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Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais

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Apresentação em tema: "Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais"— Transcrição da apresentação:

1 Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais
Aula 08_ História dos IEDs profa. Maria Caramez Carlotto SCB 2° quadrimestre de 2015

2 Qual a diferença essencial entre as duas reconstruções históricas?
Dunning vs. Braudel Qual a diferença essencial entre as duas reconstruções históricas?

3 Qual os limites da reconstrução baseada no paradigma de OLI?
CRÍTICAS O caráter eclético e impreciso do paradigma: não é uma teoria, mas uma lista exaustiva de determinantes. Menospreza o papel das outras firmas (visão internalista); Menospreza o papel do Estado e das políticas públicas na decisão de investir.

4 Vantagens da internacionalização
Migração e emigração (especialmente de profissionais e pessoal qualificado); Comércio externo; Aquisição ou colonização de novos territórios.

5 A história do IED A história do IED é a história da crescente motivação para que as entidades econômicas se engajem em produção transnacional, que é extremamente depende: 1) da percepção das empresas sobre a necessidade e a habilidade para realizar IED 2)facilidade para o transporte de bens, pessoas e informações em especial através de oceanos; 3)custos relativos das formas alternativas de transporte (comércio externo e licenciamento)

6 Etapas do investimento externo direto
Colonização e capitalismo mercantil O começo do século XIX: os antecedentes das modernas multinacionais De 1870 em diante: a moderna EMN emerge A maturação da produção externa: O começo do período pós-guerra: Rima à globalização da produção:

7 Colonização e capitalismo mercantil
Agentes: Estado, corporações privadas de famílias ou indivíduos; Três fatores essenciais: Fortalecer o comércio internacional e as atividades financeiras como uma forma de fortalecer o Estado ou produtores e consumidores individuais (mercantilismo) Aquisição de territórios e novas formas de riqueza Novos caminhos para o uso da poupança interna

8 Colonização e capitalismo mercantil
Três aspectos importantes era mais barato o transporte por água do que por terra, o que tornou as economias, nesse período, voltadas para a exportação. relação metrópole-colônia que não diferenciava claramente interno-externo; O investimento estava absolutamente ligado à imigração.

9 Colonização e capitalismo mercantil
Comenda (a informalidade a pessoalidade reduz custos de transação) – sociologia econômica Liga hanseática e consórcio de algodão do reino unido (formas quase modernas de integração produtiva) Duas explicações sobre a colonização: financiamento italiano ou primazia chinesa?

10 Colonização e capitalismo mercantil
Século XVI a XVIII: Os IEDs continuavam de dois tipos Apoio às atividades de comércio (ex. investimentos de infraestrutura e hierarquias internas); Promoção da colonização e desenvolvimento local (América);

11 O começo do século XIX: os antecedentes das modernas multinacionais
A moderna revolução industrial representa uma inflexão na capacidade das firmas e países para se engajarem no comércio e nas atividades de colonização. Movimento massivo de migração entre Europa e América do Norte; Capital, tecnologia, gestão e empreendedorismo acompanhou os movimentos migratórios Novos motivos para investir: busca de matéria prima e alimentos e para a proteção dos mercados internos.

12 O começo do século XIX: os antecedentes das modernas multinacionais
Revolução industrial: sistema fabril ajudou a formar as firmas que temos hoje. Gestão e organização técnica das firmas; O capitalismo industrial levou a uma maior diversificação entre as empresas; Emergência das primeiras hierarquias. Por fim, a revolução industrial aumentou o papel da capacidade tecnológica, capital e competências humanas no processo de produção. Esses fatores, cada vez mais essenciais, se tornaram mais móveis.

13 O começo do século XIX: os antecedentes das modernas multinacionais
Os empreendedores individuais; Os capitalistas financeiros; As EMN embrionárias. Vantagens particulares ligadas a produto e processo. Como determinantes: altos custos de transporte de matéria-prima ou aumento do mercado originalmente de exportação, sobretudo a partir do aumento de tarifas.

14 De 1870 em diante: a moderna EMN emerge
A nova tecnologia e vantagens organizacionais Novas vantagens monopolistas (O-advantages): o século XIX viu inovações técnicas e organizacionais. Avanço dos transportes, comunicações e técnicas de estoque criaram novas oportunidades de negócio. Esses desenvolvimentos somaram-se à emergência de um corpo de gestores profissionais que levaram ao desenvolvimento de cadeias de valor e do crescimento do setor transnacional na economia. Profissionalização de algumas empresas que deixaram de ser familiares.

15 De 1870 em diante: a moderna EMN emerge
A centralidade dos Estados Unidos nesse processo como uma nova nação industrial em explorar os desafios desse momento: peso das inovações industriais. Essas novas vantagens monopolísticas (O-advantages) criaram barreiras de entrada: Custo das novas plantas Economias de produto, processo e coordenação de mercado Proteção oferecida pelo sistema internacional de patentes Isso encorajou o desenvolvimento de mais vantagens tecnológicas e organizacionais que levaram à crescente concentração de capital

16 De 1870 em diante: a moderna EMN emerge (Alfred Chandler)
Investimentos que buscavam novos mercados Investimentos que buscavam recursos naturais Outros investimentos (infraestrutura bancos)

17 De 1870 em diante: a moderna EMN emerge (Alfred Chandler)

18 A situação pré-1914: um resumo
A literatura recente (pós década de 1980) tem ressaltado que os estudiosos subestimaram o papel do IED nos 40 anos antes da Primeira Guerra Mundial. Os IEDs eram canais para transferência de recursos e capacidades entre países assim como um meio de controlar o uso dos ativos locais e desempenharam – no pré-guerra – um papel tão importante quanto pós-1950 e muito mais importante do que no período entre guerras. Nesse período, China e Rússia eram destino de investimentos importantes do Japão e da Europa, respectivamente. O controle governamental era pequeno, o que favorecia investimentos.

19 A situação pré-1914: um resumo
O final do século XIX viu emergir a figura do moderno IED, liderado por EMN (Chandler et al.). Já em 1914, as EMN já haviam se consolidado como grandes motores do desenvolvimento internacional. Europa (financiamento, mecanismos institucionais e capacidade comercial) vs. EUA (tecnologia corporativa e habilidades gerenciais).

20 A situação pré-1914: um resumo
Em 1914: 55% dos IEDs eram no setor primário (plantation: borracha, café, açúcar e cacau); 20% em ferrovia; 15% em manufatura; 10% em comércio, distribuição, facilidades públicas – infraestrutura – e sistema bancário.

21 A situação pré-1914: um resumo
Tanto os investimentos para a busca de recursos (matéria prima) quanto os investimentos que buscavam novos mercados passaram a privilegiar os ganhos de produtividade atrelados à integração vertical e horizontal, bem como a busca por minimizar riscos e incertezas. Cada vez mais, os oligopólios assumiam o controle dos IEDs. Vantagens monopolísticas e considerações de ordem estratégica.

22 A maturação da produção externa: 1918-1939
A Primeira Guerra Mundial obrigou muitos investidores europeus a vender parte dos seus negócios internacionais. Além disso, muitos países ampliaram suas barreiras internacionais, em especial na Europa continental. De todos os grandes investidores, apenas os EUA não sofreram drasticamente os impactos dessas mudanças, embora tenha sofrido o impacto da crise de 1929. De todo modo, a participação dos EUA no total de IEDs passou de 18,5% em 1914 para 27,7% em 1938, dois terços desse total voltado para a própria América.

23 A maturação da produção externa: 1918-1939
A América Latina passou a atrair mais investimentos dos EUA, que reduziram seu investimento na Europa nos anos 1920, para recuperar levemente nos anos 1930. O investimento intraeuropeu cai drasticamente. A Europa, em especial a Europa Central, deixou de ser destino privilegiado de IED. A queda dos investimentos na Rússia foi drástica. O investimento da Europa na América Latina também se reduziu, embora tenha sido compensado por um leve aumento do investimento do Reino Unido na Commonwealth.

24 A maturação da produção externa: 1918-1939
Ex. Alemanha que restringe seus investimentos para a Escandinávia e mobiliza a figura dos carteis: redução de riscos. EMN nos países em desenvolvimento, em especial na exploração de recursos naturais e minerais na América Latina, Ásia e África. A busca de matéria prima também era importante para a produção da borracha para a indústria automobilística.

25 A maturação da produção externa: 1918-1939
Somente nos anos 1930 os investimentos externos retomaram os níveis pré-guerra, com destaque para o investimento europeu na Europa e dos EUA na América Latina, Canadá e nos maiores países Europeus. Surgem as primeiras EMN japonesas. O clima geral do comércio internacional era muito menos favorável do que no período pré-guerra: existe um importante movimento de aumento de tarifas e controles de exportação, o que inibiu a especialização.

26 A maturação da produção externa: 1918-1939
Políticas de substituição de importações promoveram um movimento anti-especialização. Por outro lado, novas tecnologias e vantagens organizacionais encorajaram a diversificação de produtos e processos. A demanda crescente por produtos naturais e alimentos pelos países em desenvolvimento levou, de um lado, a um aumento do investimento externo da Europa nas suas então colônias e dos EUA na América Latina e Caribe e, de outro, a uma bsuca crescente por materiais sintéticos.

27 A maturação da produção externa: 1918-1939
Outra marca desse período foi o aumento da atuação das EMNs, que crescem na estrutura e escopo. EUA: de devedor a credor, com um papel crescente das “finanças cosmopolitas”. Os cartéis floresceram sob a conivência dos governos. Os EUA ganharam cada vez mais espaço com a revolução gerencial do taylorismo e com outras inovações de ordem gerencial e técnica, com o setor automotivo à frente (pull de patentes)

28 A maturação da produção externa: 1918-1939
Busca de mercados Europa vs. EUA (com destaque para os grandes mercados) EUA vai ganhando vantagens na gestão internacional da produção na área de produtos intensivos em metal e tecnologia (automobilística). Europa mantém a vantagem da indústria química e de materiais sintéticos, ainda que eles tenham em geral pouca capacidade gerencial. Busca de recursos EUA vs. Reino Unido (petróleo): México, Venezuela e Oriente Médio Minerais Outros investimentos

29 A maturação da produção externa: 1918-1939
Apesar de todas as dificuldades, os IEDs continuaram a crescer a partir dos anos Os autores destacam cinco processos: 1. maturação do IED com a emergência da EMN diversificada e integrada. 2. O crescimento de investimentos defensivos, na tentativa de proteger mercados, em especial na Europa. 3. A entrada de novos investidores no setor de recursos naturais, em especial no setor de petróleo 4. Surgimento dos grandes cartéis internacionais; 5. O papel crescente do Japão.

30 O primeiro período pós-guerra: 1945-1960
O final da Segunda Guerra Mundial assistiu a um crescimento quase ininterrupto de quase todos os tipos de comércio e investimento (IEDs). Por isso, esse período pode ser considerado como a maturação do capitalismo global que emerge no pós-década de 1960. O pós-guerra pode ser separado em dois períodos: : predomínio do IED norte-americano 1960 em diante: emergência do Japão e ressurgimento da Europa, bem como de países em desenvolvimento. Esse período é marcado pela abertura de novos territórios, como a China e a Europa Central.

31 O primeiro período pós-guerra: 1945-1960
Em certa medida, o período imediatamente depois do pós- guerra: aumento de IEDs nos países desenvolvidos para a conquista de novos mercados. Paralelamente, o investimento no setor agrícola e público se reduziu embora a queda tenha sido compensada pela exploração de minérios (Bauxita e cobre, na AL e Petróleo no OM). Outras duas tendências importantes: Crescimento das novas subsidiárias de tipo joint venture (M&A) contra greenfield investment.

32 O primeiro período pós-guerra: 1945-1960
Mudanças organizacionais nos negócios internacionais EUA: passou a dominar o suprimento de capital, inovações e empreendedorismo para o período Avanço nas tecnologias não-codificadas, como expertise gerencial e capacidades organizacionais Fortalecimento da legislação anti-truste nos EUA dificultou as M&A. Avião e computador reduziram custos de transação e comunicação. Bretton Woods & Carta de Havana: criou um ambiente mais estável para o comércio.

33 O primeiro período pós-guerra: 1945-1960
O período ampliou a tendência para formas mais integradas de produção, embora a busca por eficiência produtiva – como hoje – ainda fosse exceção no setor manufatureiro. Tanto que a integração e o comércio intra-firma era pouco importante e a autonomia das subsidiárias era enorme. Minimização de riscos e proteção de mercados.

34 O primeiro período pós-guerra: 1945-1960
A escolha do local de realização do IED não estava baseada, ainda, em escolhas estratégicas, mas sim no custo do capital e do trabalho. Empresas oligopolistas dos EUA nos setores automotivo, farmacêutico, elétrico, computadores e máquinas industriais logo se instalaram na Europa, Canadá, Austrália e alguns dos países pais ricos da AL. Mais do que expansão, tratava-se de um deslocamento das atividades produtivas.

35 O primeiro período pós-guerra: 1945-1960
O crescimento industrial do pós-guerra levou a uma procura crescente por matéria prima (ciclo de commodities) com a preocupação crescente com a presença de empresas estrangeiras no setor. Gerou-se um movimento para que os países reassumirem o controle sobre os seus recursos naturais (nacionalismo e pós- colonialismo) Vale do Rio Doce (1942) Petrobrás (1953).

36 A evolução do IED no século XX (remessas)

37 A evolução do IED no século XX (recebimento)

38 Rumo à globalização da produção: 1960-2000
: I economia global – Reino Unido : II economia global - EUA ! : III economia global – EU ou China?

39 Rumo à globalização da produção: 1960-2000
Os dados de IED contemporâneo mostram uma enorme diversificação dos países que realizam investimento externo direto. Isso porque, os países enxergam a atuação das EMNs e suas filiadas como uma oportunidade de se beneficiar da especialização e da divisão internacional do trabalho, através de processos de regionalização e globalização. Assim, a atuação das EMNs assumiu um papel determinante em praticamente todos os países industrializados no período pós-1960 e segundo rês princípios gerais.

40 Rumo à globalização da produção: 1960-2000
A principal forma de atuação das EMNs deixou de ser a busca por recursos e mercados para se tornar a busca por eficiência através da busca pelo controle de ativos estratégicos (crise 1970). Como consequência, houve um grande crescimento do comércio intra-firmas. A organização se tornou mais pluralista, com cadeias produtivas e alianças transnacionais. As EMNs assumiram novas atitudes e novas estratégias em relação às atividades transnacionais, tendo em vista os desafios ambientais, tecnológicos e organizacionais.

41 Rumo à globalização da produção: 1960-2000
Mudanças na forma organizacional Essas mudanças aumentaram a importância das hierarquias das EMNs em alguns setores, bem como a forma e a dimensão dessas hierarquias. Assim, as cadeias globais emergem com força, e a empresa se torna verdadeiramente global. A economia da integração e da diversificação. Por isso a gestão compartilhada e centralizada tornou-se tão importante.

42 Rumo à globalização da produção: 1960-2000
Mudanças na localização Resultado disso, as vantagens de localização também mudaram: menos mercados potenciais (que se dispersaram), menos recursos naturais e mais ganhos de eficiência ligados à otimização espacial. Importância dos acordos de investimento e dos blocos regionais como NAFTA e UE.

43 Conclusões Cadeias de valor: as multinacionais passaram a avaliar sistematicamente suas cadeias de valor para decidir quais atividades manter para aproveitar suas vantagens em competências-chave : OUTSOURCING. A partir dos anos 1970: the cross-border outsourcing (offshoring) atinge cada vez mais atividades. Como resultado desses processos, as multinacionais estão inseridas em redes transacionais de relações contratuais e colaborativas, cuja coordenação passa a ser central, mais do que a propriedade de ativos específicos. Emergência de EMNs em novos contextos: países emergentes.

44 PRÓXIMA AULA TEXTO BASE Dinâmica dos investimentos produtivos internacionais hoje: a emergência das empresas emergentes, novos dinamismos ou novas assimetrias? MATHEWS, John. Dragon multinationals: new players in 21st century globalization. Asian Pacific J. Manage, v. 23, n. 5, p. 5-27, TEXTO COMPLEMENTAR DUNNING, John & LUNDAN, Sarianna. “The extent and pattern of foreign direct investment”. In. DUNNING, John & LUNDAN, Sarianna. Multinational Enterprises and the Global Economy. Cheltenham: Edward Elgar, 2008 (capítulo 2)

45 Conclusões A história das EMN é a história dos eventos políticos, sociais e culturais que definiram a propriedade, a organização e a localização da produção internacional (paradigma eclético). O poder das EMN na contemporânea economia global deve-se ao à sua capacidade de organizar, para o bem e para o mal, a produção internacional melhor do que qualquer outro instrumento institucional.


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