian, Juliusz Slowacki (1962); Akropolis, Stanislaw Wyspianski ( ); A trágica história do doutor Fausto, Marlowe (1963); Estudo sobre Hamlet, Shakespeare e Wyspianski (1964); O príncipe constante, Calderón e Slowacki ( ); Os evangelhos (1967); Apocalypsis cum figuris, trechos da Bíblia, T.S. Eliot, Dostoievsky e Simone Weil. ( ).

13 Akropolis

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16 O príncipe constante O famoso ator de Grotowski: Ryszard Cíeslak

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20 Apocalypsis cum figuris

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22 Apocalypsis cum figuris
O título se refere à profética Revelação de São João, que anuncia a Segunda Vinda de Cristo, e a ação se passa em uma festa religiosa contemporânea, entre os espiões e mendigos instalados em torno do santuário, que apresentam a segunda Vinda de Cristo com uma brutal diversão de bêbados. Um bêbado, cujo nome é, casualmente Simão Pedro, persuade a um inocente de que na realidade é Cristo, contando-lhe que nasceu em Nazaré e morreu na cruz porque os homens não o reconheceram como Deus. Então nomeia a outros: Maria Madalena, João Judas e todos eles repetem cenas arquetípicas da Paixão e Crucificação de Cristo, por meio do qual expressam seus instintos sádicos, impulsos subconscientes e ressentimentos. Para o público, isto é como por a prova o mito cristão, desafiando sua validade por meio de discussão e blasfêmia. ( crítico Christopher INNES).

23 O treinamento do ator

24 2ª fase ( ) O parateatro - Instituída depois de uma viagem de Grotowski à Índia. - Dedicada a pesquisas de performance, antropologia e estudos rituais, sem a criação de espetáculos. Os encontros de estudo, com pessoas de outros âmbitos e profissões, eram realizados pelo Teatro Laboratório em lugares isolados, com pouca divulgação.

25 O teatro das fontes 3ª fase (final dos 70 e início dos 80)
- Recuperação de interesses antropológicos e histórico-religiosos, como a ioga, o zen, ritos arcaicos ainda vivos no Haiti (vodu); - Retomada da ideia de Stanislavski, acerca do” trabalho sobre si mesmo”. - Ao contrário do período anterior, de intercâmbio cultural, essa fase caracteriza-se por um trabalho solitário e individual, em que Grotowski viajou para diversos lugares: Haiti, México, Nigéria, Índia, Japão, entre outros países.

26 - Em 1982, um golpe político na Polônia implanta a Lei Marcial.
- Grotowski abandona a Polônia, e após um período no Odin Teatret, na Dinamarca, e também na Itália e Haiti, refugia-se nos EUA. - Lá realiza uma pesquisa na Universidade de Irvigne (Califórnia), denominada de Drama Objetivo, considerada por alguns teóricos como uma transição para a próxima fase. É também nesse momento que se inicia a parceria do encenador polonês com Thomas Richards.

27 4 ª fase (1986 – 1999) A arte como veículo
- Os trabalhos são realizados em Pontedera, na Itália, no Centro de pesquisa de Grotowski, chamado Workcenter. - Para o diretor polonês, a arte como representação e a arte como veículo são dois extremos da mesma cadeia, que devem permanecer em contato. - Enquanto a arte como representação está voltada para o espectador, a arte como veículo está voltada para o atuante e seu itinerário de verticalidade.

28 - Na arte como veículo, o foco não está na percepção do espectador em relação ao espetáculo, mas na figura do atuante e seu processo de criação; o ponto de referência do atuante não é o espectador, mas o itinerário da verticalidade: ao nível energético e sutil do nível grosseiro, cotidiano

29 O nível mais sutil é atingível a partir da crença no trabalho artesanal. “cantos da tradição” auxiliam nesse objetivo. Grotowski utiliza a terminologia action: estrutura performativa objetivada nos detalhes, para definir o trabalho do atuante. Na proposta da arte como veículo, o público não é composto de espectadores, mas de testemunhas, geralmente jovens atores, em pouco número.

30 A rotina no Workcenter - As condições de trabalho são simples e os custos pagos pelos próprios participantes. O treinamento físico constitui a parte constante do programa de trabalho, realizado seis dias na semana, de dez a dezesseis horas por dia. (busca da precisão do movimento). Ao final do dia, fazem, ao ar livre, a motion: uma série complexa de posições e estiramento do corpo, orientadas para os seis pontos cardeais. Esse dado evidencia o caráter ritualístico do trabalho. Thomas Richards

31 Grotowski morreu no dia 14 de janeiro de 1999, em Pontedera
Grotowski morreu no dia 14 de janeiro de 1999, em Pontedera. Seu último desejo foi que suas cinzas fossem levadas até a montanha de Arunashala, na Índia.

32 Fontes GROTOWSKI, Jerzy. Em busca de um teatro pobre. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987. _______. O Teatro Laboratório de Jerzy Grotowski: 1959 – São Paulo: Perspectiva; Sesc, 2007. BARBA, Eugenio. A terra de cinzas e diamantes. São Paulo: Perspectiva, 2006. FERREIRA, Melissa da Silva. Mitologia e ascese: Jerzy Grotowski “além do teatro”. Dissertação em teatro, na UDESC, 2009.


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